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quinta-feira, 24 de junho de 2021

Brasil não tem “ondas” de Covid; casos se atropelam, diz epidemiologista

O professor Pedro Hallal, que depõe nesta quinta-feira (24) à CPI da Covid do Senado, afirmou que a pandemia de coronavírus no Brasil não se caracteriza pela existência de "ondas", como ocorre em outros países. Segundo ele, as "ondas" se dão quando há um declínio significativo no número de contágios em um período e, posteriormente, uma nova aparição de ocorrências - quadro que se verificou na Inglaterra. Já o panorama do Brasil é de existência constante dos casos. "A segunda 'onda' passa por cima da primeira, a terceira passa por cima da segunda" e assim por diante, declarou Hallal, que é epidemiologista e foi reitor da Universidade Federal de Pelotas.

[esse professor e ex-reitor é um insatisfeito com o presidente Bolsonaro e foi punido pela Controladoria-Geral da União (CGU). Padece da mesma falta de credibilidade do relator Calheiros, do presidente Aziz, do 'drácula' e outros. Confira em: Dando nome aos bois = punição merecida, justa e necessária.]


sábado, 21 de novembro de 2020

Universidades - Se a lista é tríplice, Bolsonaro escolhe o reitor que quiser

Alexandre Garcia

A  economia brasileira está se recuperando
. Dados da Fundação Getúlio Vargas mostram que houve um crescimento de 7,5% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre. Não é uma alta elevada considerando que no segundo trimestre houve uma queda de mais de 9%. Mas de um trimestre para outro uma alta de 7,5% é um sinal de recuperação econômica — e de emprego, que vem junto.

Coronavac chegou
Em meio ao temor de uma segunda onda do coronavírus no Brasil, que já começou a ser alardeada por alarmistas de plantão, chegou ao país o primeiro lote da Coronavac, a vacina fabricada por um laboratório chinês em parceria com o Instituto Butantan de São Paulo.

A Coronavac é um imunizante considerado tradicional (que usa o vírus inativo) se comparada com as desenvolvidas pelos laboratórios Pfizer e Moderna. Essas estão utilizando o RNA do vírus para produzir a vacina. Até hoje, não temos nenhum imunizante do tipo genético nos calendários de vacinação. A liberação para distribuição e vacinação em massa vai depender da Anvisa. Esse é o órgão que vai fazer os testes de segurança e eficácia.

Escolha de reitor
A Ordem dos Advogados do Brasil entrou com ação no Supremo Tribunal Federal para exigir que o presidente Jair Bolsonaro explique porque nomeou como reitor da Universidade Federal do Piauí o segundo colocado da lista tríplice. [o que move a OAB ingressando com ações estapafúrdias do tipo da em comento, é que a Ordem sente falta do protagonismo que teve no passado, da importância - esquecem que naqueles tempos a OAB tinha na presidência nomes que somavam e serviam à instituição e agora tem nomes que procuram se servir da OAB.]

Há um mês, o Supremo havia determinado, a pedido da OAB, que Bolsonaro deveria nomear o primeiro colocado nestas listas para reitorias das universidades federais. O ministro Edson Fachin, que é o relator do caso no STF, deu cinco dias para que Bolsonaro se explique. Eu acho que o presidente da República tem o direito de nomear quem ele quiser dentro de uma lista tríplice. Não tem sentido ter que nomear o primeiro, sendo que são três indicados e todos eles deveriam ter iguais oportunidades. [Volta ao palco a pergunta:  
- se tem que nomear o primeiro, que sentido há na lista ser tríplice?]

Fraude no azeite

"Óleo de soja extra virgem"
O Ministério da Agricultura proibiu a venda de nove marcas de azeite de oliva sob suspeita de fraude. Suspeita-se que o azeite dito importado da Europa era, na verdade, óleo de soja, lesando os consumidores.

Como não era azeite extra virgem, o valor era mais baixo e, portanto, fazia concorrência desleal para os excelentes azeites brasileiros. Fez muito bem o Ministério da Agricultura.
[informação inserida pelo Blog Prontidão Total:
"O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) proibiu a comercialização de nove marcas de azeite de oliva. O comunicado foi feito à Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). A proibição dos produtos se deve a uma investigação por fraude e declaração falsa de que o conteúdo seria de azeite de oliva extra virgem. Ao todo, nove marcas devem ser retiradas dos mercados.
As marcas sob investigação, que seriam rótulos fictícios, são: Casalberto, Conde de Torres, Donana (Premium), Flor de Espanha, La Valenciana, Porto Valência, Serra das Oliveiras, Serra de Montejunto e Torezani (Premium)."
Transcrito do Bem Paraná.]
 
Alexandre Garcia, jornalista - Gazeta do Povo - Vozes 
 


domingo, 25 de novembro de 2018

O ministério se revela nas manobras

O jogo do ministério, com seus balões de ensaio e boatos, é um divertimento que acaba no dia em que o Diário Oficial publica a lista dos nomeados

Bastidores das escolhas revelam a alma do governo 

Em setembro acreditava-se que o médico Henrique Prata, diretor do Hospital do Câncer de Barretos (SP), podia ser o ministro da Saúde num eventual governo de Jair Bolsonaro. Outra hipótese seria a ida do deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS). Nos dois meses seguintes, pelo menos dois renomados médicos passaram pelo balcão de apostas, e o jogo fechou com a nomeação de Mandetta. Há dois anos, o cirurgião Raul Cutait esteve com um pé na pasta, mas Michel Temer nomeou o deputado Ricardo Barros (PP-PR).

O jogo do ministério, com seus balões de ensaio e boatos, é um divertimento que acaba no dia em que o Diário Oficial publica a lista dos nomeados. Contudo, os movimentos que ocorrem nos bastidores acabam revelando a alma do governo que se forma. Descontada a maneira silenciosa e cirúrgica com que Paulo Guedes forma sua equipe na área econômica, até agora a principal decisão de Bolsonaro foi a transferência do general da reserva Augusto Heleno para o Gabinete de Segurança Institucional. Ele estava designado para a Defesa e foi deslocado pouco depois da escolha de Sergio Moro para a Justiça. Trocou um ministério com gabinete fora do Planalto por outro a poucos metros da sala do presidente.

O Ministério da Educação de Bolsonaro tornou-se uma grelha. Mozart Ramos, diretor do Instituto Ayrton Senna, foi vetado pela bancada evangélica sem ter sido convidado. O procurador Guilherme Schelb, da simpatia dos pastores, viu-se frito. Ao fim do dia, foi escolhido o professor Ricardo Vélez Rodriguez, da Federal de Juiz de Fora (MG), que lecionou na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. Do episódio, resulta que Bolsonaro colocou no Ministério da Educação uma pessoa com quem nunca trocou duas palavras ou leu duas páginas.

A formação de um governo obedece a uma lógica própria. Um terço dos ministros é formado por pessoas que o presidente queria colocar exatamente onde ficaram, como Paulo Guedes. No segundo terço, o escolhido vai para a equipe, mas cai em outro lugar, como Augusto Heleno. No terceiro, entram pessoas que o presidente mal conhecia. A mecânica da formação da equipe acaba sendo tão significativa quanto as escolhas. Temer disse que nomearia notáveis. Armou sua equipe pelo velho método e estabeleceu uma marca na História universal: dois de seus ministros acabaram na cadeia (Geddel Vieira Lima e Henrique Alves). Outros dois tiveram os pais e padrinhos políticos encarcerados (Helder Barbalho e Leonardo Picciani). No governo Dilma, Joaquim Levy pensou que havia sido escolhido para o Ministério da Fazenda, mas caiu num comissariado, do qual fugiu.  Na competição que produz ministros, às vezes ganham relevo aqueles que decidem não sê-lo. Ilan Goldfajn deixou o Banco Central. Já o nome do general da reserva Oswaldo Ferreira para a área de infraestrutura era pedra cantada. Ele participou do planejamento da campanha de Bolsonaro e chegou a dar entrevistas sobre projetos. Decidiu ficar fora do governo.

O ‘imprevisto’ de Moro
O futuro ministro Sergio Moro defendeu a delegada Érika Marena, coordenadora da Operação Ouvidos Moucos, que em 2017 resultou na prisão do reitor Luiz Carlos Cancellier, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Levado para uma penitenciária, ele vestiu uniforme laranja, foi algemado e lá dormiu uma noite. Sua prisão foi pedida pela delegada e a Justiça, que a autorizou, suspendeu-a no dia seguinte, pois não viu no pedido da delegada “fatos específicos dos quais se possa defluir a existência de ameaça à investigação.”


Livre, o professor matou-se, atirando-se do alto de um shopping de Florianópolis. Quando a Ouvidos Moucos foi espetacularizada, Cancellier e outros professores eram acusados de terem desviado R$ 80 milhões de um programa da UFSC. Essa informação revelou-se falsa e foi divulgada antes mesmo que Cancellier fosse ouvido. A cifra referia-se à verba total do programa.

A delegada Érika Marena é considerada uma policial competente e teve um relevante desempenho na fase inicial e decisiva da Operação Lava-Jato. Ao informar que ela assumiria o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça, Moro tratou do caso de Cancellier e disse o seguinte: “Foi uma tragédia, algo trágico e toda a solidariedade aos familiares do reitor, mas foi um infortúnio imprevisto na investigação. A delegada não tem responsabilidade quanto a isso”. Falta definir “infortúnio imprevisto na investigação”. Ou pelo menos, quais são os infortúnios que as investigações podem prever. Prisões desnecessárias, humilhações e espetacularizações talvez estejam entre eles.

OUTRO ESPETÁCULO
Há um ano, noutro caso espetacular, o empresário Ricardo Saud, da J&F dos irmãos Batista, contou que sua organização corrompia políticos e esfriava as propinas usando mais de cem escritórios de advocacia que simulavam serviços. Entre os políticos, estava o deputado Fábio Faria e, entre os escritórios, o do advogado Erick Pereira. (Na sua delação, Saud chamou-o de Erick Faria.) Passou-se um ano, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, chamou Saud de “pretenso colaborador” e pediu o arquivamento do processo porque “não foi possível colher nenhum elemento probatório que demonstrasse que o investigado (deputado Fábio Faria) cometeu os referidos delitos”. E que “a documentação juntada aos autos pelo colaborador em nada demonstra que os eventos que narra ocorreram”. O pedido da procuradora foi atendido pela ministra Rosa Weber, do STF. 


Quanto ao advogado Erick Pereira, ele juntou aos autos as provas dos serviços prestados pelo escritório.  O distinto público foi enganado duas vezes, primeiro pela JBS fazendo-se passar por uma “campeã nacional”. Depois pelos seus donos e diretores enfiando cascalhos nas suas pretensas delações.

BEIJO DA MORTE
Na terça-feira, um veterano parlamentar ouviu um colega do PSOL saudando a possível escolha de Mozart Ramos, diretor do Instituto Ayrton Senna, para o Ministério da Educação.
Foi rápido:  “Já era.”


FOGO AMIGO
Durante a campanha, o general Hamilton Mourão contou que estava lendo uma biografia de seu colega “Stonewall” Jackson. Ele foi um dos maiores generais do Sul rebelde na Guerra da Secessão (1861/1865). Ganhou o apelido de “Muralha” ao conter o inimigo, decidindo a primeira grande batalha do conflito. Era um tipo estranho. Cristão fervoroso, lutava pelo Sul, mas condenava a escravidão.


A vida de “Stonewall” pode inspirar Mourão. Primeiro, porque ele falava pouco e escondia tudo. Sempre ia para a linha de frente, mas numa noite tomou três tiros de sua própria tropa durante uma patrulha noturna. “Stonewall” tornou-se a mais famosa vítima de fogo amigo das forças militares americanas.

 Elio Gaspari - O Globo

domingo, 10 de dezembro de 2017

Caçar reitor virou um hobby exibicionista




Cumprindo mandados de condução coercitiva, a PF deteve o reitor da UFMG Jaime Arturo Ramírez, a vice-reitora, duas ex-vice-reitoras e o presidente da Fundação de Desenvolvimento e Pesquisa 
                                         Fachada da UFMG


Com o estrépito costumeiro, a Polícia Federal varejou a cúpula da Universidade Federal de Minas Gerais. Cumprindo mandados de condução coercitiva, detiveram o reitor Jaime Arturo Ramírez, a vice-reitora, duas ex-vice-reitoras e o presidente da Fundação de Desenvolvimento e Pesquisa. A iniciativa relaciona-se com uma investigação que corre em sigilo. Corre em sigilo, mas um delegado teve a bondade de informar que ela se relaciona com a malversação de algo como R$ 19 milhões na construção de um Memorial da Anistia e de pesquisas relacionadas com o estudo de crimes praticados durante a ditadura.

Levados à sede da Polícia Federal, os professores depuseram e foram libertados, com a imprensa na porta para entrevistá-los e fotografá-los na condição de suspeitos. Os professores viram-se expostos, mas não se apresentou qualquer acusação específica contra eles. Tipo “A” é acusado disso, “B” é acusado daquilo. Não custa lembrar que o reitor da Federal de Santa Catarina estaria envolvido num desvio de R$ 80 milhões. Ele não fora ouvido e não era acusado de ter desviado um só centavo, nem o desvio teria sido de R$ 80 milhões, pois esse era a valor de todo um programa plurianual. Luís Carlos Cancellier matou-se.

Os professores mineiros não foram mandados à carceragem nem proibidos de entrar na universidade, como aconteceu em Florianópolis. Conduzidos à Polícia Federal, lustraram o espetáculo, mas foram para casa. Ficam as seguintes questões:
A lei diz que a condução coercitiva é necessária para levar à delegacia a pessoa que não atendeu a uma intimação. Houve intimação? Nem pensar.
Qual a lógica de conduzir uma pessoa à delegacia, com a publicidade produzida pela autoridade coatora, em cima de um inquérito que corre em sigilo? Voltando-se ao episódio de Santa Catarina, passaram-se dois meses e as autoridades ainda não produziram uma só acusação documentada. Tomara que o façam, porque na operação de outubro foram mobilizados mais de cem policiais.  Se alguém acha que esse tipo de espetáculo doura a imagem dos policiais, procuradores e juízes que investigam ladroeiras, deve suspeitar que se dá o contrário: “o resultado será absolutamente negativo”.

O MARECHAL CASTELO E A FÚRIA CARCERÁRIA
Em maio de 1965 um coronel que chefiava inquéritos militares destinados a investigar a infiltração das ideias esquerdistas em órgãos públicos prendeu o editor Ênio Silveira, cuja casa, a “Civilização Brasileira”, revolucionara o mercado editorial brasileiro.  Ênio era um homem elegante e destemido. Era também comunista, e o presidente Castelo Branco sabia disso. Castelo, por sua vez, foi um general francês metido na anarquia de uma ditadura militar latino-americana.

Nessa fase envergonhada do regime, o escritor católico Alceu Amoroso Lima dizia que estava em curso um “terrorismo cultural”. “Doutor Alceu” tornou-se um capeta na visão dos encarregados de inquéritos.
Depois da prisão do editor, o marechal Castelo mandou um bilhete manuscrito ao general Ernesto Geisel, chefe de sua Casa Militar. Infelizmente esse papel ficou no silêncio dos arquivos por muitos anos. Ele dizia o seguinte:  “Por que a prisão do Ênio? Só para depor? A repercussão é contrária a nós, em grande escala. O resultado está sendo absolutamente negativo. (...)
Há como que uma preocupação de mostrar ‘que se pode prender’. Isso nos rebaixa.

Penso que devemos tomar medidas decisivas. Comprometo-me a amparar os IPMs. Mas não devo estar apoiando uma espécie de chicana policial e judicial.

(...)

Os companheiros do governo se sentem constrangidos. (...).

Os resultados são os piores possíveis contra nós. É mesmo um terror cultural.”

MICHELIN DA CANA
Faz tempo que a cadeia federal de Curitiba livrou a nobiliarquia da Lava-Jato de banhos frios. Discretamente, a empreiteira Mendes Júnior providenciou a instalação de um boiler no pavilhão.
Os companheiros de infortúnio deram o título de “benemérito” ao empresário Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente da empresa e hóspede da carceragem durante alguns meses.


MALVADEZA
De um experimentado conhecedor da política de São Paulo:
“O João Doria é candidato a presidente, a governador e a qualquer outro cargo que lhe permita fugir da prefeitura.”

O AMIGÃO DE LULA
Lula pode chamar seu ex-tesoureiro Antonio Palocci de mentiroso porque contou ao Ministério Público que recebeu US$ 1 milhão do ditador líbio Muamar Kadafi. Contudo, Nosso Guia não deve esquecer o que disse ao Rei dos Reis” em dezembro de 2003, quando visitou Trípoli:
“Quero dizer ao presidente Kadafi que, ao longo dessa trajetória política, assumi muitos compromissos políticos. Fizemos alguns adversários e muitos amigos. Hoje, como presidente da República do Brasil, jamais esqueci os amigos que eram meus amigos quando eu ainda não era presidente da República”.
À época, essas palavras soaram esquisitas, porque não havia como achar laços de amizade que pudessem ter unido Lula e Kadafi. O comissário Palocci sabia do que se tratava.


CORAÇÃO DO JUIZ
Caiu na burocracia do INSS o caso de uma menina, portadora de lesão cerebral, que vivia com a mãe, sob a guarda da avó. A senhora, idosa, sustentava a família com a pensão que recebia depois da morte do marido. Em vida, ela quis assegurar o futuro da criança e requereu sua guarda para transmitir-lhe a pensão. A senhora morreu antes que o processo chegasse a um desfecho, e o benefício da menina foi negado.

Um advogado resolveu lutar pelo caso e, mesmo tendo perdido na segunda instância, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça. Lá a jurisprudência não admite o pedido de guarda formulado por avós para efeitos previdenciários. (Num caso semelhante, faz tempo, o general Emílio Garrastazu Médici adotou uma neta, mas deixa pra lá.) [sobre a rápida citação à adoção feita pelo ex-presidente General de Exército EMILIO GARRASTAZU MÉDICI não é citado - sequer evidências - que a adoção realizou-se para efeitos previdenciários.
Vale lembrar que quando era presidente da República o General Médici adotou uma medida que iria favorecer aos criadores de boi gordo;
antes da entrada em vigor da medida - ocasião em que todos estavam evitando comprar 'boi gordo', aguardando a vigência das novas medidas, portanto, com o preço em baixa - o presidente Médici determinou a seu filho Roberto, que administrava a fazenda, que vendesse imediatamente todo o plantel - medida que foi executada e trouxe prejuízos ao presidente e familiares;
Fica o registro da honestidade do presidente Médici.]
O processo foi para a mão do ministro Luis Felipe Salomão e ele virou o jogo:
“Em momento algum ficou evidenciado que o objetivo único da recorrente seria, repita-se, pura e simplesmente, garantir o recebimento de benefício previdenciário pela neta, mas, acima de tudo, o escopo perseguido era a segurança de sustento para que a menor, com necessidades especiais, tivesse condições dignas de vida e sobrevivência”.
Salomão foi acompanhado por todos os outros ministro da Quarta Turma do STJ, e a menina receberá o benefício.


VISIONÁRIO
De um visionário, olhando para a geleia da sucessão presidencial:
“Sonhei com o novo presidente, mas não consegui reconhecê-lo. Deu para ver o Armínio Fraga no Ministério da Fazenda e o Pedro Parente na chefia da Casa Civil, sendo que ele, ao assumir, colocou um par de algemas sobre a sua mesa de despachos.”

Elio Gaspari -  Folha de S. Paulo e O Globo