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quarta-feira, 10 de maio de 2023

O “sacrifício” de Lula para salvar os camaradas argentinos - Editorial

Opinião


 
Lula e Fernández discutiram a crise econômica na Argentina por mais de quatro horas durante encontro em Brasília, no início de maio.| Foto: EFE/André Borges

Uma das marcas da “diplomacia ativa e altiva” petista durante a primeira passagem do partido pelo governo federal foi a disposição para enterrar dinheiro brasileiro em camaradagens com parceiros ideológicos, seja os ditatoriais, seja os mais democráticos. Esse papel de “financiador” já fora exercido no passado distante pela União Soviética, e mais recentemente pela Venezuela, antes que o “socialismo do século 21” conseguisse a façanha de afundar na miséria o país que tem as maiores reservas petrolíferas do mundo. Com o retorno de Lula ao Palácio do Planalto, o Brasil volta a ser a mina de ouro da vez mesmo não estando muito bem das pernas, com perspectivas de crescimento baixo, na casa de 1%, mas, como se diz, é o que há para hoje. E, por isso, os companheiros já estão levando o pires a Brasília. [O Poder Legislativo poderia agir com seriedade e em defesa dos interesses do Brasil e criar uma lei proibindo, terminantemente, sob pena de sanções severas, que o governo brasileiro emprestasse a qualquer país, independentemente  da motivação, qualquer valor que não fosse garantido,o principal e seus encargos, por ativos confiáveis e que não pudessem ser desviados pelo país devedor.]

Lula, mentiroso contumaz que é, adora repetir que recebeu o Brasil “quebrado”, tanto de Fernando Henrique Cardoso, em 2003, quanto de Jair Bolsonaro, em 2023. Mas basta olhar indicadores deixados pelos dois ex-presidentes, como inflação e os tão vilipendiados juros, e compará-los com os da Argentina para ver o que é uma quebradeira real, e não uma quebradeira de fake news. 
Nossos vizinhos sofrem com inflação anual acima de 100%, câmbio descontrolado e juros de 91% ao ano, quase sete vezes maiores que a Selic brasileira. 
O caos é tamanho que o presidente Alberto Fernández já adiantou que não tentará a reeleição este ano. 
E foi ele quem visitou Lula no começo desta semana para pedir ajuda. Saiu “sem dinheiro”, comentou o brasileiro, que no entanto fez uma promessa preocupante: vou fazer todo e qualquer sacrifício para que a gente possa ajudar a Argentina nesse momento difícil”.[o presiMENTE brasileiro, deveria ser obrigado a só ser liberado para ajudar aos hermanos, quando colocasse picanha na mesa dos brasileiros.]

    A Argentina só chegou a esse estado porque tratou as contas públicas e a responsabilidade fiscal com muito mais desleixo que qualquer governante brasileiro da era pós-Plano Real

Uma Argentina em frangalhos econômicos é prejudicial ao Brasil, disso não há a menor dúvida. O país é o terceiro maior parceiro comercial brasileiro (descontando-se a União Europeia, que é um bloco de 27 nações): no ano passado, foram US$ 15,3 bilhões em exportações e US$ 13,1 bilhões em importações. 
No entanto, a escassez de moeda estrangeira do outro lado da fronteira começa a prejudicar os exportadores brasileiros; quanto mais a Casa Rosada interfere no mercado de câmbio, mais os dólares somem, indo parar nos colchões ou em contas no exterior, dependendo das possibilidades de cada empresa ou cidadão argentino. 
Há quase 20 cotações oficiais diferentes no limbo entre o dólar “mayorista”, oficial, e o dólar “blue”, paralelo, cada uma para uma situação diferente, como o dólar Malbec, usado para o setor vinícola; o dólar Coldplay, aplicado a empresários do setor de cultura que contratam bandas estrangeiras para tocar na Argentina; ou cotações especiais para atrair turistas estrangeiros.
 
O que as esquerdas brasileira e argentina ignoram, no entanto, é que a Argentina só chegou a esse estado porque tratou as contas públicas e a responsabilidade fiscal com muito mais desleixo que qualquer governante brasileiro da era pós-Plano Real até Dilma Rousseff seria uma fiscalista empedernida perto do que fizeram os últimos governantes argentinos.  
Mesmo o antiesquerdista Maurício Macri errou grosseiramente ao tentar fazer um ajuste gradual quando a situação exigia medidas mais drásticas; fez concessões ao funcionalismo, bastante numeroso, e terminou o mandato tabelando preços como um esquerdista padrão. Ou seja, a Argentina não é simplesmente “um país que só quer crescer, gerar empregos e melhorar a vida do povo”, como disse Lula ao criticar o FMI; é um país governado por terraplanistas econômicos que insistem em gastar o que não têm, não tiveram e não terão, receita que comprovadamente jamais trouxe prosperidade a povo algum.[receita que os estúpidos que estão no Planalto e servem ao apedeuta maior  querem seguir.]

Por isso é tão preocupante que Lula fale em “fazer todo e qualquer sacrifício”. Porque, no fim das contas, o sacrifício não é dele, mas de quem efetivamente vai bancar a camaradagem, os financiamentos e os subsídios, e arcar com o prejuízo de um eventual calote, como os que o Brasil já levou das ditaduras cubana e venezuelana – o contribuinte brasileiro

Este mesmo que, se depender do arcabouço fiscal proposto pelo governo, terá de entregar ainda mais dinheiro para bancar o “piso de gastos” e as metas de resultado primário, e agora, para cumprir a promessa feita por Lula a seu colega argentino, possivelmente acabará também garantindo farras gastadoras além-fronteiras.

Editorial - Gazeta do Povo 

 


quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

CoronaVac foi infectada pelo vírus da incerteza - Blog do Josias

 [A continuar o desacerto entre o laboratório Sinovac e o Instituto Butantan, o Brasil terá que aceitar:

- aplicar a vacina chinesa  e promover, aceitando e apoiando, a desmoralização do Instituto Butantã, instituição que conta com a credibilidade dos brasileiros.]

João Doria e seus operadores político-científicos conseguiram transformar a queda de braço com Jair Bolsonaro num processo de desmoralização do Instituto Butantan e da CoronaVac. O governador paulista e seus prepostos técnicos prometeram para esta quarta-feira (23) a divulgação do índice de eficácia da vacina importada da China. E nada! A montanha pariu uma interrogação: o que está acontecendo com a vacina?

Numa entrevista comandada por Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde de São Paulo, e Dimas Covas, diretor do Butantan, informou-se que a CoronaVac atingiu o "limiar de eficácia". Entretanto, a dupla se recusou a divulgar o percentual de eficiência. Alegou-se que o laboratório Sinovac, fabricante da vacina, pediu 15 dias para reanalisar os dados.

Por quê? Segundo Gorinchteyn, os dados colecionados pelo Butantan são diferentes do índice de eficácia obtido em "outros países em que essa vacina vem sendo usada." O laboratório chinês deseja unificar o número. Nas palavras do secretário de Saúde, "não pode ter uma eficácia aqui, uma lá e outra acolá." Hummm! Dimas Covas ecoou Gorinchteyn: "A Sinovac tem vários estudos clínicos em andamento. Tem dados nossos e de outros locais. É importante que ela faça uma uniformização de dados. Ela não pode analisar dados da mesma vacina com critérios diferentes." Hã, hã.

A principal característica de uma péssima entrevista é o fato de os jornalistas terem que ouvir autoridades durante incontáveis minutos para chegar à conclusão de que elas não tinham nada a dizer. Quando marcou para 25 de janeiro o hipotético início da vacinação em São Paulo, Doria pisou no acelerador. Descobre-se agora que não sabia como parar de correr para, finalmente, ocorrer. O déficit de explicações deixou no ar a seguinte impressão: ao bater no "limiar de eficácia", os estudos do Butantan chegaram a uma taxa acima dos 50% exigidos para a certificação de uma vacina pelas agências sanitárias. 
Mas ficaram longe do patamar obtido por concorrentes como a Pfizer e a Moderna, acima dos 90%. O laboratório Sinovac não gostou. E pediu para rever os números. Do modo como a confusão foi apresentada, ficou entendido que alguém cometeu um erro técnico. Vale a pena repetir o que declarou Gorinchteyn: "Não pode ter uma eficácia aqui, uma lá e outra acolá." Além do Brasil, testam a CoronaVac a Indonésia e a Turquia. Por falta de infectados, não há testes na China. Cabe perguntar: os estudos clínicos do Butantan, fundação centenária na qual os brasileiros confiam, serão subordinados às conclusões dos indonésios e dos turcos? 
O que fazer com aquele lero-lero de que a vacina do Butantan seria a vacina do Brasil?

Quando os estudos clínicos da fase três da CoronaVac começaram, os resultados foram prometidos para 20 de outubro. Atrasou. O governo de São Paulo comprometeu-se a expor os dados em 15 de dezembro, junto com um pedido à Anvisa para o uso emergencial do imunizante. Deu chabu.

A coisa foi empurrada para esta quarta-feira, 23 de dezembro. Atribuiu-se o novo atraso a uma esperteza. Desejava-se requisitar não mais o uso emergencial, mas o registro definitivo da vacina. O atraso era necessário para que a CoronaVac fosse certificada primeiro na agência de vigilância sanitária da China. Era conversa fiada. Em pesquisa divulgada no último dia 12 de dezembro, o Datafolha informou que 73% dos brasileiros desejam se vacinar contra a Covid. Entretanto, 50% dos entrevistados disseram não ter a intenção de tomar a vacina originária da China
O vaivém de São Paulo leva água para o moinho da desconfiança. Doria não deu as caras na entrevista. 
Realizou uma inacreditável viagem para Miami. Coisa do tipo bate-volta. Bateu, se deu conta de que fornecia munição para os adversários, e voltou. Tudo muito primário.
 
 
Blog do Josias - Josias de Souza, jornalista

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Bruno, ex-goleiro do Flamengo, é solto por ordem de ministro do STF; Justiça começa a ser feita; agora é punir com severidade todos os que acusaram Bruno injustamente, começando por aquele delegado que se tornou deputado as custas do Bruno

"Bruno chorou e ficou muito emocionado" ao saber de soltura, diz advogado

O ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes de Souza, 32, "ficou muito emocionado e chorou" ao saber da liminar assinada pelo ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), garantindo a soltura dele.

A afirmação é do advogado do ex-goleiro, Lúcio Adolfo, na entrada da Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) onde Bruno está preso, desde 2015, na cidade de Santa Luzia (região metropolitana de Belo Horizonte). Bruno aguarda o alvará de soltura que deve chegar à unidade prisional por meio de um oficial de Justiça.

A decisão de Mello é da última terça (21), mas só foi divulgada pelo Supremo na manhã desta sexta-feira (24).  "Ele ficou muito emocionado e chorou quando soube da liminar. Agora está calmo e esperando a soltura", afirmou o advogado, ao UOL, na entrada da Apac. A estimativa de Adolfo é que o ex-goleiro seja liberado "nas próximas horas" –uma vez que a VEP (Vara de Execuções Penais) de Santa Luzia precisa ser notificada da decisão do STF para lavrar o alvará de soltura.

Bruno estava preso desde 2010. Ele foi condenado em 2013 a 22 anos e 3 meses de prisão, em regime fechado, por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver contra a ex-amante, Eliza Samudio, além de sequestro e cárcere privado do filho que ele teve com Eliza. A decisão de Mello é da última terça (21), mas só foi divulgada pelo Supremo na manhã desta sexta-feira (24).  Na decisão, o ministro do STF advertiu que Bruno não pode se ausentar da localidade que definir como residência sem autorização do juízo. Também terá de atender "aos chamamentos judiciais" e "informar eventual transferência e adotar a postura que se aguarda do cidadão integrado à sociedade."

O advogado informou que o ex-goleiro ficará em Minas, mas, por questões de segurança, não especificou onde. Ele também informou que vai trabalhar para que o ex-goleiro tenha outro julgamento. Sobre isso, Adolfo argumentou que Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, foi condenado a uma pena de 12 anos pelo mesmo crime. O defensor avisou que defenderá a tese do princípio da isonomia para pedir o mesmo tempo de pena para o cliente.

Para o advogado, o fato de a acusação apontar que Bruno teria sido o mandante dos crimes --e Macarrão, o comparsa --não deverá interferir nessa linha de defesa pretendida. "Eles têm a mesma tipificação de acusação", resumiu.  Questionado sobre o que o ex-goleiro vai fazer quando sair a prisão, o advogado disse que ele tem propostas de times de futebol, além de "projetos pessoais", que ele não quis adiantar quais são. " Não me sinto habilitado a falar sobre isso", desconversou, sem revelar, também, quais times seriam os interessados.

Defesa havia apelado de decisão do Tribunal do Júri

A defesa do ex-goleiro havia apresentado apelação à Justiça após a decisão do Tribunal do Júri da Comarca de Contagem, que havia determinado que Bruno cumprisse regime inicial fechado e negado o direito de ele recorrer em liberdade --ao afirmar que estavam presentes os requisitos da prisão preventiva, determinada em 4 de agosto de 2010.

Depois de não ser admitido pelo relator, no STJ (Superior Tribunal de Justiça), o recurso foi apresentado ao STF, onde seria relatado pelo ministro Teori Zavascki. Com a morte de Teori em acidente aéreo, mês passado, a apelação foi redistribuída a outro relator, por determinação da presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia. Com isso, Mello assumiu a relatoria no último dia 13.

Ao Supremo, os advogados do ex-goleiro argumentaram que houve "excesso de prazo da constrição cautelar, uma vez transcorridos mais de 3 anos desde o julgamento, sem análise da apelação" e definiram que isso se tratava de antecipação de pena. Eles ainda observaram "as condições pessoais favoráveis do paciente –primariedade, bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita" e requereram a revogação da prisão.

Preso tem "bons antecedentes", diz ministro do STF

Na decisão divulgada hoje, Mello ponderou que os fundamentos da preventiva "não resistem a exame" e definiu que "o clamor social" é "insuficiente" para respaldá-la.  "Inexiste, no arcabouço normativo, a segregação automática tendo em conta o delito possivelmente cometido, levando à inversão da ordem do processo-crime, que direciona, presente o princípio da não culpabilidade, a apurar-se para, selada a culpa, prender-se, em verdadeira execução da pena. O Juízo, ao negar o direito de recorrer em liberdade, considerou a gravidade concreta da imputação. Reiterados são os pronunciamentos do Supremo sobre a impossibilidade de potencializar-se a infração versada no processo", escreveu Mello, no despacho datado do último dia 21.

"O clamor social surge como elemento neutro, insuficiente a respaldar a preventiva. Por fim, colocou-se em segundo plano o fato de o paciente ser primário e possuir bons antecedentes. Tem-se a insubsistência das premissas lançadas. A esta altura, sem culpa formada, o paciente está preso há 6 anos e 7 meses. Nada, absolutamente nada, justifica tal fato. A complexidade do processo pode conduzir ao atraso na apreciação da apelação, mas jamais à projeção, no tempo, de custódia que se tem com a natureza de provisória", afirmou. 
O ministro do Supremo ainda advertiu que Bruno não pode se ausentar da localidade que definir como residência sem autorização do juízo. Também terá de atender "aos chamamentos judiciais" e "informar eventual transferência e adotar a postura que se aguarda do cidadão integrado à sociedade."

Pena havia sido ampliada pelo STJ

Em 2015, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) havia acatado parcialmente recurso do Ministério Público do Rio de Janeiro e aumentou a pena aplicada ao ex-goleiro Bruno Fernandes pelo sequestro, lesão corporal e constrangimento ilegal de Eliza, sua ex-amante.
Ex-braço-direito de Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, havia sido condenado apenas pelo cárcere privado. Os crimes, segundo a denúncia do MP, ocorreram no Rio de Janeiro, em 2009, antes de a ex-modelo ser morta, já em Minas Gerais, no ano seguinte.

O STJ havia passado o regime dos dois para o semiaberto e majorou a condenação de Bruno para dois anos e três meses. Já Macarrão viu sua sentença aumentar em mais dois meses. Conforme a assessoria do órgão, a decisão não será somada à condenação que o goleiro e Macarrão cumprem pelo homicídio de Eliza (22 anos de prisão e 15 anos, respectivamente), imposta pela Justiça de Minas Gerais, por se tratarem de processos distintos.

 Fonte: UOL/Notícias