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sábado, 8 de setembro de 2018

A pedido de Temer, escolta a serviço de candidatos aumentará

Dos 80 policiais designados para escoltar os presidenciáveis, 21 estavam com Jair Bolsonaro devido à elevada probabilidade de ataque. A pedido de Michel Temer, o contingente a serviço dos postulantes ao Planalto aumentará para 144 agentes

O ataque sofrido pelo presidenciável Jair Bolsonaro, do PSL, na quinta-feira, foi lamentado pela Polícia Federal, mas não encarado como uma completa surpresa. Ele é um dos cinco candidatos que tinham solicitado proteção pessoal à PF e o que tinha conseguido o maior número de agentes. Dos 80 policiais designados para a segurança dos postulantes ao Planalto na campanha deste ano, 21 estavam com o capitão reformado do Exército, o que sinaliza uma avaliação de que ele corria mais riscos do que outros, disse ontem o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.

Depois do atentado, a pedido do presidente Michel Temer, o contingente total a serviço dos candidatos deve aumentar para 144 policiais. Segundo a corporação, o reforço já está sendo feito, e os agentes, recrutados. Atualmente, 59 policiais federais fazem a segurança dos candidatos Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT), Alvaro Dias (Podemos) e Marina Silva (Rede). Os agentes designados para essa atividade fazem parte do Serviço de Segurança de Dignitários (SSD), o mesmo usado para chefes de Estado que vêm ao Brasil.

A concessão de agentes para a segurança de presidenciáveis é feita com base em análises dos riscos que cada postulante encara. Segundo a PF, a avaliação leva em conta uma série de fatores, como as atividades principais da campanha de cada um e os locais aos quais costumam ir. Varia também de acordo com o reduto eleitoral e se ele viaja mais ou menos.  No total, levando em conta as escalas, foram designados, inicialmente, pelo menos seis agentes para cada presidenciável. O número exato não é divulgado pela PF por uma questão de segurança. No caso de Bolsonaro, o total foi de 21, já considerada a variação de acordo com os turnos. “Eles já foram recrutados imaginando que nem todos estarão disponíveis o tempo todo, devido à escala”, explicou um agente da PF.

Cada caso, um caso
Segundo a corporação, o contingente de policiais escalados para cada ocasião varia conforme o tipo de evento e do local, por exemplo. Se for um jantar em um shopping, vai menos. Se for para uma passeata no centro da cidade ou na praia, vai mais. Em eventos públicos, Bolsonaro costuma ser acompanhado por pelo menos sete policiais. 
Geralmente, a segurança da PF usa a chamada “posição de diamante”, cercando o candidato a partir de pontos específicos. Um dos policiais fica responsável pela área de inteligência, observando o movimento. Além disso, antes de todos os eventos, a polícia faz uma visita ao local. Os candidatos sempre são avisados de que, ao sair com multidão, a PF não garante a segurança. “É um risco deles”, explicou um agente.

O lugar em que Bolsonaro foi atacado, aberto e com grande proximidade de pessoas, está na lista dos mais prováveis de resultar em algum tipo de agressão — alerta feito ao presidenciável. Por isso, foram 13 policiais com ele na ocasião, número considerado adequado pelo Ministério da Segurança Pública. Além deles, 50 policiais militares trabalhavam para garantir a integridade do capitão do Exército no local.  “Candidato é um bicho difícil, porque ele procura ter contato. Quem lida com segurança sabe que isso faz parte do jogo. O problema é quando você vai para uma situação de risco reiterada sobre a qual a segurança diz: ‘Olha, não dá para fazer segurança nessas condições’. Foi chamada a atenção dele (Bolsonaro) e de outros candidatos”, explicou Jungmann, após o desfile de 7 de Setembro, em Brasília.

“Candidato é um bicho difícil, porque ele procura ter contato. Quem lida com segurança sabe que isso faz parte do jogo”
Raul Jungmann, ministro da Segurança Pública

Correio Braziliense

 

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