Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador dinehiro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador dinehiro. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Planejamento financeiro pessoal: saiba como se preparar para 2024

O número de brasileiros endividados em novembro chegou a 76,6% e o de inadimplentes totalizou 29,0%. Pensando nisso, especialista dá cinco dicas para evitar entrar no vermelho neste ano 

Muitos aproveitam os primeiros dias do ano para repensar o planejamento financeiro pessoal
O ideal é traçar um plano para tomar as melhores decisões financeiras e evitar entrar no vermelho. 
O número de brasileiros endividados em novembro chegou a 76,6% e o de inadimplentes totalizou 29,0%, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Para Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcios, começar o ano sem dívidas é fundamental para uma organização financeira sólida. “Quando estamos livres de dívidas, temos mais tranquilidade para planejar nossas finanças de forma estratégica. Podemos estabelecer metas realistas, poupar regularmente e investir no que realmente importa.”

 MEI tem reajuste de valores a partir deste ano; veja como fica

 Segundo dados da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), 80% dos brasileiros que se organizam financeiramente conseguem atingir seus objetivos. Além disso, eles têm mais chances de evitar dívidas e poupar dinheiro, o que contribui para a construção de uma vida financeira saudável e estável.

Pensando nisso, o especialista separou 5 dicas para evitar dor de cabeça em 2024. Confira a seguir.

Levantamento dos gastos
Faça um levantamento dos gastos, anotando todas as futuras despesas. Análise as áreas em que é possível economizar, buscando alternativas mais econômicas e eficientes.
Metas financeiras

Estabeleça metas financeiras realistas para o próximo ano considerando suas prioridades e objetivos. Uma forma de fazer isso é definir metas alcançáveis, como economizar para uma viagem que você sempre quis fazer ou pagar uma dívida que esteja te incomodando.

Priorize as despesas

Utilize a regra 50, 30 e 20 para organização das finanças e priorize as despesas mais importantes, evitando o endividamento
A regra financeira é simples e divide o orçamento em três partes: 50% para gastos fixos e essenciais; 30% para gastos variáveis e que podem ser reduzidos se necessário; e 20% para investimentos ou criação de um fundo de reserva.

Poupe sua renda
Poupe regularmente uma quantia fixa de dinheiro a cada mês. Além de ajudar a construir uma reserva de emergência, a prática também é essencial para alcançar suas metas financeiras de longo prazo. Ao poupar regularmente, você estará adotando uma abordagem proativa em relação às suas finanças, garantindo estar preparado para enfrentar imprevistos e despesas inesperadas.

Evite gastos desnecessários
Fuja de dívidas desnecessárias para manter seu orçamento saudável.
É extremamente importante avaliar com atenção suas necessidades antes de efetuar compras parceladas ou solicitar empréstimos. Portanto, ao planejar suas finanças, lembre-se de considerar cuidadosamente se a compra é realmente necessária para atender às necessidades imediatas e se você terá capacidade de pagar as parcelas mensais ou as prestações dentro do prazo estabelecido.

“Iniciar o ano de maneira organizada e bem planejada, com um orçamento detalhado e uma estratégia de gastos consciente, é fundamental para evitar o acúmulo de dívidas indesejadas e garantir uma base sólida para o futuro financeiro”, conclui a especialista.

Segundo dados da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), 80% dos brasileiros que se organizam financeiramente conseguem atingir seus objetivos. Além disso, eles têm mais chances de evitar dívidas e poupar dinheiro, o que contribui para a construção de uma vida financeira saudável e estável.

Economia - Correio Braziliense


sexta-feira, 15 de setembro de 2023

A cidadania violentada - Percival Puggina

 

Essa imensa e onerosa máquina ministerial vai gastar o ano retrocedendo em avanços realizados no quadriênio anterior?  
Aos nove meses, no final de setembro, virá à luz algo parecido com um plano de governo que não seja a sua própria conveniência?

Governar é tarefa complexa, que vai além da distribuição de dinheiro em alguns pacotes, associada à busca de novas formas de sangrar o pagador de impostos. Governar não é, tampouco, viajar pelo mundo em faustosas jornadas turísticas que só têm servido para tostar ainda mais a reputação, arrastando junto a imagem de um país novamente transformado em destino de criminosos e párias internacionais. Zero surpresa.

Se o governo ainda não apresentou seu lado positivo, embora já tenha dado muitas voltas em torno de si mesmo, a estratégia está bem conhecida. 
A Constituição de 1988, prolixa e minuciosa, agravou vícios institucionais que se arrastam desde a proclamação da República. 
Insano, mas real: hoje, governar exige, sempre, emendar a Constituição, tarefa para a qual se requerem 3/5 dos votos das duas casas legislativas. Boa parte desses totais precisam ser adquiridos a preços nada módicos que sobem em alta temporada. O governo pode, é claro, obter algum desconto se tiver “milhas” acumuladas com o partido ou com o parlamentar, mediante indicações para cargos, convites para viagens ou prestação de serviços diversos.   

Nem sempre esses bônus de desempenho são suficientes, mormente se a matéria de iniciativa do governo atacar princípios e valores de apreço da sociedade. Vem então o plano B: o governo apela, direta ou indiretamente, à sua sólida e infatigável bancada no Supremo Tribunal Federal. Ela é pequena, mas unida e manda pacas.

Para substituir-se ao parlamento, o STF precisa, por sua vez, contar com a tolerância das duas casas do Congresso Nacional, que dão sinais de se sentirem sumamente honradas quando o trator judiciário lhes passa por cima. Dado que há bom tempo o sinal congelou no verde, o Supremo vai adiante atropelando a vontade da ampla maioria da população, estabelecendo normas e criando penas segundo as pautas esquerdistas: drogas, imposto sindical, ideologia de gênero, terras indígenas, e por aí segue (aborto já está liberado para ir a plenário!).  

Tais deliberações representam a vontade da ampla maioria dos cidadãos? 
Concedemos mandato para isso a alguma autoridade togada? Descrevo, pois, a violação da cidadania.
 
O resultado dessa duplicidade legislativa é o colapso da democracia na forma do preceito constitucional que determina o exercício da soberania popular mediante a representação parlamentar.  
Se as casas do Congresso abdicaram de suas funções, parcial ou totalmente, que entreguem as cadeiras e fechem cuidadosamente as portas.   

Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país.. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

 

sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Inversão de valores - Bandidos, os novos heróis - Gazeta do Povo

Vozes - Luís Ernesto Lacombe

Local repleto de “vítimas da sociedade”, a julgar pelo discurso de jornalistas, acadêmicos, políticos de esquerda e até juízes.| Foto: Arquivo/Gazeta do Povo

 

É uma revolução, e o padrão é quase sempre o mesmo.  
Os bandidos de verdade são vítimas, serão inocentados e poderão até virar heróis.  
Não importa que sejam traficantes, sequestradores, assassinos, assaltantes, corruptos, lavadores de dinheiro. São os revolucionários que determinam as leis que valem, mesmo que não existam, e as leis que não valem. Tudo, tudo mesmo, será usado para uma inversão de papéis sem preocupação com disfarces. Bandido passa a ser inocente, merecedor de todo apoio e toda consideração. Inocente passa a ser bandido, e sobre ele o mundo desabará.
 
Somos o país da impunidade. Os bandidos de verdade, quando descobertos, têm audiência de custódia, em que se presume a violência policial.  
Eles podem aguardar o trânsito em julgado, para impedir o erro em série de vários juízes. Eles têm uma infinidade de benefícios: progressão de regime, visita íntima, auxílio-reclusão, saidinhas. 
Não precisam nem comprovar a origem lícita do dinheiro com que pagam os honorários dos advogados de defesa. 
São todos vítimas da sociedade, a eles, de alguma forma, foi omitido o “atendimento às suas necessidades básicas existenciais”. Assim, a prática de crimes reais fica praticamente autorizada.

    Os bandidos e os protetores de bandidos estão no poder. Bandido passa a ser inocente, merecedor de todo apoio e toda consideração. Inocente passa a ser bandido, e sobre ele o mundo desabará

No Supremo há ministros que consideram que o “o grande problema do Brasil não é o crime, mas o fato de haver gente demais na cadeia”
No Supremo há ministros preocupados com as mortes de bandidos em operações policiais. 
É melhor deixar os criminosos em paz, o “trabalho” deles parece quase honesto. 
Eles são as vítimas, mesmo que façam uma comunidade inteira refém de suas barbaridades, mesmo que matem policiais. 
Traficante internacional pode ser solto, senador flagrado com dinheiro na cueca pode voltar ao parlamento. 
Quando interessa, condução coercitiva, delação premiada e sentenças anuladas, prescrição de denúncias, de ações, investigações e inquéritos.
 
Os bandidos e os protetores de bandidos estão no poder. No meio acadêmico, defendendo teses absurdas: “combater os criminosos é reprimir a população pobre”; “bandidos exercem papel de protetores sociais”; “o crime organizado reduz a criminalidade”... Na imprensa, com manchetes igualmente estapafúrdias: “PMs não promovem a segurança pública no Brasil, mas o terror”; “Jovem morre em troca de tiros com a polícia”; “22 mortos e 7 feridos pela polícia. Nenhum policial morto”... Na cultura, com discursos assim: “Todo juiz deveria conhecer as cadeias para as quais manda as pessoas”... 
E eu poderia dizer que todo juiz deveria conhecer os cemitérios e os hospitais nos quais estão as vítimas dos criminosos
Todo juiz deveria visitar as famílias das vítimas, as vítimas de verdade.
 
A política não mudou, continua tomada por bandidos.  
Comunistas e socialistas foram contra a lei para facilitar o confisco e a venda de bens de traficantes. A quem vende drogas é bom garantir o direito de propriedade... Comunistas e socialistas foram contra todas as medidas de combate ao crime organizado propostas no projeto de lei anticrime, foram contra a ideia de dobrar a pena para corruptos que desviaram recursos durante a pandemia. 
E quem pediu ao Supremo que suspendesse as operações policiais em favelas do Rio? Comunistas e socialistas.
 
A revolução está em curso. O que se impõe é o avesso, as injustiças, o caminho errado, o precipício. Como já disse um ministro do Supremo, “todos os demônios se liberaram”. E, como está tudo trocado, está tudo invertido, os demônios que ele enxerga, claro, não são demônios... 
Tentam ensacar o mal no bem e o bem no mal. 
Enganam quem quer ser enganado, para a felicidade dos bandidos, espalhados por todo canto, acima da impunidade, os bandidos, as vítimas de sempre e, agora, os novos heróis.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Luís Ernesto Lacombe,  colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sábado, 13 de maio de 2023

Tudo anulado - Carlos Alberto Sardenberg

O ex-presidente Collor Jorge William

Agora que o Judiciário está numa onda de anular sentenças da Lava-Jato, em especial, e de processos de corrupção, em geral, o ex-senador Fernando Collor enfrenta no STF um julgamento na direção contrária. Na próxima semana, o Supremo retoma a análise de um caso que vem lá da Lava-Jato, um subpetrolão, em que Collor é acusado de receber propinas em contratos da BR Distribuidora de 2010 a 2014.

A defesa alega inocência. O relator, ministro Edson Fachin, ainda não votou, mas deu sinais de que condenará o ex-senador, por receber e lavar cerca de R$ 26 milhões. E lavar em carros de luxo Ferrari, Lamborghini, Bentley, Land Rover e Porsche —, casa e obras de arte. Os carros chegaram a ser apreendidos — o processo vem de 2017 —, mas já foram devolvidos.

Continuam, entretanto, sendo um problema para Collor. O atual movimento de anulação de condenações só esbarra num tipo de obstáculo. Ocorre quando há algo muito evidente, um rastro impossível de apagar.

Lembram-se das fotos mostrando malas e caixas de papelão abarrotadas de dinheiro no bunker de Geddel Vieira Lima, em Salvador? Somavam nada menos que R$ 51 milhões. Geddel foi condenado a 14 anos, cumpriu quatro, ganhou liberdade condicional, a condenação foi anulada, ele voltou à política, mas continua um réu condenado. Questão: o que fazer com aquela montanha de dinheiro?

Sérgio Cabral já está solto, a Lava-Jato do Rio foi desmontada, sentenças vêm sendo anuladas, mas tem problema: o ex-governador confessou e, pior, devolveu dinheiro. Uma casa foi leiloada, e o estado embolsou quase R$ 7 milhões. Se for tudo anulado, o que se faz? Devolve-se tudo para Cabral?

Há outro caso importante e pendente no STF: a ação penal contra o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, por suspeita de corrupção passiva. Aceita em 2019, a ação está parada desde novembro de 2020, quando o ministro Dias Toffoli pediu vista. Pelas novas regras da Corte, o processo deverá voltar à pauta até junho.

O caso, visto hoje, é fraco. Começa quando um ex-assessor parlamentar foi pego transportando pouco mais de R$ 106 mil em dinheiro vivo. O montante deveria ter sido entregue a Lira, diz a acusação. O dinheiro existe, mas seu destino fica na condicional, deveria... teria... Tanto nos meios políticos quanto jurídicos, se dá como praticamente certo que o processo será anulado. A defesa pede exatamente isso, anulação pela circunstância de o caso ter sido levantado em delação premiada.

Sem qualquer juízo de valor sobre este processo problema do STF —, as delações, prática desenvolvida com a Lava -Jato, estão hoje em desuso. Os métodos da Lava-Jato foram desmoralizados com o fracasso da operação. O “ativismo jurídico” de promotores e juízes da Lava-Jato deu lugar à ênfase no “devido processo legal”.  

É evidente que, numa democracia de verdade, todo mundo deve ser julgado conforme as regras sagradas do Direito.

Mas resta um problema: como essas regras e normas são praticadas? Como é possível que se passe de uma onda de processos contra corrupção, com tantos casos evidentes, para uma onda de anulações, com base no devido processo legal? Dá uma impressão estranha. Parece que, se não nas normas, na prática o Direito Penal brasileiro tem favorecido uma situação bastante frequente. São os processos que acabam assim: o réu não é nem culpado nem inocente, simplesmente seu caso é anulado.

Acrescente-se outra circunstância: juízes de diversas instâncias mudando radicalmente de opinião, da punição à anulação. Sim, quando os fatos mudam, as interpretações também mudam. Tanto assim?

Dizem: havia muitos inocentes processados indevidamente. Certo. Mas também deve haver muitos culpados que se safaram nesse ambiente, não é mesmo?

Quando grandes empresários começaram a ser apanhados, um deles, do setor financeiro, advertiu numa reunião de diretoria:

Cuidado, porque agora todos podem ser presos.

E acabou detido.

Está solto, também.

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista - Coluna em O Globo