Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador e-commerce. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador e-commerce. Mostrar todas as postagens

domingo, 28 de novembro de 2021

O COMBUSTÍVEL DA INFLAÇÃO - Gilberto Simões Pires

INFLAÇÃO
Escrever sobre AUMENTO GENERALIZADO DE PREÇOS por mais fartos e esclarecedores que sejam os textos, todos apontando para as verdadeiras e grandes CAUSAS e/ou TIPOS DE INFLAÇÃO, como -DEMANDA, CUSTOS, INERCIAL, GLOBAL, REPRIMIDA, etc.-, não significa que os leitores sairão plenamente satisfeitos e convencidos. Entretanto, em se tratando de opositores do governo, pouco importam os conteúdos, pois todos os dedos das mãos e pés desde sempre apontam que o único CULPADO pela inflação é o governo e sua política econômica, pouco ou nada importando o que está por trás do fenômeno.

INFLAÇÃO GLOBAL

Embora já tenha escrito editoriais a respeito, vale lembrar que o vírus COVID-19 foi declarado PANDEMIA tão logo a OMS percebeu que a doença tinha se espalhado pelo mundo todo. No caso do vírus -INFLAÇÃO- o fenômeno, também GLOBAL, tem tudo para ser declarado como PANDEMIA. E a grande CAUSA se mostra, nitidamente, através da brutal REDUÇÃO DE OFERTA, por força das paralisações das atividades industriais via LOCKDOWNS; e, em contrapartida, através do AUMENTO BRUTAL DA DEMANDA, notadamente pela via do e-commerce por parte dos consumidores CONFINADOS.

LOGÍSTICA
Pois, para quem prefere a verdade, o atual MOVIMENTO DE ALTA DE PREÇOS, notadamente neste ano de 2021, é GLOBAL, ou seja, está presente no mundo todo. Mais: deriva da desorganização causada por uma OFERTA menor do que a DEMANDA. Pior: nos casos em que a oferta é capaz de atender a demanda, a brutal paralisação do SETOR DE LOGÍSTICA impediu a entrega dos pedidos ao SETOR COMERCIAL.

GOVERNOS CONTRIBUEM PARA O AUMENTO DE PREÇOS
Considerando que EUA e CHINA, gostem ou não, são as duas maiores economias do mundo, isto significa que os efeitos inflacionários não têm como arrefecer no curto prazo. Mais: além dos problemas normais da baixa OFERTA e alta DEMANDA, o que contribui para o aumento generalizado de preços são os ESTÍMULOS GOVERNAMENTAIS, ou AUXÍLIOS EMERGENCIAIS. Vejam que ao invés de PRODUTOS, os governos DISTRIBUEM DINHEIRO. Ora, esta providência -social- implica, inquestionavelmente, em mais INFLAÇÃO. Afinal, quanto mais recursos disponíveis e menos produtos ofertados, o efeito é o evidente AUMENTO DE PREÇOS. O fenômeno inflacionário ainda deve durar até o primeiro semestre de 2022, segundo especialistas.

DISTRIBUIÇÃO DE DINHEIRO AO INVÉS DE PRODUTOS
Além dos problemas normais, como baixa OFERTA e alta DEMANDA, o que contribui e muito para o aumento generalizado de preços são os ESTÍMULOS GOVERNAMENTAIS, ou AUXÍLIOS EMERGENCIAIS. Vejam que ao invés de PRODUTOS (que estão escassos), os governos DISTRIBUEM DINHEIRO. Ora, esta providência -social- implica, inquestionavelmente, em mais INFLAÇÃO. Afinal, quanto mais recursos disponíveis e menos produtos ofertados, o AUMENTO DE PREÇOS é pra lá de evidente.

Ponto Crítico - Gilberto Simões Pires


terça-feira, 22 de junho de 2021

Chile começa a usar vacina da Pfizer para substituir 2ª dose da AstraZeneca

A aplicação da AstraZeneca estava paralisada desde o início do mês, após a notificação de um caso de trombose e trombocitopenia em um jovem de 31 anos.

O Chile começou nesta segunda, 21, a vacinar homens com menos de 45 anos que receberam a primeira dose da vacina Oxford/AstraZeneca com uma segunda dose da Pfizer/BioNTech. A aplicação da AstraZeneca para este grupo especificamente estava paralisada desde o início do mês, após a notificação de um caso de trombose e trombocitopenia em um jovem de 31 anos.
 
De acordo com Juan Pablo Torres, infectologista e pediatra da Faculdade de Medicina da Universidade do Chile, resultados preliminares de estudos realizados no Reino Unido e na Espanha mostraram que é eficaz a administração de uma segunda dose com vacinas de RNA mensageiro, como é o caso da Pfizer/BioNTech, em pessoas que receberam a primeira dose da Oxford/AstraZeneca. "Esta mudança realizada no esquema de vacinação é para que os homens com menos de 45 anos tenham mais segurança. É claro que será necessário continuar monitorando este grupo. Ainda há muito caminho a percorrer", explicou o médico. Ainda de acordo com ele, os estudos mostram que as reações à combinação da vacina AstraZeneca com a Pfizer não são graves e estão dentro do esperado. Dores no local da injeção, febre e dores no corpo algumas horas após se vacinar.
 
No dia 9 de junho, a revista Science noticiou que pesquisas recentes também concluíram que essa combinação dos dois imunizantes produz fortes respostas imunes, medidas pela análise de amostras de sangue coletadas. Segundo o artigo, dois desses estudos sugerem que a resposta dessa mistura protege tanto quanto se uma pessoa tivesse se vacinada com duas doses da Pfizer/BioNTech. O Chile, assim como o Brasil, tem a Coronavac como vacina mais aplicada.
 
Carlos Arancibia, de 30 anos, é uma das pessoas que foram vacinadas com a Oxford/AstraZeneca. Quando ele soube da mudança no seu processo de vacinação, se preocupou. "A todo momento chega muita informação para a gente e isso é muito complicado, mas temos de confiar na experiência de outros lugares. Eu me sinto seguro e não tenho medo de me vacinar com a Pfizer como segunda dose", afirma o jovem, que deverá receber a sua segunda dose na primeira semana de julho.
 
Carlos trabalha com e-commerce em uma das principais redes de lojas de departamento do Chile. Há mais de um ano sem ter férias e trabalhando bastante, ele não vê a hora de a situação como um todo melhorar para fazer uma viagem ao sul do país. "Preciso descansar", afirma.O estudante de interpretação musical Rodrigo Gajardo também receberá o combinado de vacinas. Ele conta que, quando foi ao centro de vacinação e soube que seria imunizado com a Oxford/AstraZeneca, ficou bastante preocupado, porque sabia de reações que poderia desenvolver. Ele apresentou dor no braço e, nos dias seguintes, sentiu como se estivesse gripado. Agora que receberá a dose da Pfizer/BioNTech, o universitário de 25 anos está mais tranquilo.
 
Repetição
A estratégia de combinar vacinas vem sendo utilizada em países europeus, como França, Alemanha, Espanha, Suécia, Dinamarca e Noruega. Autoridades sanitárias francesas e alemãs, por exemplo, têm recomendado que os cidadãos com menos de 55 e 60 anos, vacinados com a Oxford/AstraZeneca, continuem o seu processo com um imunizante diferente. A preferência é pela vacina da Pfizer ou da Moderna. A França, por exemplo, suspendeu a administração do imunizante no dia 19 de março, pois também detectou casos de trombose, assim como no Chile.
"A pandemia é muito dinâmica e o processo de vacinação, também. No Chile, ele tem sido muito acelerado, mas não precipitado. Está cumprindo todas as etapas e essas diferentes questões que vão aparecendo estão dentro do que pode acontecer. Quando se monitora bem se os protocolos estão sendo cumpridos, mudanças são esperadas. E é certo que seja assim, pois no futuro serão tomadas melhores decisões", disse Juan Pablo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
 
Mundo - Correio Braziliense
 
 

 

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Cinco trilhões de dólares - Eugênio Bucci

O Estado de S.Paulo


O que produzem a Apple, a Amazon, o Google ou o Facebook para valerem tanto?

Em janeiro foi noticiado que as empresas Apple, Amazon, Alphabet (dona do Google), Microsoft e Facebook valiam, juntas, cinco trilhões de dólares. Em junho, quando a Apple sozinha atingiu o valor de US$ 1,5 trilhão, apenas quatro delas dariam conta de bater a marca dos US$ 5 trilhões (o Facebook ficava um pouquinho para trás).

Cinco trilhões de dólares!
Essa cifra é três vezes maior que o PIB brasileiro. Três vezes. Quer dizer: se nós, os 210 milhões de habitantes destas terras convertidas em jazigos, quiséssemos comprar a Apple, a Amazon, a Alphabet e a Microsoft, pelos preços de junho, teríamos de trabalhar por três anos sem descanso e não nos sobraria troco para o pão, para o aluguel e para os impostos. E mesmo assim poderíamos chegar no fim da jornada sem caixa para saldar a fatura, pois, enquanto as ações dessas companhias sobem sem parar, o PIB brasileiro afunda, junto com o PIB mundial. Lá de cima, incólumes e luminescentes, as big techs contemplam a peste, a fome, a violência, a miséria e a ruína.

Só o PIB da China e dos Estados Unidos superam a casa dos US$ 5 trilhões. Pense bem: o que produzem a Apple, a Amazon, o Google ou o Facebook para valerem tanto?

Se formos contentar-nos com as respostas oficiais, acreditaremos que o segredo de tamanha fortuna está na inovação tecnológica dessas marcas, na genialidade dos seus criadores e na pertinácia de seus CEOs. Acreditaremos que, graças a chips, bits e bytes, as big techs dominaram o e-mail, o e-commerce, o e-government e o e-scambau, deixando seus donos biliardários. Acreditaremos, enfim, que dinheiro não nasce em árvore, mas bem que brota em máquina.

Agora, se quisermos ir além das quimeras da carochinha, buscaremos explicações em teorias menos rasas, como aquela da “economia da atenção”. A tal “economia da atenção” consiste em mercadejar com os olhos dos consumidores. Primeiro, o negociante atrai a “atenção” alheia e, ato contínuo, vai vendê-la por aí – mas vai vendê-la (detalhe crucial) com zilhões de dados individualizados sobre cada um e cada uma que, no meio da massa, deposita seu olhar ansioso sobre as telas eletrônicas. Em resumo, os conglomerados da era digital elevaram o velho negócio do database marketing à enésima potência, com informações ultraprecisas sobre as pessoas, e desenvolveram técnicas neuronais que magnetizam os sentidos da plateia. O negócio deles é o extrativismo dos dados pessoais.

Isso aí: extrativismo virtual.
Na primeira semana de maio de 2017, a capa da revista The Economist anunciou que os dados pessoais eram o novo petróleo. Em plena era do Big Data, algoritmos e fórmulas insondáveis cruzam os dados e antecipam as partículas infinitesimais do humor e do destino dos bilhões de fregueses. Os dados não mentem jamais. Sabem se o cidadão vai desenvolver Alzheimer, e quando, sabem que ele relaxa com a voz de Morgan Freeman, sabem que massageia o lóbulo da orelha direita quando pensa em queijo do tipo Pont l’Évêque.

O “novo petróleo” teria sido o responsável pelos cinco trilhões e pela enorme reviravolta do mercado global, que fez o dinheiro mudar de mãos em duas décadas. Em 1998 as cinco empresas mais caras do mundo eram a GE, a Microsoft, a Shell, a Glaxo e a Coca-Cola. No grupo, quatro companhias eram fabricantes de coisas palpáveis (motores, eletrodomésticos, gasolina, fármacos, bebidas gasosas); só uma era uma empresa “de tecnologia”. Hoje, no pelotão dos conglomerados mais caros do mundo, todos se valem da tecnologia (um notebook ou um site de busca) para extrair e comercializar nossos dados pessoais.

Isto posto, e com todo o respeito à Economist, é preciso dizer que também essa explicação é insuficiente. Para entender de fato por que o valor de mercado das big techs subiu tanto é preciso levar em conta algo que as teorias correntes não costumam registrar. De meados do século 20 para cá, o capitalismo passa por uma estonteante mutação: as mercadorias corpóreas (coisas úteis) ficaram em segundo plano, enquanto a fabricação industrial de signos assumiu o centro da geração de valor. O capital virou um narrador, um contador de histórias, tanto que uma famosa marca de produtos esportivos pode muito bem terceirizar a fabricação de tênis de maratona, mas não pode abrir mão de controlar obsessivamente a gestão da marca e a publicidade.

Em sua mutação, o capitalismo aprendeu a confeccionar e a entregar, com imagens e palavras sintetizadas industrialmente, os dispositivos imaginários de que o sujeito precisa para aplacar o desejo. Isso é uma novidade. Por trás do negócio da extração dos dados existe outro negócio, mais determinante, que é a industrialização da linguagem. Hoje o capital trabalha para o desejo, não mais para a necessidade. Os conglomerados digitais dominaram a industrialização da linguagem (voltada para o desejo), monopolizaram o olhar do planeta e puseram o olhar do planeta para trabalhar a seu favor.

Nesse meio tempo, o mundo distanciou-se da razão e do espírito. Mas essa é outra conversa.

 Eugênio Bucci, jornalista, professor - O Estado de S.Paulo

terça-feira, 3 de setembro de 2019

Equipe econômica prepara estratégia para aprovar 'nova CPMF' - O Globo

Marcello Corrêa

Ideia é apresentar dados, segundo os quais, o novo tributo pesaria menos sobre o faturamento das empresas

 
 A equipe econômica prepara uma estratégia para defender no Congresso a ideia de substituir a atual contribuição sobre folha de pagamentos por um imposto nos moldes da CPMF . O plano é apresentar dados que mostrem que o modelo em estudo traria benefícios para a economia, com o incentivo a novos postos de trabalho.
O material inclui um levantamento, ao qual o GLOBO teve acesso, que mostra que o novo tributo pesaria menos sobre o faturamento das empresas — em média, cairia de 14,2% para 3,25%.
Propostas:   Entenda as propostas de reforma tributária e que grupos elas afetam
O alívio para o setor produtivo, no entanto, teria uma contrapartida: brasileiros passariam a pagar impostos sobre operações hoje isentas, como transferências bancárias. [a chamada nova CPMF além de manter o caráter cumulativo, incide nas duas pontas: no pagamento e no recebimento = saque e depósito.] Para especialistas, o modelo em estudo pode causar distorções, como aumento da desigualdade, e incentivar contribuintes a fazer transações em dinheiro, fora do sistema financeiro.[transações em dinheiro obriga o cidadão a conduzir mais dinheiro vivo e também guardar dinheiro em casa - os ladrões agradecem antecipadamente ao Cintra, ao posto Ipiranga e ao presidente Bolsonaro.]
Hoje, empregadores recolhem 20% sobre os salários dos funcionários para financiar a Previdência. A proposta de reforma tributária do governo prevê substituir esse imposto por uma contribuição sobre pagamentos (CP). A alíquota seria, depois de um período de transição, de 1% — 0,5% na entrada e 0,5% na saída. [os brasileiros estão cansados de saber que imposto no Brasil nunca é transitório.]
 
'Nova CPMF': Governo planeja período de testes de seis meses a um ano
O secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, costuma dizer que o novo sistema incentivaria a geração de empregos. A ideia é que, com menos custos, empresas contratem mais. Pela semelhança com a antiga CPMF, no entanto, a ideia enfrenta resistência de parlamentares e até do presidente Jair Bolsonaro. No sábado, em almoço com jornalistas, o presidente voltou a dizer que já havia orientado sua equipe de que é contra a proposta. [presidente Bolsonaro, se o senhor é realmente contra a 'nova' CPMF, prove, demitindo sumariamente o Cintra.
Afinal de o presidente da República diz a um subalterno ser contra determinada proposta e o mesmo continua insistindo, é, no mínimo, insubordinação.
Lembre-se da máxima do presidente Rodrigues Alves: "Meus ministros fazem tudo o que eles querem, menos o que eu não quero que eles façam."]

(...)

Isso não significa que haveria redução na carga tributária. O peso dos impostos só seria mais distribuído por toda a sociedade. Na prática, a conta hoje paga pelos empregadores seria dividida por toda a população. Atualmente, a tributação sobre folha de pagamentos arrecada cerca de R$ 250 bilhões por ano.


Para especialistas, a ideia de desonerar a folha de pagamentos é positiva, mas substituir o imposto pela tributação sobre pagamentos pode causar distorções. O tributarista Ilan Gorin destaca que esse tipo de sistema tende a ser regressivo — ou seja, não considera a capacidade de pagamento de cada contribuinte.
- Quem vai pagar a conta serão as pessoas físicas, e de uma forma mais injusta. O Imposto de Renda dá isenção para os que têm renda baixa e é progressivo. Enquanto uma CPMF prevê o mesmo percentual para todo mundo, não importando a classe econômica. A ideia de acabar com o peso da contribuição ao INSS para quem dá emprego é brilhante. A questão é quem vai pagar a conta — afirma o especialista.

O advogado e economista Eduardo Fleury, sócio da área tributária de FCR Law, vê riscos de que empresas evitem alongar cadeias para, assim, pagarem menos impostos. Segundo ele, isso poderia desestimular, por exemplo, a terceirização de serviços, o que diminuiria a eficiência da economia.
S&P: 'O Brasil precisa de uma reforma fiscal profunda', diz diretor da agência
- Imagina uma empresa de e-commerce que hoje terceiriza as frotas. Para a margem deles, 1% é uma fortuna. Se ela verticalizar um pedacinho da cadeia, já está ganhando 1%. Ou seja, começa a criar ineficiência — destaca.

Na avaliação do especialista, pessoas físicas tenderiam a ter o mesmo comportamento, evitando fazer transferências bancárias, por exemplo. O resultado seria uma redução das movimentações financeiras. Ou seja, a base de tributação do novo imposto diminuiria e seria necessário aumentar a alíquota. Com 0,38% (última taxa da CPMF), já havia esse incentivo (a evitar transações bancárias), imagina com uma alíquota de 1% - critica Fleury.


Já o tributarista Paulo Henrique Pêgas, professor do Ibmec-RJ, lembra que a ideia de tributar movimentações financeiras não é completamente negativa. Ele defende, no entanto, que o sistema se concentre em pessoas físicas e que a alíquota seja cobrada apenas em uma via das transações, para evitar dupla tributação. - As empresas vão buscar caminhos para reduzir o número de transações bancárias. Isso é ruim para a economia. Se isso fosse cobrado como um complemento, só na pessoa física e apenas na saída, seria uma ideia inteligente. Colocar isso nas costas da empresa não vai dar certo. O movimento bancário vai se reduzir de tal forma que vai ser um tiro pela culatra - diz o especialista.

A tributação sobre transações financeiras é um dos tripés da reforma tributária do governo, segundo Marcos Cintra. A equipe econômica deve propor ainda a unificação de três impostos federais, que dariam lugar a um imposto sobre bens e serviços.


O outro braço da proposta do governo é uma reformulação do Imposto de Renda (IR). Cintra promete uma “faxina” no tributo, o que incluiria a eliminação de deduções de saúde e educação, assim como de isenções de títulos do mercado financeiro, como LCI e LCA, fim da isenção dos portadores de doenças graves. Em contrapartida, está prevista uma redução das alíquotas.



Em O Globo, leia matéria completa



terça-feira, 6 de novembro de 2018

Editoras buscam tática para ‘salvar’ a Saraiva

Vamos Salvar a Livraria Saraiva


Depois de verem a Livraria Cultura sucumbir à recuperação judicial, por conta de seu alto endividamento, as editoras estão empenhadas em evitar que a Livraria Saraiva siga o mesmo destino, afirmam fontes do setor. O Sindicato Nacional das Editoras de Livros (Snel) convocou para terça-feira, 6, uma reunião para definir estratégias para negociar com a Saraiva, que acumulava dívida com fornecedores da ordem de R$ 485 milhões no fechamento do segundo trimestre.

O entendimento do setor, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, é que a Saraiva seria “grande demais para quebrar”. Mesmo após o fechamento de mais de 20 lojas na semana passada, a companhia ainda é a maior rede do País, com 84 unidades, e também tem uma venda forte pelo e-commerce. Hoje, a participação da Saraiva nas vendas de livros estaria em cerca de 30%. Logo, perder uma cadeia de distribuição deste porte poderia afetar o fluxo de caixa de curto prazo do segmento.

O problema agora seria definir uma forma de negociar os débitos sem necessidade de recorrer à recuperação judicial – que garante ao devedor um período “sabático” de seis meses nos pagamentos aos credores. Para evitar a recuperação judicial, no entanto, a Saraiva estaria pedindo cortes de quase 50% nos valores devidos e também um prazo longo para pagamento. Apesar da disposição das editoras em conversar – tanto para recuperar dívidas que se estendem por até dois anos quanto para evitar a falência de pequenos selos de livros -, esse não é o tipo de negociação que se resolva facilmente.

Além de questões internas – como a malfadada aposta em produtos de tecnologia -, fontes ligadas à empresa dizem que a rede brasileira sofre também com a concorrência da Amazon, que hoje já representa cerca de 10% das vendas de livros no País. Embora a varejista online compre livros – em vez de pegá-los em consignação -, existe a preocupação de o mercado se concentrar demais nas mãos da gigante americana, que é conhecida por vender livros com descontos agressivos.

Apesar das dificuldades das livrarias, dados do Snel mostram que o consumo de livros no País voltou a crescer em 2018. De janeiro a outubro de 2018, as vendas em volume tiveram uma alta de 3,65%, em relação ao mesmo período do ano passado. Na mesma comparação, houve uma alta de 5,37% no faturamento total. O valor médio por exemplar vendido também subiu, atingindo R$ 43,24.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.