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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Wesley Batista: ‘Delatores fizeram Brasil se olhar no espelho’

O sócio da JBS Wesley Batista disse nesta quarta-feira, 8, que colaboradores da Justiça brasileira estão sendo “punidos e perseguidos” por dizer a verdade. Detido há quase dois meses por suposta prática do crime de insider trading – uso de informação privilegiada para lucrar no mercado financeiro -, Wesley afirmou que as delações premiadas fizeram o País se “olhar no espelho”. O resultado foi que a nação “não gostou do que viu”, disse Wesley.
“Estamos vivendo um imenso retrocesso daquilo que esperava ser um profundo processo de transformação do País. As delações fizeram o País se olhar no espelho. Como não gostou do que viu, o resultado tem sido colaboradores presos e delatados soltos”, [colaboradores ou delatores mentirosos?] afirmou.

As declarações foram dadas à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS, em sessão conjunta com a CPI do BNDES no Senado Federal. Antes de invocar o direito a permanecer calado, Wesley afirmou ainda que não se arrepende de ter colaborado com a Justiça, mas que descobriu que o processo é “imprevisível e inseguro”. “Não é fácil, é solitário, dá medo e causa muita apreensão. Hoje, na condição em que me encontro, descobri que é um processo imprevisível e inseguro para quem decidiu colaborar. Mas continuo acreditando na Justiça brasileira.” Depois do pronunciamento em tom de indignação, ele passou a usar o direito de ficar em silêncio a cada pergunta feita pelos parlamentares integrantes do colegiado. “Neste momento, ficarei em silêncio principalmente pela complementaridade da minha colaboração, ainda sob análise da Procuradoria-Geral da República. Em um eventual depoimento sem autorização da PGR, eu poderia estar colocando em risco minha colaboração. Estou preso por um crime que jamais cometi. Tão logo essa situação seja resolvida, com autorização expressa da PGR, eu me comprometo a prestar todos e quaisquer esclarecimentos”, disse. [Wesley, você e seu irmãozinho cachaceiro, o bandido Joesley, podem esquecer liberdade; 
mesmo que venham a ser absolvidos pelo crime de insider trading, a delação de vocês será anulada e irão responder pelos mais de 200 crimes que o falastrão Joesley confessou.
A cana vai ser dura, os processos demorados e vocês aguardarão pelo desenlace dentro da jaula.]
 
Os senadores ainda tentaram insistir para que, diante de dezenas de repórteres e de câmeras da TV Senado que transmitiam ao vivo a sessão, o empresário aceitasse falar para se defender. Diante da negativa de Wesley e seus advogados, decidiram então que o manteriam presente no auditório e fariam suas explanações e questionamentos sobre a corrupção na JBS.

Wesley e seu irmão, Joesley Batista, sócios da JBS, estão presos desde o início de setembro. Os empresários foram detidos preventivamente na Operação Tendão de Aquiles por suposta prática do crime de insider trading, [sabemos que no Brasil prisão preventiva pode durar mais que a prisão perpétua - no Brasil a prisão preventiva tem uma das principais características da prisão perpétua: se sabe quando começa e não se sabe quando termina.] acusados de terem feito transações com dólares às vésperas da divulgação da delação, com o objetivo de lucrar com informações privilegiadas no mercado financeiro. Já sobre os pagamentos de propinas a políticos, os irmãos correm o risco de perder a imunidade que haviam garantido ao aceitar delatar aos investigadores da Lava Jato.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo



 

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

TRF-3 nega habeas corpus a Joesley e Wesley Batista

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em São Paulo, negou hoje (15) os pedidos de habeas corpus impetrados pelos advogados de defesa de Wesley Batista e Joesley Batista, do grupo J&F. O pedido de habeas corpus se refere à investigação dos irmãos no processo que apura se eles teriam usado informações privilegiadas para lucrar no mercado financeiro.

Hoje à tarde, a partir das 16h, ocorre a audiência de custódia de Joesley Batista, na Justiça Federal. O executivo, que estava preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, chegou a São Paulo no fim da manhã de hoje.  A transferência foi feita por ordem do Juiz da 6ª Vara Federal de São Paulo, referente à Operação Tendão de Aquiles, que investiga a venda de ações de emissão da JBS S/A na Bolsa de Valores e à compra de contratos futuros e a termo de dólar no mercado financeiro. As transações foram feitas em abril e maio, antes da divulgação dos áudios de conversas de Joesley Batista com o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves, que levaram a denúncias contra ambos.

Em nota, os advogados de Joesley e Wesley Batista disseram que vão recorrer da decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ) ainda hoje. “A própria decisão reconhece a ausência de fato novo apto a justificar a prisão. A inexistência de qualquer outro preso preventivo no Brasil pela acusação de insider trading revela uma excepcionalidade no mínimo curiosa”, argumenta a defesa. [mesmo que os açougueiros consigam êxito no recurso ao STJ continuarão encarcerados, tendo em conta que o ministro Fachin decretou a prisão preventiva do boquirroto Joesley e do seu cúmplice Saud.]

Fonte: Agência Brasil 


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Juiz sem o coração de “Kobe beef” de Janot e Fachin decreta preventiva de Wesley e Joesley

Ação se dá na segunda fase da operação “Tendão de Aquiles”. Joesley “nós num vai ser preso” se julgava mais invulnerável que Aquiles

Wesley Batista está preso. É prisão preventiva. Sem prazo. Ele é o presidente global da JBS. Há uma mesma ordem contra Joesley.  Pois é… Uma ala ao menos da Polícia Federal e a 6ª Vara Criminal de São Paulo, tudo indica, não têm aquele coração de “Kobe beef” exibido por Rodrigo Janot e Edson Fachin, que optaram pela singela prisão temporária de Joesley e Ricardo Saud, que admitem, abertamente, que manipularam o estatuto da delação premiada. Mais do que isso: dizem dispor de gravações novas, mas só serão entregues se o acordo for mantido. Entenderam?

Wesley e Joesley: agora é prisão preventiva. Faltou o coração de “kobe beef” d da dupla “J&F”: Janot e Fachin
[com certeza a carne servida aos marchantes de Anápolis é bem mais dura que o 'kobe beef' - até que estão com sorte, fosse na década de 70, época em que bandido era tratado como bandido, eles iriam desfrutar da 'mistura' servida, naquela época, na Papuda: o famoso 'bonzo' - lembrava um pouco ração, mistura de carne de terceira moída com proteína de soja.] 

O “Kobe beef” é aquela carne molinha, tenra, bem macia. Como Janot em matéria de JBS. Como Fachin.  PF e Justiça Federal decidiram ser carne de pescoço. Wesley foi preso no âmbito da Operação Acerto de Contas, segunda fase da “Tendão de Aquiles”, que apura se os diretores da J&F e pessoas a eles ligadas manipularam ativos no mercado financeiro às vésperas da delação premiada e de seu vazamento. No pedido de prisão enviada à Justiça Federal, a PF sustenta haver provas de que “os irmãos agiram pessoalmente para manipular ações do grupo no mercado”. A 1ª fase foi deflagrada em 9 de junho, quando foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e quatro mandados de condução coercitiva.

Chegaram a ser abertos 12 procedimentos na Comissão de Valores Mobiliários. Segundo a PF, em colaboração com a CVM, “policiais federais analisaram documentos, ouviram pessoas e realizaram perícias, trazendo aos autos elementos de prova que indicam o cometimento de crimes e apontam autoria aos dois dirigentes das mencionadas empresas”.  Pierpaolo Bottini, o conviva de Janot naquela espelunca de Brasília, advogado dos fortões da JBS, não gostou: “É absurda e lamentável a prisão e o inquérito aberto há vários meses, em que investigados se apresentaram para dar explicações. Mais uma vez o Estado brasileiro é desleal com quem colabora com a Justiça”.

Não bato boca com advogados de defesa. Exercem uma missão sagrada na democracia. E seu papel, afinal, é defender. Mas lembro a Bottini o que lembraria a qualquer advogado: o Estado brasileiro não tem de ser leal a delatores, delatados, procuradores, ministros do Supremo O Estado brasileiro tem de ser leal a suas leis.  A única coisa que pode tornar essas prisões (a de Joesley virá depois do vencimento do prazo da temporária) uma exorbitância é não ter havido especulação de nenhuma natureza.

Felizmente, o Brasil é um país que dispõe do habeas corpus, um dos apanágios da democracia. Se há, nisso tudo, uma forçada de mão e se não houve especulação, tais prisões serão certamente revogadas. Vocês sabem muito bem que não sou do tipo que sai por aí se esgoelando “prendam e arrebentem”. Eu sigo a lei.  Se, no curso da delação, sabedores de que os ativos passariam por uma sacolejada inclusive o dólar —, os irmãos Batista aproveitaram para ganhar uns trocos, então a preventiva está mais do que justificada: chama-se “garantia da ordem pública” e “garantia da ordem econômica”, conforme estabelece o Artigo 312 do Código de Processo Penal.

Aliás, é com base no dito cujo que Janot deveria ter pedido as respectivas prisões preventivas de Joesley e Ricardo Saud — no caso, envolvendo as lambanças com a delação. Agora, o que leva um irmão à preventiva e pode levar o outro é a especulação, a manipulação de mercado. Ah, sim: não há como esse caso parar nas mãos de Fachin. Isso nada tem a ver com a Lava Jato.
Desta feita, o coração de “Kobe beef” não arbitrará.

PS: Tétis, a mãe de Aquiles, o mergulhou no rio Estige, o rio da Morte, assim que nasceu. E isso o tornou imoral, restando apenas um ponto vulnerável: o calcanhar por onde ela segurou o bebê. Foi justamente ali que Páris conseguiu acertar uma flecha envenenada. Pois é… Lembram do “nóis num vai ser preso” de Joesley. Ele se achava um Aquiles sem o calcanhar vulnerável. Afinal, queria ser, como deixou claro, um subordinado de Janot. [não pode ser esquecido que as flechas do Janot, não são envenenadas e todas estão rombudas. - nenhum mal fazem, exceto quando caem nos pés do arqueiro.]

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

Afirmou o ministro sobre a ação da PGR: “Essa manipulação é horrorosa. Ela e nojenta. Ela é repugnante. Eu, que fui da Procuradoria Geral da República e que lá entrei em 1984... Ver o estado de putrefação, de degradação dessa instituição... Me constrange."


 

Mais um bandido, com FÉ PÚBLICA, preso = PF prende Wesley Batista

PF prende Wesley Batista e cumpre novo mandado contra Joesley

Ações foram expedidas pela Justiça de São Paulo e fazem parte da 2ª fase da Operação Tendão de Aquiles

A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta-feira o sócio do holding J&F Wesley Batista, presidente executivo do grupo. Os agentes também cumprem novo mandado de prisão contra Joesley Batista, já preso em Brasília. A prisão de Wesley é preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. Ele chegou à Superintendência da PF, na Lapa, na Zona Oeste de São Paulo, às 7h55. 

A operação de junho começou a apurar dois eventos: a venda de ações de emissão da JBS na bolsa de valores, por sua controladora, a empresa FB Participações em abril, em período concomitante ao programa de recompra de ações da empresa, reiniciado em fevereiro de 2017, e a compra de contratos futuros de dólar na bolsa de futuros e a termo de dólar no mercado de balcão, entre o fim de abril e meados de maio do mesmo ano.

Segundo a Polícia Federal, há indícios de que essas operações ocorreram com o uso de informações privilegiadas e geraram vantagens indevidas no mercado de capitais em um contexto em quase todos os investidores tiveram prejuízos financeiros, "manipulando o mercado e fazendo com que seus acionistas absorvessem parte do prejuízo decorrente da baixa das ações que, de outra maneira, somente a FB Participações, uma empresa de capital fechado, teria sofrido sozinha", informou a PF.  O segundo fato investigado é a intensa compra de contratos de derivativos de dólares entre 28 de abril e 17 de maio por parte da JBS S/A, em desacordo com a movimentação usual da empresa. A operação gerou ganhos decorrentes da alta da moeda norte-americana após o dia 17.


A 1ª fase da Operação Tendão de Aquiles foi deflagrada em 9 de junho, quando foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e quatro mandados de condução coercitiva contra executivos da companhia. Desde então, policiais federais analisaram documentos, ouviram depoimentos e realizaram perícias, revelando "elementos de prova que indicam o cometimento de crimes e apontam autoria aos dois dirigentes das mencionadas empresas", informou a PF.

Os investigados poderão ser responsabilizados pelo crime previsto no artigo 27-D da Lei 6.385/76, com penas de 1 a 5 anos de reclusão e multa de até três vezes o valor da vantagem ilícita obtida.

Em nota, o advogado Pierpaolo Bottini classificou como injusta, absurda e lamentável a prisão de Wesley Batista:  "É injusta, absurda e lamentável a prisão preventiva de alguém que sempre esteve à disposição da justiça, prestou depoimentos e apresentou todos os documentos requeridos. O estado brasileiro usa de todos os meios para promover uma vingança contra aqueles que colaboraram com a Justiça", disse, em nota.

JOESLEY TAMBÉM PRESO
Joesley está detido em caráter temporário desde domingo por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, depois que o Ministério Público Federal (MPF) pediu a prisão do empresário na sexta-feira.


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entendeu que Joesley e o diretor de relações institucionais do grupo, Ricardo Saud, omitiram informações dos investigadores em sua delação premiada, o que quebraria as cláusulas do acordo de colaboração. Em sua defesa, Joesley destacou que a conversa com Saud era "elocubração de bêbados". Nos áudios, entregues no último dia de prazo antes da homologação, os dois conversam sobre como se aproximar de Janot, citam ministros do STF e destacam a certeza que não seriam presos.

Joesley Batista e Saud se entregaram à PF no começo da tarde de domingo, em São Paulo. Na segunda-feira, foram transferidos para Brasília. Na ocasião, os dois entregaram os passaportes. Na decisão que pediu a prisão dos executivos, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que há “múltiplos os indícios, por eles mesmos confessados, de que integram organização voltada à prática sistemática de delitos contra a administração pública e lavagem de dinheiro”.

Fonte: O Globo