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quinta-feira, 17 de março de 2022

“O Brasil vai alimentar o mundo”

 Revista Oeste

Para Celso Moretti, presidente da Embrapa, está na hora de o país sair do corner e ir para o centro do ringue brigar pela verdade quando o assunto é produção agropecuária e preservação ambiental 


Celso Moretti, presidente da Embrapa | Foto: Jorge Duarte/ EMBRAPA
Celso Moretti, presidente da Embrapa -  Foto: Jorge Duarte/ EMBRAPA
 
“Vivo repetindo para a minha equipe que precisamos fazer três coisas: comunicar, comunicar e comunicar”, explica Celso Moretti, presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desde julho de 2019. Engenheiro-agrônomo com mestrado e doutorado em produção vegetal, ele tem uma certeza quando fala sobre meio ambiente e agronegócio brasileiros: “Nós perdemos a batalha da narrativa”, diz. “Não fomos capazes de deixar claro que podemos produzir sem desmatar.”

Mas ele não renuncia à briga. Em Copenhague, passou uma hora tentando explicar a uma dona de casa que a Amazônia não pode ser considerada o pulmão do mundo também porque é uma floresta muito antiga. Ainda na capital da Dinamarca, almoçou com militantes que tentaram impedir sua palestra bloqueando a entrada com cartazes que culpavam o Brasil pelas mudanças climáticas. E, em Bangladesh, não sossegou até provar na conversa com um taxista que a Amazônia estava muito longe da destruição.

Sempre decidido a restabelecer a verdade sobre a agricultura e a pecuária brasileiras
, ele voltou a Dubai nesta semana. Há menos de um mês, durante a Expo Dubai, 114 empresas brasileiras negociaram mais de US$ 1 bilhão em proteína animal. “Estamos há anos no corner, tomando direto no fígado e só nos defendendo”, observa. “Está na hora de ir para o centro do ringue. Fornecemos comida para mais de 800 milhões de pessoas, usando menos de 30% do território. A verdade é que o Brasil vai alimentar o mundo.”

Confira os principais trechos da entrevista.

Como foi o desempenho do Brasil na Expo Dubai?

Além da Expo 2020 Dubai, participei da Gulfood, a maior feira de alimentos e bebidas do Oriente, onde estavam presentes 114 empresas brasileiras. Do ponto de vista dos negócios, foi fantástico para o Brasil, principalmente na área de carne bovina e proteína animal, que para os países árabes são frangos e patos, já que eles não comem suínos. Foram fechados negócios de mais de US$ 1 bilhão nos próximos 12 meses. Estavam presentes a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC). Conseguimos também desmistificar muitas coisas durante o evento.

Quais são os principais mitos que envolvem o agronegócio brasileiro?

Destacaria os assuntos ligados à preservação ambiental. O desmatamento ilegal precisa ser tratado como caso de polícia, não no âmbito do agronegócio. Posso garantir que cerca de 99% dos produtores rurais brasileiros respeitam a legislação. Gosto de três frases do William Edwards Deming, cientista de dados norte-americano, que prestou consultoria para a indústria japonesa durante muitos anos. Primeira: “Quem não mede não gerencia”. Ou seja, se você não tem indicadores para medir o seu desempenho, você não consegue gerenciar uma empresa, um negócio, ou a Embrapa, por exemplo. As outras duas são: “Em Deus nós acreditamos. Todos os outros têm que trazer dados”; e “Sem dados, você só é mais uma pessoa com opinião”. O que eu falo é baseado em dados, não há achismo.

O Brasil realmente consegue conciliar produção com preservação do meio ambiente?
Segundo dados tanto da Nasa quanto da Embrapa, o Brasil utiliza menos de 8% do seu território para a produção de grãos e outros cerca de 20% são pastagens, sejam nativas sejam plantadas. Somado tudo, usamos algo em torno de 30% do território para alimentar 800 milhões de pessoas por ano no mundo. 
Ao mesmo tempo, protegemos dois terços do país: mais de 65%. E essas não são só informações nossas. Recentemente, o Mapbiomas, que tem a Google por trás, confirmou esse número. Classifico quem critica o Brasil em três grandes grupos. Os desinformados, que simplesmente não têm acesso à informação; os bobos úteis, que recebem a informação errada e a multiplicam; e existem também os que participam de um jogo comercial pesado. Por exemplo: há três anos, a rede de supermercados Tesco, uma das maiores da Europa, interrompeu a compra de carne brasileira, sob o argumento de que ela, além de não ser rastreada, era produto do desmatamento. Ao almoçar com um diretor deles, mostrei que conseguíamos rastrear do rebanho ao bife que está na gôndola do supermercado. Mas não adianta. É uma propagação de mentiras. Nós perdemos a batalha da narrativa. Não fomos capazes de deixar claro que podemos produzir sem desmatar.

“Hoje, usamos pouco mais de 70 milhões de hectares para a produção de grãos. Mas temos a capacidade de no mínimo dobrar essa área”

Como fomos capazes de perder essa batalha?
Faltou organização do agronegócio. E eu me incluo nisso. Em vez de reagir, de ter uma postura proativa, ainda estamos no corner, tomando direto no fígado, no queixo. Só nos defendendo. Poderíamos estar no meio do ringue distribuindo pancada. Nós alimentamos 800 milhões de pessoas usando menos de 30% do território. Enquanto o mundo está falando em descarbonizar, a agricultura brasileira já é descarbonizada há mais de duas décadas. Faltou as diferentes empresas se juntarem para fazer um branding Brasil.

De tanto levar pancada, o Brasil está cada vez mais acuado?
Não sei se é medo. Parece algo antropológico, essa síndrome de vira-lata. No agro, somos líderes globais. Somos uma potência agroambiental. O Brasil passou muitos anos olhando só para o seu umbigo. Aqui na Embrapa, tenho falado para o meu time que a arena agora é global e é lá que vamos jogar. Nenhum país é mais competente que nós no mundo tropical. Temos de mostrar isso. Ver quem está batendo e conversar. Sentar com representantes dos jornais Le Monde e Le Figaro, por exemplo, e fazer um seminário para eles. Mais do que a qualidade da alimentação, o problema do planeta ainda é a alimentação em si. Quase 1 bilhão de pessoas vivem hoje com menos de US$ 2 por dia. É preciso ofertar comida para essa gente.

Os países europeus sentem medo da potência do agro brasileiro?
A verdade é que o Brasil vai alimentar o mundo.
 
Hoje, usamos pouco mais de 70 milhões de hectares para a produção de grãos. Mas temos a capacidade de no mínimo dobrar essa área. 
E não estou falando da Amazônia, mas de terras localizadas principalmente no Nordeste e Centro-Sul do país.  
Imagina como isso não incomoda um produtor de leite do interior da França, por exemplo. Ele nunca vai conseguir competir com o produtor brasileiro na hora em que decidirmos começar a exportar leite. Existe um jogo comercial pesado. E só conseguiremos vencê-lo com muita comunicação. Falo para a minha equipe que precisamos fazer três coisas: comunicar, comunicar e comunicar.

Como o agronegócio brasileiro será afetado pela invasão da Ucrânia pela Rússia?
Depende muito da duração do conflito. Uma das grandes preocupações diz respeito à dependência que temos dos fertilizantes. Estamos alertando para isso há pelo menos duas décadas. No ano passado, importamos 85% dos fertilizantes para soja, milho e algodão. Não é possível depender totalmente de um insumo tão importante. Cerca de 50% do potássio que utilizamos vem da Rússia e de Belarus.

O Brasil sempre dependeu tanto da importação de fertilizantes? Quando começou essa dependência?
No início dos anos 2000, o governo Fernando Henrique Cardoso tirou todos os impostos para a importação de fertilizantes. Assim, ficou mais barato importar do que produzir. Para mim, isso é falta de visão de futuro. Os Emirados Árabes, por exemplo, pensam o país para os próximos 30, 40 anos, não a curto prazo. Se tivéssemos a mesma capacidade de planejamento, não teríamos deixado isso acontecer. Até pouco tempo atrás, a Petrobras estava trabalhando na produção de adubo nitrogenado, mas por uma série de questões decidiu-se que a estatal não produziria mais amônia. Em Altazes, no Pará, temos uma reserva de potássio gigantesca, mas para explorá-la é preciso destravar as questões ambientais.

O que a Embrapa tem feito para que as consequências da guerra afetem menos possível o agronegócio brasileiro?
A Embrapa começará agora a caravana FertiBrasil. Vamos percorrer 30 polos agrícolas do país para ensinar ao produtor eficiência no uso de fertilizantes. Até setembro, nosso objetivo é aumentar essa eficiência de 60% para 70%. Isso pode significar uma economia na próxima safra de US$ 1 bilhão em custo de produção. Muitos produtores utilizam receitas prontas para aplicar adubos no solo. Uma receita mágica é a fórmula 4, 14, 8 (4 partes de nitrogênio para 14 de fósforo e 8 de potássio). Com ela, você até fornece o que a planta precisa de comida. Mas, em vez de fazer isso, é muito melhor analisar o solo e ver exatamente do que ele precisa, dependendo da cultura plantada ali. Dando esse tipo de informação, o produtor brasileiro pode ser muito mais eficiente no uso de fertilizantes.

Leia também “Christian Lohbauer: ‘As críticas aos pesticidas são ideológicas’”

Branca Nunes, jornalista - Revista Oeste



segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Na marca do pênalti - Fernando Gabeira

In Blog

Bolsonaro fez parte de um seleto grupo de estadistas que negaram a pandemia. Em seguida, foi o único no mundo, ressalta o jornal “Le Figaro”, que se colocou negativamente diante da vacinação. Ele foi escolhido como o pior corrupto do ano, pelo Organized Crime and Corruption Reporting Project. Coisa de comunistas? Os escolhidos anteriormente foram Putin, Maduro e Duterte.

[a pandemia, com as BÊNÇÃOS DIVINAS, vai passar ainda no inicio de 2021 - é só cessar os efeitos de alguns excessos praticados por incautos.
Cessando a pandemia, quer os inimigos do Brasil gostem ou não,  o presidente da República Federativa do Brasil, JAIR MESSIAS BOLSONARO, vai conseguir governar - missão que lhe foi concedida por quase 60.000.000 de brasileiros.
 
Voltará com suas pautas de campanha, incluindo sem limitar,  a de COSTUMES, de SEGURANÇA e todas serão aprovadas e implantadas. Algumas, com destaque para a de COSTUMES, precisam de ajustes, até mesmo endurecimento, pela deterioração sofrida.
Serão NOVOS e BONS TEMPOS, o que nos leva a perguntar
- Que nos importa a opinião de um jornal francês (não nos importam nem as ameaças feitas pelo presidente francês de internacionalizar a Amazônia - se tentar, vai perder)?
- Que valor tem uma organização de gringos  considerar o presidente Bolsonaro o pior corrupto do ano?  
Estranho,  o PIOR = a principio se pensa em ser o pior por ser o mais corrupto; só que no caso não vale tal pensamento, já que acusaram o presidente de quase tudo e mais alguma coisa, mas quanto a ser corrupto nada existe - tanto que tentam jogar a pecha de corruptos sobre os filhos do presidente para então associar = só que são CPFs diferentes.]

Bolsonaro chegou ao fim de 2020 com 24 pedidos de impeachment acumulados na gaveta. Alguns comentaristas acham que ele zombou da tortura em Dilma Rousseff para desviar a atenção de seu fracasso diante da pandemia. Mas é uma tática estúpida. Não se disfarça a morte com cheiro de morte, muito menos se esconde a desumanidade contra muitos, concentrando-a numa só pessoa.

O conjunto de declarações de Bolsonaro está registrado. Uma pandemia com quase 200 mil mortos não desaparece na história como um relâmpago no céu. [também não desaparece a comprovação farta de que o Governo Federal foi afastado do comando, da linha de frente das ações de combate ao coronavírus, sendo dado o protagonismo aos governadores e prefeitos.]  Ele contribuiu para que uma parte do povo brasileiro desafiasse o perigo da pandemia e colocasse em risco a própria vida e a dos outros.

Bolsonaro ignorou os apelos para que o Estado protegesse as populações indígenas. Por duas vezes, o STF devolveu ao governo a lição de casa que não consegue realizar: um plano eficaz para protegê-las. No governo, Bolsonaro aumentou a destruição da Amazônia, queimou um terço do Pantanal, e o Cerrado perdeu 13 % de sua vegetação. No seu prontuário, não pesam apenas vidas humanas, mas espécies animais, plantas, enfim, todos os componentes da riqueza do Brasil.

Sua política arruína as chances de nos apresentarmos como uma potência ambiental, atraindo energias, capitais, poderosos governos, todos ansiosos por trabalhar conosco numa nova etapa da luta mundial pela sobrevivência das novas gerações. Numa das suas últimas lives, Bolsonaro afirmou que não seria retirado da Presidência sem um motivo justo. Ninguém faria isso. Mas a situação muda de figura quando se consideram 200 mil mortes diante de um governo negacionista. Se isso não for um motivo justo para milhares de famílias que perderam seus entes queridos, o que será? [a primeira providência que decide o que é um motivo justo - no caso um crime de responsabilidade, devidamente comprovado - são os votos de 342 deputados favoráveis a que seja aberto um processo de impeachment. 
341 votos não autorizam sequer que a sessão para apreciar o pedido de impeachment seja aberta.]

O auxílio emergencial aprovado pelo Congresso atenuou o impacto da posição inicial na imagem de Bolsonaro. A má vontade com a vacina atualizou sua culpa. O general Pazuello tem responsabilidade, mas obedece a Bolsonaro. Só é formalmente um Sancho Pança. Sancho seguia Dom Quixote, um símbolo permanente da humanidade. Assim mesmo, era capaz de alertar: olha mestre, olha o que senhor está falando.

Juntos, capitão e general arrastaram as Forças Armadas para uma política que nega sua proximidade com a ciência, lança dúvida sobre sua capacidade e chega a nos fazer duvidar dos critérios que levam alguém ao generalato. [um pouco de prudência ao lançar dúvidas sobre, ou acusar, nossas Forças Armadas, é aconselhável. 

Acusações ou dúvidas, sem amparo em fatos, costumam causar constrangimento. Recentemente o Exército Brasileiro foi acusado de estar promovendo um genocídio = o autor da acusação teve que recuar quando percebeu que faltavam os mortos.]

A aventura da hidroxicloroquina, justificada pelo Exército como um conforto à população assustada, é um argumento religioso. Remédios são feitos para curar.  A pandemia revelou o abismo da desigualdade social. Entramos em 2021 sem resposta para milhares de pessoas necessitadas. Não só estamos longe de um contrato social, mas sendo cada vez mais empurrados para a barbárie.

Bolsonaro é a barbárie de que o capitalismo escapou no século passado, com a ajuda da social-democracia e de políticas sociais. E de que a globalização procura escapar, no século XXI, com as diretivas de governança sustentável e socialmente responsável. No seu governo, vigora a tese de que o homem é o lobo do homem, de que os fortes sobrevivem de armas na mão. Não há chances de construir um país com essas ideias. A esperança em 2021 passa por nos livrarmos desse pesadelo, em condições ainda difíceis de movimento e contato físico.

Quando os valores humanos são negados tão radicalmente por um líder e seus fiéis que riem da tortura, é fácil compreender que a luta não é apenas por um país, mas pela sobrevivência da espécie. No Brasil, a humanidade está em jogo. Muitos já compreendem, mesmo vivendo fora daqui, o potencial destrutivo dessa ameaça.

Blog do Gabeira - Fernando Gabeira, jornalista - O Globo 

Artigo publicado no jornal O Globo em 04/01/2020

 

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Fala de Bolsonaro sobre ‘livrar’ o país do socialismo repercute no mundo

O discurso do presidente Jair Bolsonaro repercutiu nas principais veículos de comunicação europeus nesta quarta-feira, 2. Praticamente todas as publicações enfatizaram a fala do novo líder da maior economia da América Latina em que cita a libertação do Brasil do socialismo.

O jornal britânico The Guardian foi um dos que mencionaram o trecho como destaque. “Suas palavras encantaram uma multidão de mais de 100 mil pessoas – muitas das quais viajaram à capital modernista para o evento, convencidas de que o populista de extrema direita pode resgatar o País conturbado da corrupção virulenta, do aumento do crime e da estagnação econômica”, mencionou o diário. No jornal britânico de economia Financial Times, a posse de Bolsonaro não recebeu qualquer menção na edição impressa desta quarta-feira nem na versão na internet.

Ainda no Reino Unido, a rede de televisão BBC repetiu algumas vezes na noite de ontem uma reportagem sobre a posse de Bolsonaro. Em seu site na internet hoje, o assunto já está fora da página principal do veículo. No material de ontem, a BBC destacou que o presidente usou seu discurso de posse para prometer a construção de uma “sociedade sem discriminação ou divisão”. O enfoque sobre o fim do socialismo no país durante o discurso do novo presidente foi dado pelo francês Le Monde. Saudando “neste dia em que as pessoas começam a se libertar do socialismo, da inversão de valores, do gigantismo do Estado e do politicamente correto”, o líder da extrema direita brasileira prometeu livrar o país das “ideologias nocivas” que “destroem nossas famílias”, como as da “teoria do gênero” que abomina, ou “marxismo”, que ele acredita detectar nos livros didáticos.

Garantindo às pessoas “boas” o direito de “legítima defesa”, ele novamente mencionou seu desejo de flexibilizar o mais rápido possível a lei de 2003 que proíbe o porte de armas, mostrando ao mesmo tempo sua benevolência para com os atores da defesa do agronegócio em conflito com o movimento dos sem-terra e dos povos indígenas. [os bandidos disfarçados em 'sem terras' também matam - aliás, estão sempre armados e  prontos para o confronto com os legítimos proprietários dass terras que invadem, impunemente;

os índios também são violentos e agridem - além do absurdo que representa existir reserva indígena com 50.000 hectares para apenas doze índios.]
 O também francês Le Figaro mantém o tema sem muito destaque em sua página na internet. “Jair Bolsonaro assumiu o cargo na terça-feira, abrindo uma era de ruptura com sérias incertezas em relação à mudança para a extrema direita da maior potência da América Latina.”

Já o espanhol El País enfatizou a exibição da aliança de Bolsonaro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Bolsonaro e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aproveitaram a cerimônia para mostrar, via Twitter, sua aliança, que é uma virada ‘copernicana’ da política externa brasileira”, ressaltou o periódico. O veículo também informou que, em seu discurso de posse, o presidente evitou sua habitual crítica ao Partido dos Trabalhadores (PT) para convocar os deputados a se unirem “à missão de reconstruir o País, libertando-o do crime, da corrupção, da submissão ideológica e da irresponsabilidade econômica”.

O português Diário de Notícias, que acompanhou a transmissão do cargo ontem em tempo real, por sua vez, dá destaque à posse e salientou quatro frases do pronunciamento de Bolsonaro consideradas como “a chave” do discurso de posse: 
 1) “Este é o dia em que o povo começou a se libertar do socialismo, da invasão de valores, do politicamente correto, do gigantismo estatal; 
2) “Temos o desafio de enfrentar a ideologia que descriminaliza bandidos, pune policiais e destrói famílias, vamos restabelecer a ordem no País”; 
3) “Esta é a nossa bandeira, que jamais será vermelha, só será vermelha se for do nosso sangue derramado para a manter verde e amarela”, e 
4) “Traremos a marca da confiança de que o governo não vai gastar mais do que arrecada, do interesse nacional, do livre mercado e da eficiência, da garantia de que as regras, os contratos e as propriedades serão respeitados.

Revista IstoÉ



sábado, 10 de janeiro de 2015

Sequestrador de supermercado foi 'traído' por telefone 'mal desligado', diz jornal

Um descuido do homem que na manhã desta sexta-feira invadiu um supermercado de comida judaica em Paris teria ajudado policiais a definir o momento exato de invadir o local e libertar os reféns.

Citando fontes da polícia, o jornal francês Le Figaro diz que, após telefonar a um amigo, Amedy Coulibaly não desligou corretamente o telefone.

Segundo jornal francês Le Figaro, descuido teria possibilitado operação policial para libertar reféns 
A distração teria permitido aos policiais ouvir o que se passava dentro do local, "indistintamente ou mesmo de maneira desarticulada", explicou uma fonte ao diário. Dessa forma, os policiais decidiram pela intervenção, que culminou com a morte de Coulibaly, quando perceberam que o sequestrador "havia relaxado".

Depois de detonar bombas, os policiais entraram no local onde Coulibaly, suspeito de já ter matado uma policial na região de Montrouge, ao sul de Paris, na quinta-feira, mantinha vários reféns. Cinco pessoas, incluindo o sequestrador, morreram na operação e outras sete, entre elas três policiais, ficaram gravemente feridas.

Fonte: BBC Brasil