Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Sydney. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Sydney. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Cine Apocalipse - Revista Oeste

Dagomir Marquezi

Foto: Montagem Revista Oeste/Divulgação
Foto: Montagem Revista Oeste/Divulgação

Boa parte dos cineastas e dos cientistas está falando a mesma língua. O que torna cada vez mais difícil distinguir os fatos da ficção. Cientistas nos mantêm em estado de permanente pânico. Cineastas se inspiram nessas previsões “científicas” para criar filmes em que milhões são mortos em frente aos nossos olhos enquanto tomamos uma cervejinha e comemos um salgadinho.

Filmes de catástrofe seguem geralmente uma receita que todo mundo conhece de cor:

  1. Um cientista descobre que um desastre natural nos ameaça a todos, mas ninguém acredita nele. É demitido do emprego e ridicularizado. Depois de algumas catástrofes, ele é chamado para salvar o planeta;
  2. Uma pessoa comum procura salvar sua família, e nós somos manipulados a torcer por esse pequeno grupo enquanto milhares morrem ao redor;
  3. Empresários planejam formas de lucrar com os eventos, indiferentes ao sofrimento dos mais pobres;
  4. Um excêntrico avisa que o mundo pode acabar através de um blog ou podcast. O maluco geralmente morre, feliz em saber que todo mundo agora sabe que ele tinha razão;
  5. No fim, os cientistas, os militares e os capitalistas negacionistas morrem (afogados, esmagados, soterrados). Os que acreditaram que a catástrofe iria acontecer sobrevivem entre as ruínas com a tarefa de construir um mundo mais justo e menos egoísta.

A lista abaixo cita filmes de catástrofe de alcance global. Você conhece a cena: num certo inevitável momento vemos a tela de uma TV em que bravos repórteres documentam a destruição de Londres, Paris, Sydney e Cingapura. Alguns deles morrem durante a reportagem. O mundo como o conhecemos está no fim. Não há como escapar. Passa a pipoca.

Godzilla (1954)

Direção: Ishirô Honda

Roteiro: Takeo Murata, Ishirô Honda, Shigeru Kayama

Elenco: Akira Takarada, Momoko Kôchi, Akihiko Hirata

O primeiro de uma longa série. Este monstrão original atacava apenas Tóquio, destruída tantas vezes em outros filmes japoneses. Mas as megaproduções posteriores tornaram a ameaça global. Godzilla é um lagartão de 120 metros de altura que surgiu por causa de mutações causadas pelos testes nucleares norte-americanos. 
Os japoneses tinham uma certa razão de não simpatizar muito com o assunto depois dos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, que encerraram a Segunda Guerra. 
Mesmo assim, construíram 55 reatores nucleares desde 1966 e têm planos de aumentar em 20% o uso de usinas atômicas até 2030. 
Em 2011, tiveram outra experiência infeliz, com o grande terremoto/tsunami que abalou a usina de Fukushima. Mas nenhum lagarto gigante surgiu do fundo do mar nessa ocasião.

Armageddon (1998)

Direção: Michael Bay

Roteiro: Jonathan Hensleigh, J.J. Abrams, Tony Gilroy

Elenco: Bruce Willis, Billy Bob Thornton, Ben Affleck

Um asteroide do tamanho do Estado do Texas se aproxima da Terra. Catorze heróis partem para destruir a ameaça antes que ele chegue perto de nós. Em 1998, cineastas podiam reunir 14 machos (13 deles brancos) para resolver qualquer situação sem grandes patrulhamentos. O que pode dar errado com uma equipe chefiada por Bruce Willis ao som do Aerosmith? Atos individuais de heroísmo bastam para resolver as coisas. A aproximação do asteroide é dada como um fato natural, e ninguém carrega a culpa por isso.

Impacto Profundo (1998)

Direção: Mimi Leder

Roteiro: Bruce Joel Rubin, Michael Tolkin

Elenco: Robert Duvall, Téa Leoni, Elijah Wood

Uma espécie de Armageddon levado mais a sério. A ameaça é bem menor — um cometa de 11 quilômetros de extensão. Uma missão russo-norte-americana vai tentar destruir o cometa, como no filme rival, mas (desculpe o spoiler) não consegue. Aí entra um dos aspectos mais interessantes do filme e sua concepção de fim de mundo: a humanidade precisa sobreviver de alguma forma. Os EUA sorteiam 800 mil cidadãos que vão se reunir com outros 200 mil “cientistas, professores, soldados e artistas” para reconstruir a civilização numa fortaleza subterrânea. A questão dos “escolhidos” é um dos temas mais presentes na atual onda de catastrofismo ambiental. (Um toque pessoal: eu estava no meio da multidão de figurantes que comemora uma declaração do presidente Morgan Freeman no telão da Times Square. Está no minuto 01:32 do trailer.)

O Dia Depois de Amanhã (2004)

Direção: Roland Emmerich

Roteiro: Roland Emmerich, Jeffrey Nachmanoff

Elenco: Dennis Quaid, Jake Gyllenhaal, Emmy Rossum

O paleoclimatologista Jack Hall (Dennis Quaid) observa um grande pedaço de gelo desabando na costa da Antártida. Ele vai até a Assembleia Geral da ONU e declara que o mundo vai enfrentar uma nova era do gelo se “não parar de poluir a atmosfera”. A água doce que se desprendeu fez a temperatura desabar 13 graus nos oceanos. Seguem-se tornados (que destroem Los Angeles) e nevascas em cidades tropicais. Nova Iorque vira um freezer. A Estátua da Liberdade é coberta pela neve. Emmerich faz sua piadinha “anti-imperialista” ao mostrar que os norte-americanos invertem a mão da migração e se tornam refugiados no México, onde o clima é um pouco mais ameno. Fenômenos que deveriam demorar décadas acontecem em dias.

2012 (2009)

Direção: Roland Emmerich

Roteiro: Roland Emmerich, Harald Kloser

Elenco: John Cusack, Amanda Peet, Chiwetel Ejiofor

Existem os filmes de desastre. E existem os filmes desastrosos. 2012 teve US$ 200 milhões de orçamento, efeitos especiais a dar com o pau (muito bons, por sinal) e uma multidão de atores e técnicos. Roland Emmerich já tinha destruído o planeta Terra três vezes antes: em O Dia Depois de Amanhã, Independence Day e Godzilla. Este filme trata de um suposto calendário maia que teria previsto um alinhamento planetário para o dia 21 de dezembro de 2012. Ninguém dá importância. Segue-se uma salada mista de terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas. Prédios caem uns sobre os outros, veículos voam sobre abismos e o Cristo Redentor desaba sobre os turistas. No fim (como em Impacto Profundo), se repete o sorteio dos “escolhidos”, que habitarão grandes arcas marinhas, ao estilo de Noé. Mas você provavelmente já terá mudado de filme, enjoado com o tom quase pornográfico do genocídio gratuito que acontece na tela.

Tempestade: Planeta em Fúria (2017)

Direção: Dean Devlin

Roteiro: Dean Devlin, Paul Guyot>

Elenco: Gerard Butler, Jim Sturgess, Abbie Cornish

O ano é 2019 e “o aquecimento global” está fora de controle, provocando tempestades destrutivas ao redor do mundo. O cientista Jake Lawson (Gerald Butler) coordena a construção de uma rede de satélites (o “Dutch Boy”), que monitora e controla do espaço as avassaladoras tempestades. É pouca desgraça? Um vilão injeta então um vírus no sistema de satélites, que passam a multiplicar o caos meteorológico. O Rio de Janeiro mais uma vez é atingido, dessa vez na Praia de Copacabana. Raios cruzam os céus, aviões caem nas cidades, ventanias fazem um ônibus voar, mais tsunamis, tornados simultâneos, incêndios, quedas de granizo do tamanho de um rochedo…

Não Olhe para Cima (2021)

Direção: Adam McKay

Roteiro: Adam McKay

Elenco: Leonardo DiCaprio, Jennifer Lawrence, Meryl Streep

O criador, Adam McKay, deve ter pensado: “Vou denunciar a indiferença do mundo com as mudanças climáticas disfarçadas como um cometa”. É uma comédia sobre o “negacionismo”, com o ator militante Leonardo DiCaprio num dos papéis principais. Meryl Streep é uma presidente completamente perua e irresponsável, uma versão feminina de como esquerdistas enxergam Donald Trump. Os republicanos no poder são idiotas que querem faturar “trilhões” com os minerais do interior do cometa. E (mais um spoiler) ainda conseguem se safar da catástrofe, mudando-se para outro planeta, indiferentes com o destino do restante da humanidade. O filme se tornou instantaneamente o queridinho da esquerda caviar nos EUA e foi indicado para quatro Oscars e outras 84 premiações. Alguns bons atores disfarçam o panfletarismo rasteiro desta produção.

Leia também “100 anos no ar” 

Dagomir Marquezi, colunista - Revista Oeste


sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Suplementos de colágeno realmente impactam pele, cabelo, unhas e articulações?

O Globo

Alice Callahan, do New York Times

Benefícios da suplementação parecem ser limitados, explicam especialistas, que não a indicam para pacientes com problemas de osteoartrite

Suplemento de colágeno está longe de ser uma unanimidade Foto: Reprodução
Suplemento de colágeno está longe de ser uma unanimidade Foto: Reprodução

"Consuma mais colágeno animal na forma desses suplementos, e você terá pele, cabelo e unhas mais saudáveis, além de acalmar as articulações e apoiar a função digestiva", prometem os rótulos.

Tais suplementos são feitos de tecidos animais ricos em colágeno que poderiam ser descartados pelos processadores de carne, como pele e ossos de bovinos e suínos, bem como escamas e pele de peixe. As proteínas são primeiro desnaturadas para formar gelatina e depois quebradas em fragmentos menores antes de serem incorporadas em produtos como pós, gomas, cápsulas e barras de proteína.

Leia mais: Os 7 hábitos que aceleram o envelhecimento da pele

Suplementos comercializados como "colágeno à base de plantas" não contêm realmente colágeno; eles afirmam apoiar a produção de colágeno com uma mistura de aminoácidos, vitaminas e minerais.

Pesquisas inconclusivas
Qualquer benefício possível de um suplemento como o colágeno depende de como ele é digerido e absorvido no trato gastrointestinal e se os produtos da digestão podem chegar aos tecidos-alvo e ter um efeito terapêutico. Algumas pesquisas analisaram partes dessa sequência e indicaram alguns possíveis benefícios, mas a história está longe de estar completa.

Entenda: De quanta água você realmente precisa? Cai o mito de beber 2 litros por dia

Veja a pele, por exemplo. O colágeno é uma das principais proteínas da derme, contribuindo para sua firmeza e elasticidade, explica Diane S. Berson, professora associada de dermatologia no Weill Cornell Medical College, em Nova York. A partir dos 20 anos, começamos a perder colágeno da pele, e ele pode ser ainda mais danificado pela exposição a fatores ambientais, como luz solar, fumaça de cigarro e poluição. Tudo isso leva a flacidez, enrugamento e secura, disse Berson.

Mas ela não está convencida de que comer colágeno pode atenuar esses efeitos. Alguns estudos mostram que tomar suplementos de colágeno por vários meses pode melhorar a elasticidade, a umidade e a densidade do colágeno da pele, mas Berson observa que são estudos pequenos e patrocinados pelas fabricantes dos produtos, aumentando a chance de vieses na pesquisa. — Não acho que esteja em posição de ridicularizá-los e dizer que isso definitivamente não funciona. Mas, como médica, gostaria de ver mais ciência baseada em evidências — disse ela.

Entenda:  Por que a Ômicron pode ser um 'presente de Natal'

Em vez disso, Berson enfatiza a importância de usar proteção solar, manter uma dieta saudável, beber muita água, evitar a fumaça do cigarro e dormir o suficiente — todas formas de "cuidar do colágeno que você já tem, em vez de tentar reabastecê-lo com suplementos", concluiu.

Existem poucas pesquisas sobre os efeitos do consumo de colágeno no cabelo e nas unhas. Um pequeno estudo descobriu que diminuiu a quebra da unha, mas faltou um grupo de controle para comparação. Outro produto que inclui colágeno como um dos muitos ingredientes parece melhorar o crescimento do cabelo, mas é impossível dizer que papel ele pode desempenhar nessa mistura.

Sem indicação para osteoartrite
Letícia Deveza, bolsista de reumatologia da Sydney Medical School, na Austrália, não recomenda de forma rotineira suplementos de colágeno para pacientes com osteoartrite. — A melhor evidência disponível sugere que eles têm apenas pequenos efeitos sobre a dor nas articulações, que provavelmente não são significativos para os pacientes — disse ela, acrescentando: — Minha preocupação é as pessoas confiarem demais em suplementos que não têm benefícios claramente demonstrados e negligenciar outros componentes importantes do tratamento da osteoartrite, como exercícios e controle de peso.

Suplementos de colágeno também são comercializados para atletas, mas "não há evidências que mostrem que tomar proteína de colágeno melhore sua capacidade de reconstruir ou curar", disse Stuart Phillips, professor de cinesiologia da Universidade McMaster em Ontário, Canadá, e autor de um recente estudo internacional sobre suplementos dietéticos. As alegações são “em grande parte lixo”, disse ele, acrescentando que a indústria de suplementos não é bem regulamentada.

O Globo - Saúde/Bem-estar


domingo, 4 de julho de 2021

Deixem os Jogos Olímpicos em paz - @AnaPaulaVolei - Revista Oeste

Gwen Berry, esportista norte-americana
Gwen Berry, esportista norte-americana [o consenso é que ela deveria ser proibida de representar os Estados Unidos da América nos Jogos Olímpicos]
 
Desde os meus 8 anos, idade da primeira experiência com o sentimento olímpico, quando assisti à Olimpíada de 1980, pus na cabeça que um dia eu representaria o Brasil nos Jogos Olímpicos. A cerimônia de despedida em Moscou, com o inesquecível ursinho Misha chorando numa coreografia feita pelo próprio público nas arquibancadas, foi apenas o começo de um longo namoro e casamento com o esporte.

Décadas se passaram, a Olimpíada de Los Angeles, em 1984, nos deu a geração de prata no vôlei masculino num jogo inesquecível, exatamente contra os donos da casa. Veio Seul, em 1988, e nossa seleção feminina começou a ganhar traços de protagonismo. Barcelona, em 1992, foi a minha primeira Olimpíada e até hoje não sei explicar o que senti no desfile de abertura no maravilhoso estádio olímpico em Montjuïc, onde vimos a pira olímpica ser acendida com uma flecha de fogo. Então chegou 1996, e Atlanta nos colocou na história com a primeira medalha olímpica para o vôlei feminino. Ali, na encruzilhada entre aposentar e continuar, ainda consegui esticar até Atenas, em 2004, e Pequim, em 2008.

E por que essa volta olímpica (com o trocadilho mesmo)? Porque, por mais que um atleta olímpico apaixonado pelo seu esporte e pelo seu país enumere quantas vezes participou de uma Olimpíada, todas são únicas. A idade pode trazer certa maturidade técnica, mas o frio na barriga, o dia que aquela mala de uniformes com a bandeira do Brasil chega à sua casa, o orgulho que é andar pela Vila Olímpica com a nossa bandeira estampada… ouvir nosso hino… tudo isso, por mais experiente que você seja, é único e traz — sempre — a sensação de “primeira vez”. Depois do nascimento do meu filho, ainda não encontrei nenhum sentimento parecido com o de estar no pódio e ouvir nosso hino.

Nessas andanças pelo mundo durante quase 25 anos no esporte, conheci muita gente, fiz bons amigos e mergulhei em outras culturas. Cada uma com sua característica. Mas ali, nos Jogos, por mais apaixonado que você seja pela Itália, pela Grécia ou pelos Estados Unidos, o sentimento de amor profundo pelo seu país — com todos os defeitos que ele tem — é insuperável. E isso não é só do brasileiro, é geral. É como se estivéssemos numa guerra sem violência, sem armas, sem animosidade, mas todos de prontidão em seus exércitos para defender seu país.

Um dos pontos marcantes nesses anos de estrada no esporte sempre foi o orgulho que os norte-americanos tinham por sua pátria, sua bandeira, seu hino. Vê-los orgulhosos de seus símbolos me fez mais brasileira, acredite. Também queria que todos, e principalmente eles, vissem o meu orgulho pelo Brasil. O orgulho mostrado por aqueles ianques era incômodo, bonito, irritante, hipnotizador. Mas foi apenas quando me mudei para os Estados Unidos que pude entender o que era aquilo. Estudei profundamente a história norte-americana e ficou claro. Nada veio fácil para os norte-americanos. Tudo foi construído com trabalho, vidas, guerras, lutas, conflitos e muito sangue derramado. Até uma guerra civil houve, quando uma parte do país disse não à imoralidade da escravidão. É, até hoje, a guerra que mais tirou vidas norte-americanas.

Foi assim que pude entender que o respeito que tinham por mim, ou por qualquer um que chega a este país e trabalha duro, conectava-se com o orgulho que sinto pelo meu país de origem, minha medalha olímpica e minha trajetória de anos de muito trabalho até ela. Mesmo nesse clima de alta competição, o esporte — em especial durante os Jogos Olímpicos — sempre foi um campo no qual diferenças são abandonadas. Qualquer desavença política ou religiosa era tratada como um figurante, que mal aparece num filme bom. Roteiro que, de quatro em quatro anos, deixa histórias de superação e enredos dramáticos de derrotas e vitórias espetaculares. Inimigos geopolíticos dão ao mundo esperança de paz durante aquelas duas semanas de “trégua”. Mas o que mudou? Infelizmente, algo vem atingindo a alma olímpica, o espírito de que o orgulho que pode levar a tantas guerras também pode semear a paz. E isso vem sendo demonstrado da maneira mais estúpida possível.

Com todos os ingredientes de uma nação próspera próspera porque é livre —, vivendo no país mais democrático do mundo e com riquezas em abundância, é difícil entender o ódio que muitos desta geração afetada têm aos Estados Unidos. A América não é perfeita, nenhuma nação é, mas é livre, é democrática, é viva, é rica em recursos para o real progresso do indivíduo.

Depois de um ciclo político que trouxe a banalização da história e suas palavras, a ressaca desse movimento é a politização de tudo. O esporte já dava sinais de que não iria escapar à “idiotização” política, com frases repetidas como as de papagaios e atletas de importantes campeonatos como a NBA ajoelhando-se literalmente — para a palhaçada do politicamente correto, e para os sequestradores de almas que precisam entrar em algum balaio coletivista. Agora, essa nova repulsa parece chegar à esfera olímpica.

Depois de vermos atletas da NBA e NFL ajoelhando-se durante o hino nacional norte-americano (e testemunharmos as respectivas audiências despencarem), e empurrando a ideia desmiolada a outros países, atletas que participarão da Olimpíada de Tóquio, que se inicia em 23 de julho, começam a mostrar que os protestos políticos podem chegar aos campos e arenas no Japão. O Comitê Olímpico Internacional atualizou suas diretrizes para os Jogos, e as recomendações sobre a Regra 50 do COI, totalmente endossadas pelo Conselho Executivo da instituição juntamente com a Comissão de Atletas, afirmam que “nenhum tipo de manifestação ou propaganda política, religiosa ou racial será permitida em quaisquer locais ou outras áreas olímpicas”. O COI promete punição a quem infringir essa regra. A ver.

Gwen Berry entrou para a equipe olímpica norte-americana no arremesso de martelo. Depois de terminar em terceiro no último fim de semana, atrás de DeAnna Price e Brooke Anderson, ela atraiu a atenção de todos ao virar de costas para a bandeira norte-americana durante a execução do hino nacional. Ela então colocou sobre a cabeça uma camiseta com os dizeres “atleta ativista” enquanto era tocado The Star-Spangled Banner. Em meio ao escrutínio público e comentários de que Gwen não deveria representar os EUA nos Jogos, ela declarou: “O hino não me representa. Nunca representou. Meu propósito e minha missão são maiores do que o esporte. Estou aqui para representar aqueles que morreram devido ao racismo sistêmico”. O racismo é uma pauta justa na sociedade. Mas o racismo real, não o “racismo sistêmico” que atletas negros milionários acham que existe, “enraizado” em todo homem branco na América. América esta tão racista que colocou um presidente negro na Casa Branca por oito anos.

Gwen Berry atraiu a atenção de todos após virar as costas à bandeira norte-americana durante o hino nacional [ensinaram para a atleta alguns slogans,dizendo serem anti racistas, e a Gwen Berry, estupidamente ou por desconhecimento, deu as costas a um dos "Simbolos" de sua Pátria = o que tornou indigna de representar os Estados Unidos.]

Vários legisladores democratas e republicanos, assim como veteranos militares, pediram que Gwen fosse removida da equipe olímpica, citando que o único propósito de um atleta olímpico é representar seu país. A alegação dos veteranos de guerra é que, se Berry está tão envergonhada da América, então não há motivo para ela competir pelo país. Apesar de alguns confetes da mídia militante, a atleta também recebeu fortes críticas de atletas negros, como o ex-jogador da NFL Jack Brewer: “Só penso como é crescer como uma criança na escola, quando você ouve o hino nacional, o sentimento que ele dá em você e o respeito que você tem. A bandeira não deve representar a perfeição, mas a bandeira é a família — a família norte-americana —, o país que compartilhamos. Todos estão tentando trabalhar pelo mesmo objetivo. Isso é que seu país representa. É como entrar em sua casa e dar um tapa na sua mãe. Isso não faz sentido. Eu não entendo”. [nos tempos em que o Patriotismo era incentivado, todas as escolas colocavam seus alunos em formas para o hasteamento da BANDEIRA NACIONAL e a execução do HINO NACIONAL.

Tais valores precisam voltar a ser cultuados e se reparar os males que a maldita esquerda fez ao Brasil quando governava, Seus adeptos e fantoches querem voltar, imaginam que o desamor que ensinaram aos nossos jovens prevaleceram e que agora não perderão, perderam em 35, em 64, 68 e voltarão a perder, tão logo tentem dominar o Brasil.

O amor a Pátria, ainda que dos brasileiros mal ensinados por professores que cultuam a traição a Pátria como uma virtude, ressurge e sufoca os que querem nos dominar.

DEUS, PÁTRIA, FAMÍLIA E LIBERDADE;

BRASIL, ACIMA DE TODOS; 

DEUS, ACIMA DE TUDO.]

Faço uma distinção óbvia entre o direito de qualquer esportista de se manifestar politicamente, o que todos podem (sou a primeira a apoiar), e a invasão de agendas político-partidárias em competições esportivas, dividindo um espaço reservado para a união de atletas, torcedores, culturas, povos e nações. Tenho certeza de que o saudoso Barão de Coubertin, pai dos Jogos Olímpicos da era moderna, se revira no túmulo toda vez que o espírito olímpico e esportivo é sequestrado por políticos oportunistas, dirigentes esportivos e atletas desmioladosmuitas vezes podres de ricos , induzidos ou mal informados, que usam as competições, um território pacificador, como arma puramente política.

Pela imensa força e capacidade do esporte de propagar mensagens, competições e atletas não ficam imunes de ser usados como veículos para pautas políticas e ideológicas. Tem lá sua ironia uma ex-esportista que agora estuda e escreve sobre ciência ser contrária à politização do esporte. Mas acredite: separar esporte e política é tão importante quanto separar Estado e igreja ou governo e economia. Preservar um dos últimos territórios de real e profunda congregação — sem politização — é preservar as boas sementes para um futuro que germinará o diálogo. Deixem os Jogos Olímpicos em paz.

Leia também “A fraqueza explícita diante dos adversários”

Ana Paula Henkel, colunista - Revista Oeste


sexta-feira, 15 de março de 2019

Ataques contra mesquitas deixam 49 mortos na Nova Zelândia

Testemunhas descreveram cenas caóticas e corpos ensanguentados. Crianças e mulheres estão entre as vítimas fatais

Ao menos 49 pessoas morreram em ataques, nesta sexta-feira (15/3), contra duas mesquitas da cidade neozelandesa de Christchurch e, segundo as autoridades locaisum dos autores foi identificado como um extremista australiano. Os ataques na cidade da Ilha Sul também deixaram 20 pessoas gravemente feridas, informou a primeira-ministra Jacinda Ardern. Um dos assassinos é australiano, descrito como 'terrorista de extrema direita'

Ao citar um dos "dias mais obscuros" do país, ela denunciou uma violência "sem precedentes". Testemunhas descreveram cenas caóticas e corpos ensanguentados. Crianças e mulheres estão entre as vítimas fatais. A polícia fez um apelo para que as pessoas não compartilhem nas redes sociais "imagens extremamente insuportáveis", depois que foi divulgado na internet um vídeo feito por um homem branco no momento em que atirava contra os fiéis em uma mesquita. "Está claro que isto só pode ser descrito como um ataque terrorista. Pelo que sabemos parece que estava bem planejado", disse Ardern.  "Foram encontrados dois artefatos explosivos em veículos suspeitos e foram desativados", completou.

O atirador de uma das mesquitas era um cidadão australiano, revelou em Sydney o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison. "É um terrorista extremista de direita, violento", disse. O número exato de criminosos não foi revelado, mas, de acordo com Ardern, três homens estavam detidos. A polícia afirmou que um homem com pouco menos de 30 anos foi acusado de assassinato. Esta pessoa será apresentada a um tribunal de Christchurch no sábado. A polícia afirmou ainda que não procura outros suspeitos. 

As duas mesquitas atacadas são as de Masjid al Noor, no centro de Christchurch, e Linwood. As duas estavam lotadas nesta sexta-feira para a sessão vespertina das orações.

"Corpos por todos os lados"

Um imigrante palestino que pediu para não ser identificado afirmou que viu o momento em que um homem foi atingido por um tiro na cabeça. "Escutei três disparos rápidos e depois de uns 10 segundos tudo começou de novo. Deve ter sido uma arma automática porque ninguém consegue apertar o gatilho tão rapidamente", disse o homem à AFP. "As pessoas começaram a correr, algumas estavam cobertas de sangue".

Outro homem contou à imprensa local que viu o momento em que uma criança foi atingida por tiros. "Havia corpos por todos os lados", declarou.Em uma das mesquitas estava a equipe de críquete de Bangladesh, mas os jogadores conseguiram fugir do local. "Estão sãos e salvos, mas em estado de choque. Pedimos ao time que permaneça confinado no hotel", afirmou uma fonte da delegação. A partida entre as seleções de Bangladesh e Nova Zelândia foi cancelada.

Diversos vídeos e documentos que circulam na internet, mas que não foram confirmados oficialmente até o momento, indicam que o autor transmitiu o ataque no Facebook Live.  Uma equipe da AFP examinou as imagens, que pouco depois foram retiradas dos sites. De acordo com os jornalistas, especialistas em fact check, são autênticas. Um "manifesto" vinculado às contas desta página do Facebook faz referência à "teoria da substituição", que circula entre a extrema-direita e que fala do desaparecimento dos "povos europeus". As forças de segurança bloquearam o centro da cidade, mas poucas horas depois suspenderam a medida. A polícia pediu aos fiéis que evitem as mesquitas em toda Nova Zelândia.

O município abriu uma linha direta para os pais dos estudantes que participavam em um protesto contra as mudanças climáticas em uma área próxima aos ataques. Todas as escolas da cidade foram fechadas. A polícia pediu a "todos os que estavam presentes no centro de Christchurch que não saiam às ruas e apontem qualquer comportamento suspeito".

Correio Braziliense