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terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Governo Lula não fez nada de positivo pelo país? Ora, “a culpa é do Bolsonaro” - Gazeta do Povo - VOZES

J. R. Guzzo

O ex-presidente Jair Bolsonaro.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
 
O presidente Lula e o cardume de militantes que se juntou em volta dele passaram o seu primeiro ano no governo sem governar o Brasil.  
Lula fez viagens para 24 países diferentes e a sua mulher teve a oportunidade, neste programa de volta ao mundo, de se exibir como presidente-adjunta em tudo quanto foi lugar em que o marido apareceu.

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O ministro Flávio Dino não apreendeu armas destinadas ao crime, que só cresceu sob a sua gestão, mas fechou os clubes de tiro;  
no Brasil, sob a atual gerência, só bandido tem direito de ter arma
A ministra da “Igualdade Racial” tomou um jato do táxi aéreo da FAB para ver um jogo de futebol – além de descolar um salário de 400 mil reais por ano para não trabalhar numa empresa estatizada.  
O resto é mais pinga da mesma pipa. 
Em compensação, Lula e todos eles tiveram uma realização notável nesse seu primeiro ano em Brasília: fizeram uma oposição intransigente a Jair Bolsonaro. Foi a sua grande obra.

Lula, PT e STF vão continuar tratando Bolsonaro como o problema número 1 do Brasil e da humanidade em geral.

É um fato provavelmente único no mundo de hoje: o TSE diz que o sujeito perdeu a eleição (e, para não haver mais dúvida, proíbe que ele possa ser candidato de novo), mas os que foram declarados ganhadores acham que continuam tendo de derrubar o adversário. Lula, o PT e STF, o seu sócio no condomínio que hoje manda no Brasil, só falam em Bolsonaro.

Em vez de governarem o país, agem como se ele continuasse por aí, decidindo as coisas e assinando decretos.  
O resultado é que não conseguiram até agora entregar uma bica d’água para a população; têm um plano para “acelerar obras”, mas não têm obras para serem aceleradas. 
Não poderiam mesmo estar fazendo nada de útil, pois o seu “projeto” torna impossível a produção de resultados. 
Ficam, então, falando mal de Bolsonaro – coisa que, entre outras coisas, não vai encher barriga de ninguém.
Há um método, entretanto, em tudo isso. Começa com a aplicação de uma regra clássica do Manual do Embuste: esconda a sua incompetência, preguiça e falta de integridade falando mal do outro
Isso se engata com o passo seguinte, que é atribuir os próprios fracassos a erros imaginários de quem estava antes seu lugar. 
O processo acaba com a autoabsolvição do acusador e a condenação do acusado que não pode se defender. 
É como a eliminação geral da reponsabilidade do criminoso: ele cometeu o crime, mas a culpa é da “sociedade”
Traduzido para a vida pública do Brasil atual, e para o proveito pessoal de Lula, isso quer dizer que o governo está uma droga, mas que a culpa é “do Bolsonaro”.
 
Essa ideia fixa serve para tudo.  
Os incêndios e o desmatamento da Amazônia estão piores do que estavam? 
Culpa do Bolsonaro, que “não deixou recursos” para a ministra Marina salvar a natureza. 
O crime aumenta?  
Culpa do Bolsonaro, que criou “uma cultura do armamento” no Brasil. 
O “Centrão” extorque bilhões de reais do Orçamento? Culpa do Bolsonaro, que era amigo do Centrão.
“Crise climática”? Culpa do Bolsonaro, que não fez o suficiente para controlar os fenômenos naturais.
 
Do jeito que acabaram o ano passado e estão começando este, Lula, PT e STF vão continuar tratando Bolsonaro como o problema número 1 do Brasil e da humanidade em geral. 
Não têm nenhuma outra ideia.
Vão ter de ficar com essa até o fim do governo.
 
Conteúdo editado por: Jocelaine Santos
 
 
J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

terça-feira, 28 de junho de 2022

Brasil bate recorde de empregos com carteira assinada

Artur Piva

Saldo do governo Bolsonaro está positivo em quase 2 milhões de vagas

Quase 5 milhões de empregos foram criados em meio à covid-19
Quase 5 milhões de empregos foram criados em meio à covid-19 | Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

O número de empregos com Carteira de Trabalho no Brasil bateu recorde em maio de 2022. A quantidade de vagas ocupadas ficou em 41,8 milhões a maior nos registros do Caged (do Ministério do Trabalho), iniciados em dezembro de 2012. A segunda melhor marca foi registrada em 2014, no mês de setembro: 41,7 milhões.

Em maio de 2021, pouco mais de 39 milhões de trabalhadores estavam em vagas de empregos formais no Brasil. Desse modo, a expansão se aproximou de 7% nos últimos 12 meses.

Apenas no mês passado, aproximadamente 280 mil vagas foram criadas. Ou seja: 40% mais que a expansão de 200 mil registrada em abril.

Com o início das medidas de restrição em razão da pandemia, houve a redução dos postos de trabalho. Em abril de 2020, pouco mais de 37 milhões de trabalhadores tinham empregos formais no Brasil. Desse modo, a recuperação do mercado de trabalho em meio à covid-19 está próxima de 5 milhões de vagas.

Em dezembro de 2021, último mês antes de o presidente Jair Bolsonaro assumir o poder, o país tinha pouco menos de 40 milhões de empregos com carteira assinada. Assim, o saldo do governo atual está em 1,7 milhão de novos empregos.

 Revista Oeste

 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

PIB em boa recuperação - O Estado de S. Paulo

Celso Ming

Fator positivo inesperado foi o aumento da poupança, o pedaço da renda não consumido, na participação do Produto Interno Bruto

Foi bom, vá lá... Não foi uma grande vitória, mas foi uma vitória, especialmente quando seu resultado é comparado com o que se esperava no início da crise. O avanço do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre do ano (sobre o anterior) foi de 7,7%, um pouco menor do que tinha sido cravado na expectativa dos analistas. É um número que parece graúdo, mas não deve enganar. Foi medido sobre uma base anterior muito baixa e ainda não pode ser tomado como garantia de que haverá uma recuperação firme nos trimestres seguintes. 

Baseou-se no consumo turbinado pelo auxílio emergencial que distribuiu mais de R$ 275 bilhões para 68 milhões de beneficiários. Não foi possível contar com o avanço da agropecuária, o setor campeão deste ano, porque o terceiro trimestre coincide com a entressafra. Fator positivo inesperado foi o aumento da poupança, o pedaço da renda não consumido, na participação do PIB. Deveu-se ao comportamento mais conservador do consumidor, que temeu por dias piores e entendeu que devesse guardar algum dinheiro para enfrentar dias ruins.

Para fugir da crítica de uma análise excessivamente focada pelo espelho retrovisor, convém avaliar o que vem pela frente. O fator mais positivo é a perspectiva de vacinação. O ritmo de distribuição da vacina no Brasil deverá ser inferior ao de muitos países avançados por conta da política negacionista e confusa sobre os efeitos da pandemia mantida até aqui pelo governo federal. Mas, já no primeiro trimestre do ano que vem, haverá progresso, com forte impacto sobre o setor produtivo e, também, sobre o consumo. 

Outro fator positivo para a economia brasileira é a melhora da economia mundial. Além de providenciar vacinação em massa, os governos das grandes potências continuam empenhados em investimentos destinados a destravar a economia. 

O novo governo Biden, nos Estados Unidos, anunciou um programa robusto de infraestrutura. E os grandes bancos centrais seguem com políticas monetárias (políticas de juros) frouxas para evitar restrições ao crédito. Mas essa não é toda a história, pelos enormes riscos que estão logo aí, a começar pela desorganização das contas públicas. O governo federal continua sem planejamento claro sobre como resolvê-la. [o governo federal não pode planejar nada, sem antes um detalhado estudo - com perda de tempo - sobre todas as implicações do que planeja fazer. 

Visto que os arautos do pessimismo - grande parte incrustado na imprensa e o resto em partidecos sem votos e sem programa -  estão sempre prontos a ingressar com ações buscando travar a execução do planejado, ações que sempre são acatadas pelo Poder Judiciário e a primeira medida parar tudo.

Na quase totalidade dos demais países que estão adiantados em termos de planejamento, na Constituição vale o que está escrito, enquanto aqui vale a interpretação, ainda que  conflite com o escrito.]  Esse é o principal fator que deverá impedir a distribuição de mais parcelas do auxílio emergencial. Também não está claro como o governo pretende tocar as reformas tributária e administrativa

Essas omissões são fontes de incertezas que seguram os negócios, os investimentos e a criação de empregos, num cenário já minado por nada menos que 14,1 milhões de desempregados e pelo menos outros tantos de subempregados. Resumo da ópera: a queda do PIB em todo este ano ultraproblemático pode ficar um pouco aquém dos 4,5% agora projetados.  E, para 2021, já há quase certeza de bom crescimento da renda nacional. Mas é preciso um pouco mais de quilometragem rodada para ter uma boa ideia de suas proporções.

Celso Ming - Matéria na Folha de S. Paulo

 

quinta-feira, 4 de junho de 2020

O “antifascismo” no Brasil é 100% fascista: violento, intolerante, antidemocrático - J.R. Guzzo

Gazeta do Povo

A esquerda, ou gente que se apresenta como de esquerda sob a marca genérica de movimentos “antifascistas”, voltou às ruas neste fim de semana, após ficar um longo tempo desaparecida do mapa. Nestes últimos cinco anos o Brasil se acostumou a ver nas ruas um outro tipo de manifestação, envolvendo, em certos momentos, multidões com centenas de milhares de pessoas, principalmente em São Paulo – algo não disponível para as possibilidades dos grupos esquerdistas.

Pedia-se, num resumo, o fim da corrupção, o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e um país sem Lula, PT e tudo o que vem com esse bonde. Em nenhuma delas, durante todos esses anos, houve o menor incidente: nem um vidro quebrado, nem uma prisão, nem uma briga. A polícia jamais teve o mínimo trabalho, a não ser organizar o trânsito. Foi só a “esquerda” voltar, desta vez junto à “torcidas organizadas” de futebol, e pronto: repetiu-se o espetáculo deprimente de sempre.

Leia  Também: Prefeitos têm poderes de presidente, e Brasil caminha para a anarquia 

O “antifascismo” no Brasil é 100% fascista: violento, intolerante, antidemocrático. Não consegue ir para uma manifestação pública sem depredar bancas de jornal, quebrar vitrines, destruir propriedade pública e jogar pedras na polícia. Não é que não conseguem; é que não querem. Na verdade, só vão à rua para isso mesmo: provocar baderna e obrigar a polícia a agir para manter a ordem e evitar danos maiores. Depois ficam chorando na mídia e nos movimentos de “direitos humanos” contra a “violência policial”. Sempre apostaram na desordem, porque a ordem os prejudica. Sempre vão apostar contra a democracia, porque não aceitam a ideia de liberdade e da coexistência de opiniões contrárias entre si.

A volta à rua desses “black blocs” vem num momento ruim. O Brasil, cada vez mais, tem presenciado a ação de grupos extremistas, que pregam a exterminação mútua; naturalmente, uns acusam os outros de agir “contra a democracia”. Ambas as pontas são o positivo e o negativo da mesma fotografia. Na extrema direita se fala numa não definida “revolução do povo brasileiro”; na extrema esquerda se prega a salvação “da democracia” através do rompimento com a Constituição.

Não existe vitória nesse tipo de guerra. Só há perdedores – e você está entre eles, se quer apenas trabalhar, exercer os seus direitos e esperar que as leis sejam obedecidas.

J.R. Guzzo, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo



domingo, 2 de fevereiro de 2020

Ducha fria – Editorial - Folha de S. Paulo

Coronavírus sacode mercados, mas efeitos econômicos dependem da gravidade do surto

Os mercados financeiros globais foram abalados nesta semana pelo agravamento do surto envolvendo o coronavírus. Seu epicentro é a China, segunda maior economia do mundo e principal fonte de produtos baratos do planeta. Como ocorre nesses momentos, fundos e grandes especuladores internacionais aproveitaram-se das fortes oscilações nos preços dos ativos para maximizar ganhos e realizar lucros, o que derrubou as principais bolsas de valores.

Ao longo da semana, as oscilações acompanharam em parte o noticiário. Ainda é difícil, contudo, enxergar com clareza os verdadeiros impactos do surto da doença. A partir da China, os casos já se espalharam para cerca de 25 países. Várias companhias internacionais, de grupos de aviação a montadoras, passando por empresas de tecnologia e de bens de consumo, anunciaram fortes restrições em suas operações na China.

Segundo uma estimativa, mais de 60% do PIB chinês é gerado nas 12 províncias com o maior número de contágios. Cidades estão bloqueadas e há restrição à circulação de pessoas, o que paralisou muitas fábricas. Já se especula que o surto poderá subtrair um ponto do crescimento chinês neste ano. As autoridades do país, porém, não devem ficar paradas, e fortes medidas de estímulo são aguardadas.

A eclosão dessa nova ameaça à saúde da economia global é uma ducha de água fria em um cenário um pouco mais positivo que havia surgido, há duas semanas, após o fechamento do tão esperado acordo comercial entre EUA e China. Razão de muitas preocupações de investidores e empresas ao longo de 2019, o entendimento entre Washington e Pequim havia aberto o caminho para compensar positivamente outros fatores de fragilidade no cenário global.

A China é o maior parceiro do Brasil, mas seria prematuro especular sobre a real influência da epidemia na corrente comercial de US$ 98 bilhões entre os dois países —sobretudo na área de alimentos essenciais à população chinesa. Em um contexto mais geral, vale lembrar que o Brasil tem participação muito reduzida na economia global: responde por uma fatia de 1,2% de todo o comércio internacional e produz somente 2,5% dos bens e serviços do planeta. Longe de isso ser positivo, porque mantém o país atrasado em muitos aspectos, o isolamento torna o Brasil relativamente alheio a impactos externos, desde que limitados.

 Editorial - Folha de S. Paulo

 

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Brasil abre quase 36 mil empregos com carteira assinada em julho


Saldo líquido de emprego formal foi positivo em 35.900 vagas em julho

O Brasil abriu 35.900 vagas de emprego formal em julho, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira, 9, pelo Ministério do Trabalho. O resultado decorre de 1.167.770 admissões e 1.131.870 demissões.

O número apresentado pelo Ministério superou a mediana das estimativas positiva de 5,5 mil postos, apurada pela pesquisa do Projeções Broadcast, e também foi maior que o intervalo das expectativas coletadas pela pesquisa que iam do fechamento de 25 mil vagas à criação de 30 mil postos. Em junho, 9.821 vagas foram abertas.

O Ministério do Trabalho ainda não divulgou os dados acumulados dos sete meses de 2017, nem o dado acumulado nos últimos 12 meses. O resultado mensal foi puxado pela indústria de transformação, que gerou 12.594 postos formais em julho. Outros segmentos com resultado positivo foram comércio (10.156 vagas abertas), serviços (7.714), agropecuária (7.055) e construção civil (724 novos empregos).

Por outro lado, os serviços industriais de utilidade pública lideraram o grupo com fechamento de postos: 1.125 empregos encerrados no mês. Em seguida, estão administração pública (-994) e extrativa mineral (-224).

Fonte: Isto É