Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador butim. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador butim. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Renan Calheiros: o impoluto democrata - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

A democracia brasileira corria perigo. A ameaça atende pelo nome de Jair Bolsonaro. Para “salvar a democracia”, portanto, tudo era permitido, desde que contra Bolsonaro. 
 Não viram a cartinha dos tucanos e dos petistas? 
 Não viram as várias e várias colunas e os editoriais dos principais veículos de comunicação?

E como nenhum nome do “centro democrático” vingou, o jeito foi ir de Lula mesmo. Sim, ele é corrupto. Sim, foi condenado e preso.  
Mas se não tem tu, vai tu mesmo. 
E o STF teve de fazer seu malabarismo, constatar que o CEP do julgamento foi o errado (anos depois), e tornar Lula elegível novamente. 
O resto ficou por conta da imprensa e do TSE.

Ninguém poderia lembrar do que Lula fez no verão passado. Alexandre de Moraes partiu para a censura escancarada, para a perseguição desinibida, tudo para impedir “ataques” ao candidato da “democracia”. Lembrem-se: Bolsonaro é o perigo! Lula é o amor.

Por estreita margem, as urnas consagram Lula vencedor. O amor venceu! E como prova disso, agora é preciso destruir de vez todo vestígio bolsonarista, calar na marra seus apoiadores, suspender contas nas redes sociais, tudo para proteger a democracia.

Caso a missão não tenha ficado clara o suficiente, entra em campo ele, o impoluto democrata Renan Calheiros! O senador, que transita pelo poder há mais tempo do que eu tenho de vida, apresentou sua PEC contra a intolerância política. Não podemos mais aceitar a “injúria” contra políticos pela simples divergência ideológica.

É verdade que já existem crimes contra a honra, com o devido processo legal, mas Renan quer mais, com o apoio de Randolfe Rodrigues e demais petistas. Onde já se viu expressar de maneira tão veemente a repulsa que sentem por esses democratas acima de quaisquer suspeitas?
 
Com esse grau de liberdade, vamos acabar como os Estados Unidos, onde podem fazer troça dos políticos e xingá-los sem dó nem piedade, pela proteção da Primeira Emenda. 
Isso é inaceitável na democracia petista, que mira mais nos exemplos ilustres de Cuba, Nicarágua, Venezuela e China.
Todo teatro foi armado, e agora resta aplaudir a volta à normalidade, com toda a corrupção e o autoritarismo que ela representa. 
Muita gente está feliz. Torneiras serão reabertas, o butim será farto.  
O ladrão voltou à cena do crime, carregando junto todos os comparsas da pilhagem. 
E ai de quem embarcar em discurso golpista e antidemocrático: será preso sem julgamento!  
Será perseguido, como foi aquela dona de casa mineira, que pedia um tratamento igual ao do traficante e do corrupto condenado.  
Mas ela não é democrata como eles! Prisão aos golpistas! A nossa democracia foi salva!

Agora tenta não ruborizar ao repetir essa ladainha patética, ao lado dos nossos “respeitados” jornalistas...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

domingo, 6 de novembro de 2022

Chacais e hienas se movimentam em Brasília - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo
 

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

O Brasil cansa. Eis a verdade inapelável. A sensação de quem tem algum bom senso e decência é aquela de dar murros em ponta de faca. O mecanismo de incentivos é perverso, pela hipertrofia do estado. A cultura é estatizante. Falta espírito público e a "coisa pública" é sempre vista como cosa nostra.

Com a volta da quadrilha anunciada, os "monstros do pântano" se movem, com baba escorrendo pelo canto da boca, sedentos por recursos provenientes dos nossos impostos. Chacais e hienas, que dominam a cena em Brasília, já fazem aquecimento para entrar em campo e participar do butim.
 
LEIA TAMBÉM: 

Eis o projeto do PT, em essência: pilhar o estado. E tal projeto não tem exatamente aliados, mas sim cúmplices. Até o tucano "conservador", que sabe que o ladrão só queria voltar à cena do crime, juntou-se ao bando. Era a senha para que os demais famintos aderissem, garantindo o verniz de republicanismo.

Já tem bispo arrependido e pedindo perdão ao PT, só para ser humilhado em praça pública com seu pedido rejeitado. Já tem "liberal" com discurso de que tem dívida histórica com a esquerda. O centrão fisiológico está em polvorosa com a possibilidade de avançar sobre nacos do Leviatã. A novidade era o máximo, um paradoxo estendido na areia, e os famintos querem seu rabo para a ceia.

A velha imprensa, que também mira nas torneiras fechadas por Bolsonaro, saliva de tanta fome, e já trocou o "orçamento secreto" por "emendas do relator", mentindo sobre suas "reportagens" passadas como quem mete uma foice na vítima. O apoio do centrão deixa de ser corrupção e tomá-lá-dá-cá para se tornar apenas "governabilidade".

Todos os oportunistas querem participar da festa, compartilhar da farra petista. E não faltam oportunistas em Brasília. 
Há só um detalhe: o socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros, como sabia Thatcher
São parasitas demais para hospedeiros cada vez mais saturados e exaustos. A conta não fecha. Os chacais e hienas não se importam. Querem se lambuzar no mel enquanto for possível. Se virar Argentina, paciência. Não serão eles os miseráveis na fila do pão - a ser pago em três prestações numa inflação de 100%.

O Brasil cansa. A América Latina cansa muito.

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 
 

sábado, 22 de outubro de 2022

A raiz da nossa polarização - Alon Feuerwerker

Eleições podem ser lidas como disputas tribais. Com uma característica: em vez de tribos inteiras entrarem em guerra, seus líderes enfrentam-se num duelo mortal, poupando da morte os liderados do perdedor. Aos quais fica reservado o “benefício” da escravidão, em modalidades mais ou menos explícitas. Ou, numa hipótese benigna, lhes é oferecida a paz honrosa. [com petista nenhuma das opções funciona: - paz honrosa = são traidores e é mesmo que dividir o leito com uma cascavel; - escravidão (além de proibida por lei) são extremamente preguiçosos e desonestos - existe alguns honestos, mas são poucos] Este segundo caso costuma frequentar mesmo é o universo da ficção.

Em eleições, a disputa final entre os chefes tribais acontece nas urnas. E os debates? Acabaram institucionalizando-se como lutas preliminares, para medir dois atributos essenciais: 1) a capacidade de manter o equilíbrio e reagir de modo eficaz sob pressão;  
2) a capacidade de fazer o integrante da tribo sentir orgulho e confiança quando avalia a força do chefe. E as duas variáveis estão longe de ser independentes.

Em resumo, a tribo só quer saber se o chefe será capaz de trazer a vitória.

Daí a platitude de reclamar que “infelizmente, o debate não trouxe propostas”.

Quem quiser propostas deve procurar na internet ou nos comitês dos candidatos os tradicionais documentos redigidos para esse fim, no mais das vezes repletos de intenções que não se realizarão, pois infelizmente as circunstâncias impedirão. Frustração que será digerida pelos integrantes da tribo conforme contemplados com o butim produto da vitória. Uma consequência conhecida é a tradicional pouca disposição de largar o bem-bom só porque o programa não foi aplicado.

Pois o problema só passa a incomodar quando a não aplicação do programa
traz riscos à perpetuação da tribo nos espaços de poder.

Voltando aos debates,
está claro que os dois finalistas da corrida presidencial saíram do primeiro duelo na Band com sua liderança preservada na tribo. Enfrentaram atribulações, mas foram capazes de criar situações incômodas para o adversário. Vamos ver como será no próximo e decisivo encontro.

Um mistério: depois de tanto tempo para se preparar, é intrigante que Luiz Inácio Lula da Silva ainda não tenha uma resposta azeitada sobre a Lava Jato, e Jair Bolsonaro tampouco tenha uma resposta azeitada sobre a Covid.[a resposta do presidente Bolsonaro sobre a covid - questão quase sempre expressa em uma suposta demora na compra de  imunizantes não disponíveis = a aplicação da primeira dose, para fins fora dos testes, ocorreu em dezembro 2020, no Reino Unido, e o Brasil no inicio da segunda quinzena de janeiro já estava aplicando vacinas contra covid-19; 
onde está a demora? 
já luLadrão não tem condições de responder nada sobre a Lava-jato = afinal, as sentenças condenatórias anuladas pelo STF em manobra jurídica, não sendo declarado que o petista é inocente - NÃO FOI INOCENTADO - tornam insustentável qualquer resposta sobre aquela operação. 
O petista não conseguiu responder nem sobre as razões de ter iniciado a construção de 3 refinarias, obras paralisadas e substituição por compra de uma refinaria enferrujada = Pasadena.

O futuro duelo final entre Lula e Bolsonaro neste 2022 está a merecer o batido qualificativo de "histórico". A vitória do capitão em 2018 representou a “libertação” das massas de direita “escravizadas” desde 1985 pelos líderes da Nova República. Para essas massas, é intolerável imaginar a volta a um passado recente, quando se era governado por uma facção dos “novarrepublicanos”, e a única opção era votar noutra facção do mesmo veio histórico.

Para a “frente ampla”, não basta derrotar Bolsonaro.
A missão é recolocar o gênio dentro da garrafa, tanger as massas bolsonaristas de volta para o cercadinho. Removendo definitivamente o risco de abrir espaço para uma eventual futura nova liderança que reivindique o comando do campo derrotado pela Aliança Democrática quase quatro décadas atrás. [Faz bastante tempo que tenho a oportunidade e o prazer de ler os textos do Alon, mas ainda não tinha constatado sua tendência ao humorismo, quando 'dar' uma missão impossível para a esquerda cumprir; = a esquerda vai ser, com as bênçãos de DEUS triturada; encerrando:  percebam que a esquerda aos poucos está recuperando, ou em vias de recuperar,posições que perdeu. O Biden mesmo, está só guardando o lugar para a volta dos republicanos = Talvez, até do Trump.]

Alon Feuerwerker, jornalista e analista político
====================

Publicado na revista Veja de 26 de outubro de 2022, edição nº 2.808