Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador piada. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador piada. Mostrar todas as postagens

sábado, 2 de setembro de 2023

No país de Lula, ministra do Planejamento terceiriza orçamento para Deus - Gazeta do Povo

Vozes - J.R. Guzzo

Uma ministra do Planejamento, para fazer um mínimo de sentido, tem de planejar. Pode até planejar errado, mas tem de planejar alguma coisa; é por isso, pensando um pouco, que o público em geral é obrigado a lhe pagar mais de 41 mil reais por mês, além da frota de carros com chofer, o homem do cafezinho e todas aquelas pequenas espertezas que os gatos gordos de Brasília sabem inventar em seu próprio proveito [saiba mais  aqui.].

Whatsapp: entre no grupo e receba as colunas de J.R.Guzzo


O que uma ministra do Planejamento não pode fazer, nem no governo Lula, é dizer que o plano de orçamento depende de Deus. Se for para isso, é mais barato contar com o padre, ou com o leitor de tarô que anuncia seu negócio nos postes de rua.

A ministra [também conhecida pelo vulgo 'estepe' que lhe foi atribuído pelo próprio maligno que preside o Brasil.] é uma figura de anedota desde que se pendurou furiosamente no presidente da República para arrumar um cargo no governo; 
parece fazer questão, à medida que o tempo passa, de se tornar uma piada cada vez mais completa. Ao terceirizar o orçamento para Deus, como acaba de fazer, ela não pensou, como de costume, no que estava dizendo.

    Ela achou que tinha de informar ao Brasil que está tudo bem, mas que pode rolar um “imponderável” aí.

Teria,
pelo menos, de fingir que acredita no orçamento do ministro Fernando Haddad, que prevê “déficit zero” para o futuro – se entrarem, é claro, as receitas que o governo não tem, mas aposta que vai ter. Ela achou que tinha de informar ao Brasil que está tudo bem, mas que pode rolar um “imponderável” aí. “O futuro a Deus pertence”, avisou a ministra. Quer dizer: seja o que Deus quiser. [ter ciência e reconhecer que Tudo depende de DEUS, é uma verdade imutável; porém, certos assuntos profanos, entre eles o de efetuar um planejamento, elaborar um orçamento, são coisas que DEUS disponibiliza os meios para os homens executarem, usando a inteligência que DEUS concedeu aos seres humanos - claro que por razões que só DEUS sabe, a categoria  petista/esquerdista é desprovida daquele atributo.

Não melhora as coisas em nada, é claro, a maneira como conjuga o verbo “receber” e atribui a si predicados que não tem, nem poderia ter. “Eu recebi receitas suficientes para zerar o déficit fiscal”, disse a ministra, antes de pedir a intervenção de Deus nas contas de Lula. Como assim, “eu recebi?”. Ela não recebeu nada, nem vai receber; quem recebe é a Receita Federal, e a possibilidade de que a ministra seja convidada a dar algum palpite no uso esse dinheiro está entre o zero e zero absoluto.

É o vício de sempre dos barões da alta burocracia brasileira, sobretudo dos que ganharam seus empregos no governo pela sua capacidade, em modo extremo, de bajular o chefe – e não pela competência para fazer qualquer tipo de trabalho útil. É assim que este país funciona.


J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


quarta-feira, 30 de agosto de 2023

As travessuras de Dino - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Era uma vez um menino muito travesso chamado Dino. Ele só gostava de usar camisa vermelha desde criança. 
Mais tarde, assumiu que era um comunista, graças a Deus! 
Como bom comunista, Dino enaltecia os piores regimes do planeta. Quanto mais totalitarismo, censura, perseguição a inocentes, mais Dino aplaudia.

Dino virou ministro da Justiça numa aliança "para salvar a democracia". Era a piada pronta, pois o país não era bem uma nação que merecesse tal título, mas sim um grande circo. Logo no começo de seu mandato, uns arruaceiros desesperados resolveram invadir instituições de estado.

Dino ficou lá, com seu sorriso diabólico, só acompanhando os acontecimentos que poderia impedir. Ele mesmo meio que confessou para a imprensa aliada, sem saber que haveria uma CPMI em que a oposição cobraria as imagens.

Tanto o governo de Dino como a mídia subserviente trataram os acontecimentos daquele fatídico dia como o maior atentado golpista contra a democracia na história do país. Com base nisso, o aliado ministro supremo chegou a prender, de férias em Paris, mais de mil "meliantes", que teriam tentado dar um golpe usando algodão doce como arma.

Os parlamentares da CPMI exigiram, então, as tais imagens. O governo, que chamou aquilo tudo de ato golpista e não queria a abertura da CPMI para investigar, ficou de embromação e mandou a pelota para o campo supremo. Autorizado a entregar as imagens, Dino disponibilizou somente duas câmeras de segurança, enquanto um deputado da oposição provou existirem várias outras.

Os jornalistas prostituídos não se incomodaram, pois para eles basta a narrativa de Dino. Mas os insistentes opositores não desistiram, pois Dino ainda não conseguira transformar esse grande circo num típico país comunista, sua eterna inspiração. Aí algo teve de ser dito para dar alguma explicação, por mais fajuta que fosse, aos deputados e senadores.

"Imagens do Ministério da Justiça e Segurança Pública em 8 de janeiro foram apagadas",
dizia a chamada. "A justificativa é que as gravações ficam salvas por 15 dias e são excluídas para abrir espaço de armazenamento no sistema", constava no subtítulo. Puxa vida! Logo as imagens daquele dia tão importante, que o próprio Dino chamou de golpe terrorista?!

Quanto custa um hard disk com terabytes de capacidade de armazenamento? É bem baratinho, não é mesmo?  
Para salvar a democracia, então, creio que o valor compensasse. 
Mas nada disso importa. O tal país, como já disse, é um enorme circo, e o povo assume compulsoriamente o papel de palhaço.

Dino apenas sorriu uma vez mais, imaginando o contorcionismo dos jornalistas que comprou e transformou em militantes. Com sua pança esparramada no sofá caríssimo pago pelos trabalhadores, Dino se lembrou de quando era apenas um travesso menino na escola, e chegou sem seu dever feito.

A professora cobrou explicações, pois valia ponto, e o garoto Dino, rindo, apenas disse: "O cachorro comeu meu dever, professora". E depois saiu gargalhando, direto para o circo com tenda vermelha...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Podemos rir numa ditadura? - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

A cada dia que passa acordamos com notícias do avanço da ditadura instalada no Brasil. 
Hoje a PF prendeu um pastor e uma cantora gospel pelo "crime" de convocar gente para uma manifestação usando a Bíblia e "seus direitos". Como o simples ato de se manifestar está sendo confundido com invasões golpistas, sem qualquer individualização da pena, então convocar para um protesto garantido por lei já vira o novo crime em si. Estranho...
 
Aí temos o hacker da Vaza Jato na CPMI dos "atos golpistas"
O responsável por entregar material a petistas que serviram para soltar Lula da cadeia afirma que Bolsonaro participou de reuniões e fez promessas indecorosas. 
A esquerda trata a afirmação de um criminoso como prova do crime em si, pois contra bolsonaristas não é mais preciso ter evidência alguma, e delação não é tortura.
 
Está puxado! O Brasil cansa. Esse era o meu bordão de antes. Preciso atualizar isso para "O Brasil deprime"
E, diante da depressão que bate quando acompanhamos as notícias no país, ainda mais sendo alvo da ditadura instalada, o que fazer? 
Em uma live minha da semana passada lancei mão do sarcasmo. 
Falei por mais de uma hora só com ironias, brincando que "o amor venceu", que eles xingam, agridem, perseguem, destroem as instituições, mas tudo com muito amor.

O feedback que recebi foi, em geral, muito bom. A turma gostou do meu desempenho como comediante. Mas um amigo de luta pela liberdade não gostou, e me enviou uma mensagem crítica. Como brincar quando essa corja acaba com o que restou de nossas liberdades e nossa democracia? Eis o que ele escreveu em seu Twitter também: - Conservadores sendo censurados, perseguidos e até presos, e ainda fazendo piadinha chamando essa ditadura comunista de governo "do amor". É tipo os prisioneiros dos gulags fazendo piada com o Stálin. Parem de se render à linguagem do inimigo. Precisamos chamá-los do que eles são.

Ele tem um ponto. Será que faziam piadas durante o avanço comunista nos países que viraram ditaduras totalitárias? 
]Faziam sim, pois é muitas vezes a única válvula de escape para aguentar o rojão. 
E também porque pode ser a única saída para não ser enquadrado em novos crimes - se bem que os ditadores brasileiros já miram em humoristas também.  
O humor sempre foi um instrumento poderoso, e por isso todo "combatente da democracia" demonstra um perfil sisudo e carregado.

Confesso não ter opinião formada aqui. Entendo que fazer uso de ironias num momento em que prendem sem qualquer crime, usam censura, congelam contas bancárias do nada e cancelam passaportes de jornalistas só por perguntas incômodas, pode parecer algo estranho, como rir na beira de um vulcão já em erupção.

Ao mesmo tempo, não descarto a possibilidade de, com ironia, expor ainda mais o ridículo da mensagem de quem se coloca como protetor da democracia ao destruí-la ao lado de bajuladores de tiranos. Talvez haja espaço para as duas estratégias, dependendo do perfil - ou do dia.

É preciso falar sério sim: essa turma está tentando transformar o Brasil na nova Venezuela, e não há qualquer graça nisso. 
Mas não vou condenar quem, desesperado com a realidade, apela para o humor, para suportar melhor essa situação surreal. Tenho lugar de fala: sou alvo deles e estou pagando um preço alto por defender a liberdade - de forma séria e também com ironias.

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo

 


domingo, 13 de agosto de 2023

As brincadeiras no STF revelam a crise da Justiça - Deltan Dallagnol

Gazeta do Povo - VOZES

Justiça, política e fé

Na última quarta-feira, após a presidente do STF anunciar o resultado da votação para a vice-presidência do tribunal, em que o ministro Alexandre de Moraes recebeu um voto, enquanto o ministro Edson Fachin recebeu dez, num clima descontraído, seguiram-se falas de dois ministros em tom de brincadeira:

- Ministro Alexandre de Moraes: “é que a votação não foi no TSE”.

- Ministro Gilmar Mendes: “vai colocar esse pessoal no inquérito”.

O humor tem sido, ao longo da história, uma ferramenta para ilustrar, criticar e até satirizar as realidades mais cruéis e absurdas de uma sociedade. Pode também ser usado como um espelho revelador de uma realidade que muitos tentam ignorar.

A alusão de Moraes ao seu poder absoluto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a insinuação de Gilmar Mendes de que Moraes poderia usar sua influência para perseguir aqueles que não o apoiaram trouxeram à luz uma faceta sombria de nossa corte suprema, a de interferências e manipulações.

Com sua brincadeira pública, os ministros, talvez inadvertidamente, chamaram a atenção para as preocupações que muitos brasileiros têm há algum tempo: a politização do STF e a influência de agendas pessoais nas decisões judiciais.

O humor tem sido, ao longo da história, uma ferramenta para ilustrar, criticar e até satirizar as realidades mais cruéis e absurdas de uma sociedade

O tamanho do poder de Moraes no TSE está evidente há tempos. Em maio, Moraes conseguiu nomear ao TSE dois advogados ligados a ele. Mas não bastou isso. No dia 24 daquele mês, num ato audacioso de atropelo do protocolo, o próprio Moraes anunciou que tais advogados foram escolhidos pelo presidente, sem aguardar o pronunciamento oficial da presidência ou de sua Secretaria de Comunicação.

 Em junho, a imprensa noticiou que Moraes procurou pessoalmente outros ministros da corte eleitoral em julgamentos importantes, como aquele da inelegibilidade de Bolsonaro, buscando construir compromissos e consensos. 
No caso de Bolsonaro, buscou evitar o adiamento do julgamento por pedidos de vista, que efetivamente não ocorreram. 
A unanimidade na minha cassação foi tida por um jornalista reconhecido como articulada também pelo ministro.

A essas demonstrações se somam as numerosas decisões de Moraes que têm sido consideradas, por muitos juristas como arbitrárias, mas têm sido endossadas pelos demais ministros. E aqui entra a segunda piada, de Gilmar, que reflete a inclinação de Moraes para censurar vozes discordantes, em violação à Constituição e às leis.

Um caso que revela tais abusos voltou à tona nesta última semana, envolvendo o influenciador Monark. Moraes emitiu uma terceira ordem de bloqueio das redes sociais do influenciador. Contudo, tal bloqueio é absurdo. 
Primeiro, a decisão que congelou suas redes, impôs multa de 300 mil reais e determinou que seja investigado por desobediência não indica em momento algum que regra constitucional ou legal as manifestações do influencer violaram. Vários juristas apontaram não existir uma violação sequer.

Segundo, se houvesse algum abuso, seria possível discutir a retirada pontual de conteúdo das redes, mas jamais seu bloqueio total. Hoje, as redes sociais são em grande medida a voz das pessoas, um canal básico de expressão. Bloquear as redes é o equivalente medieval de cortar a língua da pessoa.

Para além de não ter previsão na Constituição ou nas leis, o bloqueio das redes é vedado por elas. De fato, caracteriza censura prévia proibida expressamente pela Constituição.  
Essa censura prévia impede Monark de se expressar sem se saber previamente que conteúdo expressaria. 
Isso prejudica a manifestação de sua personalidade, violando um direito humano básico, e prejudica o debate público.

E aqui entra a segunda piada, de Gilmar, que reflete a inclinação de Moraes para censurar vozes discordantes, em violação à Constituição e às leis

Em terceiro lugar, como as redes sociais são o instrumento de trabalho de Monark, o bloqueio das suas redes o impede de auferir renda, o que conflita com a impenhorabilidade dos instrumentos de trabalho e com a própria dignidade da pessoa.

Some-se que a imposição de multa sem ampla defesa e contraditório viola o devido processo legal. É um confisco
Além disso, a instauração de inquérito para apurar desobediência conflita com a jurisprudência das próprias cortes superiores segundo a qual não há desobediência quando há aplicação de multa.

Isso tudo se refere a apenas uma decisão, mas há numerosas outras que rasgam a Constituição e as leis. A decisão de Monark é mais um testemunho da intensidade com que o ministro Moraes atua quando se sente desafiado ou contrariado. Essas decisões, que lembram um período sombrio da nossa história em que a liberdade de expressão estava sob constante ameaça, foram percebidas por muitos como tentativas de controlar a narrativa e suprimir vozes dissidentes.

Em um sistema judiciário ideal, a justiça não tem cor, sabor ou inclinação política. Ela é cega e imparcial. 
A brincadeira entre Moraes e Mendes revela uma complacência com algo tóxico que está se infiltrando na instituição, corroendo seus fundamentos que deveriam estar na defesa da democracia, do estado de direito e dos direitos fundamentais.

Se aceitarmos que a "brincadeira" tem, de fato, um fundo de verdade, então estamos diante de uma crise que vai além do Judiciário. Estamos testemunhando autocracia e tirania judiciais que constituem uma ameaça à própria essência da democracia brasileira.

O quadro de escalada do arbítrio judicial torna as "piadas" menos inocentes. 
O risco não está na piada em si, mas no que ela reflete ou destila. 
Se o poder de um ministro domina a corte e se o ministro pode usar de seu poder para perseguir quem o desafia ou desagrada, onde se pode buscar justiça?
 
Isso explica a indignação de tantas pessoas nas redes sociais diante das ironias dos ministros
As piadas foram compreendidas como um tapa na cara da sociedade de uma Justiça em crise, que em nome de defender a democracia tem sistematicamente violado direitos fundamentais e, assim, corroído a própria democracia.
 
Deltan Dallagnol, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 
 
 


terça-feira, 20 de junho de 2023

Lula finge fazer política externa, mas viagens são só programas turísticos que custam milhões - J. R. Guzzo

Gazeta do Povo - Vozes

Presidente Lula foi acompanhado de 40 autoridades em sua viagem à China, em abril de 2023.| Foto: Ricardo Stuckert/PR

Não demorou; nunca demora. Eis aí o presidente da República, mais uma vez, se atirando de cabeça em sua obsessão preferida como homem de governo – viajar para o exterior, no jato presidencial, onde tem quarto de casal e sala privativa, com tudo pago pelo governo. (Pelo governo não: tudo é pago por você e seus impostos.)

Whatsapp: entre no grupo e receba as colunas de J.R.Guzzo

Vai agora ver o papa em Roma, além de um sociólogo, e participar de um evento em Paris; não há, nem em Roma e nem em Paris, nenhuma possibilidade de acontecer alguma coisa que possa interessar, mesmo de longe, o cidadão que está pagando a conta. É a sétima viagem em menos de seis meses, coisa que nenhum outro presidente do planeta conseguiu fazer no mesmo período. Já deu o equivalente a duas voltas inteiras ao mundo.

Ficou 28 dias fora do Brasil, mais do que viajou aqui dentro. Já tirou foto com 30 líderes estrangeiros – embora só tenha recebido nove deputados dos partidos de sua “base”. 
Não conseguiu nada de útil para o Brasil e para os brasileiros com essas viagens todas; ao contrário, só criou problema, basicamente porque nunca falou tanta bobagem na vida quanto no desfile permanente que faz pelo exterior desde que assumiu a presidência.

    Eis aí o presidente da República, mais uma vez, se atirando de cabeça em sua obsessão preferida como homem de governo – viajar para o exterior.

As viagens em massa servem para Lula se ausentar do exame, debate e solução de qualquer questão de governo, num momento em que o Brasil está atolado até a cabeça em questões que não são sequer entendidas por ele, e muito menos resolvidas; 
- sem resolver nada por aqui, escapa para o exterior, onde prejudica o interesse nacional e impressiona os jornalistas fazendo o papel de “líder mundial”. É uma piada, a cada vez que decola – e uma piada muito cara.
 
Em Londres, Lula foi capaz de ocupar 57 quartos de um hotel onde a diária da suíte “master” custa quase 40 mil reais
Como é possível alguém ocupar 57 quartos de hotel com uma comitiva oficial? 
Ele foi lá assistir a coroação do rei Charles III, só isso – porque raios precisaria levar esse mundo de gente? 
Só em aluguel de carros, gastaram 250 mil dólares, ou cerca de 1,3 milhão de reais, uma quantia que a maioria dos brasileiros não conseguirá ganhar durante todas as suas vidas. 
A conta, no fim, passou dos 3 milhões de reais
No Japão, pouco tempo depois, já gastou o dobro foram 6 milhões, turbinados pela maior fixação do PT e arredores, o cartão de crédito “corporativo”. 
É extraordinário, para um país que segundo o próprio Lula, tem “33 milhões” de pessoas “passando fome”, ou mesmo “120 milhões”, nas contas da sua ministra do Meio Ambiente.
 
Lula finge que está fazendo “política externa”. Mas o que faz, na prática, é o mais alucinado programa turístico, com despesas de sultão, que um primeiro casal brasileiro já foi capaz de montar. 
Agora, por exemplo, vai fazer de conta que fala com o presidente Emmanuel Macron. Macron vai fazer de conta que fala com ele. O intérprete vai fazer de conta que traduz. 
Tem sido isso, e mais disso, desde a sua primeira viagem quando foi à Argentina e prometeu construir lá o gasoduto de “Vaca Muerta” (é isso mesmo), a única obra pública de porte que o seu governo anunciou até agora.

Lula, na verdade, não faz diplomacia. Apenas repete, em termos gerais, o que ouve do comissário para assuntos externos, o ex-ministro Celso Amorim – que vive mais ou menos uns 70 anos atrás e, reproduz, nas instruções que dá ao presidente, o programa de política exterior de um centro acadêmico estudantil.  

Não pode sair nada de bom dessa salada.

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES



O futuro dos humoristas brasileiros - Percival Puggina

O bom humor e o riso fazem bem à saúde. Com mau humor, mais remédios serão necessários para curar moléstias que se desenvolvem entre senhos franzidos e maus sentimentos. 
No Brasil dessa nova ordem política, humoristas e bem humorados andam sobre o fio de uma navalha, cuidando da sola do tênis e olhando para os lados. 
Sua atividade é de elevado risco e pode acabar na supressão dos meios de vida e/ou na perda da liberdade.
 
Chama a atenção, neste período da nossa história em que há sisudo represamento do humor, saber que se pode fazer piada, chacota e vilipêndio sobre o efetivamente sagrado, mas pode dar problema fazer piada sobre figuras que se têm como sagradas no protagonismo dos poderes de Estado.  
Aliás, não só se têm como sagradas, mas agem como se elas, seus ditames e objetos de culto fossem merecedores de devoção. 
Observar isso é recreativo para quem tenha preservado o senso de medida e de justo valor. 
Como podem as pessoas usar tais lentes para contemplar a si mesmas? Mormente quando põem em relevo a própria miséria ou quando a miséria do ditame transparece sob a luz dos fatos?
 
Lula, como se sabe, disputou a eleição presidencial em condição análoga a de um efeito holográfico, um corpo de luz não identificável com a pessoa real que usava o mesmo nome e apelido. 
Era um Lula autorizado a competir sem que seu passado, seus amigos e seus governos pudessem ser mencionados se não fosse para elogiar.
 
A Revista Oeste, por exemplo, foi censurada ao mostrar a relação do candidato com ditadores de esquerda, entre eles, Daniel Ortega
Embora a história dessa relação bem conhecida viesse de longa data, o parceiro nicaraguense, cujo governo é denunciado por torturas, violência contra opositores, fechamento de Igrejas e perseguição de religiosos, reconhecido como ditador pela OEA, não pode ser referido na disputa presidencial brasileira. 
E esse caso é apenas um dos tantos em que a verdade teve que ir para o porão numa hora em que deveria ser apregoada dos telhados.

Em março, o próprio embaixador da Nicarágua na OEA se encarregou de denunciar a ditadura em seu país, durante reunião do Conselho da instituição em Washington! “Tenho que falar, ainda que tenha medo, e ainda que meu futuro e o da minha família sejam incertos”, disse, acrescentando que seu país tem 177 presos políticos e mais de 350 mortos desde 2018.

Agora, sob comando do Lula real, o Brasil escreve à OEA solicitando que sejam suprimidas do documento preliminar da próxima reunião as críticas à ditadura de Ortega por violação dos direitos humanos dos dissidentes. 
Como se sabe, para a esquerda, direitos humanos são atributos dos esquerdistas. 
A representação do Brasil petista pede que em vez de “a volta à democracia” seja solicitado “fortalecimento da democracia”.
 
O que mais precisa acontecer para que entendamos ser esse um sintoma de nosso próprio problema? 
Que é por estarem essas ideias no poder que ficou assim o que chamávamos liberdade, democracia e estado de direito?

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


sexta-feira, 28 de abril de 2023

A censura está a ponto de ser institucionalizada – para a alegria de Lula, a esquerda e o STF - J. R. Guzzo

Vozes - Gazeta do Povo

A Câmara dos Deputados se prepara para cometer uma infâmia – a criação, por lei, da censura no Brasil.  
Lula, o PT e a esquerda se dizem chocados quando ouvem isso, jurando que querem “aperfeiçoar” o exercício da livre expressão, mas é puro fingimento. Eles, mais do que todos, querem essa lei justamente porque ela cria a censura nas redes sociais um sonho que perseguem há anos, e é realidade em todas as ditaduras do mundo.

A lei entrega ao governo, para resumir as coisas e falar em português claro, uma ferramenta que lhe dá o poder de proibir ou permitir o que a população pode falar ou mostrar na internet. A população, e não os jornalistas ou os meios de comunicação – quem perde a proteção do artigo 5 da Constituição Federal, que garante como “cláusula pétrea” a liberdade de palavra e de expressão, é o cidadão brasileiro. A cláusula, como se pode ver, não é de pedra.

Lula e o seu sistema, em parceria com o STF, passam para o Estado a função inédita de definir o que é verdade e mentira.

O esforço para chamar esse ataque direto à democracia de “Lei da Liberdade” na internet (e também, é claro, da “responsabilidade” e da “transparência”), é uma piada – jamais, na experiência humana, a liberdade verdadeira se tornou mais ampla ou mais garantida por causa de leis. É o contrário. A liberdade só é amputada quando querem melhorá-la através de peças de legislação, pelo simplíssimo fato de que o propósito real de quem escreve todas essas leis é reduzir os direitos da população, e não aumentar.

Querem sempre regular, controlar, condicionar, especificar, limitar – e o resultado prático disso tudo é que em algum momento aparece, inevitavelmente, que isso ou aquilo é proibido, que isso ou aquilo vai ser punido, e assim por diante. 
No caso da censura que a Câmara se dedica a impor à sociedade brasileira, Lula e o seu sistema, em parceria com o STF, passam para o Estado a função inédita de definir o que é verdade e mentira – e, por conta disso, o poder de decidir o que pode e o que não pode ser dito nas redes sociais.

O que estão querendo é fornecer ao governo a licença legal para instalar a censura, a polícia do pensamento e a repressão política neste país.

O mecanismo para se fazer isso é um “Conselho Nacional”, a quem caberá, se a lei da censura for aprovada, decretar o que é “fake news”, ou “desinformação”, ou “opinião nociva”, ou “conclusão falsa” e mais um mundo de coisas – na prática, tudo o que o governo não quer que seja publicado. Em cima desse veredito supremo, vai proibir a publicação e, pior ainda, punir quem falou.  

Está na cara que é assim, na prática, que a coisa vai funcionar: o “Conselho” será formado por “representantes da sociedade”, e até uma criança com 10 anos de idade sabe quem vão ser eles.  
Alguém espera que um negócio desses seja imparcial? 
Que tenha membros de direita, ou não alinhados com o PT? 
Que seja capaz de condenar uma mentira dita em público pelo presidente da República? [não pode ser olvidado que o atual presidente é uma mentiroso patológico,no popular, um mitomaníaco.]

Mais desconexo ainda é o argumento central da esquerda em toda essa questão – a necessidade de se colocar ordem na “selva” da internet e das grandes plataformas de comunicação, para eliminar a transmissão de “mentiras”, “insultos”, “mensagens de “ódio”, postagens “antidemocráticas”, “golpistas” ou de “extrema direita” e todos os horrores que o mal humano pode causar. É, ao mesmo tempo, falso e idiota.


Não há selva nenhuma; a liberdade de expressão no Brasil é exercida dentro de limites claros e perfeitamente definidos por lei. O indivíduo pode dizer o que quer – mas é responsável, sim, por tudo o que diz.  
O Código Penal e o restante da legislação punem, como crime, a calúnia, injúria, difamação, golpe de Estado, incitação ao crime, racismo, nazismo, “homofobia” (é equivalente ao racismo, segundo o STF) e tudo mais que o sujeito possa fazer de errado usando o direito à palavra livre. Está sujeito, igualmente, a pagar indenizações pecuniárias pelos danos que provocou.
 
A nova lei não quer colocar ordem em nada, pois os instrumentos para impedir que a liberdade de um venha a prejudicar o direito de outro existem há mais de 80 anos na lei brasileira. 
O que estão querendo, na vida real, é fornecer ao governo a licença legal para instalar a censura, a polícia do pensamento e a repressão política neste país.
 
Nota: para acompanhar em tempo real quais são os parlamentares a favor e contra o PL da Censura, acesse pldacensura.com
 
J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Blogueiros petistas - Rodrigo Constantino

Revista Oeste

Quem limpa a biografia imunda de Lula não pode bancar o defensor da ética 

 A velha imprensa morre de saudades dos tempos em que havia uma hegemonia de esquerda nas redações de praticamente todos os jornais do país. O advento das redes sociais é algo que ainda não foi bem digerido por essa patota do selo azul (que agora vai ter de pagar ao bilionário Elon Musk para manter o símbolo).  
Todas as suas hipocrisias e incoerências ficam expostas nas plataformas digitais, e a turma não lida bem com isso. 
Daí os pedidos de censura por parte de, pasmem!, jornalistas…

Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock

Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock 

Durante todo o governo Bolsonaro, quem quer que enxergasse alguma virtude na agenda ou na equipe era logo tachado de “blogueiro bolsonarista”. Aconteceu o mesmo com empresários: nunca antes tínhamos ouvido falar em empresários petistas ou empresários tucanos, mas aqueles empresários que apostavam no governo de direita foram logo rotulados de empresários bolsonaristas, o que, para a mídia militante, é sinônimo de golpista.

Por quatro anos esses patriotas foram demonizados pelo terrível “crime” de apoiar um governo com bons resultados e sem escândalo de corrupção.  
Na reta final da eleição a coisa piorou, e muito. 
Rejeitar a alternativa, a escolha da própria imprensa, o socialista ladrão que queria voltar à cena do crime, segundo seu próprio vice na chapa, era algo que somente um fascista poderia fazer
Todo aquele “do bem” teria que “lular” para “salvar a democracia”, ainda que ao lado de quem bajulou a vida toda as piores tiranias comunistas do planeta e tentou usurpar a democracia brasileira com o Mensalão.
Foto: O Estado de São Paulo/Reprodução
Nesse afã de detonar Bolsonaro para impulsionar Lula, a imprensa catou pelo em ovo e, quando nada encontrava, desenhava um. Foi assim que o “Orçamento secreto”, na narrativa midiática, virou um ato de corrupção muito pior do que o próprio Mensalão
Ainda que Bolsonaro tenha vetado o projeto. 
Ainda que os parlamentares petistas façam uso do tal “Orçamento secreto”. Nada disso importava: só a narrativa fajuta para retirar a questão ética da pauta, protegendo seu corrupto favorito.

Desde 2018 que cerca de metade do povo brasileiro tem sido difamada diariamente por uma imprensa militante esquerdista

Assim que terminou a eleição, o que aconteceu? O “Orçamento secreto” passou a ser apenas “emendas do relator”, algo bem inocente e democrático. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, fala abertamente em “acordão” para manter o troço, e os nossos jornalistas enxergam nisso um diálogo absolutamente democrático e republicano, da noite para o dia. A Folha de S.Paulo desapareceu com a expressão “Orçamento secreto” num passe de mágica. Uma piada!

Esse, claro, é apenas um exemplo entre inúmeros. O Globo achou adequado usar Lula até como referência literária, para dar dicas de livros no feriado — aquele que alegava não ler, pois lhe dava azia. Insistiram durante toda a eleição no discurso de “violência política”, para colar a pecha de violento no bolsonarismo, mas, quando jogaram um carro em cima de manifestantes patriotas, o sujeito desapareceu e o responsável passou a ser o carro, como se fosse uma espécie de Transformer.

Foto: Folha de S.Paulo/Reprodução

Eu poderia escrever um livro inteiro só com casos de duplo padrão escancarado da velha imprensa, mas creio ser desnecessário. A maioria já se deu conta desse jogo sujo da mídia, daí a sua perda crescente de credibilidade. Na pandemia, quem tivesse perguntas legítimas sobre medidas autoritárias de “especialistas” era tratado como “negacionista” ou “genocida”. Depois, qualquer demonstração de apoio ao governo Bolsonaro era coisa de “golpista” e “fascista”. Desde 2018 que cerca de metade do povo brasileiro tem sido difamada diariamente por uma imprensa militante esquerdista.

Mas cada vez mais gente acorda para isso, e rejeita as narrativas desses veículos de comunicação. Quem passa pano para o arbítrio e o abuso de poder do STF não pode posar de defensor do Estado de Direito. Quem limpa a biografia imunda de Lula não pode bancar o defensor da ética.  
Quem se alia a defensores de ditadores socialistas não pode fingir representar a defesa da democracia. 
Quem interdita o debate não pode alegar falar em nome da ciência. 
Quem quer expurgar metade do povo do debate político não pode dizer que respeita a diversidade. 
E essa é justamente a conduta de quase todo jornalista da velha imprensa.[tem algumas jornalistas que quando falam em democracia, ato ilegal ou coisa do tipo, chegam a revirar os olhos de prazer satânico -esse orgasmo anormal, ou animal também para acometer alguns jornalistas.]

De hoje em diante, pretendo só chamar os membros desse clubinho arrogante e farsesco de “blogueiros petistas”. No fundo, é isso que são. Estufam o peito para repetir que são jornalistas isentos, mas todos podemos ver a militância desonesta e canalha de quem quer apenas puxar o saco de um corrupto autoritário. 
Seja por alinhamento ideológico, seja por aluguel de sua “pena”, o fato é que não passam de blogueirinhos petistas, de vassalos do maior corrupto que o Brasil já teve, de capachos dispostos a deitar no chão para que o safado tenha onde pisar. É constrangedor esse comportamento de gado… [prezado Rodrigo, por favor não ofenda os bovinos, comparando-os com tais amebas.]

Leia também “Venceram a batalha, não a guerra”

Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste

 

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Novos testes de urna ainda são pouco, mas já são alguma coisa - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo - VOZES

Desde as eleições anteriores a Justiça Eleitoral vem fazendo testes de urna, mas eram muito poucos, em cinco estados. 
Agora, pela insistência das Forças Armadas e do ministro da Defesa, o teste será feito em 19 estados. Não sei por que ainda ficaram de fora Roraima, Acre, Piauí, Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba e Amapá. 
No total, 641 urnas vão ser testadas; ainda acho pouco, já que há quase meio milhão de urnas, mas já é alguma coisa. 
E, dessas 641, apenas 56 vão ter, aleatoriamente, eleitores reais para o teste, oferecendo a sua biometria, como voluntários, além da participação da seção.
 
Tudo bem, melhorou, mas continuo querendo eleição auditável. O PSDB não conseguiu isso em 2014, no segundo turno entre Aécio e Dilma; passou 100 dias tentando, estava tudo aberto, mas não conseguiu porque, como vocês sabem, não fica rastro. [sendo recorrente, citamos Carl Sagan: "... astrônomo Carl Sagan Ausência de evidência não é evidência de ausência.” - que equivale a:  Não é porque não há provas de algo que esse algo não é verdade."
 
Eu estava vendo agora a insistência do doutor Felipe Gimenez, que é promotor no Mato Grosso do Sul, dizendo que a contagem tem de ser pública e que deveria haver um comprovante para ela também ser auditável. Como agora não há mais tempo para mudanças, fica o desejo de que haja lisura, vamos torcer para que o acaso nos brinde com algo bom, que é uma eleição limpa, sem nenhuma fraude.
 
Tribunal sem voto mais uma vez atropela os representantes eleitos do povo
Má notícia para os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem: o Supremo confirmou a decisão do ministro Barroso que impede a entrada em vigor de uma lei aprovada pelo Congresso, que institui um piso salarial para esses profissionais.  
É muito interessante que os legisladores, que foram eleitos para fazer leis, ficam meses discutindo o projeto, analisam os recursos disponíveis para instituir o piso, e fazem a lei, aprovada na Câmara e no Senado.   Os congressistas receberam um voto popular para fazer isso, mas aí o caso vai para um tribunal em que ninguém tem voto popular, e o tribunal suspende a lei. [e a maioria dos ministros integrantes do Tribunal,  autor da proeza, gritam aos quatro ventos que são defensores da democracia = tanto que quando ACHAM alguém que pensa diferente deles, cuidam de neutralizar aquela voz dissonante, 'criminosa', que ao discordar deles,  atenta contra a democracia.]

Veja Também:
 Manifestações do Dia da Independência foram pacíficas e democráticas
STF criou o “crime de pensamento” no Brasil

A lei foi sancionada pelo presidente, foi publicada no Diário Oficial, mas os hospitais reclamaram. 
 Os prefeitos dizem que o piso – que é de R$ 4.750 para o enfermeiro, que tem curso superior; 70% disso para o técnico de enfermagem e 50% para o auxiliar em enfermagem – vai dar uma despesa adicional de R$ 10,5 bilhões para as 5.570 prefeituras. 
Dividindo R$ 10,5 bilhões por 5.570, até que não fica tanto.  
Mas ameaçaram com demissões maciças e pouco atendimento para os hospitais. 
No fundo, ainda há outra coisa que precisa ser corrigida: o Estado não tem de se meter na iniciativa privada
O hospital privado, a clínica privada que se acertem com os seus funcionários, enfermeiros, técnicos e auxiliares.
 
Estado se intromete até em venda de carregador de celular
Agora mesmo, o Estado está se intrometendo também na venda do iPhone 14, porque não veio com carregador. 
Isso é uma decisão de mercado; não se metam no mercado! 
Doutor Paulo Guedes deve estar sem dormir ao ver isso. Como se não estivesse todo mundo cheio de carregadores dos celulares antigos nas gavetas de casa. Essa é uma decisão entre vendedor e comprador. 
Se o comprador está irritado, faz questão do carregador, ele não paga, compra de outra marca ou outra plataforma, e pronto. Isso é mercado, não se metam no mercado.
 
A piada de Alexandre de Moraes
O ministro Alexandre de Moraes desbloqueou as contas bancárias dos oito empresários investigados,
justificando que o Sete de Setembro já passou e as contas tinham sido bloqueadas para eles não financiarem manifestações “antidemocráticas”. 
Eles iriam provavelmente financiar desordeiros, esses que pisam na bandeira, botam fogo na bandeira, quebram vitrines, entram na manifestação com barra de ferro... talvez sejam esses. 
Os empresários devem ter essa característica, eu nunca os vi fazerem nada isso, mas nunca se sabe... 
E eles ficaram sem crédito porque, com a conta bancária bloqueada, eles não podiam mais comprar nada
É o tipo de coisa que caberia bem naqueles programas de antigamente, programas humorísticos no rádio que eu ouvia quando era jovem. 
Ali faziam esse tipo de narrativa, e ríamos muito. [admito que pensei em sorrir; mas, desisti do pensamento e se pensar em sorrir de um absurdo tipo o ora comentado, for crime? tipo 'ato antidemocrático?]
 
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 
 

segunda-feira, 18 de julho de 2022

Não pode falar da delação de Marcos Valério? - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Se a postura continuar essa, a "piada" das redes sociais passará a ganhar contornos de pura verdade: o Supremo pretende lançar candidato próprio ou vai apoiar Lula mesmo?

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes acatou liminar do Partido dos Trabalhadores (PT) na noite desse domingo (17) e exigiu a retirada de supostos conteúdos falsos contra a legenda e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Moraes apontou que os conteúdos se baseiam em três temas principais: 
ligação do PT com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC); 
- falas de Lula igualando pobres ao papel higiênico;  e, 
- a relação do PT com o nazismo e o fascismo.

"O sensacionalismo e a insensata disseminação de conteúdo inverídico com tamanha magnitude pode vir a comprometer a lisura do processo eleitoral, ferindo valores, princípios e garantias constitucionalmente asseguradas, notadamente a liberdade do voto e o exercício da cidadania", pontuou o ministro na decisão.

A liminar de Moraes cita 16 pessoas, entre elas os deputados federais Otoni de Paula (MDB-RJ), Carla Zambelli (PL-SP) e Helio Lopes (PL-RJ), além do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A pena diária pela manutenção desses conteúdos é de R$ 10 mil, enquanto novas postagens ou conteúdos irão render multas de R$ 15 mil.[o deputado Daniel Silveira continua sendo multado diariamente? ou o STF resolveu cumprir o decreto do presidente Bolsonaro?]

Leandro Ruschel comentou a decisão: "A denúncia sobre ligação entre PT e PCC foi feita por Marcos Valério, em delação premiada homologada pelo próprio Supremo. A gravidade da decisão: o ministro que assumirá presidência do TSE antes das eleições acabou de censurar mensagens que criticam o PT, com base em delação premiada homologada pelo próprio Supremo
É só uma pequena amostra do que está por vir. O Brasil JÁ É UMA DITADURA. Ainda mais sério: parlamentares que contam com imunidade constitucional, com liberdade de expressão ainda menos restrita, estão sendo censurados por fazer críticas ao PT. 
Você já viu uma ÚNICA mensagem de um parlamentar petista ser censurado por criticar o presidente?  
Se não houver liberdade de expressão na campanha eleitoral, nem adianta discutir a confiabilidade das urnas. 
Se um lado tem liberdade de expressão irrestrita, e o outro lado é sistematicamente censurado e perseguido pela própria justiça, já sabemos qual será o resultado".

A economista Renata Barreto perguntou: "Alexandre de Moraes determinou que sites, influenciadores e políticos APAGUEM posts e vídeos onde dizem que existe ligação do PT com o PCC e de Lula com a morte de Celso Daniel. Ele já descartou que seja verdade, houve investigação?"

Ainda faltam mais de dois meses para as eleições
O que mais o ministro tucano vai inventar? 
Qual será o grau de arbítrio para tentar manipular o debate e impedir um lado de se manifestar? 
Até onde o STF está disposto a ir para proteger Lula e perseguir Bolsonaro? 
Se a postura continuar essa, a "piada" das redes sociais passará a ganhar contornos de pura verdade: o Supremo pretende lançar candidato próprio ou vai apoiar Lula mesmo?

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 Clique aqui e SAIBA MAIS


sexta-feira, 24 de junho de 2022

Ativisme supreme - Revista Oeste

Edifício-sede do Supremo Tribunal Federal com iluminação nas cores da bandeira LGBT, no dia 20 de junho de 2022 | Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Edifício-sede do Supremo Tribunal Federal com iluminação nas cores da bandeira LGBT, no dia 20 de junho de 2022 | Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Nosso Supremo Tribunal Federal cada dia dá mais provas de, na atual composição, ter se transformado num partido político, num órgão inquisidor, num Estado policialesco, num grêmio estudantil, qualquer coisa, menos um tribunal de última instância responsável pela proteção da Constituição. São tantos exemplos que até mesmo os veículos de comunicação da velha imprensa, que têm passado pano para o abuso de poder supremo, começam a demonstrar preocupação.

Primeiro foi o jornal carioca O Globo, que publicou um editorial alertando para os riscos do arbítrio de alguns ministros. O editorial começa atacando Bolsonaro, seu passatempo preferido, mas depois acrescenta que “outro risco” para a democracia está na politização do STF, um risco que “tem passado despercebido”, segundo o jornal. Na verdade, esse risco não tem passado despercebido, e basta lembrar do 7 de Setembro, quando milhões foram às ruas pedir justamente respeito à Constituição. Os “bolsonaristas” apontam para esse perigo faz tempo, mas acabam sendo demonizados pelo próprio jornal como “golpistas”.

A mídia militante ajudou a alimentar esse monstro, e agora parece se mostrar preocupada, pois deve ter se dado conta de que pau que bate em Francisco também dá em Chico: ninguém está a salvo do arbítrio supremo! Por isso o editorial passa a elencar alguns casos de abuso de poder e atuação politizada do STF, como se não fossem justamente os pontos criticados desde sempre e com veemência pela direita no país.

O Globo menciona o ativismo legislativo também como um problema, apesar de não enxergar nada errado em si nas decisões. Ora bolas! Os meios importam, e, se a decisão foi tomada de forma indevida pelo Supremo, e não pelo Poder Legislativo, isso está errado em si e é temerário. No caso, o jornal “progressista” aplaude o resultado dessas decisões, e por isso alivia na crítica à forma como elas foram tomadas.

O editorial conclui com muito otimismo e ingenuidade, numa clara incoerência em relação ao que critica antes. Os casos de “acertos” são bem menos relevantes do que os absurdos que o próprio jornal elenca. Contar com a “sabedoria” desses ministros para “manter” uma atitude exigida de juízes com tanto poder é uma piada de mau gosto. 
O jornal faria mais se lembrasse do papel institucional do Senado para conter tantos abusos. 
Deveria ter pressionado o presidente Rodrigo Pacheco para agir, uma vez que há vários pedidos robustos de impeachment de ministros engavetados.

Além de O Globo, a Folha de S.Paulo também criticou algumas medidas abusivas do STF, mas cheia de “dedos”. Foi o caso da prisão de dois “bolsonaristas” por perturbação de sossego alheio após um ato em frente da casa do ministro Alexandre de Moraes. A dupla foi condenada a 19 dias de prisão. “Atropelo”: é assim que a Folha chama o fato de alguém ter sido condenado à prisão por perturbação de sossego, depois de ficar 49 dias em prisão preventiva por conta do “crime”. Isso num país que não deixa preso nem mesmo traficante pego em flagrante!

Nossa velha imprensa ainda parece tímida demais para realmente condenar as práticas bizarras desse STF politizado

O irônico é que a Folha já publicou sessões sobre o que o jornal pensa sobre certos assuntos, e eis o que consta sobre ativismo jurídico: “Nos últimos anos, em especial nos momentos de desgaste das instâncias políticas, o Judiciário tem assumido um protagonismo perigoso, tomando decisões que caberiam ao Legislativo ou ao Executivo. O voluntarismo de magistrados se manifesta desde a primeira instância e chega às sentenças monocráticas de ministros do Supremo Tribunal Federal. Mesmo quando os julgamentos parecem acertados, tais práticas não devem ser encorajadas, em nome da preservação dos freios e contrapesos da democracia”.

Mas, pasmem!, nossa velha imprensa ainda parece tímida demais para realmente condenar as práticas bizarras desse STF politizado. 
Teria isso alguma relação com o fato de ser Bolsonaro o principal alvo desse ativismo? Pergunta retórica, claro.
 Já vimos até ministro se considerar o bem e a democracia encarnados para derrotar o populismo, o Mal, no caso o atual presidente
Eles nem sequer tentam esconder o ódio que sentem por Bolsonaro. Segundo Paulinho da Força, o ministro Gilmar Mendes estaria até mesmo colaborando com conselhos para a campanha de Lula. 
E, segundo o PCO, um partido radical de esquerda, o ministro Alexandre de Moraes teria o claro intuito de impedir a reeleição de Bolsonaro.
 
Qualquer brasileiro minimamente preocupado com nossas instituições republicanas deveria colocar o abuso de poder do STF como sua prioridade hoje. É a maior ameaça à democracia, de longe
Mas a demonização do bolsonarismo, como se fosse de fato uma grande ameaça fascista, serve para blindar esses ativistas disfarçados de ministros. Eis o intuito do estigma criado pela mídia, como explica Flávio Gordon: “Fulano é bolsonarista, logo, contra ele tudo é permitido — eis o silogismo consagrado nas redações, nos estúdios, nos palcos e nos tribunais do Brasil de nossos dias”. O monstro vem sendo alimentado por aqueles que se dizem “democratas” ou até “liberais”, mas que, por ódio patológico ao presidente ou por interesses obscuros e ambição desmedida, agem como cúmplices desse ativismo indecente do STF, que soltou Lula e o tornou elegível num malabarismo tosco, enquanto faz de tudo para perseguir Bolsonaro.
 
O atual STF virou uma extensão do PT, participa delivescom influencers bobocas antibolsonaristas, seus ministros fazem palestras o tempo todo, não largam os holofotes da mídia, participam até de bate-papo sobre legalização das drogas. 
Mas fiquemos tranquilos! No mês do “orgulho LGBT”, nosso Supremo demonstrou incrível “consciência social” e apreço pela “inclusão”. 
O prédio ficou todo iluminado com as cores do arco-íris, para provar como nosso STF está atento às causas “progressistas”, como é moderno”
Ele rasga a Constituição da qual deveria ser o guardião diariamente, é verdade, mas é um STF muito “fofo”. É um “ativisme supreme” que visa a agradar a “todes”. Ufa!

Leia também “A abjeta politização das mortes no Amazonas”

Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste

 

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Ex-juiz - Processo movido contra Moro é cruelmente absurdo - Gazeta do Povo

Alexandre Garcia   

Ex-juiz Sergio Moro está sendo processado na Justiça Federal de Brasília por iniciativa de deputados do PT

Não é piada e nem ficção o que eu vou contar para vocês. Um grupo de deputados do PT entrou na Justiça, mais exatamente na 2ª Vara Federal Civil de Brasília, pedindo indenização ao ex-juiz Sergio Moro por ele supostamente ter causado prejuízos à Petrobras. É isso mesmo, é real!

O prejuízo teria sido causado pelo julgamento dos corruptos do petrolão, que dilapidaram a Petrobras, que desviaram recursos, que usaram superfaturamento para beneficiar partido político. E a culpa agora é de Sergio Moro, estão cobrando dele.

O ex-juiz disse que isso é uma inversão de valores. Garanto que vocês nunca iam imaginar que chegaria nesse ponto, mas chegou. É ridículo, risível e cruelmente absurdo. Significa mesmo uma total inversão de valores.

Briga no Conselho do MP

Como vocês sabem, o Ministério Público é o guardião da lei e é essencial para a Justiça, segundo o artigo 127 da Constituição. Denuncia a ocorrência de crimes e tem a iniciativa de denunciar momentos em que as leis não são cumpridas.

Pois deu um "pega pra capar" no Conselho Superior do Ministério Público Federal entre o procurador-geral Augusto Aras e um dos 70 sub-procuradores gerais, o Nívio de Freitas. Aras disse em determinado momento que não poderia admitir "essa bagunça" durante a sessão. Freitas se sentiu atingido e disse que se o procurador-geral quisesse respeito que então o respeitasse também. Mas Aras respondeu dizendo que ele "não é digno de respeito".

Nesse momento, Aras se levantou em direção a Nívio de Freitas e um segurança passou correndo em frente da câmera que registrava tudo para conter os ânimos. A TV Justiça, que veio para mostrar o brilhantismo das mentes, das gravatas e dos ternos, também mostra esse tipo de coisa.

Como mostrou lá atrás algumas brigas entre os ministros do STF Luis Roberto Barroso e Gilmar Mendes, por exemplo. E as reações do ex-ministro Joaquim Barbosa a certos absurdos lá dentro do Supremo. Foi triste esse episódio no Conselho do MP.

Mudança na Petrobras
O presidente Jair Bolsonaro quis mostrar ao mudar de novo a direção da Petrobras que não pode interferir nos preços da empresa, mas ainda tem a prerrogativa de indicar o presidente da companhia, como representante do maior acionista, a União.

E quis mostrar também que, depois de 40 dias lá dentro, o atual presidente da Petrobras não mexeu uma palha para baixar os preços do diesel e do gás de cozinha, principalmente. Então o jeito era trocar o presidente de novo e ele fez isso.

Agora vai entrar lá um dos auxiliares próximos do ministro Paulo Guedes, que coincidentemente é secretário da desburocratização. Caio Paes de Andrade, que é formado em Harvard e foi do Serpro, vai assumir a presidência da Petrobras assim que o conselho da estatal confirmar.

De Davos, na Suíça, onde participa da reunião da Organização Mundial do Comércio, Paulo Guedes disse que quem dita preço é a Petrobras, a diretoria-executiva e seu conselho. O governo não pode, por lei, interferir nos preços da Petrobras. Está na lei da sociedades anônimas e é uma exigência para empresas com ações na bolsa, tanto aqui no Brasil como em Nova York.

Quem não se lembra da indenização que a Petrobras teve que pagar aos acionistas americanos pelas corrupções que aconteceram dentro dela. Isso não acontece mais e não pode acontecer.

Bate-cabeça continua
O PSDB adiou agora para 2 de junho a definição sobre para que lado vai na campanha eleitoral. Talvez queira lançar o ex-governador gaúcho Eduardo Leite para presidente agora que João Doria desistiu. E o MDB, que tem como parceiro o Cidadania, anunciou que vai apoiar a senadora Simone Tebet.

Mas ninguém sabe se é isso mesmo porque há vários MDBs
. São federações estaduais partidárias: o MDB do Nordeste quer Lula; o do sul e do centro-sul quer Bolsonaro. Então, estão em cima do muro, assim como os tucanos estão em cima do muro desde que existem.
 
Alexandre Garcia, colunista - VOZES - Gazeta do Povo