Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Número
foi contabilizado pela organização Médicos Sem Fronteiras desde 1º de
dezembro em Madaya, uma dos localidade sitiadas pelas tropas do ditador
Bashar Assad
Vinte e três pessoas morreram de fome em Madaya, na Síria,
desde o dia 1º de dezembro, informou nesta sexta-feira a organização
Médicos Sem Fronteiras (MSF). A cidade, perto de Damasco, é um dos
locais que se encontram sitiados por tropas fiéis ao ditador Bashar
Assad, que impedem a entrada de alimentos e remédios para forçar
rebeldes a se entregarem. Segundo o MSF, entre essas vítimas, seis
tinham menos de um ano de idade. A organização ainda contabilizou 13
mortes de pessoas que tentaram fugir em busca de alimentos, mas que
morreram depois de pisarem em minas que rodeiam a cidade ou serem
atingidas por disparos de franco-atiradores.
Civis sofrem com desnutrição na cidade síria de Madaya, sitiada pelas forças do presidente Bashar al-Assad (Twitter/Reprodução)
Nesta quinta-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU)
anunciou, em um breve comunicado, que se prepara para fornecer ajuda
humanitária em três cidades que são alvo do cerco, que já dura desde
abril: além de Madaya, Foah e Kefraya. Segundo a ONU, 40.000 pessoas -
metade delas crianças - precisam de assistência imediata em Madaya. No
entanto, um porta-voz da Cruz Vermelha disse que a cidade síria não
poderá receber ajuda até domingo porque trata-se de uma "enorme e
complicada operação". Ainda não está claro como será a ajuda permitida em Madaya, a cidade
mais afetada, onde os adultos e crianças, para sobreviverem, tiveram de
comer grama, folhas e "sopa" de água com ervas.Com a escassez de
alimentos, um quilo de arroz na cidade chega a custar o equivalente a
250 dólares (ou quase 1.000 reais) - quantia exorbitante e inviável para
a maioria da população. A última prestação da ajuda humanitária na
cidade foi em outubro, e agora há escassez de tudo, inclusive de leite
para as crianças e de produtos médicos básicos, como anti-inflamatórios e
analgésicos.
A guerra civil na Síria, que matou mais de 220.000 pessoas, já dura
quase quatro anos e não há indicações de que o conflito esteja próximo
do fim. Os esforços para promover um diálogo entre representantes do
regime do ditador Assad estão paralisados. Os protestos contra o regime
para tirar Assad do poder se transformaram em uma violenta guerra civil
sectária que dividiu ainda mais o país. A oposição síria moderada perdeu
espaço com o avanço de diversos grupos extremistas, sendo o Estado
Islâmico o mais poderoso deles.
Em Madaya, a cidade mais afetada pela fome
extrema, as pessoas têm de comer grama, folhas e “sopa” de água com
ervas.
Um quilo de arroz chega a custar R$ 1.000
Crianças sofrem com a falta de alimentos na cidade sitiada de Madaya, Síria(Syrian American Medical Society/Reprodução)
O governo da Síria concedeu nesta quinta-feira permissão
para a Organização das Nações Unidas (ONU) coordenar a ajuda humanitária
a três localidades que se encontram sitiadas, incluindo a cidade de
Madaya, perto de Damasco.Madaya está cercada por tropas fiéis ao
ditador Bashar Assad e boa parte da população está passando fome. "A ONU
se prepara para entregar ajuda humanitária nos próximos dias", informa
um breve comunicado das Nações Unidas. Nas outras duas cidades que serão
ajudadas, Foah e Kefraya, a população também está resistindo a um cerco
debilitante após as tropas sírias cercarem grupos rebeldes que lutam
para derrubar Assad. O cerco já dura desde abril.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, os
moradores estão céticos de que as entregas de suprimentos vão ser
suficientes. Madaya, Foah e Kefraya são apenas os exemplos mais recentes
de uma estratégia cruel utilizada pelas tropas de Assad: fazer um cerco
para impedir a entrada de alimentos e forçar os rebeldes a se
entregarem, não se importando com o sofrimento da população civil. Áreas
como Ghouta, nos subúrbios de Damasco, e o campo de refugiados de
Yarmouk, ao sul da capital, sofrem bloqueios semelhantes.
Ainda não está claro como será a ajuda permitida em Madaya, a cidade
mais afetada, onde os adultos e crianças, para sobreviverem, tiveram de
comer grama, folhas e "sopa" de água com ervas. Com a escassez de
alimentos, um quilo de arroz na cidade chega a custar o equivalente a
250 dólares (ou quase 1.000 reais) - quantia exorbitante e inviável para
a maioria da população. A última prestação da ajuda humanitária na
cidade foi em outubro, e agora há escassez de tudo, inclusive de leite
para as crianças e de produtos médicos básicos, como anti-inflamatórios e
analgésicos. Agentes da ONU informam que centenas de pessoas, sobretudo
idosos e crianças, já morreram de fome em Madaya.
"Madaya não está à beira de uma catástrofe humanitária, já é uma
catástrofe humanitária", disse um agente de saúde. "A visão das ruas é
assustadora. Sabemos que as pessoas pensam que estamos exagerando, mas
acreditem em mim, é pior do que qualquer exagero", disse o agente ao
jornal britânico, temendo se identificar por temer represálias do
regime.
A guerra civil na Síria, que matou mais de 220.000 pessoas, já dura
quase quatro anos e não há indicações de que o conflito esteja próximo
do fim. Os esforços para promover um diálogo entre representantes do
regime do ditador Assad estão paralisados. Os protestos contra o regime
para tirar Assad do poder se transformaram em uma violenta guerra civil
sectária que dividiu ainda mais o país. A oposição síria moderada perdeu
espaço com o avanço de diversos grupos extremistas, sendo o Estado
Islâmico o mais poderoso deles.
Ahmad se decidiu pelo êxodo no dia em que fez 27 anos. Naquela madrugada não conseguira alimentar o filho faminto
Música não
precisa de tradução nem visto de entrada. É linguagem universal. Além de
suas outras utilidades mil, ela serve de bálsamo para vidas à deriva,
atravessa muros e fronteiras, fura bloqueios e não pesa na bagagem. Que o
diga o jovem sírio Ayham Ahmad.
Domingo passado, apesar do frio
do cão que prenuncia um inclemente inverno europeu, 24 mil pessoas
participaram de um concerto ao ar livre na monumental Königsplatz de
Munique. Cantaram, dançaram, fizeram selfies e foram felizes durante
mais de duas horas na histórica praça traçada dois séculos atrás para
concorrer com a Acrópole de Atenas, e de grande serventia para
mastodônticos comícios nazistas.
Só que, desta vez, a galera tinha
a cara de uma Alemanha nova. Metade era refugiada de guerra exaurida
pelo êxodo e recém-aportada na Baviera; a outra metade era de
voluntários alemães que os acolheram ou queriam expressar solidariedade. Organizado em menos de duas semanas e intitulado “Danke-Konzert”(concerto de gratidão), o megashow reuniu as bandas indie
mais populares do país. O próprio prefeito da cidade se encarregou de
empunhar uma guitarra e entoar “Não somos apenas nós”, canção
pró-refugiados que o público parecia conhecer. “O mundo é grande o
suficiente. Não somos só nós. Alô, Nova York, Rio, Rosenheim (sede
administrativa da Baviera), participem também”, incentivou ele,
referindo-se à transmissão on-line.
Ahmad nunca tocara para
tamanho mar de gente. Muito menos para um mar de caucasianos com
cartazes a proclamar que “Nenhum ser humano é ilegal”. Enrolado ao
tradicional keffieh palestino no pescoço, ele subiu ao palco
como atração principal — seis meses atrás sua imagem tocando um piano
detonado entre os escombros de Yarmouk, na Síria, havia corrido mundo.
Ele se tornara o cancioneiro do sofrimento sírio e sua música era ouvida
como trilha sonora do horror.
Domingo passado, Ahmad tocou
canções de sua gente num Yamaha acústico CP de última geração. Todos
entenderam o misto de dor e alegria, mesmo quem não entendia árabe. Sua
mulher, dois filhos pequenos, o piano carbonizado e o bairro de
refugiados palestinos onde nascera haviam ficado para trás. Ele teve
sorte. Só no mês passado morreram afogados no Mar Egeu 144 refugiados da
mesma travessia — 44 eram crianças. E dois dias atrás morreu a primeira
vítima de um dos países europeus que lhes são hostis — foi baleada
pelas forças policiais da Bulgária.
A Yarmouk do pianista fora
erguida seis décadas atrás nas franjas de Damasco, capital da Síria,
como campo de acolhimento para palestinos fugidos de Israel. Consolidada
como bairro, chegou a abrigar quase 700 mil pessoas. Hoje, restam no
máximo 18 mil a vagar entre ruínas. Ahmad se decidiu pelo
arriscado êxodo em abril deste ano, no dia em que completava 27 anos.
Naquela madrugada não conseguira alimentar o filho faminto. “Saí de lá
porque a vida ali cessou”, explicou à repórter do “Huffington Post” que o
perfilou.
Sobrevivera com a família a quatro anos de guerra civil
com destruição e morte por toda parte. Primeiro, foram os bombardeios
da Síria e o estrangulamento de Yarmouk por bloqueio total, levando os
moradores a se alimentarem de plantas, gatos, cachorros e macacos.
Depois, já de joelhos, o bairro-cidade foi ocupado pelos homens de preto
— os jihadistas do Estado Islâmico (EI). A água acabou, a farinha e o
pão sumiram e a música, considerada haram (infiel), foi proibida.
Filho
de violinista, Ahmad tocava piano desde os 6 anos de idade e havia
estudado música em Homs até a guerra civil inviabilizar qualquer
atividade. De volta à Yarmouk destruída, ele decidiu instalar a céu
aberto seu surrado piano e passou a tocar entre escombros, para aliviar a
alma de quem o ouvisse. Outros músicos de ocasião se juntavam a ele
para cantarolar a céu aberto sobre a vida. Com a ocupação do EI, a vida
para ele cessou.
Ahmad ainda tentou camuflar o piano numa carreta
improvisada coberta por papelão ao partir para Damasco, onde deixou a
família. Mas os jihadistas interceptaram o comboio, encharcaram de
gasolina o instrumento e o incendiaram à sua frente. O resto da
saga do músico se assemelha a de tantos outros. De Damasco, ele seguiu
sozinho a pé, de ônibus, barco inflável, navio grande, trem: Homs, Hama,
Dikili, Lesbos, Atenas, Macedônia, Bulgária, Sérvia, Croácia, Áustria
e, por fim, Munique, onde chegou em setembro, cinco meses depois de
partir.
Como ele mesmo explica, na terra em que morava, a opção
era juntar-se a alguma facção ou esperar pela morte. Decidiu esperar
pela morte tocando piano e cantando. Agora em terra estrangeira,
continua tocando piano e cantando. Espera pela vida ao lado da mulher e
filhos. Um dia talvez. “Quero dizer ao mundo que somos apenas civis, que
amamos a música”. Em tempo —Decretado o
fim de fotos de mulheres nuas na “Playboy”, quem continuar a comprá-la
pode dizer, agora sem cinismo, que o faz para ler as entrevistas de
qualidade da revista. Já quem é adepto de obscenidades hard core na vida real basta acompanhar a política praticada em Brasília.
Eles são a nacionalidade com o maior número de refugiados no País.
Como vivem os milhares de sírios que, amparados por uma resolução que
facilita a obtenção do visto, tentam esquecer os horrores da guerra e
construir uma nova vida aqui
Foi durante um bombardeio em Damasco, na Síria, em 2013, que Mazen
al-Sahli, 45, perdeu sua casa e seu restaurante, na guerra que atormenta
o País há quatro anos. Refugiado no Brasil há um ano, ele conta sua
história do sofá da casa que alugou em Guarulhos, na Grande São Paulo,
sentado de costas a uma parede decorada com frases do Corão. Sahli dá um
gole no café, fixa o olhar no vazio, suspira e repete: “Você não sabe o
que é a guerra.” Na capital síria, ao se ver rodeado pelos destroços do
que um dia foi seu lar, vagou pela cidade ao lado do filho, Mohammad
al-Sahli, 16 anos, e da mulher, Halema Helal, 40 anos. Moraram durante
sete meses em uma escola e na casa de parentes.
Solicitaram refúgio na
Alemanha, na Suécia e no Brasil, mas a única embaixada que deferiu o
pedido foi a brasileira. Desembarcaram aqui no dia 12 de janeiro de
2014, dormiram três dias na mesquita de Guarulhos e se mudaram para uma
casa nas redondezas. A fonte de renda são os doces sírios feitos nos
fundos de onde vivem. “Estamos reconstruindo a vida aos poucos”, diz. “É
difícil recomeçar, mas foi melhor ter vindo para cá do que ficar em um
lugar onde não podíamos mais sair por medo de morrer.”
Desde 2013 dispararam a produção e o consumo de estimulantes - Combatentes usam drogas para suportar o desgaste no campo de batalha
Depois de quatro anos de guerra, a Síria
se tornou centro produtor e mercado consumidor para o lucrativo negócio
do contrabando. Com as forças de segurança sobrecarregadas pelo esforço
bélico e pelo menos 40% do território fora do controle do Estado, os senhores da guerra
lucram com o comércio de armas e, desde 2013, também com as drogas. Uma
anfetamina, popularmente conhecida como Captagon (sua antiga marca
comercial), tornou-se a primeira em vendas entre as substâncias ilegais.
Sua produção, assim como seu consumo, aumentou vertiginosamente no
país, onde os combatentes apelam a esse estimulante para resistir ao desgaste no campo de batalha.
"Em pleno fronte, um comprimido de Captagon permite aguentar até 48
horas sem comer nem dormir nem sentir frio", relata via Skype, do Norte da Síria,
Abu Mazen, combatente de seus trinta e tantos anos de uma facção
rebelde. "Em um confronto em Alepo meu companheiro foi ferido na perna e
não sentiu nada por uma hora", diz o miliciano. Alguns soldados afirmam
que, entre as forças regulares sírias, também há o consumo. "É menos
habitual, mas às vezes aqueles que perderam um companheiro ou não
conseguem administrar o estresse recorrem ao Captagon", diz Elias,
ex-membro da Defesa Nacional Síria.
A cobiçada pílula é vendida por 12 a 55 reais a unidade, nada acessível
para a paupérrima economia síria. Produzida no Ocidente nos anos
sessenta, era usada como remédio para tratamento de hiperatividade e de
depressão. Foi proibida nos anos oitenta por gerar dependência.
Desapareceu do mercado europeu para ressurgir no Oriente Médio.
Os países do Golfo se tornaram seus principais consumidores. A polícia
saudita apreende 55 milhões de comprimidos por ano, cerca de 10% do
total das vendas, segundo relatórios do Escritório das Nações Unidas
sobre Drogas e Crimes (UNODC).
O ano de 2013 é um divisor de águas no tráfico de Captagon. A Síria
emerge como exportador regional de uma variação da substância, barata e
fácil de fabricar, o que fez cair em cerca de 90% a produção libanesa.
As porosas fronteiras com o Líbano e com a Turquia são as rotas
preferidas para sua exportação para o Golfo. "Em agosto de 2013
realizamos uma importante operação antidrogas em Bekaa (região de
fronteira com a Síria), apreendendo 5 milhões de comprimidos de Captagon
produzidos na Síria e escondidos em um caminhão. Vale 100 milhões de
dólares (270 milhões de reais) no mercado", diz o general Ghassan
Chamseddine, diretor da Unidade Antidrogas das Forças de Segurança
Interior libanesas. "Antes de 2013, eram interceptadas pequenas
quantidades, de 50.000 unidades. Mas nossa luta na época se concentrava
no tráfico de cocaína trazida de países da América Latina e na
exportação de haxixe para o Norte da África e para a Europa",
acrescenta.
Os senhores da guerradiversificaram suas receitas obtidas
com a venda ilegal de petróleo, fazendo do narcotráfico uma importante
fonte de financiamento para compensar a desvalorização da libra síria e o
encarecimento das armas. Segundo dados do jornal norte-americano Christian Science Monitor,
o preço do popular rifle de assalto russo AK-47 passou de cerca de
2.000 reais para mais de 4.500 reais desde o início do conflito, em
março de 2011.
O consumo de anfetaminas e antidepressivos se estende também à
população civil, exasperada por uma guerra sem fim. "Há boatos sobre o
consumo de Captagon, mas normalmente se trata de antidepressivos ou
ansiolíticos, como o Prozac. O consumo aumentou muito em Damasco,
refúgio da maioria dos deslocados, portadores de graves traumas
psicológicos", afirmou em novembro um voluntário de uma ONG local em
Damasco.