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sexta-feira, 3 de junho de 2022

A fraude da causa negra - J. R. Guzzo

 Revista Oeste

A obsessão em combater o “racismo” 24 horas por dia pode estar gerando todos os tipos de efeito, menos um: o de servir a algum interesse real dos negros brasileiros 

 Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock

Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
O público estava vendo o que parecia ser um programa jornalístico no canal GloboNews, dias atrás, quando descobriu que tinha se transformado, de um minuto para outro, em aluno de um curso de catecismo. A catequese, ali, era para ensinar ao cidadão que há pecados de racismo que ele nem sabe que existem — no caso, palavras da língua portuguesa que não podem mais ser utilizadas, sob pena de valerem ao infrator a acusação de “racista”. 
É uma novidade da emissora: a pregação do antirracismo ao vivo, a cores e em real time. 
Um dos locutores do programa, ao ouvir uma colega utilizar em sua fala o verbo “denegrir”, julgou-se na obrigação de lhe dar uma aula imediata de conduta. Essa palavra, disse no ar, não devia ser pronunciada — é “racista”, segundo ele, e ofende “os negros”.

São estes os únicos que lucram, na vida real, com a guerra permanente ao “racismo” — os donos do “movimento negro”

Foi, antes de qualquer outra consideração, um momento de triunfo explícito da ignorância. “Denegrir” não tem nada a ver com racismo, ou com “negros”; pode até parecer que tem, mas não tem. É apenas uma palavra que vem do latim e significa “manchar”. Nenhum dos dois, portanto, sabia do que estava falando — o locutor, quando fez a acusação, e a moça, quando aceitou a bronca e, mais ainda, pediu desculpas em público por um delito que não tinha cometido.  

Mas o que chama a atenção no episódio não é a falta de cultura sendo levada ao ar como exibição de virtude. 
É o caráter cada vez mais doentio da “luta” contra o racismo, que se tornou, hoje, uma prioridade entre os jornalistas brasileiros. 
Estão fazendo qualquer coisa para provar que não são racistas — mesmo que, para isso, tenham de se atirar a cenas como a que foi descrita acima. 
Nada de deixar para depois, na crítica interna sobre o programa; a militância vai aparecer muito mais se o acusador fizer a sua denúncia no ato, e na frente de todo o mundo. 
Ele prova que “as vidas negras importam”. Ela prova que os brancos são racistas mesmo quando não querem ser. Ficam os dois felizes, ele por acusar, ela por aceitar a culpa.

A obsessão em combater o “racismo” 24 horas por dia, ou de denunciar os “racistas” que se encontram atrás de cada poste de luz, pode estar gerando todos os tipos de efeito, menos um: o de servir a algum interesse real dos negros brasileiros, mesmo que remoto, indireto ou teórico. O que existe, de verdade, é uma histeria artificial e controlada na qual se inventa a doença e, imediatamente, aparecem os vendedores do remédio

São estes os únicos que lucram, na vida real, com a guerra permanente ao “racismo” — os donos do “movimento negro”. 
São as organizações, os grupos ou os simples indivíduos que fabricam episódios de “discriminação racial”, sempre com a colaboração ativa da mídia, e extraem ganhos materiais ou financeiros com as denúncias que fazem verbas públicas, indenizações em dinheiro, empregos e por aí afora. Podem, para tanto, recorrer à justiça. Apenas uma ação judiciária deste tipo, movida contra a empresa de investimentos XP, está pedindo R$ 10 milhões; os acusados, segundo a denúncia, não estariam oferecendo oportunidades de trabalho para pessoas negras.

O fato é que não existe uma “causa” negra a ser defendida no Brasil, porque não há racismo no Brasil

Atira-se para todos os lados. A ministra Rosa Weber, do STF, acaba de dar “dez dias” para o governo federal informar quais são as “políticas públicas” que estão sendo adotadas contra o “racismo institucional”. A ministra atende à exigência de uma “Coligação Negra por Direitos”mais os partidos de esquerda, é claro, que promovem o tempo todo este tipo de encenação em Brasília. Bolsonaro, segundo a entidade denunciadora, é culpado de “omissões que violam os direitos constitucionais” dos negros. Mais: ele terá de elaborar em “um ano”, quando ninguém sabe quem será o presidente da República, um “Plano Nacional de Enfrentamento do Racismo Institucional e à Política de Morte à População Negra”. É mesmo — “Política de Morte à População Negra”? Que política seria essa? Quem já foi morto por ela? Quais são, concretamente, os atos de “racismo institucional” que estariam sendo cometidos — e por quem? 

Não faz o mínimo de nexo para justificar uma petição judicial, mas, em vez de mandar os autores da demanda verem se ela não está na esquina, a ministra trata a coisa com toda a seriedade do mundo — dez dias de prazo, não mais. Na mesma balada, acaba de ser realizado em São Paulo um “Primeiro Encontro Nacional de Parlamentares Afro Perseguidos”. A finalidade foi discutir casos de “perseguição política” (uma participante também se queixou de ter sido vítima de “machismo”) e a necessidade de se garantir “a sobrevivência física” de “pretos e pretas parlamentares”.

Recentemente foi formado na Folha de S.Paulo um “Comitê de Inclusão e Equidade”, com a incumbência de “embargar” textos sobre racismo e vetar matérias que os integrantes não quiserem publicar — mesmos as que contarem com a aprovação dos editores ou do diretor de Redação. O grupo é formado por 17 jornalistas, 12 negros e cinco brancos, e o seu líder é o autor do blog “Vidas Negras Importam”. Uma curadora da feira literária de Paraty, não muito tempo atrás, demitiu-se do cargo para, segundo ela mesma, avançar a causa da raça negra. “A festa precisa de uma curadora negra para reinventá-la nesse mundo pós-pandemia”, disse em seu manifesto de renúncia. “Ao longo de dezoito anos a curadoria da Flip nunca foi ocupada por uma pessoa negra. Passou da hora de mudar isso.” Uma historiadora de São Paulo, tida como importante pelos críticos, foi além. Pediu desculpas, em público, por um ato de racismo que não cometeu tudo o que fez foi escrever um artigo criticando o que a seu ver é a “glamorização” da “negritude” e da luta antirracista. O artigo, pelo que dá para entender da primeira à última palavra, é contra o racismo. Mas figuras do “movimento negro” não gostaram; foi mais do que suficiente para a autora se desculpar em público.

O fato é que não existe uma “causa” negra a ser defendida no Brasil, porque não há racismo no Brasil. Há episódios de comportamento racista, como há crimes, atos antissociais e gente que dirige bêbada, mas não existe o racismo legítimo do branco europeu — até porque não poderia haver racismo num país onde a imensa maioria das pessoas não é nem branca nem preta e, em sua quase totalidade, sente-se indiferente a questões étnicas ou raciais. “Os movimentos negros sempre cobram que eu defenda a raça”, disse numa entrevista a Oeste o pastor, compositor e produtor musical Wesley Ros, um dos comunicadores de maior sucesso atualmente nas redes sociais. “Mas que raça? Eu não sou da raça negra. Sou da raça humana.” Ros acha que são mais comuns, no Brasil de hoje, as manifestações de racismo negro — o contrário, exatamente, do que preocupa a GloboNews, a Folha de S.Paulo e os intelectuais de Paraty. “O negro tem licença para ser racista”, diz ele. “Joga a culpa na dívida histórica. Posso atacar o branco, mas sou a vítima, porque o branco tem uma dívida comigo.” O pastor diz que não entende, por exemplo, que a pessoa vista uma camiseta dizendo “100% negro” e depois se sinta ofendida “quando um branco a chama de preta”. Não faz nenhum sentido, é claro. Mas tudo faz todo o sentido quando se vê quem está tirando proveito pessoal do racismo brasileiro.

Leia também “A justiça no fundo do poço”

J. R. Guzzo, colunista - Revista Oeste
 

sábado, 7 de maio de 2022

Os inimigos da palavra livre - J. R. Guzzo

Revista Oeste

“Desinformação” é mais um desses crimes não previstos no Código Penal que o STF inventou para justificar inquéritos de perseguição política e intervir no processo eleitoral 

O ministro Alexandre de Moraes, numa de suas últimas encíclicas sobre as eleições e sobre as obrigações dos eleitores perante o Supremo Tribunal Federal e seu braço eleitoral, o TSE, informou ao país que “o grande problema” das eleições de outubro próximo é “a desinformação”. Até uma criança com 10 anos de idade sabe que não é nada disso
O grande problema das próximas eleições presidenciais, para o ministro Moraes e para os integrantes da frente partidária onde ele opera, é o presidente Jair Bolsonaro
Mas como é que um ministro do Supremo poderia dizer uma coisa dessas, não é mesmo? 
A solução, para ele e para quem pensa conforme o seu evangelho, é excomungar a “desinformação”. 

Sessão plenária do STF | Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Sessão plenária do STF -  Foto: Nelson Jr./SCO/STF
 
Não existe palavra mais na moda na política brasileira, hoje em dia, do que “desinformação”. Ela serve a um duplo propósito. É um traço de união, ou palavra de ordem para a campanha, entre os adversários da candidatura do presidente da República. É, também, o pé de cabra mais utilizado para se arrombar a porta que protege a liberdade de expressão — na verdade, o grande inimigo que o STF, a oposição e a esquerda em geral têm no Brasil atual.  
É isso, a liberdade de expressão, que eles querem eliminar — tanto quanto Jair Bolsonaro.
 
“Desinformação” é mais um desses crimes não previstos no Código Penal Brasileiro que o STF inventou para justificar inquéritos de perseguição política, fazer oposição ao governo e intervir no processo eleitoral.  
Para resumir a ópera: trata-se de um carimbo destinado a proibir, ou a tentar proibir, a circulação em público de afirmações que contrariam o pensamento, os desejos ou os interesses políticos da esquerda.  
É a mais nova forma de censura que existe na praça — uma censura que se aplica não através de um departamento da polícia, como se faz nas ditaduras, mas sob o disfarce legal de decisões judiciárias. 
Dizer isso ou aquilo, ou mostrar essa ou aquela imagem, vai “desinformar” as pessoase como as pessoas, coitadas, são incapazes de decidir por conta própria o que é falso e o que é verdadeiro, “a justiça” precisa impedir que tais coisas sejam ditas ou mostradas. 
É o combate às “fake news”, certo? Não se fala de outra coisa neste país. “Notícia falsa” é tudo aquilo que o STF, a “oposição” e o grosso da mídia não querem que seja publicado. Que tal, então, impedir a publicação pela força do Estado? É só massagear as leis o suficiente; saem daí, como mostra o Supremo, doutrinas jurídicas completas para se impedir que os cidadãos falem o que queiram falar.

O que Moraes está de fato dizendo é que em 2018 o povo brasileiro errou — e que ele vai cuidar para que não erre de novo em 2022

A ideia da “desinformação” é neste momento a ferramenta de preferência do STF para a intervenção no processo eleitoral. É através dela, e em nome da necessidade de combatê-la, que se pretende bloquear ou dificultar o acesso de Bolsonaro às redes sociais, supostamente o seu grande instrumento de comunicação com as massas — já que a mídia tradicional, onde satanás em pessoa é considerado melhor do que ele, trata o chefe da nação como o inimigo público número 1 do Brasil. (De qualquer forma, é duvidoso que essa mídia consiga se comunicar com algum tipo de massa.) É isso que preocupa o ministro Moraes “as redes”, que ele trata como um monstro desenvolvido no laboratório do doutor Frankenstein, cheias de “algoritmos”, “disparos” e outras coisas que a população não entende, mas que o STF vai “pegar” uma hora dessas. (Moraes disse que o seu inquérito já está chegando lá, depois de três anos e tanto.) É nesta vibe, por sinal, que o ministro frequentemente revela o que realmente o incomoda na história toda. 

Ele acabou dizendo, na última bula da sua catequese eleitoral, que o “grande problema” que vê nas eleições de 2022 esteve presente nas eleições de 2018. Ou seja: o resultado da última eleição para presidente da República foi “um problema”. Como assim? A decisão do eleitorado, então, foi “um problema”? Que problema? Eleições limpas (e o STF faz questão fechada de dizer que o processo eleitoral brasileiro é o mais limpo do planeta) têm um único resultado possível: a vitória do candidato escolhido pela maioria absoluta dos eleitores que foram votar. 
O que Moraes está de fato dizendo é que em 2018 o povo brasileiro errou — e que ele vai cuidar para que não erre de novo em 2022.

Palavra se combate com palavra; o exercício de um direito é equilibrado com o exercício de outro

As eleições presidenciais, porém, são apenas uma parte da questão; as coisas até que não estariam tão mal, aqui e no mundo, se tudo se resumisse à escolha do próximo presidente do Brasil. 
O diabo é que elas vão muito além disso. O que está sob ameaça, realmente, é a liberdade de palavra — um direito natural e evidente por si mesmo do ser humano, como os direitos à vida, à religião ou à busca da felicidade pessoal, e, como todos eles, não sujeito a controles legais que possam diminuir o seu exercício. 
 
Não existe, na prática, a possibilidade de “aperfeiçoar” o direito à livre expressão através de leis. Todas as vezes em que se tenta isso, ou quando dizem que estão querendo isso, a liberdade fica menor. O Estado, nesses casos, ganha a possibilidade de decretar o que pode ser dito pelo cidadão — e, automaticamente, o que não pode. O STF e todos os que caminham com ele na “necessidade de impedir a desinformação” estão, na verdade, dizendo o seguinte: “Há coisas que você não pode falar”. A sociedade, neste modo de ver a vida, tem de ser protegida contra as palavras que possam gerar efeitos negativos. O ministro Moraes, a esse exato propósito, costuma citar um exemplo que ele considera imbatível: “Não é possível usar a liberdade de expressão para defender o Ato Institucional n° 5”, diz ele. 
 
Pois é aí mesmo que está o centro de tudo. E por que não seria possível? Há muita gente que é plenamente a favor do AI-5, que no Brasil foi usado como um instrumento ditatorial durante o regime militar. [em minha opinião o AI-5 foi um instrumento legal duro e necessário para conter o terrorismo, a guerrilha, e outras mazelas que levariam fatalmente o Brasil a ficar sob domínio comunista.Na época em que foi promulgado e para a situação daquela ocasião se eficiente, imprescindível e necessário.] Muitos oficiais das Forças Armadas, por exemplo, e não só eles, acham que o AI-5 foi ótimo. É uma ideia como outra qualquer. Você acha o AI-5 um horror? Muito simples: use a sua liberdade de expressão para falar o que quiser contra ele — ou contra tudo aquilo que você condene, ou não aprove, ou simplesmente não queira. O caso começa e acaba aí. Palavra se combate com palavra; o exercício de um direito é equilibrado com o exercício de outro.
 
Moraes, nessa questão, representa o consenso dos ministros do atual STF brasileiro: são todos contra a livre expressão, exatamente ao mesmo tempo em que dizem ser os seus grandes defensores. 
Neste momento, em particular, eles se empenham numa espécie de rodízio para combater a liberdade de palavra — frequentemente com argumentos de escola primária. O presidente do tribunal, Luiz Fux, é um exemplo. Ele veio há pouco, de novo, com aquela história de que ninguém tem o direito de usar a livre expressão para gritar “fogo” no cinema, quando não há incêndio nenhum. E que raio isso tem a ver com liberdade de expressão? É um problema de ordem pública — quem faz um negócio desses tem de ser detido na sua ação de espalhar o pânico, e punido por colocar em risco a segurança dos outros. 
 
O mau uso da liberdade, como sabe qualquer advogado de porta de cadeia, é claramente previsto e combatido em lei. Como acontece com a lenda do cinema, o cidadão também não pode cometer calúnia, injúria e difamação; são crimes, sujeitos pelo Código Penal a prisão e multa. Da mesma forma, os prejuízos, materiais ou morais, que alguém causa a outra pessoa através das suas palavras estão sujeitos a ações cíveis de indenização ou à retratação pública. É proibido por lei, igualmente, fazer propaganda do nazismo; quem faz isso pode pegar até cinco anos de reclusão. É bem simples, em suma. Não é pelo fato de alguém dizer uma mentira, ou pregar em favor do mal, que se vai proibir os demais de falarem livremente; todos podem falar, e todos devem assumir as consequências legais por aquilo que falam. Não é pelo erro no exercício de um direito que se deve restringir a aplicação desse direito. Não é porque há acidentes de trânsito que se vai limitar a venda de carros. O que se faz é exigir habilitação de quem guia — e punir quem guia mal. É o mesmo com qualquer direito. Por que a liberdade de palavra deveria ser uma exceção?

“A liberdade de expressão é uma obsessão do homem branco”, acaba de afirmar, com toda a seriedade, um artigo da revista Time

Na verdade, quem quer restringir a livre expressão está assumindo uma atitude política. Isso fica perfeitamente claro quando se vê o que os militantes do controle da opinião e da informação estão dizendo por aí. “A liberdade de expressão é uma obsessão do homem branco”, acaba de afirmar, com toda a seriedade, um artigo da revista Time. “O direito de dizer o que você pensa sem ser preso não é igual ao direito de transmitir desinformação para milhares de pessoas” — eis ela aí de novo, a “desinformação”. 

Na mesma viagem, critica-se amargamente o empresário Elon Musk, que comprou o Twitter e se propõe a deixar que os usuários se expressem ali sem censura; disseram, entre outras acusações, que Musk deveria aplicar o dinheiro que gastou com o Twitter na “solução do problema da fome no mundo”. Por que ele? Por que não os outros, que estão gastando outros bilhões na compra de outros negócios? É esclarecedor, a propósito, o que diz um dos mais destacados pregadores mundiais da repressão nominalmente bem-intencionada à liberdade de palavra, o professor norte-americano Owen Fiss, da Universidade de Yale. “Nós precisamos às vezes considerar necessária a restrição da palavra de alguns elementos em nossa sociedade para realçar a voz relativa de outros”, diz ele. A ideia geral, aí, é que “as minorias” não têm a mesma liberdade de expressão desfrutada por aqueles que dispõem de meios materiais para manifestar suas opiniões. Para corrigir isso, na opinião de Fiss, o Estado deve restringir a liberdade de quem pode se expressar e entregar para os menos favorecidos aquele tanto que se tirou dos mais privilegiados. Eis aí o ponto de chegada para toda essa conversa: conferir a uma repartição pública o poder de escolher o que pode ser dito, e quem pode dizer o quê.

O ministro Luís Roberto Barroso é um admirador das ideias do professor Fiss. “Há um limite em que a liberdade de expressão se transforma em risco para a integridade das pessoas e das instituições”, disse ele há pouco, num seminário de que ambos participaram em São Paulo. Barroso não esclareceu em que circunstâncias, exatamente, esse risco se manifesta. Disse, como lema geral, que “ninguém é dono da verdade” e que as pessoas precisam aprender a conviver com opiniões diferentes das suas. Se é assim mesmo, porque o STF não reconhece, na prática das suas decisões, que cada brasileiro tem o direito à sua própria palavra e é responsável por ela?

Leia também “STF X militares: a guerra pela liberdade”

J. R. Guzzo, colunista - Revista Oeste

 

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Teste de popularidade - As pesquisas das ruas mostram a real popularidade de Bolsonaro


Alexandre Garcia

Na última eleição, em 2018, as pesquisas erraram feio em muitos estados importantes, tanto para governador quanto para senador. Eles não vão me  enganar pela segunda vez, como fizeram na primeira. Eu prefiro confiar no que eu vejo no dia a dia. Como aconteceu na sexta-feira (16), quando Bolsonaro parou a Via Dutra. Ele seguia para a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). A cada 20 veículos, 19 saudavam o presidente. 

Essa é a melhor pesquisa.
O presidente falou em seu discurso para os cadetes que eles serão os guardiões da liberdade. Ele citou várias vezes a liberdade, um dos bens mais preciosos de uma democracia. As nossas liberdades são atingidas quando invadem nossa propriedade, quando o direito de ir e vir é dificultado ou quando tentam tirar nossa liberdade de expressão. Precisamos estar sempre alertas, senão viramos uma Venezuela ou uma Cuba.

Bolsonaro saiu da Aman e foi a São José dos Campos para embarcar no avião. Durante o percurso passou por Caçapava (SP), lá entrou em uma das padarias mais tradicionais do município. Também em Caçapava, o presidente cortou o cabelo em um salão de beleza que tinha sido inaugurado naquele mesmo dia. A dona do salão, Edna Santos, havia feito um post na rede social avisando da inauguração e Bolsonaro marcou hora. É outra forma de checar a popularidade. É o que resta quando Congresso e STF indicam que o crime compensa?
Como nós ficamos, enquanto origem do poder, quando a deputada Flordelis (PSD-RJ) mata o próprio marido e continua no cargo? Ou quando o ex-vice-líder do governo no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR), desvia dinheiro e continua no cargo?

Ou até quando o ministro Marco Aurélio Mello solta um traficante e continua integrando o STF? [a supremacia é tão absoluta que sequer é cogitada ser realizada uma investigação?
Como ficamos nós mandantes, contribuintes e eleitores? 
O que vocês pensam a respeito disso? Eu faço essa pergunta.

A ignorância incendiária contra o governo Bolsonaro

Algumas autoridades do governo encolhem-se porque fatos são deturpados. Como aconteceu com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) recentemente. Não dá para haver esse encolhimento por parte do órgão. O fato é mais forte que o barulho que estão fazendo.

O órgão ia adquirir um agente retardador de fogo e a compra foi suspensa. Isso porque a narrativa do noticiário foi a de que estudos de 2018, do Ibama, apontaram para o risco de contaminação de solo, água e de alimentos na região atingida pelo agente químico. Mas se você pesquisar nas redes sociais é possível ver que o fire limit é usado em diversos países para acabar com incêndios e, consequentemente, salvar propriedades, animais e vidas. O produto é usado há muito tempo.

O domínio ideológico nas universidades precisa acabar
As listas tríplices para a escolha de reitores estão sendo enviadas.
Mas estão contestando, no STF, essa lei que é de 1992. O que não aconteceu nas últimas décadas, quando houve um domínio ideológico sobre as universidades federais. De acordo com o pedido feito, seriam enviados três candidatos, mas o indicado precisaria ser o mais bem avaliado pelas pessoas que fizeram a lista. Essa lista foi usada para aparelhar as universidades por mais de 20 anos.

Os conselhos universitários estão manipulando a lista tríplice, que deveria sair de uma escolha de comum acordo das partes envolvidas. Tem alguns casos que foram parar na Justiça, entre eles, o da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Essa é outra questão que precisamos ficar atentos. Porque esse domínio ideológico sobre universidades precisa acabar. Essas instituições deveriam priorizar o ensino e não a catequese ideológica.

Alexandre Garcia, jornalista - Gazeta do Povo - Vozes