Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Osama bin Laden. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Osama bin Laden. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 26 de julho de 2016

A boca, Bush e Trump

É espantoso o mal que a estupidez de um só homem pode provocar no planeta

Vivemos um suspense histórico, uma situação de trágicos conflitos descentralizados no mundo todo, principalmente no Oriente Médio. Como isso começou? Alguma coisa ou alguém deflagrou este tempo. Na minha opinião, foi o George W. Bush, nossa besta do apocalipse.  Ele é culpado por tudo que acontece no mundo atual e ninguém fala nele. Bush está pintando quadros em sua fazenda do Texas, enquanto o mundo que ele armou se destroça.

Finalmente, depois de 13 anos dessa vergonha, a Comissão de Crimes de Guerra de Kuala Lumpur, na Malásia, julgou e condenou Bush e Cheney por crimes de guerra. Isso. Claro que não há quem prenda o nefasto elemento. Mas, já é um consolo.  Tudo começou com a absurda invasão do Iraque em 2003.  A invasão do Iraque foi um erro tão grave quanto, digamos, atacar o México por causa do bombardeio a Pearl Harbor em 1941. Aconselhado por seu vice-papai Dick Cheney — um dos piores ratos da América —, Bush mentiu que o Iraque tinha “armas de destruição em massa”.

A partir daí, Bush continuou a construir nosso futuro apavorante. Ele não era um Hitler nem um Mussolini, com seus dogmas psicóticos. Ele era a estupidez destrutiva, com trapalhadas trágicas que não tinham a obstinação sangrenta de loucos, mas a desorientação porra-louca de um bêbado boçal. A partir daí o mundo entrou numa ciranda de horrores. Eu estava lá nos Estados Unidos e vi. Parece loucura, mas tudo começou quando Bill Clinton teve um caso com Monica Lewinsky, aquela estagiária gorda de Washington. Monica fez-lhe um boquete na cozinha da Casa Branca, entre pizzas, enquanto a Hillary dormia. Ela denunciou-o e Clinton, encurralado, mentiu na TV, declarando que nunca tivera relações sexuais com Monica. Mas ela guardara um vestido marcado por esperma do presidente, cujo DNA provava sua atuação. Vexame total para Clinton e quase um impeachment.

Aí, o Al Gore, candidato democrata contra o Bush, ficou com medo de defender o Clinton na campanha, para não ser considerado cúmplice de adultério até por sua esposa. Gore medrou. E Bush foi eleito. Foi nessa época que a direita republicana mais degenerada começou a se articular. Bush foi o pior presidente americano de todos os tempos, uma espécie de Forrest Gump no poder, ignorante e alcoólatra.

Até que um dia, para seu azar e sorte, o Osama Bin Laden derrubou as torres gêmeas no evento mais espantoso do século 21 (até agora...) e deflorou os Estados Unidos, nunca atacados dentro de casa. Não me esqueço da cara do Bush quando lhe contaram no ouvido a tragédia, enquanto ele dava uma palestra para meninos de um colégio. A cara do Bush foi de gesso, paralisada, sem uma rala emoção, sob o olhar das criancinhas em volta. A partir daí, a América quis vingança. Bush virou o “presidente de guerra” comandando a paranoia americana. Bush veio para acabar com todas as conquistas liberais dos anos 60. Só faltava um pretexto; Osama deu-o.

Aí, Bush e Dick Cheney, seu vice, derrubaram o Saddam Hussein, um ditador sunita escroto, mas que servia ao menos para segurar o Oriente Médio com sua intrincada geopolítica fanática e religiosa. [aqui o Jabor acerta; e os que quiserem ler, uma obra escrita com vários anos de antecipação, nos tempos do Bush pai, terão oportunidade de entender as razões que tornavam conveniente a permanência de Saddam Hussein comandando o Iraque, o que levou a 'coalizão' a não invadir o Iraque, depondo Saddam durante a Guerra do Golfo.
A obra magistral, de Frederic Forsyth, O PUNHO DE DEUS, antecipa e explica tudo.

No Oriente, o ódio ancestral contra os USA cresceu como nunca. Isso fortaleceu não só a Al Qaeda como seus filhotes e os homens-bomba floresceram como papoulas, iniciando a série de atentados em Espanha, Inglaterra, Índia, Bali, Boston, Paris e outros que vieram e virão. Errando sempre, Bush cumpriu todos os desejos de Osama, como um lugar-tenente burro. Essa invasão absurda estimulou o terrorismo. Osama morreu, mas sua obra foi bem-sucedida. Bush legitimou-o para sempre. Amigos, esta é a verdade brutal: a gênese do Estado Islâmico está na invasão do Iraque pelos Estados Unidos.

A América jogou dois trilhões de dólares no Iraque para uma guerra sem vitórias, porque os inimigos eram e são invisíveis. Mataram milhares de americanos jovens e arrasaram um país que hoje já é dominado pelo Estado Islâmico, perto do qual a Al Qaeda é uma ONG beneficente. Somou-se a essa (perdão...) cagada a crise econômica de 2008, provocada pela desregulação total das finanças de Wall Street por Bush, precedido erradamente por Clinton.

E por essas linhas tortas, surgiu o Trump, essa ameaça à humanidade. Como? Eu chego lá...
A globalização da economia e da políticainevitável com a mutação do capitalismo — trouxe uma obrigatória convivência com o “incontrolável”, trouxe o fim de certezas, trouxe uma relativização de valores morais, sexuais, políticos, insuportáveis para a grande massa da estupidez americana endêmica. A paranoia da América não podia suportar tanta democracia. O fim das certezas enlouqueceu o absolutismo fundamentalista cristão. 

Depois começou a era que chamávamos de Primavera Árabe — ridícula ilusão do Ocidente de que os árabes estavam obcecados pela democracia dos Estados Unidos... Rs rs rs...
Obama conseguiu então matar o Osama e foi reeleito. [o que possibilitou mais quatro anos de destruição dos valores morais, sexuais e que agora, com as bênçãos de DEUS, Trump corrigirá.] 
 
Mas, a morte de Osama no Paquistão indispôs mais ainda o Oriente Médio contra nós e fragilizou a liderança dos Estados Unidos como potência. Daí, tudo andou para trás: Irã, Egito, Líbia, guerra da Síria contra seu povo, apoiada claro, pela China e, oba!, pela Rússia da KGB. E hoje estamos nessa briga de foice em quarto escuro, estamos na véspera de novos horrores que não param de acontecer, agora com a terceirização do terror, com o EI oferecendo franquias para os lobos solitários do Ocidente.

Se não tivessem invadido o Iraque, o mundo seria outro. Mas o “se” não existe na História. Foi o que foi. A história é intempestiva e ilógica e as tentativas de dominá-la em geral dão em totalitarismo e ditaduras. A pior estrada foi tomada, como um fim de porre do texano fraco e incompetente. É espantoso o mal que a estupidez de um só homem pode provocar no planeta. Mas, afinal, pergunta o leitor, que que o Trump tem a ver com isso?
É simples; ele nasceu da boca de Monica Lewinsky, em 1997, durante aquele devastador “boquete” que mudou o mundo. E que pode destruí-lo, um dia. [não devemos olvidar que a senhora Hillary foi responsável quando aceitou ser alcoviteira do próprio marido.]

Fonte: Arnaldo Jabor - O Globo

domingo, 22 de novembro de 2015

Abu Bakr al-Baghdadi se diz o sucessor de Maomé

A figura oculta que comanda o exército extremista do EI e o front digital do califado do Estado Islâmico

Enquanto muitos de seus seguidores não se importam de postar selfies para propagar a mensagem do Estado Islâmico, o líder do grupo aparece o mínimo possível, por questões de segurança e para aumentar a mística em torno daquele que se diz o sucessor de Maomé. Abu Bakr al-Baghdadi anunciou a criação do califado em julho de 2014, instaurando um regime que promove execuções em massa, estupros e escravidão. Só foi visto em vídeo uma vez, durante um sermão em Mossul (Iraque). Para espalhar sua biografia, como parte da propaganda do EI, ele conta com um exército de mídia montado por Ahmed Abousamra, um sírio que se formou em Tecnologia da Informação em Boston (EUA) e teria sido morto em julho, durante um bombardeio.

 Baghdadi: califa só foi visto em vídeo uma vez, em missa no Iraque, - AP / 5-7-2014
A máquina que Abousamra formou também dissemina o culto à personalidade de Baghdadi. Sites jihadistas examinados pelo jornalista Abdel Bari Atwan informam que o “califa Ibrahim”, como o líder quer ser chamado, vem de uma família iraquiana com vários imãs e teria mestrado e doutorado em História e Cultura Islâmica pela Universidade de Bagdá. São informações que visam a legitimar suas credenciais religiosas para que não seja visto apenas como um líder militar.

Em seu livro, Atwan narra as impressões de um aliado que passou dois anos ao lado de Baghdadi numa prisão militar americana no Iraque, a partir de 2004. Segundo essa fonte, o líder do EI é um homem carismático e controlado, que carregava um permanente sorriso no rosto. Ao ser libertado, ameaçou o soldado americano que guardava os portões de saída: “Nós vamos encontrá-lo de novo nas ruas, em algum lugar, algum dia.”

Grupo jihadista expande uso das redes sociais para recrutar e disseminar terror

Uma britânica que vive no território ocupado pelo Estado Islâmico (EI) postou há alguns meses em sua conta no Twitter a foto de uma sobremesa de creme com pedaços de chocolate feita em casa, repetindo o que milhões de pessoas fazem o tempo todo nas redes sociais. A diferença é que poucas horas depois, com o mesmo tom banal, ela usou o microblog para dizer que a “alma” de seu marido acabara de fazer a melhor “transição” possível e pediu que os céus o recebessem como mártir, sugerindo que ele morrera numa missão suicida. Não há como saber a verdadeira história da internauta identificada como Al-Britaniya e cujos posts, assim como muitos outros, foram examinados pelo jornalista palestino Abdel Bari Atwan numa investigação sobre a ascensão do EI. 


domingo, 4 de janeiro de 2015

Estado Islâmico se transforma em um movimento extremista transnacional

Facções radicais de vários países juram lealdade grupo.  

Especialistas veem uma organização mais letal, preparada e rica do que a rede Al-Qaeda, de Osama bin Laden

O sonho de instituir um califado islâmico no Oriente Médio o primeiro passo para a consolidação da Umma (“a grande nação muçulmana”) tem seduzido facções extremistas da Ásia e da África e colocado o terrorismo, mais uma vez, no topo da agenda mundial. Militantes radicais da Nigéria, do Mali, do Egito, da Índia e do Paquistão juraram lealdade aos mujahedine (guerrilheiros) do Estado Islâmico (EI), grupo que ganhou notoriedade por decapitar prisioneiros e por promover execuções em massa. 
 O grupo extremista ganhou força militar
 
Em Mombasa, na costa do Quênia, bandeiras do EI foram apreendidas em duas mesquitas. Na Líbia e na Península do Sinai, os jihadistas foram além e declararam a fundação de uma nação obediente a Abu Bakr Al-Baghdadi. Ao menos 15 mil mujahedine de 80 países, 2 mil deles do Ocidente, se uniram ao EI. O retorno às nações de origem é visto como um pesadelo para os governos, que temem atentados.
O francês Jean-Pierre Filiu, especialista em Oriente Médio pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po), alerta que o Estado Islâmico já é muito mais perigoso do que a rede terrorista Al-Qaeda em seu auge, pouco antes de 11 de setembro de 2001. “Osama bin Laden tinha cerca de mil simpatizantes armados. O EI possui 30 vezes mais, a maioria deles com experiência em combate e em treinamento militar. A receita dos atentados de 11 de setembro era de US$ 500 mil. O EI tem US$ 1 bilhão”, afirmou ao Correio, por e-mail. De acordo com ele, se a Al-Qaeda operava no Afeganistão, uma espécie de “beco sem saída”, os jihadistas de Al-Baghdadi atuam na Síria e no Iraque e ameaçam a Turquia, um dos portões da Europa. “O acréscimo mais perigoso tem sido a recente aliança do Ansar Beit Al-Maqdis (“Os Partidários de Jerusalém”), a principal facção jihadista que opera do Sinai até o Vale do Rio Nilo".

“Uma analogia seria comparar o EI a uma nave-mãe, pois o grupo declarou um califado e atiçou a imaginação de muitos muçulmanos”, observa Magnus Ranstorp, especialista em terrorismo pelo Colégio de Defesa Nacional da Suécia. “Os outros sistemas de apoio fervilham em direção à nave; são auto-organizados, mas mantêm mesmo foco.” Para o sueco, a facção ganhou características de grupo de terror transnacional. Ele vê a evolução do EI como a metáfora de um arquipélago jihadista em expansão, no qual existem ilhas em processo de liberação. “São o caso da Líbia e do Sinai.”

O australiano Clive Williams, professor do Centro para Policiamento, Inteligência e Contraterrorismo da Universidade de Macquarie (em Sydney), admite que o Estado Islâmico foi bem-sucedido em desenvolver uma rede de facções afiliadas na maioria dos países muçulmanos e conta com simpatizantes no Ocidente. No entanto, ele nega que o EI exerça um controle nos moldes do que era aplicado pela Al-Qaeda. “O Estado Islâmico encoraja os simpatizantes a realizarem atentados e depois os reivindica, mas não toma parte na organização dos ataques. Apesar de ter influência transnacional, trata-se, primariamente, de um grupo do Oriente Médio”, explicou, por e-mail. Ele prevê que a maior parte das operações do EI no Ocidente será encampada pelos chamados “lobos solitários”, mais difíceis de serem detectados pelas agências de inteligência. Nesse sentido, os países que integram a coalizão americana na Síria e no Iraque seriam os mais vulneráveis. 
 
Fonte: Correio Braziliense