Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Uma má notícia para o contribuinte, para os pagadores de impostos – que somos todos nós.
Você pode achar que não paga imposto de renda, mas quando você vai na esquina comprar óleo de soja, macarrão, feijão e arroz, você está pagando imposto sim.
Talvez você tenha de pagar mais imposto e o produto vai ficar mais caro pra suprir toda essa despesa que agora está nos esperando.
Aprovaram esse teto de gastos furado. São 200 bilhões a mais de gastos. Agora, todo esse dinheiro não vai cair do céu.
Tem de sair de algum lugar.
Se emitir moeda, vão tirar o dinheiro do nosso bolso direto pela inflação; se emitirem papeis, terão de pagar mais juros, e nós vamos pagar mais juros também quando comprarmos qualquer coisa no crediário, que vai ficar mais caro. Vamos comprar menos, e o varejo vai vender menos, menos imposto será recolhido e entraremos no círculo vicioso que causou a recessão no governo Dilma. [onde está a surpresa? afinal, eles querem impor o apedeuta eleito, isso ocorrendo teremos uma Dilma mais incompetente, piorada.]
Aumento para os “cidadãos de primeira classe”
Essa volta ao passado que a gente começa a antever o mercado já percebe, assim como os investidores, os industriais.
Eu vejo pesquisas entre as indústrias, mostrando que o pessoal já está com um pé atrás, reduzindo a confiança.
O agro está parando de investir e, enquanto isso, os deputados e senadores aprovaram aumento geral para esses cidadãos de primeira classe, esse pessoal que fica pendurado na folha de pagamento pública, sendo sustentado pelos que estão trabalhando com aposentadoria bem menor, com menos férias, menos regalias.
Esse pessoal da primeira classe vai ter aumento de 18%.
São quase 30 mil funcionários da câmara e do senado, 513 deputados, 81 senadores, os ministros do Supremo, o futuro presidente da Republica, todo mundo recebendo aumento. [o efeito cascata será inevitável, desejado e, por incrível que pareça, justo.]
A arrecadação recorde do governo Que delicia! Parece que vamos desfrutar porque, afinal, o atual governo está com recorde de arrecadação. E um recorde muito saudável. A arrecadação subiu sobre a renda, sobre o rendimento, e caiu sobre a produção, estimulando o setor produtivo.Enfim, vão ter de sustentar também 37 ministérios.
Meu Deus do céu, é muito ministério! Agora, o último anunciado é o Ministério da Igualdade Racial. Eu acho que esse termo já é racista, porque usa raça como referência, mas, enfim, esse ministério será para a irmã da Marielle Franco. Vocês vão perguntar “mas o quê que ela faz?”. Ela é a presidente do Instituto Marielle Franco. Aliás, a Marielle se chamava Marielle Francisco da Silva, e adotou o “Franco”.
A irmã dela também adotou o nome e agora é Anielle Franco.
A Janja não conseguiu emplacar uma colega dela de Itaipu para o Ministério da Igualdade Racial e quem foi escolhida foi a Anielle.
Os velhos ministros de sempre e a volta ao governo de Dilma
E a Marina Silva vai paro o Meio Ambiente porque a Simone Tebet não aceitou.
Tebet só quer o Ministério do Desenvolvimento Social, que tem o Auxílio Brasil, mas esse o PT não vai dar para ela, está dando para o Wellington Dias.
A Marina Silva se junta ao velho Ministério de Todo Mundo Que Já Foi.
Tem o Alexandre Padilha, que foi da Saúde, o Zé Múcio, que foi de Assuntos Institucionais, o Mauro Vieira que foi do Itamaraty, o Luiz Marinho que foi do Trabalho, o Haddad que foi da Educação, o Mercadante que foi também alguma coisa no governo.[que nem ele lembra.]
É uma volta do passado. Está voltando, pela gastança e pelos erros, para o governo Dilma e não para aquele primeiro governo Lula, mesmo porque a conjuntura mundial no primeiro governo Lula era altamente favorável, transbordava investimento para o Brasil. O mundo ia bem, agora não; o mundo está afetado pela pandemia e pela guerra lá na Europa.
A Embrapa Territorial identificou quase 3 milhões de
hectares com condições favoráveis para a triticultura nos cerrados
brasileiros
Plantação de trigo | Foto: Shutterstock
Companheiro! Hoje, essa expressão possui tons políticos. Seu significado literal evoca aquele com quem compartilhamos o pão (cum panis).
O pão é um dos maiores símbolos da alimentação humana. É alimento
material e espiritual. Como na metonímia, o pão nosso de cada dia. O
Cristianismo considera Jesus Cristo o Pão da Vida (Jo 6,48) e associa
Pai Nosso (ORAÇÃO) e Pão Nosso (EUCARISTIA). A fabricação do pão é
simples: farinha de trigo amassada com água e um pouco de sal. A massa
com levedura descansa, cresce e vai a um forno com temperaturas altas.
Quando falta trigo, falta pão. E não só. A farinha de trigo é a base de
macarrões, bolachas, bolos, pizzas, pastéis, pudins, bolinhos…
O trigo é o segundo cereal mais cultivado e produzido no mundo,
depois do milho. E é também o segundo cereal em consumo humano, depois
do arroz. Mais de 70% do trigo é destinado à alimentação humana,
enquanto boa parte do milho é usada na produção de etanol, ração animal e
outras finalidades não alimentares. O trigo é a principal fonte de
calorias em mais de 80 países. O Brasil, grande produtor e exportador de
alimentos, depende de importações de trigo.
Em 2021, houve uma exportação recorde de mais de 2 milhões de toneladas de trigo brasileiro
O Brasil é o sétimo importador mundial de trigo e compra na ordem de 7
milhões de toneladas por ano, essencialmente da Argentina (85%). Foram
quase US$ 3 bilhões, apenas em 2021, enviados ao exterior para não
faltar pão nem macarrão. Em 2021, o país plantou 2,74 milhões de
hectares de trigo e colheu 7,7 milhões de toneladas. Uma safra recorde. O
consumo interno foi de 12,5 milhões. A atual produção brasileira atende
mais da metade da demanda interna.
Os cinco principais exportadores de trigo são Rússia, Estados Unidos,
União Europeia, Ucrânia e Argentina. A produção mundial em 2020 foi da
ordem de 770 milhões de toneladas, cultivados em cerca de 219 milhões de
hectares. Rússia e Ucrânia representam juntas cerca de um terço do
trigo exportado no mundo e são os grandes fornecedores da África do
Norte. A Ucrânia é o quarto exportador de trigo. A guerra elevou o preço
internacional do trigo em mais de 30%.
Moinhos, indústria agroalimentar e de rações relutam em pagar por
aqui as valorizações refletidas do mercado internacional pela guerra
para os cereais. O milho está em patamares próximos das máximas
históricas no Brasil. As cotações do trigo atingiram o maior valor em 14
anos. O mercado interno anda devagar, à espera de alguma pouco provável
acomodação nos preços.
O Brasil também exporta trigo. Milhões de toneladas. Todo santo ano.Em 2021, por razões logísticas e econômicas, houve uma exportação recorde de mais de 2 milhões de toneladas de trigo brasileiro. E a exportação prossegue em 2022. Razões de mercado não faltam, e a guerra na Ucrânia ajuda.
Com câmbio favorável e um mercado interno em marcha lenta, a exportação de trigo atingiu volumes nunca vistos. A estimativa de exportação de trigo do
Brasil no período 2021/22 (de agosto a julho) foi revisada de 2,5 para
2,7 milhões de toneladas. De dezembro de 2021 a fevereiro de 2022, os
embarques de trigo somaram cerca de 2 milhões de toneladas, o dobro do
volume de todo o ano passado. Em todo o mundo, a guerra ampliou a
exportação de trigo em 25%.
Isso comprometeu a disponibilidade interna e as margens dos moinhos.
Logo, o Brasil só contará com as importações para atender à demanda
interna, até a nova safra, em setembro. Para o presidente da Associação
Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo),
Rubens Barbosa, o Brasil vive o livre mercado. Isso proporciona
exportações na conjuntura atual e estimula a ampliação do plantio na
nova safra. Em 2022, o Brasil semeará 3,6 milhões de hectares, a maior
área dos últimos 36 anos. Se o clima ajudar e a produtividade média
atingir 3 toneladas por hectare, a produção nacional se aproximará de 10
milhões de toneladas.
O trigo pode seguir o caminho da soja e do milho nas últimas décadas.
Em 20 anos, o Brasil passou de 35 milhões de toneladas de milho por ano
para cerca de 120 milhões. Para a Embrapa Trigo,limitados unicamente ao mercado interno, os triticultores tinham poucos
incentivos. Agora, os preços externos elevados dão sustentação aos
preços internos. A demanda da indústria brasileira é boa e oferece
garantias aos produtores. A Argentina, principal exportador para o
Brasil, está diversificando seus mercados. O Brasil tem boas
oportunidades para ampliar a exportação ao mercado africano.
As regiões tradicionais no Paraná enfrentam dificuldades para
expandir a área de trigo. Os cultivos de inverno ocupam apenas 20% das
áreas cultivadas no verão. Já no Rio Grande do Sul, a área poderá
crescer em até 30% em 2022. A Embrapa, junto com o setor privado, lidera
a expansão de área e o aumento da produtividade do trigo tropical.
Minas Gerais e Goiás expandiram em mais de três vezes a área cultivada
entre 2012 e 2020, e ultrapassaram 100 mil hectares.
Experimentos da Embrapa e parceiros comprovam o potencial de produção detrigo tropical de sequeiro
no Norte e no Nordeste, como em Roraima, Piauí, Maranhão, Alagoas e
Ceará. Algo inimaginável tempos atrás. É a capacidade científica de
adaptar o trigo às condições tropicais, como foi feito para a soja, com
variedades adaptadas até ao clima equatorial. E essa expansão poderá
ocorrer sem implicar novos desmatamentos, em áreas já utilizadas nos
cerrados com a produção de grãos. A Embrapa Territorial identificou 2,7
milhões de hectares com condições favoráveis para a triticultura nos
cerrados brasileiros.
A produtividade do trigo aumenta constantemente. Na década de 1990, a
média era de 1,5 tonelada/hectare (ton/ha). Na de 2000, chegou a 2,5
ton/ha, quase 70% a mais. Hoje, as melhores lavouras já superam 5 ton/ha
nas regiões produtoras. No Cerrado, sob irrigação, com variedades da
Embrapa, como a BRS 264, produtores atingem mais de 9 ton/ha.Paulo
Bonato, de Cristalina (GO), colheu 9,63 ton/ha em 2021, um recorde
mundial de produtividade. O trigo avança, graças às melhores tecnologias
de produção, ao empreendedorismo e à competência dos agricultores.
A conhecida expressão “pão e circo” (panem et circenses) foi usada pelo poeta satírico romano Juvenal (Decimus Iunius Iuvenalis) para
denunciar a distribuição de pão e a organização de jogos pelos
imperadores romanos para desviar a atenção dos cidadãos de outras
preocupações importantes. No circo político atual do Brasil, o pão tem
sido usado para desviar a atenção dos legítimos problemas e de suas
verdadeiras soluções. A falta de trigo derivada da guerra neste momento é
estimada em menos de 1% do cultivo global. E a produção de trigo no
Brasil já é grande e pode avançar mais e rapidamente. Isso é relevante.
Para o presidente da Embrapa, Celso Moretti,
tempos de guerra relembram a importância da segurança nacional, e isso
inclui a segurança alimentar e a necessária autossuficiência brasileira
na produção de trigo. O país deve adotar as políticas e os mecanismos
necessários para expandir a produção tritícola. Não há solução mágica. O
Ministério da Agricultura aprovou um plano da Embrapa Trigo
para expansão da produção da triticultura no Cerrado. Os recursos
previstos de R$ 2,9 milhões fomentarão ações por 36 meses. Os objetivos
são: aumentar a área cultivada em 40% até 2025, de 252.000 hectares, em
2021, para 353.000 hectares; capacitar 70 assistentes técnicos; produzir
1.760 toneladas de sementes no período; apoiar dias de campo, unidades
demonstrativas, lavouras expositivas e visitas técnicas, além de fóruns e
reuniões de pesquisa.
As ações de pesquisa e transferência de tecnologia serão em São
Paulo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, além
do Distrito Federal. Deveriam complementar essas ações, melhorias na
logística, impostos equilibrados e incentivos aos setores envolvidos, da
produção à pós-colheita.
Pão de hoje, carne de ontem e vinho de outro verão fazem o homem são,diz o adágio latino. Carnem hesternam, panem hodiernum, annotina vina, sume libens dicto tempore, sanus eris.
A sanidade alimentar está ao alcance de tratores e mãos dos produtores
brasileiros. Sus! A Embrapa estima ser possível produzir até 22 milhões
de toneladas/ano de trigo no Brasil. Isso triplicará a produção atual e
tornará o país um dos dez maiores exportadores de trigo. Sus! O Brasil
tem tecnologia e produtores preparados. Precisa subir no barco certo. Já
dizia Gil Vicente no Auto da Barca do Inferno: “Companheiro… Sus, sus! Demos à vela!”.
Peemedebista fica 24 horas em presídio e não tem o
cabelo raspado
Preso na quinta-feira por
determinação do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), o
presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani,
teve um dia intenso na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica: — Eu não
posso dizer que foi tudo bem. Não é uma situação agradável. É muito triste. O
sistema carcerário é muito degradante — desabafou Picciani, logo depois de deixar o presídio.
‘"É
um corredor. Não tinha como não encontrar com o ex-governador (Cabral)"’
- Jorge
Picciani - Presidente
da Alerj
Ele ficou
24 horas detido na companhia de seus colegas de parlamento Edson Albertassi e
Paulo Melo. Na sexta-feira, Picciani e os dois parlamentares foram soltos após decisão da Alerj.
Aos 62
anos e há mais de 27 anos na política, o mais poderoso cacique do estado
dividiu a cela com mais cinco presos, conversou com o ex-governador Sérgio
Cabral e experimentou o sabor do cardápio do dia: arroz, macarrão, feijão, uma
porção de proteína (carne, frango ou peixe); salada, fruta ou doce de sobremesa,
além de refresco.
— Eu
nunca tinha sido preso e só quem já foi sabe como é. A prisão não é uma
situação confortável, mas eu fiquei com dignidade. Fui tratado com respeito
pelos funcionários, que foram duros, mas serenos no cumprimento de suas
funções. Me trataram com todo respeito, sem nenhum privilégio — afirmou
Picciani.
O
deputado ficou na mesma galeria onde o ex-governador Sérgio Cabral cumpre pena.
— Eu
encontrei com todo mundo que está preso lá. É um corredor. Não tinha como não
encontrar com o ex-governador. Quando cheguei, as celas já estavam fechadas.
Elas fecham às 18h. Mas, de dia, depois das 8h, os guardas abrem. E todos ficam
no corredor. Todos se encontram. Todos conversam — revelou Picciani, sem
detalhar o que conversou com Cabral.
Picciani
diz ter ouvido muitas reclamações de presos:
— O
sistema carcerário é muito degradante. As pessoas sofrem muito. A Justiça
mantém as pessoas presas e não revisam seus casos.
Picciani,
Paulo Melo e Edson Albertassi integram a cúpula do PMDB no estado e são
investigados pela Operação Cadeia Velha.
— Houve
uma decisão judicial, e eu respeito. Me apresentei imediatamente. Agora, eu não
concordo. São palavras (de delatores) mentirosas — afirmou Picciani.
‘Houve
uma decisão judicial, e eu respeito. Agora, eu não concordo’
- Jorge
Picciani - Presidente
da Alerj
Os três
políticos podem ter sido favorecidos por não terem os cabelos cortados e nem
usaram os uniformes padrão dos presos: o conjunto de camisa verde e calça azul.
As medidas constam dos protocolos de quem ingressa no sistema penitenciário
fluminense. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) afirmou que não
cumpriu a regra porque os três têm prerrogativas por ainda serem deputados
estaduais.
Para o
advogado e professor da PUC Manoel Messias Peixinho, eles deveriam ter sido
submetidos às regras:
— O foro
privilegiado não autoriza que as autoridades administrativas descumpram as
regras.
A afirmação é do advogado do ex-goleiro, Lúcio Adolfo, na entrada da
Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) onde Bruno está
preso, desde 2015, na cidade de Santa Luzia (região metropolitana de
Belo Horizonte). Bruno aguarda o alvará de soltura que deve chegar à
unidade prisional por meio de um oficial de Justiça.
A decisão de Mello é da última terça (21), mas só foi divulgada pelo Supremo na manhã desta sexta-feira (24). "Ele ficou muito emocionado e chorou quando soube da liminar. Agora está calmo e esperando a soltura", afirmou o advogado, ao UOL,
na entrada da Apac. A estimativa de Adolfo é que o ex-goleiro seja
liberado "nas próximas horas" –uma vez que a VEP (Vara de Execuções
Penais) de Santa Luzia precisa ser notificada da decisão do STF para
lavrar o alvará de soltura.
Bruno estava preso desde 2010. Ele
foi condenado em 2013 a 22 anos e 3 meses de prisão, em regime fechado,
por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver contra a
ex-amante, Eliza Samudio, além de sequestro e cárcere privado do filho
que ele teve com Eliza. A decisão de Mello é da última terça (21), mas
só foi divulgada pelo Supremo na manhã desta sexta-feira (24). Na decisão, o ministro do STF advertiu que Bruno não pode se ausentar da
localidade que definir como residência sem autorização do juízo. Também
terá de atender "aos chamamentos judiciais" e "informar eventual
transferência e adotar a postura que se aguarda do cidadão integrado à
sociedade."
O advogado informou que o ex-goleiro ficará em
Minas, mas, por questões de segurança, não especificou onde. Ele também
informou que vai trabalhar para que o ex-goleiro tenha outro julgamento.
Sobre isso, Adolfo argumentou que Luiz Henrique Ferreira Romão, o
Macarrão, foi condenado a uma pena de 12 anos pelo mesmo crime. O
defensor avisou que defenderá a tese do princípio da isonomia para pedir
o mesmo tempo de pena para o cliente.
Para o advogado, o fato
de a acusação apontar que Bruno teria sido o mandante dos crimes --e
Macarrão, o comparsa --não deverá interferir nessa linha de defesa
pretendida. "Eles têm a mesma tipificação de acusação", resumiu. Questionado sobre o que o ex-goleiro vai fazer quando sair a prisão, o
advogado disse que ele tem propostas de times de futebol, além de
"projetos pessoais", que ele não quis adiantar quais são. " Não me sinto
habilitado a falar sobre isso", desconversou, sem revelar, também,
quais times seriam os interessados.
Defesa havia apelado de decisão do Tribunal do Júri
A defesa do ex-goleiro havia apresentado apelação à Justiça após a
decisão do Tribunal do Júri da Comarca de Contagem, que havia
determinado que Bruno cumprisse regime inicial fechado e negado o
direito de ele recorrer em liberdade --ao afirmar que estavam presentes
os requisitos da prisão preventiva, determinada em 4 de agosto de 2010.
Depois de não ser admitido pelo relator, no STJ (Superior Tribunal de
Justiça), o recurso foi apresentado ao STF, onde seria relatado pelo
ministro Teori Zavascki. Com a morte de Teori em acidente aéreo, mês
passado, a apelação foi redistribuída a outro relator, por determinação
da presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia. Com isso, Mello assumiu a
relatoria no último dia 13.
Ao Supremo, os advogados do
ex-goleiro argumentaram que houve "excesso de prazo da constrição
cautelar, uma vez transcorridos mais de 3 anos desde o julgamento, sem
análise da apelação" e definiram que isso se tratava de antecipação de
pena. Eles ainda observaram "as condições pessoais favoráveis do
paciente –primariedade, bons antecedentes, residência fixa e ocupação
lícita" e requereram a revogação da prisão.
Preso tem "bons antecedentes", diz ministro do STF
Na decisão divulgada hoje, Mello ponderou que os fundamentos da
preventiva "não resistem a exame" e definiu que "o clamor social" é
"insuficiente" para respaldá-la. "Inexiste, no arcabouço
normativo, a segregação automática tendo em conta o delito possivelmente
cometido, levando à inversão da ordem do processo-crime, que direciona,
presente o princípio da não culpabilidade, a apurar-se para, selada a
culpa, prender-se, em verdadeira execução da pena. O Juízo, ao negar o
direito de recorrer em liberdade, considerou a gravidade concreta da
imputação. Reiterados são os pronunciamentos do Supremo sobre a
impossibilidade de potencializar-se a infração versada no processo",
escreveu Mello, no despacho datado do último dia 21.
"O clamor
social surge como elemento neutro, insuficiente a respaldar a
preventiva. Por fim, colocou-se em segundo plano o fato de o paciente
ser primário e possuir bons antecedentes. Tem-se a insubsistência das
premissas lançadas. A esta altura, sem culpa formada, o paciente está
preso há 6 anos e 7 meses.Nada, absolutamente nada, justifica tal fato.
A complexidade do processo pode conduzir ao atraso na apreciação da
apelação, mas jamais à projeção, no tempo, de custódia que se tem com a
natureza de provisória", afirmou. O ministro do Supremo ainda
advertiu que Bruno não pode se ausentar da localidade que definir como
residência sem autorização do juízo. Também terá de atender "aos
chamamentos judiciais" e "informar eventual transferência e adotar a
postura que se aguarda do cidadão integrado à sociedade."
Pena havia sido ampliada pelo STJ
Em 2015, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) havia acatado
parcialmente recurso do Ministério Público do Rio de Janeiro e aumentou a
pena aplicada ao ex-goleiro Bruno Fernandes pelo sequestro, lesão
corporal e constrangimento ilegal de Eliza, sua ex-amante.
Ex-braço-direito de Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão,
havia sido condenado apenas pelo cárcere privado. Os crimes, segundo a
denúncia do MP, ocorreram no Rio de Janeiro, em 2009, antes de a
ex-modelo ser morta, já em Minas Gerais, no ano seguinte.
O STJ
havia passado o regime dos dois para o semiaberto e majorou a condenação
de Bruno para dois anos e três meses. Já Macarrão viu sua sentença
aumentar em mais dois meses. Conforme a assessoria do órgão, a decisão
não será somada à condenação que o goleiro e Macarrão cumprem pelo
homicídio de Eliza (22 anos de prisão e 15 anos, respectivamente),
imposta pela Justiça de Minas Gerais, por se tratarem de processos
distintos.