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quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Câncer: os 6 alimentos que ajudam a reduzir o risco da doença, segundo médicos - O Globo

Utilidade Pública

Saúde

Entre eles, feijão, alho e brócolis; os alimentos ajudam o corpo a se defender do tumor

Feijão é fonte de proteína e fibras, cruciais para a saúde do intestino e do sistema imunológico
Feijão é fonte de proteína e fibras, cruciais para a saúde do intestino e do sistema imunológico — Foto: Freepik

Em média, mais de uma a cada três pessoas nos Estados Unidos desenvolverá câncer em algum momento de suas vidas, segundo a Sociedade Americana do Câncer, e muitos desses casos podem ser potencialmente prevenidos com mudanças na dieta.

Os cientistas têm uma boa ideia dos alimentos que devem ser evitados para reduzir o risco de câncer: carnes vermelhas e processadas, alimentos processados, álcool e bebidas açucaradas. Mas, de acordo com a pesquisadora de prevenção do câncer no Fred Hutchinson Cancer Center em Seattle, Johanna Lampe, saber o que comer nem sempre é fácil. -  — Muitos estudos de nutrição dependem de pessoas lembrarem com precisão o que consumiram até um ano atrás e é complicado entender como alimentos individuais podem influenciar a saúde quando fazem parte de uma dieta maior. Estilo de vida, ambiente, hormônios e genes também precisam ser considerados — explica.

Segundo o vice-presidente de pesquisa no American Institute for Cancer Research em Washington, Nigel Brockton, nenhum alimento isolado pode prevenir o câncer por si só, mas seguir uma dieta saudável pode reduzir o risco.

Aqui estão alguns alimentos que os especialistas dizem valer a pena adicionar ao prato.

Brócolis

Segundo Johanna Lampe, vegetais crucíferos — como brócolis, couve de Bruxelas, couve-flor e repolho — são ricos em isotiocianatos. Esses compostos vegetais ajudam as células a eliminar toxinas e se reparar, o que é crucial para a prevenção do câncer. -  Os brotos de brócolis, por exemplo, são ricos em isotiocianato sulforafano, que impulsiona as defesas naturais do corpo contra danos diários nas células. O composto tem sido associado à proteção contra vários tipos de câncer, inclusive de próstata, mama, bexiga e colorretal — acrescenta.

Pesquisas sugerem que consumir mais de quatro ou cinco porções de vegetais crucíferos por semana promove a redução do risco de câncer e outras condições crônicas.

Tomates
Estudos têm conectado há muito tempo os tomates ao risco reduzido de câncer de próstata
, devido às abundantes reservas de licopeno: um antioxidante que confere aos tomates a sua cor vermelha. Mas, de acordo com a professora assistente de nutrição na Baylor College of Medicine, Nancy Moran, o licopeno pode ser apenas um dos muitos compostos que ajudam a defender o organismo contra o câncer de próstata, mama, pulmão e colorretal. — Processar os tomates, como cortá-los ou cozinhá-los, ajuda na absorção do licopeno, que fica mais fácil do que quando os comemos crus. Consumi-los com gordura também ajuda. Comer os tomates cozidos, como em um molho ou com uma gordura saudável como azeite de oliva, pode aumentar os benefícios à saúde que obtemos — detalha.

Feijões
Variedades comuns de feijão —
como preto e vermelho — e legumes — como grão-de-bico, ervilhas secas e lentilhas — não são apenas ricos em proteínas. Nigel Brockton afirma que as leguminosas também são ótimas fontes de fibras, cruciais para a saúde do intestino e do sistema imunológico. — A fibra também está relacionada à prevenção do câncer colorretal. As bactérias em nosso intestino a convertem em combustível para as células que revestem o cólon, mantendo-as saudáveis e menos propensas a se transformarem em células cancerígenas — diz.

O diretor do Laboratório de Prevenção do Câncer na Universidade do Estado do Colorado, Henry Thompson, coloca que, em estudos com animais e humanos, o consumo de feijões e outras leguminosas foi associado à prevenção da obesidade, que está relacionada a vários cânceres. Um ensaio clínico em andamento em humanos testa se comer feijões enlatados reduz o risco de câncer.

Segundo o Brockton, os benefícios protetores da fibra começam após o consumo de cerca de 30 g por dia, o equivalente a cerca de duas xícaras de feijão-preto.

Nozes
As oleaginosas são ricas em gorduras saudáveis, proteínas e fibras,
e estudos descobriram que aqueles que as consomem tendem a ter riscos reduzidos de vários tipos de câncer, especialmente os do sistema digestivo.

As nozes, em particular, contêm níveis excepcionalmente altos de compostos vegetais chamados ellagitannins, que são convertidos por bactérias no intestino em metabólitos, que podem reduzir a capacidade do câncer de crescer e se multiplicar

O gastroenterologista na UConn Health, John Birk, realizou colonoscopias em pessoas em ensaios clínicos que investigam os benefícios à saúde do cólon das nozes. Ele afirma que identificar um "cólon de noz" era fácil.— A parede do cólon tem uma aparência mais saudável, uma espécie de reflexo brilhante da luz brilhando nela pelo endoscópio — define.

Estudos sugerem que comer cerca de um punhado de oleaginosas por dia é o ideal.

Frutas vermelhas
Frutas como morangos, mirtilos, cranberries, romãs e amoras
são repletas de antioxidantes que ajudam a proteger as células do estresse e danos no DNA, que podem aumentar o risco de câncer. — Compostos vegetais chamados antocianinas dão às frutas vermelhas suas cores vibrantes e robustez anti-inflamatória. Reduzir a inflamação é importante, porque ela é um grande impulsionador do câncer — afirma Nigel Brockton.

A professora de nutrição clínica na Universidade do Maine, Dorothy Klimis-Zacas, explica que um número crescente de evidências sugere que certos compostos nas frutas vermelhas podem ajudar a reduzir a capacidade do câncer de se desenvolver, crescer e se multiplicar. — Para obter os maiores benefícios anti-inflamatórios, o objetivo é consumir cerca de meia a uma xícara de frutas vermelhas frescas ou congeladas (idealmente orgânicas) por dia — indica Dorothy.

Alho
O alho contém altos níveis de alicina
, um composto rico em enxofre que é responsável pelo seu forte odor e suas habilidades de combate ao câncer.

Em um estudo de longo prazo com mais de 3 mil pessoas que vivem em uma região da China conhecida por ter altas taxas de câncer de estômago, os pesquisadores descobriram que, para cada um quilo de alho que os participantes consumiam por ano, eles tinham um risco reduzido de 17% de desenvolver a doença. Isso equivale a cerca de cinco dentes de alho por semana.

O câncer de estômago, embora em declínio nos Estados Unidos, ainda é uma das principais causas de morte por câncer globalmente.

Segundo a epidemiologista do câncer no Peking University Cancer Hospital, em Pequim, e autora do estudo, Wen-Qing Li, consumir alho cru — pressionado em óleo para tempero de salada ou em guacamole, por exemplo — ajudará a manter os sabores e suas substâncias químicas vivos.

Mais recente

Conheça 'superalimento' que reduz o colesterol, protege o coração e melhora a função cognitiva


O Globo - The New York Times — Nova York

 

 

domingo, 12 de novembro de 2023

Utilidade Pública = Cientistas revelam 8 atitudes que retardam o envelhecimento em até seis anos

Um estudo inédito da Associação Americana do Coração (AHA, do inglês American Heart Association) encontrou uma relação direta entre a saúde do coração e um envelhecimento biológico mais lento
De acordo com os pesquisadores, as pessoas que conseguiram ter êxito em seguir oito recomendações para manter o órgão saudável eram cerca de seis anos mais jovens do que a sua idade cronológica. 
E a boa notícia é que, de acordo com especialistas, essa lista ainda pode ser reduzida para apenas quatro hábitos cotidianos — e até apenas um. 
 
A pesquisa contou com 6.500 adultos e levou em consideração os marcadores que calculam a chamada PhenoAge, também conhecida como “idade fenotípica”. Para calcular esse número, médicos identificam nove componentes bioquímicos do sangue, como creatinina, linfócitos, fosfatase alcalina, entre outros, e com base nos resultados, traçam um paralelo entre a condição do coração e a quantidade de anos que a pessoa viveu. 
Se o resultado é positivo, é sinal de que o envelhecimento biológico está sendo acelerado, e se é negativo, é indício que a pessoa trata bem o músculo mais importante do corpo humano.

Para avaliar o quanto a pessoa trata bem o coração, os pesquisadores utilizaram o guia “Life’s essential 8”, uma lista de verificação com oito medidas essenciais elaboradas pela AHA que contribuem para uma boa saúde ao longo da vida. São elas:

  • Comer bem
  • Fazer atividades físicas
  • Não fumar
  • Dormir bem
  • Manter um peso saudável
  • Controlar o colesterol
  • Monitorar o açúcar no sangue
  • Administrar a pressão arterial

Assim, os cientistas entenderam que quanto maior a adesão às oito medidas elencadas no “checklist”, maior era a saúde cardiovascular dos participantes do estudo; e “à medida que a saúde do coração aumenta, o envelhecimento biológico diminui”, como conclui Nour Makarem, epidemiologista cardiovascular e professor de Saúde Pública da Universidade de Columbia, que supervisionou a pesquisa.

Apesar dos resultados apresentados na publicação — que está sendo debatida com mais detalhes durante o congresso Sessões Científicas da AHA, na Filadélfia (EUA), neste fim de semana —, especialistas ressaltam que o retardamento do envelhecimento biológico mencionado na pesquisa não envolve, necessariamente, a prolongação da vida ou a aparência mais jovem.— O grande recado do trabalho não é que a gente pode viver mais seis anos, mas sim que temos uma idade biológica menor, ou seja, somos capazes de envelhecer com mais qualidade de vida — explica o cardiologista José Carlos Zanon, presidente do departamento de cardiogeriatria da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

Principal causa de morte
O destaque do coração na saúde geral dos pacientes não é por acaso. Nas duas primeiras décadas do século XXI, doenças cardíacas foram as principais causadoras de morte no mundo e principalmente no Brasil. No país, enfermidades cardiovasculares são responsáveis por 30% dos óbitos, de acordo com o Ministério da Saúde, e correspondem ao dobro dos óbitos relacionados a todos os tipos de câncer juntos. No mundo, a preocupação aumentou à medida que as ocorrências cresceram rapidamente e saltaram de 2 milhões no ano 2000 para quase 9 milhões em 2019 — segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), elas são a causa de 32% das mortes em todo o planeta.

Diretor médico do Laboratório de Performance Humana (LPH), o mestre em cardiologia Fabrício Braga destaca que “viver com saúde por mais tempo” é muito mais importante para o bem-estar do que simplesmente “viver mais”. O que a gente quer é que as pessoas envelheçam e retardem o adoecimento. Várias populações no mundo são extremamente longevas e passam os dez últimos anos da vida em cima de uma cama. Isso é legal? Acho que não — argumenta o cardiologista.

O especialista em performance ainda diz se preocupar com a ideia de “retardar o envelhecimento”, pois o conceito pode se associar a uma linha “beauty”, de preocupações com “parecer mais jovem”. Ele ressalta que a aparência pode, inclusive, ir na contramão da idade fenotípica da pessoa.— Você vê uma pessoa que faz muita atividade física, por exemplo, e que eventualmente se exponha muito ao sol. Ela vai ter a pele um pouco mais enrugada e pode até parecer ser mais velha, porém vai viver mais devido à capacidade aeróbica, que é um determinante de longevidade muito importante — exemplifica Braga.

Maria Cristina Izar, cardiologista, diretora da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), lembra para aqueles que se preocupam com a aparência que o “Life’s essential 8” também pode ser um grande aliado.— A estética é importante para o bem-estar e autoestima do indivíduo, mas se ela não for acompanhada de uma saúde global, não faz sentido. Se você tem um estilo de vida saudável, sua pele, seus cabelos, unhas e músculos também ganham — analisa Izar.

Em Saúde - O Globo - LEIA MATÉRIA NA ÍNTEGRA

 

 

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Sinais silenciosos: Saiba quais são os 3 cânceres mais difíceis de detectar e veja sintomas - O Globo

Alguns tipos de câncer podem não apresentar sintomas nos estágios iniciais, o que os torna mais difíceis de serem detectados. Apenas em 2021, dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que mais de 230 mil pessoas morreram com a doença no Brasil. Autoridades afirmam que identificar cedo a doença é capaz de salvar vidas.

— Quando diagnosticado em um estágio inicial, e quando não é muito grande e não se espalhou, há mais chances de ser tratado com sucesso — disse um porta-voz da Cancer Research UK, maior organização independente de pesquisa sobre câncer do mundo, ao “The Sun”.

No entanto, alguns cânceres são mais facilmente detectados do que outros. Por exemplo, os de pele podem ser identificados ao procurar mudanças no corpo, algo que é possível observar diariamente. Já outras formas da doença podem se formar e crescer sem serem detectadas por 10 anos ou mais, tornando o tratamento mais difícil.

Não quer dizer que esses tipos de câncer não tenham sintomas, mas sim que os sinais iniciais são semelhantes aos de outras condições de saúde menos graves. Veja, abaixo, três cânceres que são difíceis de detectar:

Câncer de cólon
O câncer de cólon muitas vezes não apresenta muitos ou nenhum sintoma no início.
De acordo com o Bowel Cancer UK, os sinais da doença incluem sangramento pelo ânus ou alterações nos seus hábitos intestinais normais, como evacuações mais frequentes ou constipação.

Às vezes, os médicos podem sentir um caroço no reto ou no abdômen, geralmente no lado direito. 
Sentir que precisa fazer força para evacuar mesmo depois de já ter feito cocô também pode ser um sinal. 
Perda de peso rápida e dor na barriga ou no ânus também podem indicar a doença.

Câncer de pâncreas
O câncer de pâncreas tem a menor taxa de sobrevivência de qualquer câncer comum no Reino Unido
— mais da metade dos pacientes morre dentro de três meses após o diagnóstico. 
O pâncreas é uma glândula grande que faz parte do sistema digestivo, localizada atrás do estômago e sob o fígado.

De acordo com o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, os cinco sinais da doença que podem ser confundidos com outra condição incluem dor de estômago persistente, dor nas costas, indigestão, perda de peso inexplicável e mudanças nos hábitos intestinais.

Outros sintomas que podem ser mais evidentes incluem icterícia (pele amarelada), dificuldade para engolir e vômitos. Os pacientes também podem sofrer os sintomas do diabetes porque a doença pancreática interrompe a produção de insulina.

Câncer de ovário
O câncer de ovário é conhecido como um “assassino silencioso” porque muitos dos sintomas mais óbvios só se desenvolvem quando ela já atingiu um estágio mais avançado. 
Constipação e diarreia são sinais. 
Problemas digestivos podem ocorrer porque o câncer se espalhou para o cólon ou porque a pressão do câncer está pressionando a área afetada.
 
Saúde - Coluna em O Globo
 
LEIA TAMBÉM:  Agrião é eleito o vegetal mais saudável de todos por estudo do governo americano; entenda

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

UTILIDADE PÚBLICA - O que a alimentação dos centenários pode nos ensinar sobre viver muito? Veja o que eles comem

O Estado de S. Paulo

Pesquisadores identificaram cinco lugares do mundo onde as pessoas têm expectativas de vida excepcionalmente longas, as chamadas Zonas Azuis, e exploraram os seus hábitos; veja as conclusões

[Comentando: hoje, estamos preocupados com a LONGEVIDADE COM SAÚDE, começamos com CUIDADOS COM O CORAÇÃO e agora passamos a dar dicas de LONGEVIDADE COM SAÚDE;
Já que precisamos estar vivos para  ter saúde, lembramos que bandidos também matam, por isso propomos aumentar a população carcerária do Brasil em mais 400.000 criminosos - incluindo, sem limitar,  políticos corruptos.
Bandido para ser preso é o que não falta.
Não garantimos, mas a dieta do Mediterrâneo é  nossa conhecida de longa data e já conhecemos muitos longevos que a seguem ou seguiam.
BOA LEITURA.]

Não há como garantir que você vai viver até os 100 anos. Mas podemos aprender muito estudando os hábitos alimentares dos centenários do mundo.

Pesquisadores identificaram cinco lugares do mundo onde as pessoas têm expectativas de vida excepcionalmente longas – muitas vezes passando dos 100 anos de idade. Essas áreas, chamadas de “Zonas Azuis”, são a Península de Nicoyan, na Costa Rica, a cidade de Loma Linda, na Califórnia, e as ilhas de Okinawa, no Japão, Sardenha, na Itália, e Icária, na Grécia.

À primeira vista, as dietas, estilos de vida e hábitos das pessoas dessas Zonas Azuis podem parecer bem diferentes uns dos outros.

Muitas das pessoas longevas da Sardenha vivem em terreno montanhoso, onde caçam, pescam e colhem seus próprios alimentos – como leite de cabra, queijo pecorino, cevada e hortaliças
As pessoas longevas de Loma Linda fazem parte de uma comunidade adventista do sétimo dia que evita a cafeína e o álcool e segue uma dieta basicamente vegetariana. 
Já em Icária, o vinho tinto é um alimento essencial e as pessoas comem uma dieta mediterrânea típica, com muitas frutas e vegetais e quantidades modestas de carne e frutos do mar.
 
Os okinawanos historicamente consomem uma dieta baseada em vegetais. Muitas das suas calorias vêm da batata-doce, do tofu e dos vegetais frescos que eles costumam colher de seus próprios jardins. 
Eles também valorizam a carne de porco, que tradicionalmente guardam para ocasiões especiais. 
Enquanto isso, os centenários de Nicoyan tendem a seguir uma dieta tradicional da Mesoamérica, cheia de alimentos vegetais ricos em amido, como milho, feijão e abóbora.

Vários fatores parecem influenciar a expectativa de vida. Algumas pesquisas sugerem que a genética responde por cerca de 25% do tempo de vida da pessoa, com dieta, ambiente, exercícios e outros fatores de estilo de vida compondo o restante. E estudos mostram que, mesmo que você só comece a fazer melhorias na dieta na meia-idade ou depois, ainda pode adicionar uma década ou mais à sua expectativa de vida.

A dieta por si só não é o único fator associado a altas expectativas de vida.  
As pesquisas mostraram que as pessoas que residem em comunidades onde a vida longeva é comum geralmente têm fortes conexões com amigos e familiares, um senso de propósito e uma visão positiva da vida. 
Elas se envolvem em altos níveis de atividade física e passam muito tempo fazendo jardinagem, trabalhando na terra ou socializando com outras pessoas da comunidade, diz Dan Buettner, autor do novo livro The Blue Zones American Kitchen (A Cozinha Americana das Zonas Azuis, em tradução livre).
 
 Vários fatores parecem influenciar a expectativa de vida. Algumas pesquisas sugerem que a genética responde por cerca de 25% do tempo de vida da pessoa, com dieta, ambiente, exercícios e outros fatores de estilo de vida compondo o restante.
Vários fatores parecem influenciar a expectativa de vida. Algumas pesquisas sugerem que a genética responde por cerca de 25% do tempo de vida da pessoa, com dieta, ambiente, exercícios e outros fatores de estilo de vida compondo o restante. Foto: Pixabay

Buettner passou anos explorando, pesquisando e escrevendo sobre as Zonas Azuis. Ele também analisou estudos científicos detalhados sobre suas dietas. E descobriu que, embora seus hábitos alimentares sejam diferentes em muitos aspectos, eles compartilham pelo menos quatro denominadores comuns. Você pode incorporar esses princípios à sua vida fazendo o seguinte:

Coma uma xícara de feijão, ervilha ou lentilha todos os dias

As leguminosas são especialmente populares entre as pessoas que vivem nas Zonas Azuis. A soja é uma parte importante da dieta tradicional em Okinawa, assim como as favas na Sardenha e o feijão preto em Nicoya. As pessoas das Zonas Azuis tendem a comer uma variedade de feijões e outros alimentos vegetais ricos em fibras.

Estudos descobriram que comer muitos alimentos ricos em fibras promove a saciedade e melhora os níveis de colesterol e açúcar no sangue. Também protege contra câncer e diabetes e reduz o risco de morrer de doença cardíaca ou derrame, que são duas das principais causas de morte em todo o mundo.

Um estudo publicado no ano passado na PLOS Medicine descobriu que a pessoa média poderia ganhar anos de vida trocando uma dieta ocidental típica por uma dieta mais saudável – e que os alimentos que produziram os maiores ganhos na expectativa de vida eram feijões, grão-de-bico, lentilhas e outras leguminosas.

“Descubra como incluir uma xícara de feijão em sua dieta todos os dias”, diz Buettner. “Uma única xícara fornece metade de todas as fibras diárias de que você precisa.”

Coma um punhado de nozes diariamente

As nozes são ricas em vitaminas, fibras e minerais. São um alimento básico para muitos habitantes da Zona Azul. As amêndoas, por exemplo, são populares na Icária e na Sardenha, onde são usadas em muitos pratos. Os nicoianos adoram pistache, diz Buettner.

Um estudo no JAMA Internal Medicine que acompanhou 31 mil adventistas do sétimo dia descobriu que aqueles que comiam nozes mais de quatro vezes por semana tinham 51% menos probabilidade de sofrer ataque cardíaco e 48% menos probabilidade de morrer de doença cardíaca do que seus pares que comiam nozes não mais do que uma vez por semana.

Pegue um punhado de amêndoas, nozes, pistaches ou castanhas de caju. 
Para um café da manhã saudável, adicione manteiga de amêndoa a uma tigela de iogurte natural ou aveia. 
Ou polvilhe algumas nozes em cubos em cima de uma salada ou um refogado de legumes para o jantar.

Tome café da manhã como um rei, almoce como um príncipe e jante pouco

As pessoas das Zonas Azuis tendem a comer a maior parte de suas calorias no início do dia, e não mais tarde. Os okinawanos tradicionalmente comem um grande café da manhã e um almoço moderado. “Eles nem jantam”, diz Buettner.

Os adventistas do sétimo dia que ele estudou tomavam um grande café da manhã às 10h e um almoço moderado às 16h. “E depois eles não comem mais nada”, disse ele. Buettner observou uma coisa em todas as Zonas Azuis que estudou: quando as pessoas jantam, normalmente é no final da tarde ou início da noite. “Eles não jantam tarde e não comem muito”, afirmou.

Esse padrão se alinha com nossos relógios inatos de 24 horas, os chamados ritmos circadianos, que fazem com que nosso corpo seja mais eficiente em metabolizar as refeições pela manhã e no início da tarde. Estudos mostram que, quando as pessoas ingerem a maior parte de suas calorias no início do dia, elas perdem mais peso e apresentam maiores melhorias nos níveis de colesterol e açúcar no sangue e outros fatores de risco metabólicos em comparação com pessoas que ingerem a maior parte de suas calorias no final do dia
Elas também queimam mais gordura e sentem menos fome.

Faça refeições com a família

Nas Zonas Azuis, é comum que as famílias comam pelo menos uma refeição diária juntas, normalmente a refeição do meio-dia ou a última refeição do dia. Embora seja compreensivelmente difícil para as famílias que levam vidas ocupadas jantarem juntas todos os dias, vale a pena tentar fazê-lo sempre que possível. “Famílias que comem juntas tendem a comer de forma muito mais nutritiva e mais devagar. Há boas pesquisas mostrando que as crianças têm menos problemas com distúrbios alimentares quando comem socialmente”, diz Buettner.

Pesquisadores descobriram que casais que priorizam as refeições em família relatam níveis mais altos de satisfação conjugal. Os pais e mães que rotineiramente fazem jantares caseiros com seus filhos consomem mais frutas e vegetais e seus filhos são menos propensos a desenvolver obesidade.

Embora você não possa mudar seus genes, fazer algumas mudanças na dieta e no estilo de vida aumentará as chances de você comemorar o 100º aniversário. O segredo da longevidade, como Kama da Nakazato, um centenário de Okinawa, explicou a Buettner, é bem simples: “Coma vegetais, tenha uma perspectiva positiva, seja gentil com as pessoas e sorria”.

TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

Anahad O’Connor, colunista - O Estado de S. Paulo


sábado, 12 de novembro de 2022

UTILIDADE PÚBLICA - 12 fatores de risco para o Alzheimer, e o que você pode fazer hoje para prevenir

Angélica Banhara 

Treino HIIT pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver Alzheimer

O Alzheimer é a forma mais comum de demência e não tem cura. A cada 3 segundos um novo caso é diagnosticado. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 55 milhões de pessoas no planeta vivam com algum tipo de demência. Dessas, perto de 50 milhões têm Alzheimer. No Brasil são aproximadamente 1,5 milhão de pessoas com a doença.

A OMS alerta para a tendência de aumento progressivo, com o envelhecimento da população. Segundo estimativas da Alzheimer’s Disease International, no Reino Unido, os números globais podem chegar a 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050.“O Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa progressiva, com aumento do número de casos após os 65 anos. Ele causa uma perda também progressiva das células neuronais a partir do acúmulo das proteínas tau e beta-amiloide no cérebro, que levam à atrofia”, explica Alessandra Rascovski, endocrinologista e idealizadora do Cérebro em Ação, projeto socioeducativo para a prevenção do Alzheimer.

Segundo Alessandra, “o Alzheimer é considerado uma doença de estilo de vida. Apesar de não ter cura, já se sabe que ele tem uma fase pré-clínica enorme. Começamos a ‘construir’ esse cérebro doente cerca de 30 antes do diagnóstico.”

A médica afirma que, em um primeiro momento, a proteína beta-amiloide começa a acumular no cérebro. Depois surgem disfunções nas sinapses dos neurônios e lesões pelo acúmulo da proteína tau: há diminuição do volume do cérebro com alteração estrutural. Em torno de 7 a 10 anos antes do diagnóstico de demência começam os sintomas de Alzheimer, como alteração de memória e de comportamento.

O estudo finlandês Finnish Geriatric Intervention Study to Prevent Cognitive Impairment and Disability, realizado em 2015 e chamado de Estudo FINGER, foi a primeira referência para prevenção da demência. “Ele avaliou pacientes de 60 a 77 anos com diagnóstico de declínio cognitivo. Foram observadas todas as doenças crônicas (como diabetes, hipertensão, colesterol alto, obesidade), depressão, consumo de álcool, sedentarismo etc. Esses pacientes foram submetidos a uma diretriz com atividade física regular, dieta do tipo Mediterrânea e 10 minutos por dia de meditação. No final de dois anos, houve uma melhora ou não evolução para demência em uma boa parte dos casos. Ou seja: existe como realmente construir um cérebro mais saudável.

O estudo analisou todos os fatores envolvidos no desenvolvimento do Alzheimer e apontou sete principais fatores de risco para a doença, todos passíveis de prevenção: sedentarismo, tabagismo, diabetes, obesidade, hipertensão, depressão e baixa escolaridade.

A hipótese de que cerca de 40% dos casos de demência podem ser evitados ou retardados foi corroborada por descobertas da The Lancet Commission on Dementia Prevention, Intervention and Care, também divulgadas na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer (AAIC).

De acordo com as recomendações do relatório da US National Institute on Aging (NIA) e da comissão de especialistas da The Lancet, a intervenção no estilo de vida do FINGER será adaptada e testada em vários outros países.

A partir de estudos desenvolvidos pelos pesquisadores da comissão The Lancet, em 2017 foram acrescentados o isolamento social e a perda de audição na meia-idade à lista de fatores relevantes para a demência. Em 2020 a comissão acrescentou mais três pontos: o consumo excessivo de álcool, a poluição e os traumatismos cranianos à lista dos riscos.

Esse movimento resultou na formação da rede World Wide FINGERS em 2017, uma iniciativa de pesquisa para prevenir ou retardar o início do declínio cognitivo. A proposta é gerar evidências sólidas sobre a eficácia das intervenções combinadas em diferentes contextos e populações.

“Sabemos que temos que promover neuroplasticidade, ou seja, criar novos circuitos de neurônios a partir do que a gente faz. Então, partir daquilo que desencadeia ou acelera o processo de neurodegeneração e demência chegamos às atitudes protetoras do cérebro, que podem ser adotadas no dia a dia”, diz Alessadra.

A seguir, ela fala sobre os 12 fatores de risco para Alzheimer e demência — e o que podemos fazer para prevenir ou atrasar a demência em 40%.

1 - Sedentarismo

As diretrizes recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam de 150 a 300 minutos de atividade física aeróbica moderada por semana. Dá pouco mais de 20 minutos por dia, ou 30 minutos de caminhada esperta cinco dias por semana.

Para reforçar a importância de incluir a atividade física na rotina, um estudo publicado na revista científica Jama (Journal of the American Medical Association), uma das mais conceituadas do planeta, mostrou que participantes que deram pelo menos 7000 passos/dia, comparados com aqueles que andaram menos, tiveram um risco de mortalidade entre 50% e 70% menor.

“O exercício físico que parece ser o mais benéfico para a saúde do cérebro é o aeróbico e intervalado de alta intensidade (HIIT, High Intensity Interval Training), que provoca a oscilação da frequência cardíaca. É importante, no entanto, que as pessoas desenvolvam outras habilidades, como flexibilidade, equilíbrio e força muscular. Uma vida cotidiana ativa já é muito interessante”, diz Alessandra.

Ela afirma que, com as últimas descobertas da ciência, em 2020 o músculo foi “promovido” a órgão endócrino, ou seja, foi descoberto que o músculo é um órgão que produz hormônios e substâncias que agem tanto no próprio órgão como à distância.

“Uma contração muscular produz, além de todos os benefícios ligados ao exercício em si, uma substância chamada irisina, que faz a conexão provável entre a atividade física e a função cerebral. O exercício também aumenta o fator neurotrófico cerebral (produz neuroplasticidade), o que também acontece quando aprendemos coisas novas ou quando mudamos processos, como escovar os dentes com a mão esquerda.”

O aumento do fluxo cerebral promovido pelo exercício diminui o acúmulo de beta-amiloide no cérebro, reduzindo o risco e a progressão do Alzheimer. A atividade física também ajuda a modular o cortisol, o hormônio produzido durante o estresse crônico. O cortisol diminui a resistência insulínica e aumenta o risco de diabetes, obesidade e de inflamação crônica do organismo.

“A atividade física aeróbica é eficaz até para a mudança do volume do cérebro. Estudos mostraram que exercícios aeróbicos provocam reversão da diminuição do hipocampo, área do cérebro relacionada com a memória”, diz.

2 - Tabagismo

“Existe uma associação do fumo com a progressão do Alzheimer e piora de demência, talvez até por causas vasculares. E não é só o cigarro convencional, mas tabaco, naguile e cigarro eletrônico também.”

Por outro lado, depois de 10 anos sem fumar a pessoa é considerada não fumante para doenças pulmonares. “Como ainda não existem estudos sobre a ação no cérebro de parar de fumar, usamos essa referência.”

3 - Diabetes

Metade das pessoas que têm a doença não sabem. Para elucidar o efeito do açúcar no cérebro a médica cita um estudo relevante, publicado com o título "The Starving Brain" (o cérebro faminto), que usa o termo diabetes tipo 3 para se referir ao Alzheimer. Ele foi feito com pacientes com diabetes e que consumiam muito açúcar.

“Dentro do neurônio normal deveria ter açúcar, que é o combustível da célula. O que se viu em imagens de ressonância é que o cérebro do paciente com Alzheimer tem muito pouco açúcar porque a resistência insulínica impede que ele entre no neurônio. O resultado é perda neural. O consumo excessivo de açúcar está associado ao estresse oxidativo cerebral.”

4 - Obesidade

“Existe uma conexão alimentação-cérebro. A dieta tem impacto sobre memória, humor, envelhecimento e doença”. Várias metanálises de dieta e nutrição sugerem a Dieta Mediterrânea como a mais saudável para o cérebro. Ela prioriza o consumo de alimentos frescos: legumes, verduras, frutas, gorduras boas (como azeite e oleaginosas) e peixes, com restrição ao consumo de carnes e alimentos de origem animal, ricos em gorduras saturadas.

“Os nutrientes que merecem destaque para o cérebro são vitamina D, antioxidantes, ácido fólico, colina, ômega 3 e magnésio. No estudo FINGER foi demonstrado que dois a quatro cafezinhos por dia melhoram o desenvolvimento e o desempenho da cognição.”

Também devemos considerar a importância da microbiota intestinal (o conjunto de bactérias) saudável, e o que comemos impacta na microbiota.

“Um agravante para o envelhecimento é a microbiota da boca: dificuldade de escovação, cáries, perda dentária e doenças da gengiva mudam muito as bactérias da boca. E elas têm um grande impacto no desenvolvimento do Alzheimer.”

5 - Hipertensão arterial

Como no caso do diabetes, muita gente tem hipertensão e não sabe. Fatores de risco nem sempre provocam sintomas e às vezes a doença vai se instalando devagar.

“O consumo diário de sal recomendado é de até 5 gramas por dia. No Brasil o último levantamento mostra o consumo de 12 gramas por dia. E muitas vezes achamos que não estamos consumindo sal e a açúcar, mas eles estão presentes em excesso nos produtos industrializados. Então, o primeiro passo é diminuir o consumo de sal e de açúcar.”

6 - Depressão

“Ela é considerada um fator isolado de predisposição para o Alzheimer, com papel importante mesmo que o paciente não tenha nenhum dos outros fatores”, diz a médica. Ela reforça que depressão é doença: ficar triste a maior parte do tempo, não ter vontade de fazer as coisas que fazia antes, perder o interesse por hobbies e não querer socializar não é normal. É preciso pedir ajuda profissional.

“A depressão não tratada por si só causa inflamação e neurodegeneração. Estudos mostraram que a cada 10 anos de depressão sem tratamento, 20% do cérebro degenera. Outro estudo interessante avaliou pessoas que não quiseram tomar medicação.Trataram de outro jeito ou não fizeram nada. Entre esses, houve 30% de inflamação no córtex pré-frontal esquerdo, a área do cérebro responsável pela emoção positiva e pelo raciocínio lógico.”

Alessandra chama atenção para o fato que, nesse século 21, as mulheres vão viver cerca de 30% da vida na menopausa. E sem reposição hormonal pode haver um impacto grande na memória. “A reposição deve ser feita com acompanhamento médico, considerando prós e contras. A neuroproteção do estrógeno acontece principalmente quando se inicia a reposição, em torno de três a cinco anos que a menopausa se instalou.”

O estudo FINGER destacou a importância da meditação para o cérebro. Existem vários estudos científicos que comprovam que a meditação aumenta a capacidade de atenção, ativa regiões corticais profundas que promovem relaxamento, melhoram o declínio cognitivo e o humor.

“Um estudo bem importante associou um tipo específico de meditação, chamada Kirtan kriya, ao controle do estresse e prevenção de Alzheimer. Com 12 minutos por dia, a meditação mudou morfologicamente a estrutura do cérebro no lobo frontal e regulou genes inflamatórios. Meditar ainda aumenta a longevidade.”

Segundo a médica, a enzima telomerase, que funciona como protetora dos telômeros (extremidades do cromossomo do DNA, que vão encurtando com o passar dos anos e são considerados biomarcadores de envelhecimento) aumentou em 43% com essa meditação.

7 - Isolamento social

“O isolamento tem um papel absurdo para a progressão do Alzheimer. A interação social e o convívio com os outros não só são recomendáveis, mas fundamentais. Existe um estímulo de diferentes regiões corticais quando a gente aprende com os pares. E é importante que esse convívio tenha periodicidade para manter esse estímulo, criando agenda mensal ou semanal de encontros com amigos e familiares.”

8 - Comprometimento auditivo

“Não escutar direito acaba gerando o isolamento do idoso. Por outro lado, o uso de aparelho auditivo pode até reverter o declínio cognitivo”. O cuidado deve começar agora: evite usar fones de ouvido o tempo inteiro e fique atento ao volume. É importante de tempos em tempos fazer uma audiometria.

9 - Baixa escolaridade na infância

“As primeiras vivências da infância moldam a estrutura cerebral. A finalidade da escola é também promover reserva cognitiva, uma conexão neuronal mais firme e duradoura. É o aprendizado sucessivo, que se repete várias vezes, que estrutura o cérebro.”

E mais: quanto maior o número de anos estudados, maior reserva cognitiva. Ou seja, estudar (em qualquer idade) é um fator protetor para o declínio cognitivo.

10 - Consumo excessivo de álcool

“Existe muita controvérsia sobre se existe de fato um limite seguro para o consumo de álcool. Costumamos sugerir como limite máximo até sete doses por semana para mulheres e até 14 doses para homens.”

11 - Poluição

Acrescentado recentemente, esse item chama atenção para a poluição gerada pelos carros, pela indústria e pela fumaça que atinge o fumante passivo. Evite correr ou fazer esportes em locais de muito trânsito e busque, sempre que possível, momentos de contato com a natureza.

12 - Traumatismos cranianos

Não se trata apenas do trauma causado por um acidente grave que acaba no pronto-socorro. Pancadas na cabeça podem causar dano: em esportes (como futebol e boxe) e no trânsito (use capacete ao andar de bike).

“O Alzheimer não tem cura e, por enquanto, não tem tratamento. Mas podemos prevenir a doença a partir dos nossos hábitos e das nossas escolhas no dia a dia. Essa responsabilidade é de cada um: pessoal e intransferível”, conclui Alessandra.

Se você mora em São Paulo, participe do evento Cérebro Em Ação, neste domingo, 13 de novembro, no Parque do Ibirapuera (Serralheria).

O Cérebro em Ação (@projetocerebroemacao #chegadealzheimer) é um projeto social e educativo para espalhar conhecimento e motivar as pessoas a fazer boas escolhas no dia a dia, adotando hábitos mais saudáveis para proteger o cérebro.

Espiritualidade e Bem-estar - O Globo - MATÉRIA PUBLICADA = UTILIDADE PÚBLICA

 

quarta-feira, 7 de julho de 2021

UTILIDADE PÚBLICA - Microsoft revela falha de segurança no Windows e lança atualização de emergência

Windows: Entenda a falha de segurança revelada pela Microsoft e veja o passo a passo para atualizar o sistema 

Companhia americana lançou atualização de emergência que deve ser feita imediatamente para proteger computador de vulnerabilidade conhecida como 'PrintNightmare

A Microsoft lançou uma atualização de emergência do Windows que deve ser feita imediatamente pelos usuários para para corrigir uma vulnerabilidade identificada por especialistas no sistema operacional que pode dar a hackers acesso a computadores. Segundo a CNN, a falha de segurança, conhecida como PrintNightmare (pesadelo da impressão em português), afeta o serviço Windows Print Spooler, responsável pela comunicação com as impressoras.

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A brecha virtual permitiria a um criminoso digital invadir e controlar o computador por meio do sistema de impressão usado em locais de trabalho que possuem impressoras em rede.   O GLOBO preparou uma série de perguntas e respostas para você entender melhor o problema e saber como agir em relação ao seu computador. Confira a seguir: 

Quais versões do Windows estão vulneráveis?
Todas
as versões do Windows contêm o código vulneráve
l e estão vulneráveis, segundo o Microsoft Security Response Center (MSRC), setor da empresa que monitora e resolve incidentes de segurança.  Isso inclui as versões do Windows Server de 2004, 2008, 2012, 2016, 2019, 20H2, além das versões Windows 7, Windows 8.1 e Windows 10.
 
Como a falha de segurança foi identificada?
Pesquisadores da empresa de segurança cibernética Sangfor identificaram a falha, mas publicaram por engano na internet códigos para entendê-la. Excluíram logo, mas as informações foram copiadas e publicadas em outros ambientes on-line.  Daí o temor de que possam ser usadas por hackers para invadir computadores que usam o Windows.
 
O que os hackers poderiam fazer?
Essa brecha, segundo a Microsoft, daria a hackers a chance de invadir computadores conectados à internet para instalar programas, visualizar e excluir dados ou até mesmo criar novas contas com direitos de usuário para assumir o controle da máquina.

Qual é a vulnerabilidade?
De acordo com o Microsoft Security Response Center (MSRC), há dois CVEs (sigla em inglês para Vulnerabilidades e Exposições Comuns), que afetam o Spooler de impressão (conhecido como fila de impressão).

Essas vulnerabilidades abririam caminho para hackers controlarem o computador por meio do sistema de impressão usado em locais de trabalho que possuem impressoras em rede. Uma delas, listada como "CVE-2021-1675", já foi resolvida pela atualização de segurança lançada em 8 de junho de 2021, o que a Microsoft reforça agora como uma necessidade.

Já o outro caminho para um ataque, vulnerabilidade descrita como "CVE-2021-34527" ainda não foi corrigido. Também está vinculado ao PrintNightmare, embora o modo de invasão apresente características distintas.  "A Microsoft está ciente e investigando uma vulnerabilidade de execução remota de código que afeta o Spooler de Impressão do Windows e atribuiu o CVE-2021-34527 a essa vulnerabilidade. Essa é uma situação em evolução. E atualizaremos o CVE à medida que mais informações estiverem disponíveis", informou a empresa.

Como se proteger?
A Microsoft recomenda que o usuário mantenha sempre o computador atualizado com a versão mais recente de segurança, a fim de proteger o dispositivo de vulnerabilidades e ataques identificados.

No caso do Windows 7, o suporte foi encerrado em 14 de janeiro de 2020. A empresa recomenda que o usuário mude para um computador Windows 10 para que ele continue a receber atualizações de segurança da Microsoft.

Qual é o Passo a passo para fazer a atualização nas principais versões do Windows?
Windows 8.1:
A melhor maneira de manter o Windows 8.1 atualizado é ativar as atualizações automáticas, assim o Windows Update instala as atualizações importantes automaticamente, conforme elas se tornam disponíveis.

Para ativar as atualizações automáticas:
Abra o Windows Update apontando com o ponteiro do mouse para o canto inferior direito da tela e mova-o para cima). Selecione Configurações  > Mudar configurações do computador > Atualização e recuperação > Windows Update. Se você quiser verificar manualmente se há atualizações, selecione Verificar Agora.
Selecione Escolher como as atualizações são instaladas, e então, em Atualizações importantes, selecione Instalar atualizações automaticamente (recomendado).

Em Atualizações recomendadas, selecione Quero receber atualizações recomendadas da mesma maneira como recebo atualizações importantes.
Em Microsoft Update, selecione Quero receber atualizações para outros produtos Microsoft quando eu atualizar o Windows, e então selecione Aplicar.

Windows 10:
Para manter seu Windows atualizado, a empresa recomenda que você acesse o Windows Update.
Selecione Iniciar > Configurações > Atualização e Segurança > Windows Update > Windows Update e, em seguida, selecione Verifique se há atualizações.

Se uma atualização de recurso estiver disponível para o seu dispositivo, ela aparecerá separadamente na página do Windows Update. Para instalá-lo, selecione Baixar e instalar agora
 
Economia - O Globo
 

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Utilidade Pública - Você adiciona colágeno em pó à sua vitamina diária? Opta por uma barra de colágeno como lanche? Tome cuidado

O Estado de S. Paulo 

Jessica Schiller, The New York Times - Life/Style 

Embora atraentes, novos produtos à base de colágeno contêm um certo risco

Como muitas mulheres com os polegares colados à tela do celular, Chrissie Buckley tem um fraco pelas novidades que surgem no Instagram. Uma das experiências mais arriscadas foram os produtos que ela experimentou depois que uma influenciadora muito persuasiva a endossou e por um gasto que ela considerou mínimo. Mas quando acrescentou colágeno em pó ao seu carrinho de compras no início deste ano, seus caprichos tomaram um rumo tenebroso.

Os suplementos de colágeno dominaram seus feeds das redes sociais por meses, enquanto a popularidade de novas formulações de marcas como a Bulletproof, Dose & Co. e Vital Proteins cresciam. Em vez do formato da pílula de dormir, estas companhias estão vendendo creme de café com colágeno, pós nas bebidas e barras de proteína para fortalecer pele, cabelo, unhas e proporcionar articulações saudáveis.

Em fevereiro, um post da modelo Cindy Prado que aderiu aos benefícios para a redução das rugas do pó Vital Proteins Collagen Peptides a Los Angeles. convenceu a fazer uma tentativa. "Vou fazer 29 anos e quero começar uma nova rotina de cuidados da pele para combater o envelhecimento, por isso pensei que talvez  devesse experimentar algum tipo de colágeno", disse Chrissie, coordenadora de equipamentos médicos em Nova York.

Por mais ou menos um mês, tomou diariamente uma colher do produto no seu café, e então constatou que não havia mudanças no seu rosto, mas um dedo estava inchando. Dias mais tarde, o que inicialmente parecia uma picada de inseto se espalhou pelo anular e pelos dedos mínimos. “A pele das minhas mãos parecia e eu a sentia espessa, como se tivessem virado salsichas, a ponto de eu não conseguir dobrá-las”, contou. A ida ao pronto-socorro não se mostrou produtiva. “Eles não tinham ideia do que estava acontecendo”.

Como sempre, um arriscado mergulho em profundidade no Google a convenceu de que se tratava de esclerodermia, uma rara doença autoimune em que o sistema imunológico faz com que o corpo produza uma quantidade excessiva de colágeno, provocando um endurecimento e espessamento da pele e dos tecidos conectivos. Horrorizada, Chrissie jogou fora todos os produtos que mencionavam o colágeno; em alguns dias o inchaço baixou e ela recuperou a mobilidade dos seus dedos. “Agora, fujo disso como do diabo”, ela disse.

No entanto, não há nenhuma evidência a favor ou contra a possibilidade de os suplementos de colágeno provocarem esclerodermia, disse o dr. Frederick M. Wigley, diretor do Centro de Esclerodermia do Johns Hopkins, observando que não foi estudado, mas é biologicamente improvável. “O organismo é muito eficiente em sua função de regulação, por isso, se você toma algo em excesso o seu corpo se livrará do excesso e buscará o equilíbrio”, disse Wigley.

Qualquer que seja a sua origem, a reação de Chrissie ilustra a falta de pesquisa nas novas formulações de colágeno - que, como a maioria dos suplementos, não são regulamentadas pela FDA (Food and Drug Administration),  - e  chega ao mercado em meio a uma maré de conversas on-line sobre os efeitos negativos e a falta de eficácia que mal começa a romper a barreira mais barulhenta da moda. “Ultimamente, todo mundo pegou carona no colágeno,” disse o dr. Niket Sonpal, um gastroenterologista de Nova York. “É a nova mania”.

A verdade por trás da propaganda exagerada
Os dados de pesquisa do Google refletem esta crescente obsessão: as pessoas começaram a procurar o colágeno a uma média de 1,4 milhão de vezes por mês neste ano, com um salto de 35% em relação ao ano passado, segundo a empresa de pesquisa Spate. Os pós e as bebidas à base de colágeno lideram estas pesquisas.

O aumento do interesse dos consumidores nos chamados alimentos funcionais, que afirmam oferecer benefícios em relação aos comprimidos dos suplementos tradicionais, é parcialmente responsável por isto. Como acontece com outras tendências em matéria de beleza e bem-estar, também há uma Kardashian.

Em outubro de 2020, Khloé Kardashian entrou em uma parceria como porta-voz global da Dose & Co., fabricante de suplementos de colágeno na Nova Zelândia. Desde então, seus mais de 140 milhões de seguidores foram inundados por propaganda da estrela acrescentando o produto às suas vitaminas diárias e compartilhando fotos de antes e depois para mostram clientes com a pele mais clara e cabelo mais espesso.

Isto bastou para convencer Witney Joseph, 36 anos, uma mãe que trabalha remotamente em Stamford, Connecticut, a experimentar o produto. “Depois que tive o meu primeiro filho, meu cabelo começou a cair e ficou quebradiço. O que, disse Khloé, também aconteceu com ela, e o que a ajudou foi o produto”, disse Whitney.

Nada disso aconteceu. Ao contrário, a sua pele normalmente clara começou a ficar fragilizada em poucos dias com a adição do suplemento às suas bebidas. Então, vasculhando a literatura do Reddit ela acabou descobrindo que o resultado era comum. Quando parou de tomar o produto, sua pele melhorou. “Tentei muitos suplementos, e agora cansei”, falou.

Como muitos destes produtos de colágeno incluem uma variedade de outros ingredientes, como biotina e ácido hialurônico, é difícil destacar o que desencadeia uma reação negativa. “Muitos deles vêm com proteína de soro, que contém lactose e pode induzir erupções de acne, além de muito açúcar”, explicou a dra. Ivy Lee, dermatologista em Los Angeles.

Os suplementos à base de colágeno procedentes de fontes marinhas, em vez do colágeno mais comum de fonte bovina, tornaram-se populares porque muitas pessoas optaram por reduzir o seu consumo de carne. Mas além disso, eles trazem consigo uma série de novos problemas. Especialistas informam que muito provavelmente eles desencadeiam reações alérgicas por causa de uma possível contaminação por mariscos.

Como o colágeno pode produzir maior saciedade, o que é comum com toda fonte de proteína, algumas companhias tentaram defini-lo como importante para a perda de peso, apesar da falta de evidências que corroborem esta conclusão, segundo a dra. Lee. Em alguns casos, estes produtos podem realmente produzir o efeito oposto por causa do seu teor frequentemente elevado de açúcar e carboidratos, assim como a tendência a causar inchaço.E alguns dos efeitos secundários mais comuns são gastrointestinais: o dr. Sonpal ouve regularmente as pacientes que os experimentam queixar-se de diarreia, azia e constipação.

Então, haverá também um lado positivo?
Os especialistas afirmam que os estudos que indicam que o colágeno tem um efeito positivo sobre a elasticidade da pele e, em geral, uma sensação de juventude, são demasiado escassos e episódicos para dar uma real legitimidade aos produtos. “Esta não passa de mais uma oportunidade para promover a marca para a indústria da beleza, porque as pessoas estão sempre interessadas em parecer mais jovens”, afirmou a dra. Rabia De Latour, gastroenterologista e professora assistente de medicina na New York University.

Em abril, entretanto, pesquisadores publicaram uma revisão sistemática dos testes clínicos de suplementos de colágeno orais. “Os resultados respaldam a constatação de que ingerir colágeno pode reduzir as rugas da pele e melhorar a sua elasticidade e a hidratação da pele”, disse a dra. Lee. Mas o estudo não aprofundou a questão das novas fórmulas. “A dificuldade está  no fato de que a pesquisa não identificou as melhores dosagens ou formulações”, disse ela.

Por esta razão, os médicos recomendam moderação ao experimentar este produto pela primeira vez. Além de conversar com o seu médico para ter a certeza de que não irá interferir com outros medicamentos ou agravar questões crônicas de saúde, Sonpal sugere que você comece com a metade da dose recomendada e observe a reação do seu organismo ou se não está reagindo. Verifique se o colágeno é hidrolisado, processo que permite quebrá-lo em partículas mais fáceis de absorver. E o mais importante, segundo Sonpal, é que você estabeleça um prazo, porque os suplementos, qualquer que seja a sua fórmulaa, não podem ser tomados indefinidamente. Se você não vir resultados após três meses, será melhor parar com o suplemento.

Embora pareça sem graça, evitar estes produtos interessantes por via oral ainda é a opção mais segura. A dra. De La Tour recomenda incorporar outros alimentos para ajudar o seu organismo a manter o fornecimento de colágeno em sua dieta: aves, peixe, folhas verdes e alimentos com elevado teor de vitamina C. Seguir o conselho sobre a proteção solar com a qual você briga diariamente - usar protetor todos os dias, usar um chapéu e ficar na sombra - também pode prevenir a fragmentação do colágeno. Além disso, se você está disposta a gastar, pode consultar um dermatologista para um tratamento com microagulhas ou laser que mostrou promover a produção de colágeno.

Diante da propaganda sensual sobre bem-estar e beleza no Instagram, convém lembrar que por trás de belas avaliações e dos inúmeros endossos, não existe uma mágica para tornar a sua pele perfeita. A dra. De La Tour afirma categoricamente: “Não se pode fazer o tempo voltar com um suplemento alimentar”. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

O Estado de S. Paulo - Jessica Schiller, The New York Times - Life/Style