J. R. Guzzo
O ex-presidente Jair Bolsonaro.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Lula e o cardume de militantes que se juntou em volta dele passaram o seu primeiro ano no governo sem governar o Brasil. Whatsapp: entre no grupo e receba as colunas de J.R.Guzzo
O ministro Flávio Dino
não apreendeu armas destinadas ao crime, que só cresceu sob a sua
gestão,
mas fechou os clubes de tiro; no Brasil, sob a atual gerência,
só bandido tem direito de ter arma.
A ministra da “Igualdade Racial”
tomou um jato do táxi aéreo da FAB para ver um jogo de futebol – além de
descolar um salário de 400 mil reais por ano para não trabalhar numa
empresa estatizada.
O resto é mais pinga da mesma pipa.
Em compensação
,
Lula e todos eles tiveram uma realização notável nesse seu primeiro ano
em Brasília: fizeram uma oposição intransigente a Jair Bolsonaro. Foi a sua grande obra.Lula, PT e STF vão continuar tratando Bolsonaro como o problema número 1 do Brasil e da humanidade em geral.
É um fato provavelmente único no mundo de hoje: o TSE
diz que o sujeito perdeu a eleição (e, para não haver mais dúvida,
proíbe que ele possa ser candidato de novo), mas os que foram declarados
ganhadores acham que continuam tendo de derrubar o adversário. Lula, o
PT e STF, o seu sócio no condomínio que hoje manda no Brasil, só falam em Bolsonaro.
Em
vez de governarem o país, agem como se ele continuasse por aí,
decidindo as coisas e assinando decretos.
O resultado é que não
conseguiram até agora entregar uma bica d’água para a população; têm um
plano para “acelerar obras”, mas não têm obras para serem aceleradas.
Não poderiam mesmo estar fazendo nada de útil, pois o seu “projeto”
torna impossível a produção de resultados.
Ficam, então, falando mal de
Bolsonaro – coisa que, entre outras coisas, não vai encher barriga de
ninguém.
Há um método, entretanto, em tudo isso.
Começa com a aplicação de uma regra clássica do Manual do Embuste: esconda a sua incompetência, preguiça e falta de
integridade falando mal do outro.
Isso se engata com o passo seguinte, que é
atribuir os próprios fracassos a erros imaginários de quem estava antes seu
lugar.
O processo acaba com a autoabsolvição do acusador e a condenação do acusado
que não pode se defender.
É como a eliminação geral da reponsabilidade do
criminoso: ele cometeu o crime, mas a culpa é da “sociedade”.
Traduzido para a
vida pública do Brasil atual, e para o proveito pessoal de Lula, isso quer dizer
que o governo está uma droga, mas que a culpa é “do Bolsonaro”.
Essa ideia fixa serve para tudo.
Os incêndios e o desmatamento da
Amazônia estão
piores do que estavam?
Culpa do Bolsonaro, que “não deixou recursos”
para a ministra Marina salvar a natureza.
O crime aumenta?
Culpa do
Bolsonaro, que criou “uma cultura do armamento” no Brasil.
O
“Centrão”
extorque bilhões de reais do Orçamento? Culpa do Bolsonaro, que era
amigo do
Centrão.
“Crise climática”? Culpa do Bolsonaro, que não fez o suficiente para controlar os fenômenos naturais.
Do
jeito que acabaram o ano passado e estão começando este, Lula, PT e STF
vão continuar tratando Bolsonaro como o problema número 1 do Brasil e
da humanidade em geral.
Não têm nenhuma outra ideia.
Vão ter de ficar
com essa até o fim do governo.
Conteúdo editado por: Jocelaine Santos
J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES