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quinta-feira, 29 de março de 2018

Tiros na noite






Depois da revelação de que a família do ministro do STF Edson Fachin,sofreu ameaças, os tiros contra o ônibus da caravana de Lula  fornecem ingredientes de um thriller policial às eleições presidenciais

O escritor norte-americano Dashiell Hammett (Maryland, 27 de maio de 1894; Nova York, 10 de janeiro de 1961) abandonou a escola com 14 anos e passou a trabalhar como mensageiro, entregador de jornal, escriturário, apontador de mão de obra e estivador na Filadélfia e Baltimore, até completar 20 anos, quando foi trabalhar na Agência Pinkerton de detetives. Em 1918, alistou-se no Corpo de Ambulâncias do Exército; voltou tuberculoso da guerra, tentou retomar a antiga profissão de detetive, mas acabou escritor de histórias policiais. Entre um porre e outro, foi o criador do noir americano, o gênero literário que surgiu nas revistas e jornais populares, a partir de contos e folhetins.

Autor de Seara vermelha (1929), O falcão maltês (1930), A chave de vidro (1930), Mulher no escuro (1933) e Continental OP (1945), Hammett trabalhou para o cinema em Hollywood. Na década de 1930, conheceu Lillian Hellman, jovem escritora e líder feminista, uma paixão até a morte. Ao lado de John dos Passos, Ernest Hemingway e Arthur Miller, entre outros intelectuais norte-americanos, destacou-se na luta contra o nazismo nos EUA, que somente entrou na II Guerra Mundial em 1941, após o ataque japonês a Pearl Harbor, no Havaí. Hammett se alistou novamente e serviu como sargento do exército americano.

Homem de esquerda, o escritor foi vítima da “caça às bruxas” promovida pelo senador Joseph McCarthy no início da década de 1950. Não colaborou com a comissão que investigava atividades supostamente subversivas na indústria cinematográfica, foi preso e incluído na lista que impedia os artistas de trabalharem em Hollywood. Hammett morreu doente e frustrado, mas deixou uma legião de seguidores. “Estava imóvel — os olhos amarelos acinzentados sonhadores —, quando ouviu o grito. Era um grito de mulher, agudo e estridente de terror. Spade estava atravessando a porta quando ouviu o tiro. Era um tiro de revólver, amplificado, reverberando pelas paredes e pelos tetos”, seus contos inspiram cenas recorrentes no cinema, como no clássico Um tiro na noite, de Brian de Palma, de 1981.

O sonoplasta Jack Terry (John Travolta) prepara a trilha sonora de um filme B sobre assassinatos em uma universidade. Na gravação de um áudio, em local ermo, salva a mocinha (Nancy Allen) de um acidente automobilístico. Ao resgatá-la, Jack descobre que ela estava em companhia do governador George McRyan (John Hoffmeister), um dos candidatos à Presidência dos EUA. Depois do incidente, na conferência do material sonoro, constata que o acidente pode ter sido um crime encomendado; percebe que o som do estouro do pneu, na verdade, era de um tiro de revólver.

Lava-Jato
Depois da revelação de que a família do ministro relator da Operação Lava-Jato, Edson Fachin, sofreu ameaças, os tiros disparados contra o ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fornecem ingredientes de um thriller policial às eleições presidenciais. Só foram descobertos por causa dos buracos de bala. Os tiros precisam ser investigados, tal qual nas histórias noir.


Condenado em segunda instância a 12 anos e 1 mês de prisão em regime fechado, Lula desafia a Justiça e força a barra para manter a candidatura a presidente da República, com uma retórica de radicalização política no gogó e um salvo-conduto do Supremo Tribunal Federal nas mãos, enquanto aguarda a conclusão do julgamento de seu polêmico pedido de habeas corpus pela Corte, suspenso porque dois ministros não poderiam perder o avião. Seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL), como já reiteramos, com discurso truculento e reacionário, retroalimenta a radicalização. É um ambiente que começa a sair do controle, como a segurança pública no Rio de Janeiro.

No Brasil, até agora, não houve atentados ou mortes na Operação Lava-Jato. Aparentemente, todos os envolvidos são pessoas de índole pacífica. Nem um pouco parecida com a dos responsáveis pelo assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSol), há duas semanas, executada com quatro tiros na cabeça, logo após sair de uma reunião de mulheres negras, supostamente uma resposta à intervenção federal na segurança pública daquele estado.

Na Itália, a Operação Mãos Limpas, deflagrada em fevereiro de 1992, com a prisão de Mario Chiesa, que ocupava o cargo de diretor de instituição filantrópica de Milão (Pio Alberto Trivulzio), em dois anos, resultou em 2.993 mandados de prisão e 6.059 pessoas sob investigação, incluindo 872 empresários, 1.978 administradores locais e 438 parlamentares, dos quais quatro haviam sido primeiros-ministros. Mas houve 12 suicídios e os juízes Giovanni Falcone e Paolo Borsellino foram assassinados pela máfia.

Luiz Carlos Azedo - Nas Entrelinhas - CB

domingo, 21 de janeiro de 2018

Alarmes falsos de mísseis evocam clima da Guerra Fria

Desde a chegada de Trump à Casa Branca, relações entre potências aprofundaram tom beligerante e trouxeram de volta temor de ataque nuclear
Dois erros de comunicação levaram o mundo à beira de um ataque de nervos nos últimos dias. No sábado retrasado, um alarme falso, fruto de uma trapalhada que seria cômica não fosse a gravidade do episódio, espalhou o pânico ao alertar que um míssil balístico fora disparado contra o Havaí. A mensagem, divulgada nos visores dos celulares dos residentes do estado americano, e confirmada por meio de rádio, TV e alto-falantes, recomendava: “Procure abrigo imediatamente. Isto não é uma simulação”.

Segundo especialistas, um míssil lançado pela Coreia do Norte levaria entre 15 e 20 minutos para atingir o Havaí. Foi com este prazo na cabeça que os havaianos buscaram abrigo. Enquanto o pânico se disseminava, a população corria pelas ruas sem saber ao certo para onde ir, escondendo-se em banheiros, garagens e hotéis. A notícia falsa só foi corrigida 38 minutos depois. Estado americano mais próximo de Pyongyang, o Havaí reinstalou alertas e sirenes da época da Guerra Fria, além de realizar testes com a população. Mas, ao que parece, um funcionário, que acabou afastado, apertou um botão errado, causando a confusão. Isto gerou dúvidas sobre a eficiência do sistema de alerta.

Alguns dias mais tarde, na última terça-feira, foi a vez da emissora pública japonesa NHK emitir um alarme falso sobre lançamento de míssil pela Coreia do Norte. O aviso foi desmentido alguns minutos mais tarde, com um pedido formal de desculpas da emissora, mas sem uma explicação sobre como ocorreu o erro.  O pânico foi certamente amplificado pela crescente troca de ameaças entre o regime norte-coreano e os EUA. Mais do que isso, ele é um exemplo de como a política externa de Trump trouxe de volta o clima beligerante da Guerra Fria.

De fato, a chegada de Donald Trump à Casa Branca, há um ano, marcou uma guinada importante não apenas na diplomacia americana, mas igualmente nas relações internacionais entre as principais potências do planeta. Ao mover uma guerra contra o legado do seu antecessor, Barack Obama, o atual presidente americano ajudou a empurrar os EUA — e o mundo — de volta ao clima de temor de uma hecatombe nuclear.

Trump também tenta minar o acordo nuclear entre Irã e o bloco de países composto por EUA, Alemanha, Reino Unido, França, Rússia e China. O tratado prevê a limitação do programa nuclear iraniano à produção de energia, sujeito à inspeção internacional, em troca da suspensão do embargo econômico contra o país persa. Os EUA querem rever o acordo e voltar a impor sanções, mas enfrentam a oposição dos aliados europeus.Trump de fato enterrou a política de soft power de Obama e colocou o país pronto para usar a força. O Pentágono, por exemplo, apresentou a Trump nos últimos dias um plano de estratégia militar que prevê o uso de armas nucleares contra ataques cibernéticos de hackers. Um retrocesso perigoso.

Editorial - O Globo


segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Ameaça terrorista leva Serviço Secreto dos EUA a fechar Casa Branca



Casa Branca é fechada, e Serviço Secreto dos EUA detém uma pessoa

Área no entorno foi esvaziada após homem dizer que deixou explosivos na área

O Serviço Secreto americano deteve uma pessoa e fechou a ala norte da Casa Branca por alguma horas nesta segunda-feira após uma falsa ameaça de bomba. Segundo um relatório do Serviço Secreto, um homem se aproximou de agentes que estavam em patrulha em uma avenida próxima à Casa Branca e disse que deixara explosivos na área. O suspeito foi imediatamente levado em custódia, e todos os pedestres e veículos foram retirados do local. 


Turistas e pedestres passam em frente à Casa Branca, em Washington - MIKE THEILER / REUTERS

Unidades antibombas foram enviadas para a região e verificaram que um celular deixado pelo suspeito foi localizado, mas nenhum explosivo foi detectado. O morador de Washington Ervin Pettaway, de 33 anos, foi acusado por falsa ameaça e foi levado para a delegacia para um processo posterior.  Segundo a CBS News, repórteres tiveram que deixar a Casa Branca, e usuários do Twitter relataram que a área no entorno do local foi esvaziada. A porta-voz da polícia de Washington, Margarita Mikhaylova, disse ao "Washington Post" que as autoridades estava investigando um pacote suspeito fora da Casa Branca. Segundo a NBC, é a 23ª vez que há uma violação de segurança ao longo dos terrenos da Casa Branca desde 2014.

O presidente americano, Donald Trump, partiu nesta sexta-feira para o Havaí, antes de começar sua viagem para a Ásia. O avião presidencial Air Force One decolou da base militar de Andrews, Maryland. Trump visitara Japão, Coreia do Sul, China, Vietnã, Filipinas até o dia 15 de novembro.


Transcrito de: O Globo