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segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Ponto de inflexão: Congresso precisa reagir a escárnio de Dino - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo - VOZES   

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, comparece à Câmara para prestar informações à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, nesta quarta-feira, após duas ausências em convocações para prestar depoimento à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

Parlamentares da oposição se mostraram indignados após o ministro ter justificado a ausência desta terça com a alegação de uma suposta "falta de segurança" de ir ao colegiado. 
 Em ofício encaminhado ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), Dino justificou a falta às ameaças feitas por parlamentares do colegiado que, segundo ele, representam "grave ameaça" à sua integridade física.
 
O ministro que consegue frequentar favelas dominadas pelo crime organizado sem qualquer escolta alegou falta de segurança para pisar no Congresso, a Casa do Povo. 
Eis o nível de deboche a que chega o ministro comunista. 
Mas se essa postura de puro escárnio passar impune, estaremos diante de um perigoso ponto de inflexão.

Ludmila Lins Grilo, a juíza perseguida pelo sistema, comentou: "Guardadas as devidas proporções, eventual inércia do Legislativo federal ante o comportamento de Flávio Dino poderá ter o mesmo efeito da inércia do ex-presidente quando foi impedido pelo STF de nomear o delegado Ramagem. Nas duas situações, é o ponto de não retorno: se deixar por isso mesmo, o respectivo Poder não recupera nunca mais a pouca autoridade que tinha". [indiscutível que o Governo do capitão Bolsonaro começou a se esfarelar, acabar, quando naquele fatídico dia não deu um murro na mesa, ação com a qual mostraria quem realmente mandava.] 

Ela está certa. Há momentos decisivos em que a inação é um convite a mais ação nefasta do outro lado. Muitas vezes escolhemos o caminho "pacifista" de evitar conflitos necessários, mas isso é visto como um convite a novos ataques por parte do adversário. Ganhar tempo não é uma opção.
A afronta precisa ser retaliada, ou o inimigo vai testando mais e mais os limites, pois por onde passa um boi, passa uma boiada. Isso é "diplomacia" básica, que só funciona com "sticks & carrots". Infelizmente tem muita gente que, para evitar todo tipo de confronto, tenta comprar sua falsa paz temporária com mais e mais "cenouras". 
O resultado é o avanço do inimigo, como aprendeu a turma democrata com seus acordos com Irã, que financia os terroristas do Hamas.
 
Flavio Dino desrespeitou o povo brasileiro ao ignorar a convocação do Congresso, e o fez com pitadas fortes de escárnio
O comunista sabe que está acima das leis e não liga para a democracia, pois o PT deve ter expectativas de avançar com seu projeto de venezuelização do Brasil, para adotar logo uma "democracia relativa" que descarta o povo.
 
É por isso mesmo que o Congresso deve se unir e reagir, pedindo a cabeça de Dino, exigindo uma punição exemplar.  
Se nada acontecer, não só Dino, mas todos os comunistas vão ler essa covardia parlamentar como um sinal verde para seu projeto totalitário de poder. Ou a democracia enquadra o comunista, ou será tarde demais para se falar em democracia. 
Dino tem que cair! [Dino pode se considerar no chão, derrubado;  a dúvida é se continuará igual a um zumbi até o próximo carnaval ou cai antes do Natal.]


Rodrigo Constantino,
colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


domingo, 19 de março de 2023

Flávio Dino explica o que foi fazer na Maré

Ministro da Justiça entrou na favela sem escolta 

 O ministro da Justiça, Flávio Dino, durante cerimônia de lançamento de um programa de entrega de viaturas para Delegacias Especiais da Mulher e para Patrulhas Maria da Penha - 15/03/2023 | Foto: Ton Molina/Estadão Conteúdo

O ministro da Justiça, Flávio Dino, publicou uma foto em resposta às perguntas sobre o motivo de ter ido visitar o Complexo da Maré, na capital fluminense. O socialista sequer usou escolta para entrar no local dominado pelo tráfico.

Na imagem, Flávio Dino aparece rodeado de ativistas. “Soube que representantes da extrema-direita (sic) reiteraram seu ódio a lugares onde moram os mais pobres”, disse o ministro.. “Essa gente sem decoro não vai me impedir de ouvir a voz de quem mais precisa do Estado. Não tenho medo de gritos de milicianos nem de milicianinhos.”

Considerada uma das mais perigosas áreas do Brasil, a região é dominada pelo crime organizado. Uma pesquisa realizada pela ONG local Redes Maré, entre 2018 e 2020, mostra que 63% dos moradores temem ser alvejado por balas na região.

A falta de escoltas durante a visita do ministro chamou a atenção do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). “Vamos convocá-lo na Comissão de Segurança Pública para explicar o nível de envolvimento dele e seu chefe, Lula, com o crime organizado carioca”, declarou, por meio do Twitter.

No complexo, moram cerca de 140 mil habitantes, distribuídos em 16 localidades. Flávio Dino esteve na Favela Nova Holanda, para o lançamento do boletim “Direito à segurança pública na Maré”, publicado anualmente pela ONG local. O evento contou com o apoio da Open Society, do bilionário George Soros.

Leia também: “Um comunista no Ministério da Justiça”, artigo de Silvio Navarro publicado na Edição 145 da Revista Oeste


segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

PRFs se queixam de não poder tomar água em escolta de Lula = já recebem auxílio-alimentação

Agentes escoltaram a comitiva presidencial em Roraima 

Os agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que escoltaram o presidente Lula em Roraima, no sábado 21, reclamaram da suposta “ordem” da Presidência da República que proibia servir água aos policiais.

Segundo os agentes ouvidos pelo portal Metrópoles, em reportagem publicada no domingo 22, a justificativa da Presidência era que a categoria já recebe auxílio-alimentação para isso. Interlocutores dos assessores da Presidência negam essa proibição.

A relação entre Lula e a PRF parece longe de uma “trégua”. O dia a dia com o novo governo segue tenso, e a reclamação endossa as desconfianças de ambos os lados. As queixas começaram desde as exonerações de todos os superintendentes e a extinção das coordenadorias regionais. Lula viajou para Roraima para visitar indígenas ianomâmis. Ele estava acompanhado de sete ministros, entre eles, a da Saúde, Nísia Trindade, e Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas.

Em visita à Casa de Saúde, Lula classificou como desumana a situação vivida pelos indígenas em Roraima. “Se alguém me contasse que em Roraima tinham pessoas sendo tratadas dessa forma desumana, como vi o povo ianomâmi aqui, eu não acreditaria”, disse ele. “O que vi me abalou. Vim aqui para dizer que vamos tratar nossos indígenas como seres humanos.”

Problema antigo
A desnutrição de indígenas não é novidade
. Nos governos petistas, 419 crianças morreram no Brasil pela doença, entre 2008 e 2014
O número representa 55% de todas as mortes por desnutrição infantil registradas no país, no período. As informações são do levantamento da Secretaria Especial de Saúde Indígena, órgão do Ministério da Saúde.

Em 2008, Lula estava no segundo mandato, e, em 2014, Dilma Rousseff terminava o primeiro.

Em reportagem publicada pelo site Terras Indígenas, em 2014, o professor Douglas Rodrigues, da Universidade Federal de São Paulo, disse que esses óbitos poderiam ser evitados com ações básicas de saúde nas aldeias, para que casos de crianças com baixo peso sejam detectados e tratados rapidamente.

LEIA TAMBÉM: Fome e esquerda andam juntas - Guilherme Baumhardt

Redação - Revista Oeste


domingo, 18 de setembro de 2022

Corporativismo midiático - Revista Oeste

 Rodrigo Constantino

Os jornalistas dos principais veículos de comunicação criaram uma espécie de clubinho, de patota onde ninguém solta a mão de ningué

Foto: Shutterstock

 Foto: Shutterstock 

Não tenho a pretensão de ser um ombudsman da imprensa, mas muito antes de virar um comentarista político eu já era bastante crítico a duas posturas que me incomodam muito na maioria dos jornalistas: o viés ideológico mascarado de imparcialidade e o excessivo corporativismo. É verdade que esse “espírito de corpo” não é exclusividade da imprensa e existe em várias áreas, mas nunca vi nada igual nesse setor.

Os jornalistas dos principais veículos de comunicação criaram uma espécie de clubinho, de patota, de tribo onde ninguém solta a mão de ninguém. Uma vez parte desse clubinho, você será protegido pelos colegas, estará blindado de críticas, até mesmo quando confundir coisas óbvias, como aquilo que está escrito em nossa bandeira nacional. 
Você vai receber prêmios que são enaltecidos apenas pelo próprio clubinho, terá afagos constantes no ego, trocando elogios mútuos com seus pares.
 
O personagem de humor mais famoso das redes sociais, Joaquim Teixeira, resumiu bem: “Para quem não gosta de responsabilidades, eu indico o jornalismo: você pode falar o que quiser e quando é questionado sobre algo é só alegar que foi agredido”
Ele se referia ao novo ato de vitimização da jornalista Vera Magalhães, que mentiu dizendo que foi agredida pelo deputado Douglas Garcia, alegando que precisou até de escolta para sair do local onde estavam.
 
As imagens mostram fatos bem distintos: o deputado pode ter sido inconveniente ao cobrar explicações da jornalista naquele momento e daquela forma, mas jamais a atacou. 
Já Vera apertou o queixo do deputado, que é negro e gay, e chamou seguranças. 
Um colega seu da TV Cultura, Leão Serva, arrancou o telefone da mão do deputado e o arremessou longe, xingando-o de F.D.P. e o mandando para a P.Q.P. Quem foi agressor no caso?
Podemos trocar de personagens num cenário hipotético para deixar mais claro o absurdo. Vamos imaginar que um parlamentar do Psol resolve questionar um “blogueiro bolsonarista” sobre seus ganhos públicos.  
Um colega blogueiro arranca seu celular e o arremessa longe, xingando-o e mandando-o para aquele lugar. O parlamentar é negro e gay. 
Qual a reação da velha imprensa? Sabemos a resposta a essa pergunta retórica: seria uma histeria sem tamanho contra os jornalistas, não contra o deputado!
 
Não obstante, todo o clubinho midiático embarcou na narrativa de que Vera Magalhães foi agredida, e o ministro Alexandre de Moraes, o imperador onipresente, chegou a determinar que a “ofensa” do deputado fosse analisada pela procuradoria eleitoral de São Paulo. 
O sistema tucanopetista se protege, não é mesmo?  
Eu adoraria que alguém me explicasse onde consta a ofensa ou o ataque na simples opinião pessoal de que determinado jornalista representa uma vergonha para o jornalismo nacional…

Eis a triste verdade: esse clubinho corporativista de jornalistas se acha acima do bem e do mal, pois exala empáfia e arrogância com sua visão de que são missionários numa cruzada moral, guias que devem apontar o rumo para o progresso a uma horda de ignorantes e bárbaros — sua própria audiência, formada por um monte de Homer Simpsons, segundo eles. Esses jornalistas jamais aceitariam ser cobrados na mesma moeda em que cobram os outros

Eles não entenderam que a bolha estourou com as redes sociais. Ou entenderam, e por isso mesmo fazem de tudo para censurá-las.

O antibolsonarismo histérico, seja por viés ideológico ou por corrupção, tem sido a cola que une essa patota corporativista. É assim que uma simples opinião vira “ataque”

Quando há o Congresso em Foco, uma eleição dos melhores parlamentares escolhidos por jornalistas, invariavelmente temos a turma da esquerda radical como preferida. Uma reportagem de Bruna Komarchesqui na Gazeta do Povo mostrou estudo que aponta o viés: “Em sua edição mais recente, uma das maiores pesquisas feitas com jornalistas brasileiros mostra que a maioria esmagadora (81%) dos que responderam sobre convicções políticas se declarara de esquerda (52,8%) ou centro-esquerda (29%). Por outro lado, apenas 4% dos jornalistas disseram ter posicionamento mais à direita (sendo 1,4% de direita e 2,5% de centro-direita). Até mesmo os que se identificam como extrema esquerda (2%) superam os que os que se dizem de direita”.

Mas, se você aponta o óbvio, o viés esquerdista da patota, você é recebido com pedras. Eles precisam manter as aparências, afinal, o ideal de isenção e imparcialidade aprendido na faculdade de jornalismo. Eles são JOR-NA-LIS-TAS, não esquerdistas ou militantes. Não importa que todos possam perceber o duplo padrão escancarado de quando entrevistam um petista ou um bolsonarista. Nossa mídia virou partido de oposição, os entrevistadores se acham debatedores quando o “alvo” é de direita, e, quando são cobrados da mesma forma com que cobram os políticos, bancam a vítima e alegam que foram “atacados”.

Não custa lembrar que são os mesmos que dizem que os atos patrióticos pacíficos e ordeiros do 7 de Setembro representam “ataques” às instituições democráticas. Estão todos unidos num esforço conjunto para derrubar Bolsonaro, mesmo que para tanto seja preciso trazer o ladrão de volta à cena do crime. 

São “jornalistas” que não se importam quando jornalistas, tratados como “blogueiros bolsonaristas”, são presos pelo arbítrio supremo. São “jornalistas” que pregam a censura a veículos de comunicação independentes e plurais, como a Jovem Pan — que possui mais petistas em seu quadro de comentaristas do que qualquer concorrente possui de conservadores.

A mais nova investida do clubinho foi justamente contra a emissora de rádio que virou TV e faz enorme sucesso por romper com essa “omertà” mafiosa, a espiral de silêncio imposta pelo clubinho. Guilherme Fiuza comentou: “A resistência democrática encontrou seu plano genial: capar a audiência dos Pingos nos Is na internet. Bravo! A censura é a alma da democracia. Ainda assim, considerem a possibilidade de um dia sair do armário. Vocês vão ver como é bonita a vista aqui fora”. Fiuza passou a chamar essa mídia corrompida de “consórcio”, e lamenta profundamente no que se transformou a velha imprensa. Resta a ironia mesmo: “Sobe para 99,9% o índice de jornalistas em transe dispostos a tudo para eleger um ladrão”.

A militância é tão bizarra que esses jornalistas precisam apagar o passado recente. Bolsonaro passou a representar a maior ameaça à liberdade de imprensa, sendo que não moveu uma palha contra o trabalho da mídia, enquanto Lula fala abertamente em controlar a imprensa e, quando esteve no poder, criou o famoso “PIG”, Partido da Imprensa Golpista. Sua tática consistia em ataques machistas e blogs “chapas-brancas” para radicalizar os ataques à imprensa independente.

O antibolsonarismo histérico, seja por viés ideológico ou por corrupção, tem sido a cola que une essa patota corporativista. É assim que uma simples opinião vira “ataque”, enquanto os constantes ataques contra o presidente viram mera opinião — ou pior, “reportagem”. Mas todos fora da bolha notam, e por isso a credibilidade da velha imprensa só faz desabar. Dentro da bolha, porém, ninguém larga a mão de ninguém, e um fica bajulando o outro. É constrangedor…

 Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste

 

sábado, 27 de agosto de 2022

Medo, medo terrível, é o castigo dos tiranos. - Percival Puggina

Sempre me chamaram a atenção os traços comuns que assinalam a vida dos tiranos através da história. Todos se veem titulares de uma tarefa indelegável e impostergável no seu tempo e todos transformam essa missão em fonte de um Direito que se sobrepõe às normas e ritos.

Fidel Castro foi o tirano sobre quem mais detidamente pesquisei. Tinha um sósia baixinho, Silvino Álvarez, usado em veículos, que funcionava como alvo de plantão. Embora a residência conhecida como Ponto Zero fosse sua moradia oficial, frequentemente trocava de “sede”. Fazia-se acompanhar de uma escolta de 14 guarda-costas dispostos em quatro viaturas, sendo incógnita e errática a posição daquela em que transitava. Preservou o irmão Raúl, mas se livrou de todos os comandantes que por popularidade poderiam ameaçar sua posição: Che Guevara, Camilo Cienfuegos, Huber Matos. E assim foi fazendo ao longo das décadas.

Lênin era muito mais rigoroso. O terror que impôs tornou público o espaço privado, invadia residências, espionava fábricas e eliminava qualquer risco de divergência impondo-se sobre todos
Amotinados, grevistas, críticos eram enviados em balsas com pedras no pescoço e jogados no rio Volga, aos milhares. 
Nos anos de Stalin, tudo piorou porque o georgiano era paranoico, como foram Mussolini, Hitler, Mao, Saddam (cujo sósia cumpria agendas e circulava mais do que ele em ambiente público) e muitos outros.

É comum que tiranos sejam narcisistas. Têm-se em altíssima conta, sendo dessa vistosa autoimagem que seu poder toma vulto e transborda. Na outra ponta do mesmo circuito, porém, aparece o medo. Tiranos assombram-se com fantasmas da própria mente e criam seus bichos-papões. Por medo deles, largam pelo caminho o autocontrole, o senso de medida e de ridículo. Até a vida privada de alguns velhinhos lhes parece ameaçadora.

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Juíza Carolina Lebbos nega ida de Lula ao velório do irmão Vavá.

Quer evitar arruaça dos quadrilheiros da organização criminosa, como advertiram a PF e a Lava Jato 


A juíza da Vara de Execuções Penais de Curitiba, Carolina Lebbos, rejeitou pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a ser liberado para comparecer ao velório de seu irmão, Genival Inácio da Silva, o Vavá, falecido nesta terça, 29. A magistrada acolheu manifestação do Ministério Público Federal e seguiu ofício da Polícia Federal, que havia negado, em decisão administrativa o comparecimento do petista ao enterro.  “A ordem jurídica é, por sua natureza, sistêmica. Os direitos, nessa perspectiva, encontram limitações recíprocas. E, por vezes, a mitigação de alguns dos aspectos de determinado interesse legitimamente tutelado é justificada pela necessidade de conferir prevalência a outros que, na situação concreta, revelam-se preponderantes”, anotou a juíza.

“Este Juízo não é insensível à natureza do pedido formulado pela defesa. Todavia, ponderando-se os interesses envolvidos no quadro apresentado, a par da concreta impossibilidade logística de proceder-se ao deslocamento, impõe-se a preservação da segurança pública e da integridade física do próprio preso”, concluiu.  O petista cumpre pena após condenação a 12 anos e um mês pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso triplex, denunciado no âmbito da Operação Lava Jato.

Inicialmente, às 15h50, os advogados de Lula apresentaram um primeiro pedido à Vara de Execuções Penais. A juíza então intimou o Ministério Público Federal para que se manifestasse. Mais tarde, às 18h14, a defesa reiterou o pedido e requereu que a magistrada decidisse mesmo sem o parecer do Ministério Público Federal, que ainda não havia sido apresentado.

Às 19h43, o procurador da República da 4ª Região, Januário Paludo, pediu que fosse apresentado relatório sobre a viabilidade do transporte e da escolta de Lula ao velório do irmão. A juíza então oficiou a PF para que apresentasse ainda nesta terça, 29, sua análise sobre o pedido do petista.   Em ofício encaminhado às 21h50, a Polícia Federal, então, entregou à juíza decisão administrativa em que rejeitou o pedido do ex-presidente. No documento, a PF viu risco de fuga, regate ou até mesmo de manifestações de populares que pudessem ferir a integridade do petista e de outros presentes no velório.

O superintendente da Polícia Federal do Paraná, Luciano Flores de Lima ainda ressaltou que ‘no momento os helicópteros que não estão em manutenção estão sendo utilizados para apoio aos resgates das vítimas de Brumadinho’.  O Ministério Público Federal, então, se manifestou, às 22h26 contra o pedido da defesa de Lula. Após o parecer, a juíza decidiu indeferir a ida do petista ao velório de seu irmão.

Em 1980, Lula, preso por agentes do extinto Departamento de Ordem Política e Social (Dops), sob a acusação de violação da Lei de Segurança Nacional na greve dos metalúrgicos no ABC Paulista. Ele ficou 32 dias preso nas dependências do Dops, no centro de São Paulo.  Quando Lula ainda estava preso, morreu sua mãe, Eurídice Ferreira de Mello, a dona Lindu, aos 65 anos de idade. Na ocasião, a Justiça Militar autorizou o então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema a ir ao enterro de dona Lindu.

Antes mesmo da decisão, o ex-presidente já havia impetrado ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região um pedido de habeas corpus, que caiu com o relator da Lava Jato na Corte, João Pedro Gebran Neto.  O magistrado está em férias. Neste caso, o pedido seria julgado por um juiz substituto. O pedido, no entanto, foi encaminhado ao desembargador de plantão, Leandro Paulsen.  No pedido, a defesa alega que o presidente passa por ‘constrangimento ilegal’. “Ora, diante de um direito cristalino do Paciente, o Estado, por meio de suas autoridades, não pode procrastinar ou inviabilizar o seu exercício”.  No habeas, a defesa requer que seja providenciado o ‘imediato traslado’ de Lula ao enterro de seu irmão, em São Paulo.

O desembargador em plantão, no entanto, deixou de analisar o pedido da defesa. Paulsen diz que habeas foi ‘prematuro’ e afirmou que poderá voltar a analisá-lo após decisão da juíza de Execuções Penais de Curitiba.
Após o indeferimento do pedido pela magistrada, o desembargador ainda não voltou a se manifestar nos autos. [ATUALIZANDO: por volta das 5h da manhã o TRF-4 se manifestou mantendo a decisão da juíza Lebbos, negando o pedido.] 


 O Estado de São Paulo


sábado, 8 de setembro de 2018

A pedido de Temer, escolta a serviço de candidatos aumentará

Dos 80 policiais designados para escoltar os presidenciáveis, 21 estavam com Jair Bolsonaro devido à elevada probabilidade de ataque. A pedido de Michel Temer, o contingente a serviço dos postulantes ao Planalto aumentará para 144 agentes

O ataque sofrido pelo presidenciável Jair Bolsonaro, do PSL, na quinta-feira, foi lamentado pela Polícia Federal, mas não encarado como uma completa surpresa. Ele é um dos cinco candidatos que tinham solicitado proteção pessoal à PF e o que tinha conseguido o maior número de agentes. Dos 80 policiais designados para a segurança dos postulantes ao Planalto na campanha deste ano, 21 estavam com o capitão reformado do Exército, o que sinaliza uma avaliação de que ele corria mais riscos do que outros, disse ontem o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.

Depois do atentado, a pedido do presidente Michel Temer, o contingente total a serviço dos candidatos deve aumentar para 144 policiais. Segundo a corporação, o reforço já está sendo feito, e os agentes, recrutados. Atualmente, 59 policiais federais fazem a segurança dos candidatos Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT), Alvaro Dias (Podemos) e Marina Silva (Rede). Os agentes designados para essa atividade fazem parte do Serviço de Segurança de Dignitários (SSD), o mesmo usado para chefes de Estado que vêm ao Brasil.

A concessão de agentes para a segurança de presidenciáveis é feita com base em análises dos riscos que cada postulante encara. Segundo a PF, a avaliação leva em conta uma série de fatores, como as atividades principais da campanha de cada um e os locais aos quais costumam ir. Varia também de acordo com o reduto eleitoral e se ele viaja mais ou menos.  No total, levando em conta as escalas, foram designados, inicialmente, pelo menos seis agentes para cada presidenciável. O número exato não é divulgado pela PF por uma questão de segurança. No caso de Bolsonaro, o total foi de 21, já considerada a variação de acordo com os turnos. “Eles já foram recrutados imaginando que nem todos estarão disponíveis o tempo todo, devido à escala”, explicou um agente da PF.

Cada caso, um caso
Segundo a corporação, o contingente de policiais escalados para cada ocasião varia conforme o tipo de evento e do local, por exemplo. Se for um jantar em um shopping, vai menos. Se for para uma passeata no centro da cidade ou na praia, vai mais. Em eventos públicos, Bolsonaro costuma ser acompanhado por pelo menos sete policiais. 
Geralmente, a segurança da PF usa a chamada “posição de diamante”, cercando o candidato a partir de pontos específicos. Um dos policiais fica responsável pela área de inteligência, observando o movimento. Além disso, antes de todos os eventos, a polícia faz uma visita ao local. Os candidatos sempre são avisados de que, ao sair com multidão, a PF não garante a segurança. “É um risco deles”, explicou um agente.

O lugar em que Bolsonaro foi atacado, aberto e com grande proximidade de pessoas, está na lista dos mais prováveis de resultar em algum tipo de agressão — alerta feito ao presidenciável. Por isso, foram 13 policiais com ele na ocasião, número considerado adequado pelo Ministério da Segurança Pública. Além deles, 50 policiais militares trabalhavam para garantir a integridade do capitão do Exército no local.  “Candidato é um bicho difícil, porque ele procura ter contato. Quem lida com segurança sabe que isso faz parte do jogo. O problema é quando você vai para uma situação de risco reiterada sobre a qual a segurança diz: ‘Olha, não dá para fazer segurança nessas condições’. Foi chamada a atenção dele (Bolsonaro) e de outros candidatos”, explicou Jungmann, após o desfile de 7 de Setembro, em Brasília.

“Candidato é um bicho difícil, porque ele procura ter contato. Quem lida com segurança sabe que isso faz parte do jogo”
Raul Jungmann, ministro da Segurança Pública

Correio Braziliense

 

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Polícia Federal é intimada a explicar os motivos pelos quais algemou pés e mãos de Cabral



Moro intima PF a explicar uso de algemas em pés e mãos de Cabral

Juiz orientou que polícia observe norma que restringe algemas em "casos de maior necessidade" 



O Juiz Sergio Moro intimou a Polícia Federal, nesta segunda-feira, a esclarecer os motivos de ter utilizado algemas nos pés e nas mãos do ex-governador Sérgio Cabral, durante a transferência do Rio para o Complexo Médico Penal do Paraná, onde ficam os presos da Lava-Jato. Moro recomendou que a escolta seja orientada a observar a Súmula vinculante 11 do Supremo Tribunal Federal (STF). O texto determina que as algemas sejam usadas em casos de risco de fuga e de perigo à integridade do preso ou de terceiros.

Também nesta segunda-feira, a 7ª Vara Federal Criminal do Rio, cujo responsável é o juiz Marcelo Bretas, enviou ofício à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Federal (MPF) para apurar se houve eventual excesso ou irregularidades no uso de algemas em Cabral.

A transferência foi determinada na última quinta-feira, a pedido do Ministério Público Federal, depois que foram constatadas regalias a Cabral dentro do sistema prisional do Rio.  "Cabe à escolta policial avaliar os riscos e decidir sobre os melhores procedimentos de segurança para a condução de presos. Não raramente rege a decisão o princípio da precaução, com o que, compreensivelmente, prefere-se exagerar nas cautelas do que incorrer em riscos desnecessários", escreveu Moro, acrescentando que a Justiça deve evitar interferências excessivas na decisão, que cabe aos agentes da escolta. [evitar interferências excessivas não significa deixar correr solto, aceitar que fique  tudo ao arbítrio dos membros da escolta.]

O Globo