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quarta-feira, 3 de março de 2021

Os efeitos mortais do desgoverno Bolsonaro - José Nêumanne

O Estado de S. Paulo

Estelionatário do voto, presidente é fiel a passado autoritário, terrorista e estatizante

[PARABÉNS ao ilustre Nêumanne - a quem acompanhamos e respeitamos faz algum tempo, muito tempo.
Apenas lamentamos que um presidente que recebeu quase 60.000.000 de votos seja chamado de 'estelionatário' - quais foram os estelionatos por ele cometidos?  ( recentemente, o ministro Gilmar Mendes usou o termo genocídio de maneira, digamos, precipitada, e encontrou dificuldades para  apontar os cadáveres necessários à comprovação daquele horrível crime. A classificação não foi mantida.).
No mais, é aconselhar ao ilustre jornalista, poeta e escritor, que esteja preparado para  mais quatro anos, contados a partir de 1º janeiro 2023, com as bênçãos de DEUS,  do segundo mandato do presidente JAIR MESSIAS BOLSONARO.]          ]

Jair Bolsonaro ganhou a eleição presidencial, que não foi fraudada, como repete, apoiado em dois pilares: o antipetismo e o slogan que furtou das manifestações populares de 2013, resumindo o que exigiam: “Mais Brasil, menos Brasília”. A repulsa a Lula levou-o a assumir compromisso com o apoio ao que, finda a primeira metade de sua gestão, é chamado de “lavajatismo”, pondo o ex-juiz Sergio Moro no Ministério da Justiça e da Segurança Pública. O desmonte da privilegiatura, especialmente os burocratas fardados, esbulhando o contribuinte, virou lorota “liberal na economia e conservadora nos costumes”, que acomoda na Esplanada dos Ministérios um fã secreto de Augusto Pinochet, Paulo Guedes, e Damares Alves, lunática que conversava com Jesus Cristo numa goiabeira.

O liberalismo de caviar com champanhota, sustentado por uma nobiliarquia burguesa, guiada pelo sorry, periferia” de Ibrahim Sued, pôs à mesa Salim Mattar – que logo entendeu que fora chamado para um picadeiro, e não para uma equipe econômica, e pulou fora –, se distrai e se desfaz no ridículo do viciado em almoço grátis, a renegar Chicago. O combate à corrupção foi despejado no verão de 2018, quando o então deputado estadual fluminense Flávio Bolsonaro foi avisado (segundo seu suplente, Paulo Marinho) de que o esquema de que era beneficiário na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Sara Giromini, Daniel Silveira e Bia Kicis. O estrategista escolado em crime de colarinho-branco Frederick Wassef foi reabilitado no seio da famiglia pelo perdão ao primogênito. E este terá o inquérito do MP-RJ sepultado sem choro nem vela pelo procurador-geral da Justiça daquele Estado, Luciano Mattos, nomeado pelo governador provisório, Cláudio Castro, para dar um roque no xadrez da investigação mais rica em crimes desde Sérgio Cabral.

Sobrenatural de Almeida, personagem do analista dos costumes dos subúrbios da ex-Cidade Maravilhosa, Nelson Rodrigues, providenciou uma pandemia para ele atuar como charlatão-mor do País, com cloroquina na maleta. Em 25 de fevereiro morreram 1.582 súditos e na live do trono Sua Majestade, o artilheiro que nunca disparou um morteiro, expôs habilidades de homem do óleo da cobra das feiras livres do interior, mirando no seu mais recente inimigo público número um, a máscara anticovid. [que o "cientista" Antonio Fauci, especialista em manchetes horripilantes, quer que seja usada em duplicata.] e Chamou de efeitos colaterais do uso da máscara os sintomas “irritabilidade, dificuldade de concentração, diminuição da percepção de felicidade, recusa de ir para escola, vertigem e desânimo”. Nem pense em rir, já que se trata de um diagnóstico grave, capaz de produzir centenas de milhares de vítimas de morte. A receita foi-lhe passada, segundo os repórteres Samuel Lima e Gabi Coelho, do Estadão, por tuíte, pelo médico (!) Alessandro Loiola, “que já foi alvo de quatro verificações do Projeto Comprova por espalhar informações falsas e é autor de um livro chamado Covid-19: a fraudemia, um compêndio de teses anticientíficas e teorias conspiratórias”.

Antes de março chegar, na perspectiva de ser o mais terrível mês na guerra ao novo coronavírus, alucinados aglomeraram-se sem máscara à frente da casa do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, em protesto contra o lockdown que este decretou. “Queremos trabalhar”, tuitou o chefe do Executivo. Quem o impede de fazê-lo? Poderia interromper a folga a que se dedica desde a posse para mandar o Ministério da Saúde cumprir a ordem da ministra do STF Rosa Weber e reabrir UTIs de covid do SUS, em vez de dar resposta desaforada: “Cabe a cada Estado fazer a sua parte”.

Como se trata de mais uma proposta para não ser cumprida pelo estelionatário de hábito, e convém evitar que ele continue desmandando para colher cadáveres, resta-nos ecoar o que disse o senador Tasso Jereissati, ao defender a CPI da covid-19: “Alguém precisa parar esse cara”. É mesmo absurda (e não se diga burra, em respeito aos quadrúpedes muares) a oposição dele aos únicos instrumentos de que a humanidade dispõe para escapar do contágio mortal: higiene, máscaras, isolamento, auxílio emergencial e vacina [temos vacina? ao que se sabe elas são insuficientes, vez ou outra  surgem algumas centenas de doses, até no estado presidido, ops... governado pelo 'governador da vacina' ]  Muitas vidas poderão ser salvas se se lavarem suas mãos sujas de sangue e lhe negarem o poder de decretar efeitos mortais de seu desgoverno homicida.

José Nêumanne,  Jornalista, poeta e escritor - O Estado de S. Paulo


sábado, 14 de dezembro de 2019

Inimigos da polícia - Folha de S. Paulo

 Demétrio Magnoli 


Policiais bandidos sempre existirão, mas a polícia bandida é fruto de seus superiores

Há, e são muitos, policiais profissionais que cumprem a sua missão de proteger a ordem pública e a segurança dos cidadãos respeitando estritamente a lei. Existem, e não poucos, policiais que vão muito além de seu dever. Eles apartam brigas de casais, assumem riscos pessoais excessivos para salvar indivíduos em perigo, fazem partos em situações de emergência, amparam famílias durante os dias traumáticos do sequestro de um dos seus. Por culpa dos inimigos da polícia, geralmente esquecemos disso.

Um inimigo da polícia é o policial que usa sua arma como ferramenta para violar a lei. Aquele que chantageia pessoas vulneráveis para obter propina, cobra tributos informais de atividades irregulares, engaja-se na intermediação de negócios ilegais, associa-se a máfias políticas ou empresariais. Ou, ainda, aquele que pratica pequenos gestos cotidianos de arbítrio, recorre à brutalidade gratuita, envolve-se em operações de vingança homicida, forma milícias. Esse tipo de policial degrada sua profissão: a substância pegajosa que dele emana suja o uniforme de seus colegas honestos e mancha até mesmo os distintivos dos colegas heroicos.

[apenas para registro - a grande mídia não está repercutindo muito o laudo pericial, oficial, que comprova que os jovens mortos na favela de Paraisópolis  haviam feito uso de drogas naquela madrugada,seja álcool e/ou drogas mais pesadas.
(como estará  a consciência de um pai e/ou de uma mãe que deixaram uma criança de 14 anos estar de madrugada em um bali funk bem longe de casa?) ]
O policial contaminado pelo preconceito é um inimigo da polícia. Ele enxerga o bairro de periferia ou a favela como terra estrangeira — e seus habitantes, especialmente quando jovens e negros, como delinquentes naturais. Sob a lente de seus óculos, o baile funk dos pobres é orgia criminosa. Nesse olhar fraturado começa o trajeto que se conclui em tragédias como a de Paraisópolis, em São Paulo. Entretanto, quase invariavelmente, a consumação da barbárie depende de uma palavra que vem de cima.

A polícia é o que seus comandos querem que seja. A cultura policial nasce nos escalões superiores —isto é, nos comandantes e nas autoridades políticas que os selecionam. Policiais bandidos sempre existirão, mas a polícia bandida é o fruto do presidente que elogia o arbítrio e a truculência, do filho do presidente que homenageia milicianos, do governador que pede tiros “bem na cabecinha” ou do que nada vê de condenável na alta letalidade das operações de sua polícia. Os principais inimigos da polícia têm nome e sobrenome: chamam-se Jair Bolsonaro, Wilson Witzel, João Doria. [um pequeno esclarecimento: achamos haver um certo exagêro, em considerar autoridades que tem responsabilidade sobre a segurança pública como policiais bandidos.
O policial bandido está adequadamente definido, ao nosso ver, no segundo parágrafo da matéria.
Considerar  policial bandido autoridades, estaduais ou federais, que desejam combater o crime, que desejam a vitória do policial profissional, é um absurdo que só depõe contra o esforço de aprimorar a polícia.]

O policial profissional sabe que o policial bandido é seu inimigo —e, por isso, espera que sistemas de controle o identifiquem e excluam da corporação. Entre os maiores inimigos da polícia encontra-se Sergio Moro, o ministro que, por meio de seu “excludente de ilicitude”, almeja impedir a punição de criminosos uniformizados. O dispositivo, se aprovado, representaria o triunfo jurídico da polícia bandida —ou, dito de outro modo, o enterro definitivo da polícia profissional. Atrás da proposta legislativa, espreita a sombra do esquadrão da morte.

A Lei de Drogas, envelope jurídico do preconceito social, é o pátio de encontro dos inimigos da polícia. Seus holofotes comprimem, numa tábua única, a alta criminalidade do narcotráfico, o pequeno crime da “mula” ou do “aviãozinho” e o consumo de entorpecentes no pancadão da periferia (esqueça a rave de Pratigi, na Bahia: nas festas da classe média não circulam drogas!). Os adolescentes mortos em Paraisópolis são “danos colaterais” da Lei de Drogas, como o são as crianças alvejadas no Rio e a multidão de presos sem nome das penitenciárias convertidas em escolas do crime.

Os inimigos da polícia fazem com que, no lugar de respeito, a polícia se torne objeto de temor, aversão e ódio. Não há nada mais perigoso do que isso para os policiais. Eles têm que cumprir sua missão em territórios hostis, entre pessoas que os enxergam como as ameaças mais letais. Devem, portanto, operar em comunidades que preferem o silêncio à cooperação ou, em casos extremos, escolhem cooperar com os criminosos. [opção  que sempre resulta em acusações falsas contra os policiais - é tal opção que faz com que as balas perdidas sempre tenham saído das armas de policiais, que sempre acusam os policiais de violência e outras coisas mais e que complicam o trabalho da polícia no combate ao crime.]  O partido do “excludente de ilicitude” também mata policiais.

Demétrio Magnoli, coluna Folha de S. Paulo 


terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Tragédia na vida banal - Nas Entrelinhas

A repressão policial às manifestações culturais da periferia não é eficaz, apenas amplia a base social do crime organizado. Se fosse, não existiria mais pancadão em São Paulo”

Notável geógrafo, o falecido professor Milton Santos era um observador arguto da vida banal nas periferias do mundo, ou seja, o dia a dia dos cidadãos afetados pela globalização, com suas desigualdades e grande exclusão. Dedicou a vida a analisar sua época, com um olhar crítico sobre o atual modelo de relações internacionais, constituído entre 1980 e 1990, e que está sendo posto em xeque tanto no centro como nas periferias do mundo.

[com o devido pedido de vênia, nos permitimos comentar, com alguma discordância:
- Funk, não é, nunca foi e jamais será cultura, assim seus bailes não são manifestações culturais;
 - a classificação PERIFERIA, envolve vários fatores, alguns nem sempre presentes - mas a localização é um essencial, o que impede considerar a favela de  Paraisópolis,  periferia ;
- os bailes funk precisam ser erradicados e tal necessidade é demonstrada de forma brilhante nas ocorrências citadas (não todas) no antipenúltimo parágrafo desta matéria, da mesma forma que a eficiência das ações policiais é demonstrada na penúltimo - o que incentiva, estimula intensificar as operações, estendendo-as a outros estados.] 

Sua geografia desenvolveu novos conceitos sobre espaço, lugar, paisagem e região, nos quais o fator humano tem um papel central. Sempre pôs uma lupa no uso político dos territórios para compreender o desenvolvimento. Teria hoje 93 anos se fosse vivo e, com certeza, do alto da pilha dos seus 40 livros publicados e com o prestígio de doutor honoris causa em mais de 20 universidades do mundo, [o título citado já teve grande valor;
ainda vale alguma coisa, mas sua desvalorização começou, quando passou a ser concedido  - vários, de diversas universidades  - a um presidiário, provisoriamente, em liberdade.] seria mais uma voz a subir o tom diante da tragédia deste fim de semana em Paraisópolis, a maior favela de São Paulo.

Dizia que a captura das políticas públicas pelos grandes interesses privados acaba por deixar ao relento o cotidiano da população de baixa renda, que se vê obrigada a buscar alternativas de sobrevivência numa espécie de beco sem saída social, porque esses interesses estavam mais voltados para o lucro do que para os objetivos das políticas urbanas e sociais. Segundo ele, a vida banal é desprezada pelo poder público e, no espaço urbano onde essa ausência é maior, surgem as soluções improvisadas, as transgressões e a economia informal (o gás, a gambiarra, o gatonet, a proteção a agiotagem etc.), que muitas vezes acaba capturada pelo crime organizado, que achaca, chantageia e mata, seja ele o tráfico de drogas, sejam as milícias.

O que deseja um cidadão das periferias? Projetar seu próprio futuro, vislumbrar perspectivas dignas da existência, expressar sua maneira de entender o mundo, seja por meio de crenças, manifestações culturais ou práticas sociopolíticas. Ter qualidade de vida, viver num ambiente agradável e sustentável, provido de água, esgoto, energia e meios de comunicação na medida adequada, com assistência médica, acesso à educação e à cultura, meios de transporte e um sistema de abastecimento adequado.

Agrega-se a isso o acesso ao entretenimento e ao lazer, que também são as aspirações da maioria dos jovens brasileiros, porém, para parcela considerável deles, principalmente nas periferias, são inatingíveis. De certa forma, isso se reflete na cultura de periferia, no hip-hop, no funk, nos bailes de charme, no slam e no passinho. Como as políticas públicas não chegam às periferias na escala necessária, é natural que essas manifestações culturais fomentem a economia informal que dela se retroalimenta, do ambulante que vende água mineral, cerveja e destilados aos traficantes que distribuem a maconha, a cocaína e o crack para animar a festa, como também ocorre na maioria das “raves” de classe média, sem que a polícia toque o terror.

Economia criativa
Sem ironia, cada território tem a sua própria “economia criativa”. Festas de funk como o Baile da 17, em Paraisópolis, no qual nove jovens morreram pisoteados na madrugada deste domingo, após uma ação da Polícia Militar, ocorrem em todas as comunidades de periferia das grandes cidades, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro. Somente neste ano, foram realizadas 7,5 mil “Operações Pancadão” em São Paulo, nas quais foram efetuadas 874 prisões, 76 apreensões de adolescentes, apreensão de 1,8 tonelada de drogas e de 77 armas, de acordo com a corporação.


Era só uma questão de tempo uma tragédia como essa acontecer. Ninguém tem dúvida de que a violência é um dos principais problemas da nossa vida urbana, mas o endurecimento da política de segurança pública e o estímulo à venda de armas como alternativa de autodefesa para a população não são uma resposta à altura do problema. Além disso, a desconstrução das políticas públicas voltadas para as periferias, principalmente na cultura e na educação, contribui para agravar o problema. A repressão policial às manifestações culturais da periferia não é eficaz, apenas amplia a base social do crime organizado. Se fosse, depois de tantas operações, não existiria mais pancadão em São Paulo. É preciso oferecer aos jovens das periferias alternativas melhores para manifestações culturais, entretenimento e lazer. Bombas de gás lacrimogênio, spray de pimenta, balas de borracha e muita porrada, como vimos em Paraisópolis, só podem resultar em tragédias.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense

 

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

DENÚNCIA: governador IBANEIS consegue bagunçar o único serviço que ainda funcionava no DF - COLETA DE LIXO

Governador do DF, IBANEIS ROCHA, aquele que entende que  governar bem é  demitir um diretor de hospital por semana - esquece que o problema não é de gestão e sim falta de pessoal e medicamento.

DINHEIRO TEM -  tanto que, diariamente são veiculados anúncios na televisão, apregoando a fantástica qualidade do atendimento na SAÚDE PÚBLICA = mentira, seria verdade ser falasse sobre ATENDIMENTO FANTASMA, teria sentido, já que não existe, apesar da não existência assombrar e apavorar.

Vamos falar sobre COLETA DO LIXO - não era um bom serviço,também não era o pior = na maior parte do DF a coleta era diária e umas duas ou três cidades a coleta ocorria DIA SIM, DIA NÃO.

O Ibaneis resolveu cortar custos na LIMPEZA URBANA e tomou a "inteligente" decisão de reduzir o número de veículos, demitir algumas centenas de gari, automatizar a varrição e gastar alguns milhões com publicidade para divulgar a economia.

Decidiu também a COLETA DE LIXO passaria a ser em TODO O DF, esquema DIA SIM, DIA NÃO.

Resultado o lixo que só se acumulava na periferia, passou a ocupar TODAS as áreas do DF.

O SUDOESTE, a parte próxima ao ex-Parque da Cidade, - considerado, ainda, área nobre do DF, apesar dos problemas de segurança e outros foi transformado na gestão IBANEIS em um  depósito de lixo a céu aberto.

A periferia que já tinha muita sujeira, agora se transformou em mini lixão da Estrutural = fechou o LIXÃO DA ESTRUTURAL  e criou vários outros.

PARABÉNS GOVERNADOR!!!! o senhor conseguiu PIORAR O IMPIORÁVEL.

PARABÉNS também por sua pronta recuperação. E pela sua sabedoria - optou por serviços médicos particulares, evitou, durante o período de recuperação ir a qualquer Posto de Saúde do DF.

Editores do Blog Prontidão Total

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Bolsonaro diz ser contra indulto a presos pouco antes de STF julgar o tema e OEA exige que Brasil garanta a segurança de deputado federal do Psol

Bolsonaro diz ser contra indulto a presos pouco antes de STF julgar o tema

O presidente eleito fez a declaração em sua conta no Twitter. O STF retoma a discussão sobre o indulto de Natal nesta quarta-feira

O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira (28/11), que, se houver indulto de Natal para presos neste ano, "certamente será o último". A declaração foi feita em sua conta pessoal no Twitter. "Fui escolhido presidente do Brasil para atender aos anseios do povo brasileiro. Pegar pesado na questão da violência e criminalidade foi um dos nossos principais compromissos de campanha. Garanto a vocês, se houver indulto para criminosos neste ano, certamente será o último", publicou.

Indulto de Natal

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma a discussão sobre se condenados por corrupção podem ser beneficiados com o Indulto de Natal nesta quarta-feira (28/11). O indulto é uma espécie de perdão da pena que costuma ser concedido pelo presidente da República anualmente, às vésperas do Natal.  Em dezembro do ano passado, o presidente Michel Temer editou um decreto de indulto natalino que causou polêmica, por ser considerado "brando" por entidades ligadas ao combate à corrupção. A regra anteiror dizia que só poderiam ser beneficiadas pessoas condenadas a no máximo 12 anos e que, até o dia do Natal, tivessem cumprido um quarto da pena, além de não serem reincidentes.



Entre as mudanças mais polêmicas do decreto de Temer, estavam o não estabelecimento de um período máximo de condenação, a redução para um quinto do tempo mínimo de cumprimento da pena e a possibilidade de perdão a crimes de peculato, corrupção, tráfico de influência, praticados contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro e ocultação de bens, que poderia beneficiar condenados pela Operação Lava Jato.

Debate no Supremo


Nesta quarta-feira, o plenário do STF retoma o julgamento da ação que questiona a validade das regras do indulto concedido por Temer. Alguns pontos do texto foram suspensos já em dezembro do ano passado pelo STF. Em março deste ano, uma liminar do relator do processo, ministro Luís Roberto Barroso, confirmou a decisão e suspendeu a aplicação do benefício para os crimes chamados de colarinho branco.  Nesta quarta-feira, os ministros começam a votar a matéria, e podem manter ou derrubar a decisão de Barroso. Dentro da Corte, há uma expectativa de que o placar seja bastante apertado.

A possibilidade de a maioria dos 11 ministros derrubar a decisão de Barroso foi citada em rede social pelo procurador Deltan Dallagnol, da força-tarefa da Lava Jato, na última segunda-feira. "Indulto de Temer de 2017 tentou perdoar 80% da pena dos corruptos. STF suspendeu e pode liberar nesta 4ª feira. A corrupção compensará. Este parece q será um fim de ano difícil para a Lava Jato, que continua precisando do seu apoio", escreveu o procurador. Membros da Lava-Jato chamaram para um tuitaço contra o indulto

Sinalização para este ano
Na avaliação do Palácio do Planalto, a decisão de Barroso invadiu a competência exclusiva do presidente da República de definir as regras do indulto. O pedido para barrar o decreto de Temer foi feito pela Procuradoria-Geral da República. Na semana passada, quando o julgamento do caso foi iniciado no plenário da Suprema Corte com as sustentações orais, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse que o indulto sancionado no ano passado ampliou desproporcionalmente os benefícios e criou um cenário de impunidade no País, "sem uma justificativa minimamente razoável".

Na decisão provisória (liminar), o ministro Barroso também aumentou o período de cumprimento de pena para pelo menos um terço, permitindo indulto somente para quem foi condenado a mais de oito anos de prisão.  O julgamento do indulto de 2017 pelo plenário do STF é importante sinalização para o encaminhamento do benefício neste ano. A proposta formulada pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), do Ministério da Justiça, já foi entregue ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. A decisão liminar de Barroso foi considerada na proposta feita pelo conselho.

O texto, que ainda pode mudar nas mãos do presidente da República, responsável por sancionar o indulto, exclui o benefício aos condenados por uma lista extensa de crimes, como aqueles relacionados ao combate à corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de drogas.


Com informações da Agência Estado

OEA exige que Brasil garanta a segurança de deputado federal do Psol  


 [quando a OEA restabelecer o 'mínimo' de direitos humanos na Venezuela e Nicarágua, poderá pedir permissão para 'sugerir' alguma coisa ao Brasil, jamais exigir.

Enquanto não mostrar que é capaz de conter os assassinatos naqueles países, a OEA tem que respeitar a Soberania do Brasil, deixando que os brasileiros - legitimamente representado pelo Governo eleito democraticamente pelo POVO - resolvam seus problemas.

O documento da OEA fazendo exigências para proteger o deputado 'cuspidor' tem o mesmo valor da 'ordem' dada por aquele comitê de boteco, da mesma organização, mandando soltar o Lula.]


A Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ligada ao órgão, concedeu medidas cautelares ao deputado do PSol,  exigindo que o Estado brasileiro zele por sua vida

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA), enviou ao deputado federal  do PSol-RJ,  documento no qual concede a ele medidas cautelares e informa que exigiu do Estado brasileiro providências para zelar pela vida e segurança do parlamentar. A informação foi divulgada pela colunista Mônica Bergamno, da Folha de S Paulo, e confirmada pelo Correio com a assessoria do deputado.

O pedido de medida cautelar foi feito à CIDH pelo próprio deputado, ao relatar ameaças de morte que vem recebendo. O órgão considerou que o político "se encontra em uma situação de gravidade e urgência, posto que seus direitos à vida e à integridade pessoal estão em grave risco". O documento também pediu proteção à família do parlamentar e cobrou investigação dos fatos denunciados. 
Em nota, a assessoria do parlamentar afirmou que as ameaças aumentaram durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff e ficaram ainda mais frequentes depois do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ). De acordo com a assessoria, o parlamentar pediu escolta oficial e circulação em carro blindado, o que teria restringido "seus movimentos durante a última campanha eleitoral".   A equipe do deputado também afirma  ser o parlamentar alvo de graves calúnias, fake news e campanhas difamatórias, segundo as quais o deputado desejaria obrigar crianças a mudar de sexo, implantar a religião islâmica nas escolas e censurar a Bíblia

Assassinato
Em março deste ano, a vereadora Marielle Franco foi assassinada. O ministro da Segurança Raul Jungmann colocou a Polícia Federal à frente das investigações após afirmar que o crime envolve políticos "poderosos" que atrapalham as investigações. Jungmann também disse que "não há garantias" de que o caso seja elucidado este ano ainda. [o assassinato da vereadora e do seu motorista, foi apenas mais dois assassinatos em milhares e milhares dos que ocorrem no Brasil e em sua maioria permanecem impunes - só em 2016 ocorreram mais de 62.000 assassinatos.
Considerando que uma vida humana de qualquer pessoa, tem o mesmo valor da vida de qualquer ser humano, não há nenhum amparo legal para que o caso da edil do Psol, tenha prioridade sobre os demais assassinatos. ]

Visita ao Brasil
A CIDH fez uma visita ao Brasil, entre 5 a 12 novembro de 2018, em função de um convite do governo brasileiro realizado em novembro de 2017. O objetivo era observar a situação dos direitos humanos no país.[o governo autor do demagógico convite, acaba no próximo dia 31.]

No documento preliminar sobre as observações feitas, especialistas relatam as condições multidimensionais da pobreza no país, além dos impactos da desigualdade e discriminação. No texto, a CIDH chamou a atenção para o grave contexto de violações aos direitos humanos das mulheres negras e juventude pobre da periferia.

Correio Braziliense


sexta-feira, 23 de março de 2018

Um inaceitável crime comum

O assassinato de Marielle Franco urdiu-se nas entranhas do desgoverno em que se atolou o estado do Rio de Janeiro. Foi planejado e executado por aqueles que se acham inatingíveis pelas leis 

A definição de crime político justificou muitas ações contrárias a regimes totalitários. Por muito tempo, tornou-se bandeira de movimentos democráticos que reagiram com força a opressões brutais. A filósofa Hannah Arendt analisou com rigor motivações que podem legitimar atos fora da lei. A definição de crime de origem política, entretanto, é controversa e inconclusiva.

No Brasil pós-redemocratização, muitos dos valores e slogans empunhados por atores políticos tornaram-se anacrônicos. Foram abandonados porque tinham o passado impregnado em si. A justificativa de crime político para o que se chamava de “expropriações” e “justiçamentos”, por exemplo, perdeu-se no tempo. A definição moderna de crime político está associada mundialmente à questão do combate ao terrorismo e à proteção dos direitos humanos.


Tal apanhado jurídico se faz necessário em razão do brutal assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL). Muitas foram as vozes que se levantaram para apontá-lo como “crime político”, numa acepção nova. Seria político porque vitimizou uma parlamentar com uma agenda de defesa de minorias e excluídos. Seria político porque se suspeita que agentes públicos, em especial policiais militares denunciados por ela, possam estar entre os executores e mandantes do crime.

Marielle Franco era uma liderança política emergente e talentosa. Vida exemplar ao ancorar na formação escolar e política seu crescimento pessoal e público. Defensora de bandeiras comportamentais progressistas, alinhada aos segmentos mais sacrificados pela desigualdade e pela violência. Era um quadro cuja vida longa enobreceria o sistema político brasileiro. É preciso deixar claro, no entanto, que a morte de Marielle Franco não foi um crime político, uma forma suave e desvirtuada de desqualificá-la. Foi um crime comum, e isso o faz mais grave, não menos. Foi comum porque é usual numa sociedade que se acostumou à violência. Foi comum porque repete a barbárie invisível tornada costumeira na periferia. Foi comum porque os suspeitos são os de sempre em muitos dos assassinatos ocorridos nos anos recentes. Foi comum por trazer em si a certeza da impunidade que seus perpetradores acumularam ao longo do tempo.


Espera-se agora a pronta resposta do estado a um crime nascido da inapetência de seus principais gestores. A polícia do Rio antecipa à imprensa cada passo da investigação. Pretende assim combater as críticas de inação. No entanto, movimentações ruidosas são contraproducentes para investigações técnicas e eficientes. A solução do assassinato de Marielle Franco — com a prisão e condenação dos culpados — dimensionará a capacidade do estado em proteger seus líderes e a própria democracia. O fracasso indicará instituições débeis, à beira do colapso, alvo fácil de um batalhão de assassinos que perpetrarão impunes novos crimes. Crimes cada vez mais comuns.

 Época

 

sábado, 22 de abril de 2017

Tráfico de drogas na Asa Norte - coração do Plano Piloto de Brasília - assusta moradores. Ex-área nobre é tão insegura quanto as periferias do entorno do DF

INsegurança Pública no DF - Número de traficantes presos na Asa Norte cresceu 50% neste ano 

[se as prisões aumentaram 50% o tráfico cresceu 200%. As drogas tradicionais e as sintéticas correm soltas.]

Depois das cenas de faroeste ocorridas na 309 Norte, provavelmente motivadas por drogas, moradores se dizem assustados. Só nos primeiros meses do ano, o número de traficantes presos na região cresceu 50%

A possibilidade de a morte do taxista Luís Eduardo dos Santos, 34 anos, estar ligada ao tráfico de drogas alerta para a prática desse crime na Asa Norte. A vítima foi morta em um posto da gasolina da 309 Norte, onde funciona uma loja de conveniência 24 horas, com direito a troca de tiros e a uso de uma espingarda Winchester calibre 38.  Pela região, moradores reclamam do uso constante de drogas, acompanhado de excesso de bebidas. Números da Polícia Militar confirmam o problema. Somente neste ano, 30 traficantes foram presos na Asa Norte — 50% a mais que no mesmo período de 2016, quando 20 acabaram detidos pela corporação. As apurações da Polícia Civil também indicam que o homicídio do taxista foi premeditado. Mensagens no celular da estudante de gastronomia Rafaela Teixeira de Souza, 28 anos, única detida até o momento, revelam a intenção de tirar a vida de alguém.
 
No diálogo, não fica claro se o alvo era Luís Eduardo, morto durante a troca de tiros. Na conversa via mensagem pelo Facebook, Rafaela pergunta a um rapaz se ele tem uma arma e diz que vai matar. “Mas é que deu merda. Vou mata (sic). Me ajuda?”, escreveu. O homem questiona quem ela pretende assassinar. A mulher não responde. Ela também envia um áudio para o colega. “Me ameaçaram, ameaçaram meu namorado com uma arma. Eu consegui uma aqui e duas facas. Eu sei que você não quer que eu faça isso. Mas agora, véi, vai rolar.” Ainda na quinta-feira, Rafaela se apresentou como testemunha do crime à 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), mas acabou detida por envolvimento. Nas imagens registradas no circuito do posto, ela aparece ao lado do carro do atirador.
 
 A Justiça decretou, ontem, a prisão preventiva de Eduardo Adrien Cunha Neto e Rafael Arcanjo Gomes de Abreu. Os dois estavam com Rafaela no carro. Eduardo, que é namorado da estudante de gastronomia, foi quem atirou por cerca de 40 segundos contra o taxista. A vítima bebia no local acompanhada de outras pessoas, que fugiram durante os tiros. Um deles, inclusive, levou a arma que o taxista usou para revidar. Até o fechamento desta edição, a Polícia Civil ainda não tinha identificado quem acompanhava Luís momentos antes do tiroteio. Eduardo e Rafael são considerados foragidos pela corporação.

Familiares e amigos se despediram ontem de Luís. O velório ocorreu na Capela 7 do Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. Ao menos 50 pessoas acompanharam a cerimônia. O pai dele, Francisco Alves Lobo, 68, estava consternado e não quis falar sobre o assunto. Um irmão, que não se identificou, disse que ele estava em processo de cadastro para ser taxista. “Não atuava em aplicativo, apenas circulava nas ruas”, resumiu. A Secretaria de Mobilidade e o Sindicato dos Taxistas (Sinpetaxi-DF) informaram que Luís não tinha cadastro como taxista.
 
Medo
No local do crime, ficaram os rastros do tiroteio. No teto do posto de gasolina, que funcionou normalmente ontem, há duas marcas de tiros. Na placa de trânsito próxima à entrada do estabelecimento, há outros dois furos. O crime assustou os brasilienses, principalmente, por ter acontecido em horário considerado de movimento — por volta das 6h30, quando as pessoas seguem para o trabalho e pais levam crianças para escolas próximas da localidade. Morador da 110 Norte, o engenheiro Jaime Mano destacou a sensação de insegurança. “Esse crime mostra que estamos à mercê do perigo. Além desse local, existem outros críticos. Bem próximo daqui, na 508, temos que lidar com a ameaças de guardadores de carros. O uso de drogas está em todo lugar, principalmente nas entrequadras.”

No dia seguinte ao tiroteio, as marcas das balas no posto e na placa em frente ao estabelecimento lembravam as cenas de violência 
Esta foto não foi efetuada em uma favela do Rio ou de  qualquer outra grande  cidade; e sim, no Plano Piloto de Brasília - ex-área nobre da Capital Federal

A quadra onde ocorreu o crime era, até então, considerada segura devido a uma especificidade: em um dos blocos, residem ministros. Portanto, em determinados horários, a quadra passa por vigilância de policiais federais. Quem mora nas proximidades do posto reclama que já registrou por lá o uso de drogas, bebidas e até cenas de sexo ao ar livre. O presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Brasília, Alcino Marçal Almeida, alerta que ocorrências eram constantes no estabelecimento. “Já havíamos alertado em diversas ocasiões sobre esses perigos, mas acabou ocorrendo esse crime. Ficamos com uma sensação de insegurança. Com essa morte, agora, esperamos que seja feito algo efetivamente”, destaca.

Para Cássio Thyone, integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o crime ocorrido na Asa Norte é apenas um reflexo do que ocorre em todo o Distrito Federal. “Como brasilienses, tendemos a nos surpreender quando os fatos ocorrem no Plano Piloto. A criminalidade não é restrita à periferia ou a locais menos abastados”, destaca. Para o especialista, é preciso uma apuração precisa para saber os fatos que culminaram no crime, seja relação com drogas, seja por outros motivos. “O fato é que, nesse tiroteio, poderiam ter ocorrido vítimas que não têm qualquer ligação com o consumo de entorpecentes. Alguém que estava simplesmente passando próximo ao local”, aponta.

Ocorrências
Se durante o dia a Asa Norte é bem movimentada pela grande presença de empresas, à noite o movimento é na W3. Por lá, além da prostituição, há registros de tráficos de drogas. A Polícia Militar aponta a localidade como crítica, por isso, segue em constante monitoramento de toda a região. “As características são de traficantes circulando com poucas quantidades de drogas. Eles escondem parte das porções em vários pontos próximos de onde comercializam para dificultar o militar encontrar o entorpecente. A consequência é que, em algumas ocasiões, eles são detidos, mas enquadrados apenas como usuários. A corporação usa do serviço de inteligência para monitorar e prender esses traficantes”, detalhou o porta-voz da corporação, major Michelle Bueno. Somente neste ano, a corporação prendeu 76 pessoas por uso e porte de entorpecentes. Em 2016, foram 104 detidos.

Quatro perguntas para Marcelo Durante, subsecretário de Gestão da Informação da Secretaria de Segurança Pública 

Embora alguns crimes tenham caído, como o de homicídios, na rua, a população se queixa da sensação de insegurança. O que reflete essa onda de medo entre moradores do Distrito Federal?
Uma coisa é o crime, outra coisa é o medo. Independentemente se a pessoa ou alguém da família tenha sido ou não vítima de uma ocorrência, só de ela saber que o caso existe e assistir a isso na televisão, a sensação de vulnerabilidade já é internalizada. E esse sentimento cresce à medida que as condições de iluminação e higiene não são favoráveis. Infelizmente, com o processo da aposentadoria, houve baixa no efetivo da polícia e, quando as pessoas não veem policiais, o medo pode ser provocado. Hoje, no Distrito Federal, cerca de 13% da população é vítima de crime, mas 78% é vítima do medo. Justamente porque a sensação de insegurança é mais do que simplesmente o crime. Se, por um lado, a gente tem enfrentado o problema de criminalidade, precisamos, por outro, de políticas direcionadas para o medo. E isso está acontecendo com ações visando combater e reduzir a sensação de vulnerabilidade por meio de programas.

Quais os principais crimes que baixaram?
Estamos tendo resultados ainda mais exitosos referentes aos homicídios. Se, no ano passado, tivemos a menor queda em 22 anos, apenas no primeiro trimestre deste ano, tivemos uma redução de 23% nos casos. Se nos mantivermos assim, será o menor número em 25 anos. Em relação aos roubos, fizemos uma ação importante com a Anatel para que os celulares roubados não possam ser cadastrados novamente para gerar uma segunda linha. Acreditamos que, com isso, haverá um impacto muito significativo nessa incidência de crime, principalmente porque em 70% dos casos de roubo e furto o objeto mais visado é o celular. [o incompreensível é que o registro do IMEI - que impede que o telefone roubado seja utilizado com outro número - existe há mais de dez anos e não é feita a divulgação.
As autoridades da segurança pública, não só do DF mas de todo o Brasil, deveriam fazer uma divulgação intensa da existência do IMEI e que seu uso tornará o celular roubado impossível de ser negociado - com o uso intensivo do IMEI comprar celular roubado é tão interessante quanto comprar medidor da CEB ou hidrômetro da CAESB, ninguém quer.
 

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Identificar o IMEI do seu celular é simples:

- pode ser encontrado retirando a tampa traseira, as vezes sem necessidade de remover a bateria;
- ou digitando *#06# quando você digita o último # surge o IMEI de cada um dos chips do seu telefone.
O número do IMEI não muda mesmo quando o chip é trocado

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Embora os casos contra a vida tenham reduzido, quando eles acontecem à luz do dia, como ocorreu na Asa Norte, dão a sensação de aumento da criminalidade. Por que isso tem acontecido?
Percebemos os crimes muito relacionados com a questão de droga e tráfico. Quando acontece algo contra o patrimônio, envolvem grupos articulados, que entram em conflitos entre si. Por outro lado, estamos conseguindo uma redução especialmente em relação ao caráter da passionalidade nos crimes, o que é importante, mas, em compensação, as situações de latrocínio têm ganhado nos crimes letais intencionais. Outro problema sério é a reincidência, em que precisamos lidar em conjunto com a Justiça.

A Secretaria de Segurança Pública incorporou ou pretende adotar algum modelo de combate aos crimes de outras cidades?
A nossa estratégia central hoje de segurança pública, de lidar com áreas críticas, identificando as características das regiões e atuando em cima dos dados, é a abordagem de Gestão Orientada para Resultados. Essa foi a solução de problemas em Nova York e de intervenções em Minas Gerais e em São Paulo. São cidades que focaram em áreas críticas e atuaram não apenas com a ação da polícia, mas melhorando as condicionantes urbanas.

Diálogo

Leia a transcrição da conversa de Rafaela Teixeira de Souza com um amigo em que planejam o crime:

Rafaela: Amigo, tem arma aí?
Amigo: é vc msm? O que ouve? (sic)
Rafaela: Sou eu. Mas é que deu merda. Vou matá (sic). Me ajuda.
Amigo: Mata (sic) quem?
Rafaela: Amigo tem? Busco aí.
Amigo: Para com isso.
Rafaela: Já consegui uma. Sobrinho ninguém faz osso comigo.
Amigo: Rafa, o que tá (sic) acontecendo???
Rafaela (em áudio): Me ameaçaram, ameaçaram meu namorado com uma arma. Eu consegui uma aqui e duas facas. Cês tão de mimimi (sic). Eu sei que você não quer que eu faça isso. Mas agora, véi, vai rolar.
Amigo: (Três emotions de carinhas assustadas)
Rafaela: Sobrinho, tentaram me matar
Amigo: Já tirou essa loucura da cabeça?
 
[conforme é habitual todos os envolvidos no tiroteio continuam soltos; Rafaela foi presa por ter procurado uma Delegacia de Polícia.] 
 
Fonte: Correio Braziliense 
 
 

 

 

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Invasores do hotel - O mais reprovável é que esses bandidos travestidos de invasores desrespeitam às leis, à propriedade privada e sempre invadem o que há de melhor



Invasores de hotel soltam rojões e jogam coquetel molotov
Sem-teto resistem à desocupação. No fim da manhã desta terça-feira (15/9), um carregamento de galões de água chegou ao prédio
[No Distrito Federal existem os invasores profissionais de área urbana, que sempre escolhem os melhores locais, áreas centrais, com todos os serviços urbanos e próximo de tudo.
Eles não invadem localidades situadas na periferia, cujo acesso implica no uso de transporte coletivo.  Periferia é destinada a moradia de trabalhadores; vagabundos invasores preferem mordomias e comodidades.]

Além de não cumprirem ordem de despejo, os ocupantes do St. Peter Hotel, no Setor Hoteleiro Sul, reagiram com rojões e coquetel molotov, que foi jogado em direção à rua. No início da tarde desta terça-feira (15/9), eles ocupavam a área da piscina do prédio e gritavam: “Não vamos sair, não vamos sair, se a polícia aparecer a gente vai reagir” e “Moradia já, ou Brasília vai queimar!”, em meio às explosões. [o GDF tem obrigação de usar da força necessária promovendo mediante uma ação a remoção desses marginais e a liberação do local invadido.
Esses bandidos já são ‘figurinhas carimbadas’ em Brasília – invadem o governo se acovarda e cede terreno para construírem moradias até que realizem novas invasões.]

Diferentemente do que se esperava, a reintegração de posse do hotel, ocupado nesta segunda-feira (14/9) por integrantes do Movimento Resistência Popular (MRP), não ocorreu. A Polícia Militar informou que a ação deve acontecer na manhã de quarta-feira (16/9). No momento, há 53 policiais militares ao redor do edifício. O Batalhão de Choque está de prontidão.

Se depender dos invasores, isso não acontecerá de forma pacífica. Eles se preparam para ficar mais tempo. No fim da manhã desta terça-feira, um carregamento de galões de água chegou ao hotel. Roupas também foram trazidas por integrantes do movimento. Na área da piscina, que fica no segundo pavimento do prédio, eles hastearam a bandeira do movimento. [o ‘são choque’ resolve em  minutos essa situação. Tem que passar por cima mesmo. Uma ação que sirva de exemplo.
Enquanto bandidos forem tratados com flores as invasões continuarão.
Querem moradias? Que sejam acomodados em celas da Penitenciária da Papuda – lá sempre cabe mais um.]

Fonte: Correio Braziliense