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segunda-feira, 22 de maio de 2017

JBS perde pontos em agência de risco Moody's

Moody’s rebaixa rating da JBS e coloca notas em revisão

A nota da empresa foi de Ba2 para Ba3 e permanece em grau especulativo

A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou o rating da JBS nota que as agências atribuem levando em conta a capacidade de pagamentode Ba2 para Ba3. A agência também colocou as notas em revisão, indicando um possível novo rebaixamento.
[parece que o delator Joesley não é tão genial em negócios; ´[obvio que se tornar um megaempresário com recursos públicos, incluindo empréstimos a 'fundo perdido' é tarefa fácil.] 
 
Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, a Moody’s afirma que o rebaixamento do rating da JBS segue a confirmação de que executivos da empresa e de sua controladora, a J&F Investimentos, firmaram um acordo com o Ministério Público Federal sobre alegações de corrupção.  “O ‘downgrade’ reflete o aumento dos riscos relacionados a potenciais processos judiciais futuros; à governança da empresa e à liquidez, nos quais, atualmente, há visibilidade limitada”, diz a agência.

Para a Moody’s, esses riscos, além da elevada alavancagem financeira da JBS, justificavam um rebaixamento imediato do rating da empresa.  “O processo de revisão se concentrará na obtenção de mais detalhes sobre o acordo divulgado, juntamente com informações sobre quaisquer investigações criminais em andamento, incluindo possíveis multadas, envolvimento de executivos e outros possíveis passivos e ramificações”, comenta a Moody’s.

Caso a liquidez da companhia se deteriore, “a Moody’s poderá adotar outras medidas de rating, antes da conclusão final de seu processo de revisão. O perfil de liquidez da JBS é, atualmente, adequado”.

Fonte: Estadão Conteúdo

 

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Dilma é uma praga, uma verdadeira zika, até o PT, Partido dos Traidores e Trapaceiros, quer distância dela

PT força distanciamento da presidente Dilma

Documento do partido com propostas inviáveis alerta para a manobra de sua conversão em força oposicionista, a fim de viabilizar um discurso populista e eleitoreiro

Ruídos no relacionamento do PT com a presidente Dilma, em torno de medidas econômicas, aumentam de volume — e por iniciativa do partido. Para marcar o afastamento em relação ao governo, o partido, na semana em que comemora no Rio 36 anos de existência, lança documento com propostas inexequíveis, diametralmente opostas às que vêm sendo encaminhadas e defendidas pelo Planalto. 

Por exemplo, aumentar em 20% os gastos com o Bolsa Família. Ideia na contramão da sensatez, divulgada quando o Planalto reconhece não conseguir atingir a meta de 0,5% do PIB de superávit, e pretende que o Congresso o permita acumular um déficit de 1%. O partido desconheceou finge desconhecer — que é a dificuldade em equilibrar as contas que acaba de levar a última das três grandes agências globais de avaliação de risco, a Moody’s, a também colocar a nota de crédito do país na faixa de “grau especulativo”. Os títulos brasileiros passam de vez a se equiparar, no jargão em inglês do mercado, a junk, lixo. Aumentar gastos é suicídio, portanto. Chega a ser desonesto com a presidente que o partido elegeu.

Outro ponto de discórdia é a reforma da Previdência, defendida por argumentos claros e de solidez matemática: o país já tem uma despesa com benefícios previdenciários em relação ao PIB equivalente à da Alemanha, porém com uma população bem mais jovem. Está entendido que há grave desequilíbrio no INSS, pelo fato de o brasileiro se aposentar mais cedo, mesmo com uma expectativa de vida em ascensão. 

O PT finge não entender e se prepara para barrar a proposta de reforma, baseada no método universal da exigência de idade mínima no pedido do benefício. Bombardeará qualquer reforma deste tipo no fórum em que está o ministro do Trabalho e Previdência, Miguel Rossetto, mais representante do partido do que do Planalto.

Dilma pode, por convicções ideológicas, resistir à redução do ativismo estatal e, por consequência, dos gastos, mas tem consciência que o país não sairá do atoleiro com as contas públicas tão desequilibradas. Com todas as dificuldades em transitar neste terreno, compartilhadas com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, ela ao menos avança na direção certa. É o que transparece da proposta que levará ao Congresso de limitar os gastos da União. A partir de um determinado ponto, medido em percentual do PIB, serão disparados gatilhos, por fases, para recolocar as despesas na meta. Chega a admitir o fim do aumento real do salário mínimo, da folha de servidores, dos gastos em custeio em geral. [essa política que Dilma pretende levar ao Congresso deve ter sido produzida no intestino, já que significa, da forma mais resumida e clara possível, parar o Brasil.
Atualmente, o Brasil está parando e continuar nesta marcha vai parar.
Com a proposta de que Dilma pretende apresentar, o Brasil para de vez.
As propostas do PT são estúpidas, inexequíveis, inaceitáveis e atentam contra o Brasil e o simples fato de pensar em apresentá-las já é crime de lesa-Pátria, mas, a que a Dilma e assessores produziram nos intestinos é também criminosa e não pode ser apresentada.
A única solução para o Brasil é depor Dilma e então, após sua necessária e benéfica exclusiva, se procurar implementar soluções que existem, só que com Dilma ainda na cadeira presidencial, não podem sequer ser comentadas.]  Com isso, invade territórios sacrossantos da ideologia lulopetista, mas não há alternativa saudável. 

O governo se equivoca no timing desse projeto, porque já deveriam estar em vigor o limite das despesas e os gatilhos. Mas, se for considerado que a iniciativa parte da presidente que, no final do primeiro governo Lula, ao assumir a Casa Civil, tachou de “rudimentar” a mesma ideia, trata-se de um avanço de anos-luz. Esse projeto merece ser apoiado no Congresso, ao mesmo tempo em que se deve alertar Dilma que ele só funcionará com a desindexação do Orçamento e a revisão de suas vinculações. 

A realidade força a presidente a contrariar sua índole, enquanto o lulopetismo dá a entender que prefere ser oposição, manobra oportunista para adotar um crescente discurso populista com vistas às próximas eleições. [a pergunta é: se uma das ideias em comento, seja a do PT ou da Dilma,  teremos as próximas eleições: afinal, para a realização de eleições é necessário a existência de um país.]

Fonte: O Globo - Editorial

sábado, 19 de setembro de 2015

Dilma, demitida por Lula e a tempestade da incompetência perfeita

Dilma já sofreu algo mais grave do que o impeachment: foi demitida por Lula
Oba! Agora virou a festa da uva! Nunca o governo se pareceu tanto com aquilo que é: a casa-da-mãe-Dilmona. A governanta já tinha 9.735 coordenadores políticos. Apareceram mais alguns — e o principal é Lula. Todo mundo fala, todo mundo opina, todo mundo decide. É Rui Falcão, é Alberto Cantalice, é Berzoini, é Lula… E Dilma? Ah, ela só pensa naquilo: combater o impeachment. É o seu programa de governo.

Cantalice, vice-presidente do PT, anunciou que Lula vai percorrer o país para defender o ajuste fiscal de Dilma, inclusive a recriação da CPMF, embora, vejam bem!, se anuncie que o ex-presidente é contrário às medidas, entenderam? Lula é contra, mas defende. Quando alguém reclamar, ele se solidariza. Mas dirá ser necessário.

Temo que ele vá decepcionar Jânio de Freitas. Dia desses, o colunista afirmou que o Apedeuta estava felicíssimo com o pacote de Dilma porque, por alguma razão, o demiurgo seria o caudatário virtuoso da impopularidade das medidas. Não vejo a hora de Lula reunir o povo, o de verdade, em praça pública para defender a recriação do imposto… Tenham paciência!

Lula e Mercadante
Calma aí que Lula resolveu atuar ainda mais. Nesta quinta, ele se encontrou a sós com Dilma e depois se reuniu por quase cinco horas com ministros petistas. Era a sessão “fala mal do Mercadante que eu te escuto”. O ex-presidente nunca escondeu que não gosta da atuação do ministro na Casa Civil.  Nesta sexta, o chefão petista se encontrou com o quase-defenestrado. Levou as reclamações, o que foi lido como o sinal de que o ministro fica. A própria Dilma teria convencido Lula de que seu auxiliar é essencial ao governo.

Sendo assim, o ministro, então, fica — ao menos por enquanto. Mas com as funções esvaziadas. E sabem quem fez esse anúncio? Rui Falcão, o presidente do PT. Segundo diz, Mercadante se aterá às funções da Casa Civil apenas, ficando a interlocução com o Congresso a cargo de outros ministros. Ocorre, meus caros, que a interlocução com o Congresso é uma das funções da… Casa Civil!

E quem deve, então, assumir a tal interlocução? Ora, é óbvio, gente! Ricardo Berzoini!!! Mas ele não é ministro das Comunicações? É! E daí? O governo Dilma é um erro de cálculo com pessoas fora do lugar.

É evidente que não faz sentido Lula se encontrar com Dilma, com os demais ministros petistas e com o próprio Mercadante para decidir quem ocupa qual cargo. É um absurdo em si. É evidente que não cabe ao secretário-geral do partido anunciar as andanças de Lula como parte de uma estratégia governista para segurar a presidente no cargo. É evidente que não cabe a Rui Falcão anunciar quais serão as tarefas daquele que é o principal auxiliar da presidente.

Dilma sofreu algo pior do que o impeachment: foi demitida por Lula.

Pergunta: Dilma foi demitida do governo por Lula?

A tempestade da incompetência perfeita

Um país pode decidir administrar a política cambial e manter desvalorizada a sua moeda, inclusive artificialmente. A China faz isso. Mas moeda nativa pode despencar em razão da crise. É o nosso caso. O dólar atingiu nesta sexta a segunda maior cotação desde o Plano Real. Avançou quase 2% (1,96%) em único dia, fechando a R$ 3,958.

Que coisa, não? Quando Lula ganhou a eleição, em 2002, a moeda americana também disparou, mas ficou abaixo da cotação atual. Ou por outra: o mercado tinha menos medo do que não sabia do PT do que do que sabe do partido. Ou: antes, o dólar elevado refletia as incertezas sobre a legenda; hoje, de forma mais grave, reflete as certezas.

A moeda disparou depois que circularam informações de que a Moody’s iria rebaixar a nota do país. Se isso acontecer, será a segunda agência de risco a pôr o Brasil no grau especulativo. A outra é Standard & Poor’s. O que é ruim pode ficar muito pior.

E, tudo somado e, sobretudo, subtraído, essa hora pode não estar muito longe. O resultado da arrecadação de agosto, por exemplo, é catastrófico; o desempenho da economia está bem abaixo das previsões mais pessimistas, e nem por isso a inflação dá folga. Recessão, inflação alta, juros estelares e arrecadação em declínio…

É a tempestade provocada pela incompetência perfeita.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo - Veja Online
 
 

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Impeachment: oposição pretende empregar pedido dentro de 15 dias. Cabe a pergunta: oposição com ou sem Aécio?

Oposição estuda entregar denúncia contra Dilma em 15 dias; a partir daí, dispara o cronômetro que pode levar ao impeachment


O eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff ganhou nesta quarta um forte aliado: o rebaixamento da nota do Brasil, decidido pela agência Standard & Poor’s, que passou o país para o grau especulativo. Agora é só esperar o óbvio: a deterioração dos indicadores econômicos e das expectativas. Isso reforça a sensação do “com ela, não dá mais”.

São poucos os parlamentares que resistem à metafísica influente. Lula ainda se lembra do tempo em que as vacas eram gordas e cegas para o que viria. Talvez até soubessem que o lulo-petismo daria com os jumentos n’água. Mas… como resistir?  Nesta quinta, forma-se na Câmara a frente pró-impeachment, com parlamentares do PSDB, DEM, PPS, PSC e SD. Juntos, somam 160, no papel ao menos. É preciso, como se sabe, bem mais do que isso para Dilma sair. Já chego lá. Não há um calendário definido até que não se dispare o mecanismo. Depois, há. Os mais otimistas avaliam que um pedido, com a chancela da oposição, pode ser protocolado em até 15 dias.

A oposição estuda aderir à denúncia formulada pelo ex-petista Hélio Bicudo, que completou 93 anos no dia 5 de julho. Ele seria, vamos dizer assim, o Barbosa Lima Sobrinho da hora. O então presidente da Associação Brasileira de Imprensa tinha 95 anos quando protocolou a denúncia contra Fernando Collor, em 1992, tendo como parceiro o então presidente da OAB, Marcelo Lavenère.

O pedido original de Bicudo sofreria alguns acréscimos, mas conservaria a essência e levaria a sua chancela. A avaliação, que faz sentido, é que sua assinatura confere um caráter suprapartidário ao pedido e também amplia o leque ideológico dos que querem Dilma fora da Presidência. Que fique claro, antes que se cogite do contrário: a exemplo do então presidente da ABI, Bicudo está no pleno gozo de suas faculdades intelectuais. Não está sendo usado por ninguém.

É evidente que o clima político e a mobilização da sociedade que podem confluir para esse pedido não passaram por Bicudo. Seus protagonistas são os cidadãos comuns, cuja voz foi ampliada pelas mobilizações do Movimento Brasil Livre, do Vem Pra Rua e do Movimento Brasil, entre outros. Do mesmo modo, a onda em favor do impeachment não tinha passado por Lima Sobrinho ou por Lavenère. Há o momento em que a sociedade precisa dialogar com a tradição e com a mudança a um só tempo. A exemplo do então presidente da ABI, Bicudo traz um simbolismo: não está tomando uma decisão em favor de eventuais interesses pessoais. Resta límpido o seu apreço pelo cumprimento da lei.

Entregue a denúncia, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, pode colocá-la para dormir na gavetae não parece que haja clima para isso; pode avaliar que há fundamentos sólidos e dar sequência ao pedido, mandando instalar uma comissão especial para estudar o assunto, ou pode rejeitar. Nesse caso, qualquer parlamentar pode recorrer da decisão, e o plenário da Câmara é que decidirá, por maioria simples dos votos, se a comissão especial será ou não instalada.

Aqui e ali, diz-se que Cunha já combinou uma manobra, que consistiria em rejeitar o pedido só para que alguém recorra. COM A DEVIDA VÊNIA, O QUE O REGIMENTO DETERMINA, CONVENHAM, MANOBRA NÃO PODE SER. A leitura é uma tolice. Afinal, se ele acata o pedido, dirão que está a se vingar de Dilma; se rejeita, teria de ser dono da vontade de todos os deputados para que ninguém recorresse.

E se houver o recurso? Havendo ao menos 257 deputados na sessão (metade mais um dos: 513), os presentes decidirão se a comissão especial para avaliar o pedido será ou não formada. E basta a maioria simples entre “sim”, “não” e “abstenção”. Exemplifiquemos com números extremos. Digamos que haja apenas os 254 mínimos necessários para realizar a sessão: se apenas 86 votarem “sim”, 84, “não”, e 84 se abstiverem, a comissão será instalada mesmo assim.

Está tudo especificado no Artigo 218 do Regimento Interno da Câmara. Aceito o exame da denúncia, o denunciado no caso, Dilma tem dez sessões para se manifestar, caso queira. A partir da manifestação do acusado ou decorridas as dez sessões, a comissão especial tem mais cinco sessões para concluir pelo deferimento ou indeferimento do pedido.

Quarenta e oito horas depois de publicado o parecer no Diário da Câmara dos Deputados, ele tem de ser incluído na ordem do dia da sessão seguinte. Encerrada a discussão, submete-se, então, à votação do plenário. Para que seja dada a autorização para o processo de impeachment, são necessários 342 votos. Obtido esse número, Dilma tem de ser afastada.

Em duas sessões, o Senado Federal tem de ser comunicado para que, então, se instaure o processo de impeachment. É nessa Casa que se toma a decisão final. Para que a presidente perca o mandato, são necessários dois terços dos votos. Se, em 180 dias, o Senado não proceder ao julgamento, Dilma retoma suas funções, sem prejuízo da continuidade do processo. [lembrete: todo o processo no Senado será conduzido sob a presidência do presidente do STF - Lewandowski!!!
o rito no Senado é claro, bem definido, não havendo espaço para manobras buscando favorecer Dilma. Essa condição torna complicado  a realização de manobras para levar o julgamento para para um prazo superior a 180 dias.
Em tempo: a pergunta do título é que a oposição com Aécio tem uma atração irresistível por um muro.]

É esse mecanismo que pode ser disparado dentro de duas semanas.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo
 

Grau de Investimento, identifica os maus pagadores = SPC mundial

Saiba o que é grau de investimento = que a S&P acaba de tirar do Brasil

Agência diz que o aumento dos desafios políticos pesam sobre a capacidade do governo de apresentar um orçamento com a correção sinalizada na primeira parte do segundo mandato de Dilma

A agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou o rating brasileiro de BBB- para BB+. Com isso, o Brasil perdeu o selo de bom pagador e é considerado agora grau especulativo. "Os desafios políticos do Brasil continuam a aumentar, pesando sobre a capacidade e a vontade do governo em apresentar um orçamento para 2016 ao Congresso coerente com a correção política significativa sinalizada durante a primeira parte do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff", diz a agência.

Em julho, a S&P havia revisado para negativa a perspectiva do rating do Brasil (já em BBB- desde março de 2014, um degrau acima do grau especulativo) e de 30 empresas brasileiras por conta do cenário político e econômico no País e da operação Lava Jato. Em 2008, a S&P foi a primeira agência a puxar os títulos do Brasil para grau de investimento. Na Fitch e Moody's, o Brasil ainda mantém o grau de investimento.


O rating, ou nota de crédito, é o resultado da avaliação de uma agência de classificação de risco sobre a qualidade de um título de dívida emitido por uma empresa ou país. O rating indica, portanto, se o emissor é um bom ou mau pagador e quais as chances de ocorrer um calote daquela dívida. 
Um grande número de fundos de pensão, fundos de investimento e de carteiras de aplicação, por lei ou regulamentação específica, só pode aplicar em títulos seguros, que levam certificado de grau de investimento. O rebaixamento dos títulos do Brasil implica forte redução de procura por eles, movimento que costuma ser antecipado pelos mercados. Não só os grandes aplicadores passarão a desovar os títulos do Brasil, como, também, derrubarão sua procura. A redução do preço do título implica alta dos juros. Ou seja, o Tesouro terá de pagar mais pela sua dívida.

Entenda os ratings das agências de classificação de risco

A agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou o rating brasileiro de BBB- para BB+ nesta quarta-feira (09). Com isso, o Brasil perdeu o selo de bom pagador e é considerado agora grau especulativo. Entenda o que isso significa e como funciona.

O que é rating?
As agências de classificação de risco trabalham com a concessão de ratings notas de crédito ou classificações a empresas, governos ou qualquer entidade que emita títulos para serem negociados no mercado. Os ratings representam a avaliação da agência sobre a capacidade do emissor desses títulos de honrar seus compromissos com os investidores. Em outras palavras, qual o risco de o emissor da dívida dar um calote.


Essas classificações são divididas em dois grandes grupos de notas: grau especulativo e grau de investimento (o chamado selo de bom pagador). Dentro de cada grupo, cada nota especifica a condição do país ou da empresa em relação à sua capacidade de saldar dívidas.


Como as agências definem o rating?
Para classificar os títulos, as agências passam um pente-fino nas condições do emissor. No caso de países, por exemplo, cenário macroeconômico, perspectivas de investimento, política e relações do governo com o Congresso são alguns dos pontos avaliados.


Por envolver uma opinião, a credibilidade da nota de crédito depende da credibilidade da própria agência. Moody’s, Standard & Poor’s (S&P) e Fitch são as agências norte-americanas mais respeitadas do mercado.


Na crise financeira de 2008, no entanto, quando diversos grandes bancos e instituições financeiras dos Estados Unidos quebraram, a credibilidade das agências passou a ser questionada, já que a derrocada do sistema financeiro incluiu instituições financeiras até então avaliadas como sólidas e confiáveis.


O que é perspectiva de rating?
As classificações e perspectivas para as notas de crédito são reavaliadas periodicamente pelas agências. A classificação representa a nota em si, e pode subir (upgrade) ou cair (downgrade) dependendo da revisão. Enquanto isso, a perspectiva da nota aponta para o futuro, indicando se aquela nota de crédito tende a se manter estável, cair (negativa) ou subir (positiva).


No Brasil, após muitos anos pagando com juros altos os calotes dados na década de 1980, o País recebeu, em 2008, o grau de investimento da S&P, ou seja, seus papéis passaram a ser recomendados como seguros em termos de qualidade de crédito. A Fitch e a Moody’s seguiram a decisão e concederam o upgrade no rating brasileiro em 2008 e 2009, respectivamente.


O que está acontecendo agora?
A Moody’s rebaixou a nota de crédito do Brasil para Baa3, a última antes do grau especulativo. A agência também revisou para estável a perspectiva para a classificação de risco do País, o que indica que não há a intenção de rebaixar novamente a nota.


O que acontece quando um país perde o selo de bom pagador?
As empresas que dependem de crédito vão ser obrigadas a pagar juros maiores. As pessoas comuns também serão afetadas, pois o preço do crédito (os juros) vai subir. Os investidores vão procurar oportunidades mais seguras dentro ou fora do País. Assim, a cotação do dólar tende a subir – o que pode levar a um circulo vicioso, que tem potencial para alimentar a já alta inflação. Investimentos e empregos podem ser cortados para as empresas se ajustarem.


Fonte: Estadão - IstoÉ