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segunda-feira, 1 de abril de 2019

Dos males, por ora, o menor: só um escritório em Jerusalém. Viés ideológico

O Brasil, por ora ao menos, vai apenas abrir um escritório de representação em Jerusalém. Não anunciou a transferência da embaixada brasileira de Tel Aviv para a cidade que Israel diz ser sua capital indivisível. Do ponto de vista político, é o saldo principal da viagem de Jair Bolsonaro ao país. Na prática, não faz sentido. Isso traduz o que um certo Bolsonaro chamaria de "viés ideológico" nas relações internacionais.

Está abaixo do que pretendia a campanha eleitoral do meio encrencado Benjamin Netanyahu, que anunciou no Twitter a decisão como uma vitória, dizendo esperar que seja o primeiro passo para a transferência da embaixada. Assim, vamos lá: por enquanto, dos males possíveis, deu-se o menor. Mas não subestimem a capacidade dessa gente de fazer besteira.


[ Não deixe de ler a íntegra do Post Gêniosdo poder já compraram briga com 68,7% do nosso superávit comercial - que permite avaliar os prejuízos que a opção errada do presidente Bolsonaro trará ao Brasil.

É duro ter de concordar com o mostrado no Post, mas, pelo menos por enquanto, não há como sustentar qualquer discordância.

Alguns excertos:

... " Por óbvio, não são os compradores e vendedores da Autoridade Palestina que dizem respeito ao caixa brasileiro, mas os dos países árabes — ou, mais amplamente, muçulmanos, já que há outro comprador importante do Brasil nesse grupo: o Irã. O Brasil teve um saldo comercial no ano passado com os iranianos de US$ 2,228 bilhões. Vendeu US$ 2.267,93 e comprou US$ 39,92. Em janeiro e fevereiro, o saldo positivo já é de US$ 251,85 milhões" ...

..."Mas algo de muito errado se passa com uma tropa que arruma, a um só tempo, confusão com os árabes, com os iranianos e com os chineses sem olhar para contas. Lembre-se do jantar grotesco na embaixada brasileira em Washington. Nesse último caso, dizer o quê? O Brasil vendeu para o "Perigo Amarelo" US$ 64.205,65, comprou US$ 34.730,03, com superávit de US$ 29.475,62. O superávit total do país foi de US$ 58,298 bilhões — a China, pois, representou mais da metade. Nos dois primeiros meses, a conta em nosso favor está em US$ 617,66 milhões." ... ]
Por óbvio, não são os compradores e vendedores da Autoridade Palestina que dizem respeito ao caixa brasileiro, mas os dos países árabes — ou, mais amplamente, muçulmanos, já que há outro comprador importante do Brasil nesse grupo: o Irã. O Brasil teve um saldo comercial no ano passado com os iranianos de US$ 2,228 bilhões. Vendeu US$ 2.267,93 e comprou US$ 39,92. Em janeiro e fevereiro, o saldo positivo já é de US$ 251,85 milhões.... - Veja mais em https://reinaldoazevedo.blogosfera.uol.com.br/2019/04/01/genios-do-poder-ja-compraram-briga-com-687-do-nosso-superavit-comercial/?cmpid=copiaecola


Dos males, por ora, o menor: só um escritório em Jerusalém. Viés ideológico ... - Veja mais em https://reinaldoazevedo.blogosfera.uol.com.br/2019/04/01/dos-males-por-ora-o-menor-so-um-escritorio-em-jerusalem-vies-ideologico/?cmpid=copiaecola

quinta-feira, 28 de março de 2019

Presidente diz que poderá não mudar embaixada para Jerusalém, mas abrir escritório de negócios

Bolsonaro começa a guiar suas ações pelo lado prático e com bom senso - confiamos que o mesmo proceder se estenda à totalidade do seu governo

Bolsonaro diz que Brasil pode abrir escritório de negócios em Jerusalém, em vez de mudar embaixada

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que o governo brasileiro poderá abrir um escritório de negócios em Jerusalém, em vez de transferir a embaixada em Israel para a cidade, como chegou a anunciar mais de uma vez.  Talvez abramos agora um escritório de negócios em Jerusalém”, disse o presidente ao ser questionado se trataria sobre a possível mudança da embaixada durante a viagem que fará a Israel na semana que vem.

O aparente recuo em relação à mudança da embaixada de Tel Aviv para Jerusalém —um assunto sensível na região e que desagrada os países árabes, grandes importadores de carne de aves do Brasil— vem com a resistência dos militares do governo e da equipe econômica, que teme as consequências para as exportações brasileiras.

Bolsonaro não descartou totalmente a transferência da embaixada ao lembrar que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levou nove meses para tomar a decisão final de mudar a embaixada norte-americana de Tel Aviv para Jerusalém.
Apesar de ter falado seguidas vezes, antes de tomar posse, que faria a mudança, desde que assumiu a Presidência Bolsonaro passou a ser mais cuidadoso com o assunto. Ao contrário, o tema foi quase esquecido dentro do governo. 

O vice-presidente, Hamilton Mourão, chegou a dizer para a Reuters acreditar que o tema iria “para as calendas”. Além disso, mesmo com a viagem próxima, uma fonte do Itamaraty contou que não há nenhuma instrução desse tipo aos diplomatas. A hipótese da abertura de um escritório de negócios em Jerusalém surgiu no próprio Itamaraty. Foi apresentada pelos diplomatas ao governo como uma alternativa menos drástica e que não desagradaria os países árabes. 

Reuters

 

 

quarta-feira, 20 de março de 2019

Líder palestino convida Bolsonaro para encontro durante visita do presidente brasileiro a Israel

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, convidou o presidente Jair Bolsonaro para uma visita aos territórios palestinos, informou o embaixador palestino em Brasília, Ibrahim Alzeben. O convite foi entregue há poucos dias no Palácio do Planalto e, apesar de não propor uma data específica para o encontro, Alzeben sugeriu que ele poderia coincidir com a visita de Bolsonaro a Israel, que começa em 31 de março e vai até 2 de abril. O convite inclui uma oferta para o brasileiro visitar a Igreja da Natividade, em Belém.

Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro prometeu transferir a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, como fizeram os Estados Unidos. Os palestinos reivindicam o setor oriental (árabe) de Jerusalém como capital de seu futuro Estado, e resoluções da ONU afirmam que o status final da cidade deve ser decidido em negociações entre Israel e os palestinos.

Depois da posse, o governo Bolsonaro recuou da decisão, diante da resistência dos países árabes e de maioria muçulmana, grandes compradores dos produtos brasileiros, sobretudo agrícolas. [o presidente Bolsonaro foi eleito para governar o Brasil e o esperado é que condicione suas viagens aos interesses comerciais brasileiros;

o volume de negócios do Brasil com Israel não justifica que nosso presidente viaje àquele País durante votações importantes no Congresso Nacional, mas, já que marcou a viagem o mais sensato é que aceite o convite do Governo Palestino e visite os territórios palestinos - recusar o convite  será uma atitude antidiplomática e com elevados riscos de retaliações comerciais dos países árabes.

É conveniente que o presidente Bolsonaro se certifique com Israel que durante sua permanência em territórios palestinos aquele País não pretende efetuar nenhum bombardeio na região.]  Não se sabe, ainda, que posição o presidente adotará durante a visita a Israel, que ocorrerá poucos dias antes das eleições gerais no país, nas quais o mandato do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu estará em jogo.

Netanyahu veio ao Brasil para a posse de Bolsonaro, e também se reuniu com o então presidente eleito no Rio de Janeiro. A transferência da embaixada, além de significar um alinhamento às políticas do governo de Donald Trump, atende a um pleito de parte da base evangélica do presidente. [ao permitir que americanos venham ao Brasil sem necessitar de visto, enquanto os brasileiros para ir ao EUA precisam de visto, o presidente Bolsonaro já fez uma demonstração exagerada de seu alinhamento com Trump - até da autoestima o Brasil abdicou.

Assim, se tornam desnecessárias novas demonstrações de alinhamento.

Quanto a mudar a sede da embaixada brasileira tudo indica que é assunto para o futuro... um futuro bem distante, esperamos. 
Sendo presidente de todos os brasileiros, o presidente da República não pode sacrificar os interesses nacionais para atender a um pleito da base evangélica.]

O Globo 

sábado, 9 de março de 2019

Entre Bolsonaro e a democracia, creiam: militares escolheriam a democracia


"E isso, democracia e liberdade, só existe quando a sua respectiva Força Armada assim o quer". 


O brocado autoritário que vai acima é da lavra de Jair Bolsonaro, presidente da República, durante cerimônia no 211º aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais, na Fortaleza de São José da Ilha de Cobras, no centro do Rio. Não adianta. Ele não entende a democracia. Ponto final. Imaginem o que teria acontecido se, na Presidência da República, Lula tivesse dito em algum momento: "Democracia e liberdade só existem quando os trabalhadores querem". Como sua origem era o meio sindical, a leitura óbvia e necessária teria sido uma só: se o PT decidir, põe fim à democracia. Mas Lula não disse isso, certo? Nem por isso, é verdade, o PT deixou de aparelhar o Estado. E foi combatido — inclusive por este escriba.


Não há como dourar a pílula. Bolsonaro quis dizer o que disse e disse o que quis dizer, o que implica uma agressão múltipla à Constituição Federal. Fere o Parágrafo Único do Artigo 1º: "Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição." Observem que não está escrito lá que todo o poder emana das "Forças Armadas". Há um outro artigo que as implica diretamente com a questão democrática.



É o 142: "As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem."


Como se nota, elas são garantias dos poderes constitucionais, não forças de tutela. Para que intervenham, inclusive, na garantia da lei e da ordem internas, é preciso que contem com a concordância dos demais Poderes. Que são civis. [salvo improvável engano,  as FF AA para intervir na garantia da lei e da ordem NÃO necessitam da concordância dos demais poderes;

- ... e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem - por maior que seja o alcance  dado na interpretação do qualquer, refere-se apenas a um - a redação apresentada qualquer um dos Poderes competente,   para solicitar a intervenção das FF AA, sem necessidade de ouvir os demais poderes.


Existe um detalhe que parece ter sido esquecido.

As forças Armadas, constituídas ... , sob a autoridade suprema do Presidente da República. 

As FF AA,  pela Constituição,  estão sob o comando supremo do Presidente da República, assim o comandante supremo - no caso o Chefe do Poder Executivo,  (Poder que, da mesma forma que os demais, é independente e autônomo) é quem determina o que as FF AA fazem ou deixam de fazer.
Está na Constituição. 

Nossa interpretação certamente não tem o brilhantismo do texto do dono do Blog, mas, expressa fielmente o que está na Constituição, especialmente art. 142, 'caput'..]   O general Hamilton Mourão, vice-presidente também eleito, tentou dourar a pílula, assegurando que a fala foi mal interpretada. E empregou a Venezuela como exemplo. Como, naquele país, as Forças Armadas ainda garantem o apoio a Nicolás Maduro, então vige uma ditadura. 

O general é inteligente o bastante para saber que sua frase pode ser desconstruída sem muito esforço. Então ficamos assim, senhor vice-presidente: a democracia existe por vontade do povo; as ditaduras, por vontade dos militares. O que lhes parece? 
Há uma diferença que distingue a civilização da barbárie entre estas duas frases de sentidos semelhantes apenas na aparência: 
1: Nas democracias, as Forças Armadas garantem os Poderes Constituídos;
2: só existem democracia e Poderes Constituídos se as Forças Armadas quiserem.


Na primeira, elas se subordinam à ordem democrática; na segunda, elas a tutelam. Os países que vivem a circunstância nº 1 são democracias; os que experimentam a nº 2 são ditaduras. Contexto O contexto da fala de Bolsonaro também é elucidativo. Ele não fala como chefe de Estado, mas como chefe de uma milícia política. Ainda fazendo referência ao vídeo pornô que espalhou Brasil afora, afirmou: "A missão será cumprida ao lado das pessoas de bem do nosso Brasil, daqueles que amam a pátria, daqueles que respeitam a família, daqueles que querem aproximação com países que têm ideologia semelhante à nossa, daqueles que amam a democracia."



E aí veio o complemento: "E isso, democracia e liberdade, só existe quando a sua respectiva Força Armada assim o quer". Como se nota, Bolsonaro se dá o direito de determinar o que sejam amor à pátria, respeito à família e amor à democracia. Quanto aos países "que têm ideologia semelhante à nossa", devemos ficar no aguardo: assim que este gênio da raça definir a nossa "ideologia oficial", vamos ver de quais ele pretende se aproximar e se distanciar. Penso aqui em alguns compradores dos nossos produtos e que compõem mais da metade do nosso superávit comercial: China, países árabes e Irã. O Brasil deve repudiá-los, no cenário internacional, em razão das diferenças? [sem ser advinho nem ter informação privilegiada, ousamos assegurar que Bolsonaro não irá repudiar nenhum dos países acima.]



Que coisa! A cada dia, uma insanidade nova. Sim, Bolsonaro já violou o Item 7 do Artigo 9º da Lei 1.079 ao espalhar um vídeo pornô. Agora atenta contra os valores expressos nos incisos II, III e IV do Artigo 4º da mesma lei. Lá está escrito: "São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentarem contra a Constituição Federal, e, especialmente, contra: II – O livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e dos poderes constitucionais dos Estados; III – O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais: IV – A segurança interna do país."



No fim das contas, está dizendo às Forças Armadas: "Enquanto vocês segurarem a minha onda, faço o que bem entender". Asseguro ao presidente Jair Bolsonaro que não será assim. Se preciso, o povo o derruba, segundo a Constituição. E as Forças Armadas vão garantir a Constituição, não um doido de plantão. Se chegar a um ponto desejado por ninguém, os militares ficam com a democracia, e Bolsonaro cai. Para encerrar: nos EUA tão admirados pelo presidente, se Donald Trump afirma algo semelhante, é deposto por um processo de impeachment. Inclusive com os votos dos republicanos, que não veem a hora de se livrar do seu próprio maluco.

[Devido o apreço que temos ao ilustre articulista, cujo Blog leva seu nome, vamos ainda que com atraso apresentar algumas considerações ao Post transcrito.]




Entre Bolsonaro e a democracia, creiam: militares escolheriam a democracia ... - Veja mais em https://reinaldoazevedo.blogosfera.uol.com.br/2019/03/07/entre-bolsonaro-e-a-democracia-creiam-militares-escolheriam-a-democracia/?cmpid=copiaecola