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domingo, 14 de janeiro de 2024

Investigação abre novos mistérios sobre morte de Adriano da Nóbrega

VEJA teve acesso às quatro mil páginas da apuração em torno de um personagem que guardava segredos valiosos e foi abatido numa ação ainda cercada de dúvidas

 MISTÉRIOS - Adriano: detalhes intrigantes, eventos estranhos e perguntas ainda sem resposta sobre o crime

 MISTÉRIOS - Adriano: detalhes intrigantes, eventos estranhos e perguntas ainda sem resposta sobre o crime (Cristiano Mariz;/Reprodução)

O ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega ganhou notoriedade nacional depois que se descobriu que ele chefiava o chamado Escritório do Crime — um grupo de matadores de aluguel que atuava no Rio de Janeiro a serviço de bicheiros e milicianos. 
Ficou mais famoso ainda quando se soube que ele também tinha uma estreita ligação com a família do ex-presidente Jair Bolsonaro. Por anos, a mãe, a mulher e um dos melhores amigos do policial, o também ex-PM Fabrício Queiroz, foram assessores do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. 
Em 2019, acusado de homicídio e com a prisão decretada pela Justiça, Adriano fugiu. Um ano depois, foi morto. 
Esse é o ponto de partida do capítulo final de uma história que reúne ingredientes de um thriller de ação. 
Havia gente importante entre os “clientes” do Escritório do Crime que torcia para que o ex-capitão nunca mais aparecesse. 
Havia gente influente ligada às vítimas que queria localizá-lo a qualquer custo. 
E havia gente poderosa que temia a revelação de segredos capazes de fulminar biografias e destruir certas carreiras — políticos, inclusive. 
O destino de alguém com um perfil tão singular assim era previsível.
TIROS FATAIS - Croquis da investigação: a trajetória de uma das balas, de cima para baixo, reforçou a hipótese de uma execução
TIROS FATAIS - Croquis da investigação: a trajetória de uma das balas, de cima para baixo, reforçou a hipótese de uma execução (./.)
Adriano foi localizado no interior da Bahia. A polícia realizou uma gigantesca operação para capturá-lo, usando drones, aeronaves, equipamentos de geolocalização e armamento pesado. 
No dia 9 de fevereiro de 2020, o ex-capitão foi cercado no município de Esplanada, a 165 quilômetros de Salvador. 
Estava sozinho e, segundo a versão oficial, armado.  
Ao perceber a chegada dos policiais, reagiu e foi abatido com dois tiros. 
A família afirma que foi uma execução sumária, uma queima de arquivo planejada para evitar que ele comprometesse aquela gente importante, influente e poderosa, incluindo políticos. 
A suspeita se sustentava diante de fatos que ocorreram antes, durante e depois do suposto confronto. 
Quatro anos depois, o Ministério Público finalmente concluiu a investigação sobre o caso. VEJA teve acesso às mais de 4 000 páginas de documentos, perícias, depoimentos, fotografias e relatos de testemunhas que ajudaram a reconstituir os últimos instantes de vida do ex-capitão. 
O trabalho, porém, não foi capaz de elucidar definitivamente o mistério. Ainda há muitos detalhes intrigantes e perguntas que ficaram sem respostas.
 
(...)

A OPERAÇÃO ESPLANADA

Depois de fugir do Rio de Janeiro, Adriano perambulou durante meses por fazendas no interior do Nordeste. 
A polícia passou a monitorar os passos dele através de seus familiares e amigos. 
Em janeiro de 2020, após receber uma visita da esposa, o ex-capitão foi cercado pela primeira vez na Costa do Sauípe (BA), mas conseguiu escapar. A sorte o abandonaria poucos dias depois. Escondido na chácara de um amigo na área rural de Esplanada, o miliciano sabia que os policiais estavam em seu encalço e tinha tudo pronto para deixar o país. 
O plano de fuga elaborado contava com um resgate de helicóptero patrocinado por um grupo ligado à contravenção do Rio. 
Não deu tempo. A polícia interceptou a viúva em uma blitz, e o motorista dela deu pistas sobre a localização do novo esconderijo. A Secretaria de Segurança da Bahia preparou então uma das maiores ações de captura já realizadas pela polícia baiana. Foram mobilizados setenta homens, além de um drone, um helicóptero, veículos táticos e armamentos pesados
Para evitar vazamentos, os policiais convocados para a missão só souberam a identidade do alvo às 23 horas da véspera, quando também foram advertidos sobre a destreza do ex-capitão: ele havia sido o primeiro colocado em treinamentos de tiro e sobrevivência na mata, tinha amplo conhecimento operacional e dificilmente se entregaria, disseram os comandantes.
EXUMAÇÃO - O corpo do miliciano: desenterrado para a realização de novos exames
EXUMAÇÃO - O corpo do miliciano: desenterrado para a realização de novos exames (./.)
INVESTIGAÇÃO - Ministério Público: não foi possível chegar à “certeza absoluta”
INVESTIGAÇÃO - Ministério Público: não foi possível chegar à “certeza absoluta” (./.)

EXECUÇÃO OU CONFRONTO?

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ACUSAÇÃO - Júlia Lotufo: “Meu marido foi envolvido numa conspiração”
ACUSAÇÃO - Júlia Lotufo: “Meu marido foi envolvido numa conspiração” (./.)

A CENA DO CRIME

Um dos procedimentos elementares que qualquer policial aprende na academia é sobre a necessidade de preservar a cena do crime. Os PMs que alvejaram o miliciano admitiram em depoimentos que não houve essa preocupação. 
Os projéteis, por exemplo, são provas importantes para determinar se realmente houve troca de tiros, o tipo de armamento envolvido, o trajeto e a distância dos disparos. 
Um dos laudos elaborados pela Polícia Federal destaca que foram encontradas apenas três cápsulas da pistola que teria sido usada por Adriano, apesar de ele ter supostamente disparado sete tiros. 
Os peritos levantaram a hipótese de uma mesma bala ter ricocheteado, mas, ainda assim, a conta não fechou. 
Seria esperado, segundo eles, que fossem encontradas de cinco a sete cápsulas detonadas. 
A ausência delas, porém, não prova que o confronto não existiu, já que elas podem simplesmente ter sido subtraídas por alguém que entrou na casa após o crime — e muita gente entrou. Aliás, as cápsulas das balas usadas pelos PM também não foram localizadas.
 
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Ao longo da investigação, o Ministério Público solicitou sucessivas vezes que a Polícia Federal prestasse apoio técnico para novas perícias. Além da reconstituição e da exumação, os promotores solicitaram uma “missão exploratória” para sanar dúvidas técnicas que os peritos baianos e fluminenses não conseguiram. 
Por considerar que a cena do crime já havia sido completamente devassada, a PF nunca atendeu ao pedido. 
Em resposta a um dos ofícios, os federais ainda destacam um fato grave que impedia o trabalho: a arma supostamente utilizada por Adriano — uma pistola Glock, calibre 9 mm — havia desaparecido. Soube-se que ela fora recolhida pela PM baiana após o confronto, tendo reaparecido tempos depois em posse da Polícia Civil do estado.
 
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O CORPO FALA - O esqueleto do ex-policial: reconstrução para ajudar no caso
O CORPO FALA – O esqueleto do ex-policial: reconstrução para ajudar no caso (./.)
Em Esplanada, a situação se inverteu. Adriano era o bandido. O tenente e os dois soldados que localizaram o miliciano garantem que o objetivo era prendê-lo, mas ele resistiu e provocou o confronto. 
Adriano era um exímio atirador, mas errou todos os tiros, mesmo estando a uma distância de menos de 5 metros dos alvos. 
Em poucos segundos, o temido chefe do Escritório do Crime caiu morto. 
O registro da pistola que teria sido usada por Adriano, a que sumiu e reapareceu tempos depois, estava parcialmente raspado. 
Policiais disseram que o ex-capitão estava de bermuda e calção quando o Bope entrou na casa. Os médicos, por sua vez, relatam que ele chegou seminu ao hospital. 
A estranha queimadura no peito, um indício de tortura, também vai continuar sem explicação. Segundo um dos peritos, ela pode ter sido produzida “por um instrumento de bordas circulares, aquecido” — o cano de uma arma, por exemplo. Mas essa é apenas uma hipótese sem nenhuma comprovação. Adriano morreu da mesma maneira que matava. Caso encerrado.
 
MATÉRIA COMPLETA - VEJA

Publicado em VEJA, edição nº 2875  de 12 de janeiro de 2024, 

 


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Alô PT, o que exatamente aconteceu com Adriano da Nóbrega? - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo

Ex-capitão do Bope, o miliciano Adriano da Nóbrega foi morto em ação policial. Mas em que circunstâncias?

O boletim Focus deu uma pequena reduzida na expectativa de crescimento do PIB para este ano, para 2,23%. O do ano passado foi para 1,11%, ou seja, em termos percentuais, o crescimento seria o dobro do ano passado.  Houve uma redução na inflação deste ano também, a expectativa ficou em 3,22%. Já o risco Brasil, a confiança que o país desfruta para os credores e investidores, está no índice mais baixo dos últimos 12 anos: 93,8%.

Só para lembrar, quando Lula ganhou a primeira eleição estava em 2.446%. Quanto mais alto esse índice, mais desconfiança os investidores têm para com o país. O resultado foi bom.

Queima de arquivo?
O que o governo da Bahia e a família vão fazer com o cadáver, ainda insepulto, [atualizando: após nova perícia realizada na noite do dia 20, no IML - RJ, o corpo foi liberado para sepultamento.
A pressa foi grande, já que sob a gestão Witzel o IML do Rio não dispõe de câmara frigorífica para conservação de cadáveres.
Acoluna ora transcrita é anterior àquela data.]  do ex-capitão do Bope e miliciano Adriano da Nóbrega? Ele foi morto com dois tiros de fuzil à queima roupa enquanto estava cercado por 72 policiais militares.

Obviamente Nóbrega não trocou tiros com nenhum PM, já que estava sozinho. Imagina-se que foi se entregar e que tenham insistido para que fizesse delações ou algo parecido e ele se recusou. Queriam cremar logo o corpo, por esse motivo há desconfiança de que tenha havido algum tipo de tortura. No entanto, a cremação foi impedida, inclusive a pedido do senador Flávio Bolsonaro. O filho do presidente, quando era deputado estadual do Rio de Janeiro, condecorou o miliciano pelos serviços que ele prestou à PM em outra época.

Talvez pelo fato de tentar envolver um senador no caso, o corpo vá para um médico legista da PF. A viúva está querendo que o corpo vá para o serviço de legistas da Polícia Civil do Rio de Janeiro para não deixar tudo nas mãos do governo da Bahia. Não tem como dizer que a morte de Nóbrega foi queima de arquivo. O governador é um dos fundadores do PT. Não tem como dizer que o partido quer queimar arquivo, exceto se houve tortura. Há uma grande expectativa acerca do resultado da medicina forense para saber exatamente o que aconteceu.

Adélio e outro atentado
Qual foi o motivo do atentado do deputado federal Loester Trutis na estrada entre Campo Grande e Sidrolândia (MS)? Esse foi o deputado que ofereceu R$ 100 mil em recompensa para quem desse informações sobre o atentado que Bolsonaro sofreu em Juiz de Fora (MG).  O Ministério Público Federal está pedindo a remoção de Adélio Bispo do presídio federal de Campo Grande dizendo que é incompatível a presença dele com o diagnóstico de transtorno mental delirante persistente. [lembrem-se do caso Celso Daniel - morreram assassinados ou em circunstâncias, digamos, misteriosas, mais de dez. 
Incluindo garçom, perito policial e outros.
Motivo: algum envolvimento, ainda que inocente, involuntário, presença em local que o ex-prefeito esteve antes de morrer.]

Segundo o MPF, o presídio não tem condições para tratar dele, sendo assim, seria melhor que Adélio Bispo estivesse em um hospital de custódia ou em uma instituição adequada. A PF de Campo Grande assumiu as investigações desse atentado já que se trata de um deputado federal. É necessário mais esclarecimentos.

Alexandre Garcia, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo


terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Notícias Populares - Nas entrelinhas

“A morte do ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega, no interior da Bahia, embora a versão oficial seja a de que resistiu à prisão, alimenta suspeitas de queima de arquivo”


Os programas de tevê que fazem a cobertura policial no estilo bandido bom é bandido morto” foram a principal causa do fechamento do jornal Notícias Populares, ligado ao Grupo Folha, que circulou de 1963 a 2001 na capital paulista e se notabilizou pelas manchetes “se-espremer-sai-sangue”e fotos de mulheres nuas. Criado pelo romeno Jean Nelle, abusava do que hoje seria chamado de fake news, como a história do Bebê Diabo, uma série fantasiosa de reportagens sobre uma criança que nasceu com deformações físicas, e o desaparecimento de Roberto Carlos, que, na verdade, estava em viagem aos Estados Unidos e, por isso, não havia sido localizado pelos repórteres do jornal.

Ex-capitão do Bope,  Adriano da Nóbrega, curtindo uma de fazendeiro - papel que não combina com o fuzil que carrega e que não foi encontrado entre as armas apreendidas. Foto: Divulgação


 
No Rio de Janeiro, o jornal Luta Democrática, fundado pelo político fluminense Tenório Cavalcanti, que circulou de 1954 a 1980, também abusava de manchetes sensacionalistas, como “Violada no Auditório”, a propósito do fato de o cantor Sérgio Ricardo ter quebrado o violão durante uma apresentação musical, e “Cachorro fez mal à moça”, um caso banal de infecção intestinal por causa de um sanduíche de salsicha, ambas de autoria do jornalista Carlos Vinhaes. Sexo, sangue, dinheiro e poder eram os quatro pilares dos jornais policiais norte-americanos da década de 1950 que serviram de paradigma para o NP e a Luta.

O escritor norte-americano James Ellroy, autor de Los Angeles — Cidade Proibida, se inspirou no noticiário policial para escrever sua trilogia sobre a política norte-americana, que começa com Tablóide Americano, sobre os bastidores do assassinato do presidente John Kennedy, continua com Seis Mil em Espécie, a operação de “queima de arquivo” da conspiração, e termina com Sangue Errante, no qual narra a derrocada norte-americana no Vietnã e os bastidores do governo de Richard Nixon. Todos foram publicados no Brasil pela Editora Record. Ellroy é um dos grandes escritores “noir”, gênero de literatura policial que surgiu nos Estados Unidos na época do macarthismo. Sua narrativa se baseava em pesquisas sobre personagens reais e muita literatura, ou seja, a fusão de realidade e ficção.

A morte do ex-capitão do Bope do Rio de Janeiro Adriano da Nóbrega, que estava foragido no interior da Bahia, é um prato cheio para um escritor “noir”. Embora a versão oficial seja a de que resistiu à prisão, as circunstâncias de sua morte alimentam suspeitas de que teria havido uma “queima de arquivo”. Adriano não estava sendo investigado no caso do assassinato da vereadora do PSol Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, mas era um dos chefões do chamado Escritório do Crime, grupo de extermínio da milícia do Rio de Janeiro, do qual faziam parte o sargento reformado da PM Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio de Queiroz, suspeitos do assassinato de Marielle.

Adriano era um dos denunciados da Operação Intocáveis, coordenada pelo Gaeco do Rio de Janeiro. Quando foi deflagrada, em janeiro de 2019, foram presos cinco homens acusados de integrar a milícia que atuava em grilagem de terra, agiotagem e pagamento de propina em Rio das Pedras e na Muzema, na Zona Oeste do Rio. Segundo a polícia baiana, estava sendo investigado por envolvimento em operações de compra e venda de gado e de fazendas na Bahia, para lavagem de dinheiro.

Parceiros
Primeiro, a operação ocorreu na Costa do Sauípe. Adriano não foi achado no local. Entretanto, o Bope da Bahia o localizou na chácara do vereador Gilson Lima, do PSL de Esplanada, município a 165 quilômetros de Salvador, irmão do deputado estadual Alex Lima, ex-PTN, hoje filiado ao PSB. Os dois são irmãos de Rodrigo de Dedé, ex-prefeito de Esplanada. O secretário de Segurança da Bahia, Maurício Barbosa, sustenta que os policiais abriram fogo contra Adriano porque ele resistiu à abordagem.


Adriano sempre teve ligações com Fabrício Queiroz, amigo do presidente Jair Bolsonaro e ex-assessor parlamentar do senador Flávio Bolsonaro, então deputado na Assembleia Legislativa fluminense. Os dois trabalhavam juntos no 18º Batalhão da Polícia Militar, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, quando mataram Anderson Rosa de Souza, durante uma ronda na Cidade de Deus. No mesmo ano, por iniciativa do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, a Assembleia Legislativa do Rio aprovou uma moção de louvor a Adriano “pelos inestimáveis serviços” prestados à PM. [cabe um esclarecimento: alguém ser agraciado com uma medalha é fruto da situação do agraciado no momento da indicação - não é uma garantia de que o mesmo não esteja envolvido (envolvimento não público) ou não venha a se envolver em atos ilícitos.
Quem indica, o faz diante de conduta louvável do indicado realizada antes e durante a indicação.]

Adriano foi condenado por homicídio em 2005. Mesmo assim, na Câmara, o então deputado federal Jair Bolsonaro discursou em sua defesa. E a Assembleia Legislativa do Rio concedeu a Adriano a Medalha Tiradentes, sua mais alta honraria, por iniciativa de Flávio. À época, Adriano já era ligado ["ligado"]  aos milicianos. Chefe de gabinete de Flávio na Assembleia, Queiroz empregou a filha e a ex-mulher de Adriano, que são acusadas pelo Ministério Público de terem devolvido a Queiroz R$ 203 mil, parte dos seus salários. Queiroz e Flávio são investigados por envolvimento com a chamada “rachadinha” da Alerj. [causa surpresa que a filha e a ex-mulher de Adriano, estejam sendo acusadas de devolver ao Queiroz, parte de seus salários.

Vamos supor que existisse o suposto esquema de 'rachadinha' envolvendo Queiroz e que ele fosse o coletor das devoluções - que podem ser consideradas extorsões.

Queiroz, concretizada esta hipótese, estaria cometendo o crime de extorsão, mas, quem devolve seria a vítima.
Uma vítima não costuma ser denunciada, exceto em situações excepcionais em que durante o crime praticado contra tenha tido alguma conduta criminosa - mas, no caso da rachadinha os que devolvem não podem ser acusados de extorsão.]

Nas Entrelinhas  - Luiz Carlos Azedo - Corrreio Braziliense