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terça-feira, 7 de novembro de 2023

Onde a esquerda se instala - Percival Puggina

         Onde a esquerda se instala, vai junto com ela o modo próprio de fazer política em regime de dedicação exclusiva
O ministério de Lula não para de crescer. 
O intuito desse inchaço é ampliar o número de líderes partidários usando a máquina pública para fazer política. 
Os mais prudentes e saneadores preceitos da Estatais foram para a lixeira porque o governo petista precisa desses cargos para fazer política através da nomeação de profissionais desse, digamos assim, tipo de política.
 
Claro que se poderia pensar em outras atividades atribuíveis a um governo. 
Imagino tarefas como entrega de obras, qualificação dos serviços da União e promoção do desenvolvimento econômico, mas como era dito ao tempo da pandemia, “isso a gente vê depois”. 
Tenho certeza de que se contarmos direitinho os assuntos de que Lula tem tratado quando resolve falar alguma coisa, seu tema principal são os adversários que lhe restam (por que muitos já saltaram a muro da vergonha e se bandearam para as intimidades do caixa).
 
O ministro Flávio Dino, quando interrompe suas lacradinhas nas redes sociais onde a liberdade tanto o incomoda e fala como ministro, reproduz a prática de Lula e ataca seus adversários. 
Foi assim que, diante da explosão de violência na Bahia, resolveu atribui-la à política pró-armas do ex-presidente Bolsonaro.
 
Assim vamos mal. Se o titular da pasta da Justiça atribui a criminalidade às armas, que como se sabe são objetos inanimados, sem poder de decisão, então os criminosos e suas organizações são inocentes.  
Não são eles, mas suas armas que estão cometendo os crimes e o culpado maior é o Bolsonaro. 
Onde a esquerda se instala sempre foi, é e será assim. Há quem goste, mas seus motivos fazem pensar.
Percival Puggina, colunista

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Sob insultos e ameaças - Percival Puggina


Haverá quem se sinta atingido com o que direi, no entanto, preciso desabafar: 
- cansei de ler comentários afirmando que só escrever não adianta, ou que só falar não adianta, ou que só ir para a porta dos quartéis não adianta, ou que mostrar indignação a autoridades comprometidas com o escândalo em curso não adianta. 
A todos, afirmo: dizer que não adianta também não adianta, ora bolas!
 
A hegemonia esquerdista foi construída e ainda hoje se mantém influenciando a opinião pública mediante a aplicação de todos os meios materiais, humanos e de toda a ciência que foi desenvolvida com esse intuito. 
Como você imagina que se forma um eleitorado (não importa de quantos milhões) disposto a trazer uma organização criminosa inteira à cena do crime? 
Como você imagina que subsista, mundo afora, público para optar por uma ideologia incapaz de apresentar um único caso de sucesso entre suas 42 experiências concretas? 
Falam em justiça e entregam uma nova elite corrupta; falam em liberdade e entregam opressão e paredão; falam em sabedoria e entregam cartilha; falam em pluralismo e entregam histeria e sanção contra toda divergência; falam em prosperidade e entregam cartão de racionamento;  
falam em democracia e entregam o manjado totalitarismo de sempre; falam em amor e entregam filhos revoltados chamando fascistas os próprios pais. 
Falam em estado de direito e democracia e chegam com isso que estamos vendo.
 
Depois de Georg Luckács, de Antonio Gramsci e da Escola de Frankfurt (Marcuse e Adorno), a renitente construção da desgraça precisa de todo o espaço cultural – música, teatro, cinema, literatura, artes plásticas. Precisa dos púlpitos, dos jornalistas e dos juristas. 
Precisa das salas de aula e, muito especialmente, das universidades. 
É por elas que passou a prepotente expulsão do conhecimento divergente (Luckács), a construção da hegemonia pela ação do intelectual coletivo (Gramsci) e a superação das resistências culturais (Escola de Frankfurt). Tudo isso adiantou, e muito, para sermos arrastados às aflições desta hora!

O despertar conservador e liberal brasileiro tardou demais! Acordou sob insultos e ameaças. É dito fascista porque a tanto são ensinados os jovens por professores que assim qualificam os pais de seus alunos e os que ousam divergir, ainda que a divergência se expresse em uma bandeirinha do Brasil.

Não deveríamos nunca esquecer que o Muro da Vergonha, o Muro de Berlim construído pelo estado comunista instituído na extinta Alemanha Oriental, era oficialmente conhecido como “Muro de proteção antifascista”, como se vê na placa comemorativa de seus 25 anos, em 1986 (AQUI).

A cerimônia de diplomação levada a cabo ontem transitou sobre longa e pavimentada rodovia que permite proclamar a legitimidade de absurdos mediante frenéticos aplausos da plateia e louvações da “imprensa tradicional” a discursos onde as palavras tomam direção oposta a seu sentido real. Lênin, Stalin, Hitler e Mussolini foram mestres nisso.

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


segunda-feira, 11 de abril de 2016

O “Muro da Vergonha” de Brasília merece, sim, ser chamado de “Muro de Berlim”



Os eleitores brasileiros em sua maioria fizeram uma m ... quando elegeram e reelegeram Lula e Dilma e os de Brasília agiram da mesma forma quando elegeram Rollemberg

Também nós vamos dar o nosso “Adeus, Lênin” — ou “Adeus, Lula”. E vamos aproveitar também para nos despedir de Don Corleone

A confusa administração de Brasília, a cargo do governador Rodrigo Rollemberg, do PSB — e refiro-me a desencontros em várias áreas, dos quais me dispenso de falar agora; fica para outras oportunidades —, decidiu erguer um muro em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, para separar, com placas de metal de dois metros altura, defensores e opositores do impeachment. Desde logo, note-se que a escolha está errada: na matemática, na simbologia e no fato.

Erra no fato a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Melhor seria ter destinado áreas distintas da enorme Praça dos Três Poderes para os manifestantes de ambos os lados, não alimentando o que eu chamaria de “A Arquitetura do Confronto”. Não se trata de uma guerra, mas do exercício do Estado de Direito.

Erra na simbologia quando faz crer que o que estarão em disputa no próximo domingo expressam visões igualmente legítimas. Essa, no fim das contas, é a maior de todas as falácias. No dia 17, os que defendem o triunfo do Artigo 85 da Constituição e da Lei 1.079, que o disciplina, hão de enfrentar aqueles que querem rasgar diplomas legais que são pilares do regime democrático.

E erra na matemática o governo do Distrito Federal quando faz supor que a sociedade brasileira está dividida, em partes iguais, sobre o impeachment da senhora Dilma Rousseff. Não! De uma lado, estão quase dois terços da sociedade brasileira, querendo que Dilma apeie ou seja apeada do poder; do outro, menos de um terço, que defendem a sua continuidade. A burocracia do governo do Distrito Federal resolveu igualar os desiguais. E sempre que isso acontece é a virtude que se vê obrigada a ceder à indignidade do vício, não o vício às qualidades da virtude.

O “Muro da Vergonha” entrará para a história como o único legado do PT, que, infelizmente, ainda vai durar muito tempo, como uma ferida a incomodar os brasileiros. Mas um dia será uma cicatriz, da qual se tem uma triste memória, junto com a satisfação decorrente do fim da dor.  Lula e o PT separaram o Brasil entre “nós” e “eles”, de sorte, como já escrevi aqui, que o “eles” éramos nós, pessoas que o partido e seu demiurgo consideravam desprezíveis, e “nós” eram eles, os indivíduos de moral supostamente superior, acima das vicissitudes humanas, ocupados apenas em fazer o bem comum.

Erguidos os panos da República, expuseram-se e estamos longe de saber tudo —  os horrores de uma máquina organizada para assaltar o Estado brasileiro. A realidade se revelou sem véus: “nós” éramos nós mesmos, os assaltados, os espoliados, os enganados, os humilhados pelo maior esquema de corrupção da história, tome-se qualquer país como exemplo. E “eles” eram eles na sua pureza criminosa.

Muro de Berlim
Um amigo me ligou no domingo à noite afirmando que parte da imprensa — a de esquerda, oram vejam! — estava se referindo de maneira pejorativa às placas de metal, chamando-as de “Muro de Berlim”. Esquerdistas dos dias que correm não estudam. Informam-se e deformam-se só pelas redes sociais. Não usam a Internet nem para baixar livros. Contentam-se com o que outros tão ignorantes como eles próprios expelem por aí.

Alguém mais informado deve ter dado o alerta, e a metáfora foi enfiada no saco. Mas eu a recupero. Trata-se, sim, do nosso Muro de Berlim —  erguido, o original, pelo regime comunista da Alemanha Oriental no dia 13 de agosto de 1961, separando, então, a Berlim Oriental, comunista, da Berlim Ocidental, capitalista. O muro só caiu em 1989, com a derrocada da União Soviética e dos regimes comunistas do Leste Europeu.

Durante 48 anos, o muro se tornou o símbolo de um mundo falsamente dividido em duas moralidades, ambas supostamente legítimas e assentadas em justas aspirações humanas. Uma ova! No mundo comunista estavam a ditadura, o terror, o atraso, a violência, a destruição da individualidade, o esmagamento dos direitos.

Do outro lado, assentavam-se as chances de uma vida digna — o que nunca quis dizer que todos os países capitalistas tivessem ou tenham oferecido — ou ofereçam ainda hoje — condições dignas de vida a seus cidadãos. Mas, antes como agora, isso quer dizer que a democracia só é compatível com o capitalismo, embora possa existir capitalismo sem democracia. Tal realidade nos conduz ainda a outra implicação: não existe socialismo sem ditadura, embora nem toda ditadura seja socialista.

Sim, o socialismo, como alternativa civilizatória, morreu em 1989, restando, mundo afora, não mais do que aleijões morais como Cuba, Coreia do Norte ou Angola, onde autoritários disputam com ladrões para saber quem impõe com mais determinação a sua agenda. Mas o muro sobrevive nas mentalidades de grupelhos que aparelharam o Estado brasileiro, a serviço do PT, e que se organizam para cassar direitos inalienáveis do povo brasileiro.

Não se enganem: o Muro da Vergonha que se ergue na Esplanada dos Ministérios não traduz o que se passa na alma e nos anseios da esmagadora maioria do povo. Por isso mesmo, cumpre lembrar ainda uma vez: foi o regime comunista que ergueu o Muro de Berlim, não o contrário; era a tirania com medo da liberdade, nas a liberdade com medo da tirania. Porque não havemos de ter medo. Agora é hora da coragem serena.

Recomendo a todos que assistam ao filme “Adeus, Lênin”, de 2003, dirigido por Wolfgang Becker. Trata justamente da queda do Muro de Berlim e do fim do horror comunista da Alemanha Oriental. Mas não só: ali também se compreende que a pior de todas as ditaduras é aquela que se apodera da nossa consciência.

De certa forma
De certa forma, é mesmo verdade. Vinte e sete anos depois da queda do Muro de Berlim, foi preciso erguer o nosso próprio muro, simbolizando o que Lula e o PT fizeram com o Brasil nos últimos 14 anos, para que possamos derrubá-lo. Também daremos o nosso “Adeus, Lênin”. Vamos dar o nosso “Adeus, Lula”. E vamos aproveitar para nos despedir também de Don Corleone.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Dilma dialoga com as placas de aço, que a mantém e aos banheiros químicos longe do povo


Nunca houve um Sete de Setembro como o deste ano. Ou: O espírito de Newton Cruz ria com sarcasmo dos petistas
Nunca se viu um Sete de Setembro como o deste ano. Pra começo de conversa, nada de pronunciamento oficial na TV. Dilma preferiu discursar num vídeo, tornado público nas redes sociais e nas páginas oficiais. A governanta ficou bem longe do povo. Era patético vê-la acenando naquele Rolls-Royce para placas de aço, que mantinham o povo de verdade à distância. Na área permitida, só petistas e puxa-sacos.

Com alguma memória, a gente via o espírito do general Newton Cruz, comandante militar do Planalto em 1984, em seu cavalo branco, como Napoleão — a comparação foi do então presidente, o general João Figueiredo —, dando piparotes com o cabo do chicote em automóveis que faziam buzinaço em favor da aprovação da emenda das diretas. O governo decretou “medidas de emergência” em Brasília nos estertores da ditadura. Era uma questão, sem dúvida, política. As ações emergenciais de agora têm origem na cleptocracia que tomou o estado brasileiro.

Dilma não se constrangeu nem em pegar carona na crise migratória que assola a Europa, que teve na terrível imagem do garotinho Aylan Kurdi, encontrado morto numa praia, o seu símbolo. Na cabeça perturbada dessa senhora, nós somos uma espécie de contraponto àquela barbaridade. Governantes precisam saber a hora de se inibir. Obviamente, ela não sabe.

Houve atos de repúdio ao governo e ao PT absolutamente espontâneos em pelo menos oito capitais, além do Distrito Federal. E que se note: os principais movimentos que têm organizado as manifestações contra a roubalheira e em favor do impeachment não convocaram ato desta vez, embora tenham se manifestado a favor dos protestos.

O Pixuleco, que já se tornou o símbolo desta era, ganhou uma companheira à altura: a Dilma inflada, com nariz de Pinóquio. Depois do desfile, manifestantes derrubaram placas de aço do cerco metálico que foi chamado de “Muro da Vergonha”. Do outro lado, na banda oficial, estavam petistas. Os dois grupos se hostilizaram, e a Polícia Militar teve de usar gás de pimenta para evitar o confronto.  Michel Temer, o vice que vem sendo bombardeado pelo PT, estava no palanque oficial, onde compareceu apenas um dos seis ministros do PMDB: justamente o de uma pasta condenada a desaparecer — Helder Barbalho, da Pesca. Henrique Alves (Turismo) está em viagem oficial à Itália. Os outros todos tinham compromissos pessoais ou políticos em seus estados. Uma coisa é certa: não estavam no palanque com Dilma. Não é um lugar que se deva disputar hoje em dia.

As pessoas disfarçadas de povo que estavam em Brasília para apoiar Dilma “contra o golpe” qual? participaram do tal “Ato dos Excluídos”, uma patuscada esquerdista que nasceu nos setores vermelhos da Igreja Católica e acabou sendo abraçada pela instituição.

A turma marchou em favor da presidente, mas, claro!, contra as medidas do governo e contra Joaquim Levy, o ministro da Fazenda daquela que, no vídeo divulgado na Internet, anunciou que vai nos administrar alguns “remédios amargos”. Nunca houve um Sete de Setembro como o deste ano. Mas é possível que eu não tenha me feito entender. Nunca houve porque, tudo indica, os brasileiros realmente começam a se libertar. E, agora, eles se libertam de um tipo muito particular de ditadura: a do PT.

Dilma dialoga com as placas de aço que mantêm o povo prudentemente à distância. A mistificação está com os dias contados.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo