Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador semana. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador semana. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 24 de outubro de 2023

Horizonte sombrio - Gilberto Simões Pires

SEMANA MELANCÓLICA

Esta semana, ainda que não tenha acontecido algo que possa ser classificado como - SURPREENDENTE- encerra de maneira -MELANCÓLICA- por conta de descabidas, porém sempre muito focadas, decisões que, sem trégua, vem sendo tomadas pela fantasiosa e irresponsável administração petista desde o início do ano. 

SUBORNO TRANSACIONAL

Como são tantas as arbitrariedades, a escolha das mais impactantes se constitui em MISSÃO PRATICAMENTE IMPOSSÍVEL. Ainda assim é pra lá de importante levar em conta o que diz o relatório da OCDE -Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico-, REPROVANDO E CRITICANDO o lamentável papel do Brasil na COOPERAÇÃO INTERNACIONAL NO COMBATE À CORRUPÇÃO, especificamente em relação ao cumprimento da Convenção contra o SUBORNO TRANSACIONAL. 

ANULAÇÃO DE PROCESSOS POR DIAS TOFFOLI

O relatório, divulgado ontem, 19, destaca um dos pontos que envolve a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, de anular processos resultantes de acordos de leniência da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato. O grupo de trabalho da OCDE observa esse movimento com preocupação, argumentando que ele levanta questões relacionadas à segurança jurídica e à capacidade do Brasil de cooperar judicialmente em casos de suborno internacional.

PRECONCEITO POLÍTICO

Além disso, o relatório da OCDE critica juízes e promotores envolvidos na Lava Jato, apontando a falta de imparcialidade do Judiciário. O documento menciona “preconceito político” em casos envolvendo autoridades e destaca que “promotores federais e um juiz federal agiram com preconceito político em casos envolvendo diversas figuras políticas nacionais, concluindo que o juiz violou o seu dever de imparcialidade. Mais: A OCDE ressalta que a escolha do próximo procurador-geral da República, a ser determinada pelo presidente Lula, será um indicativo importante para a futura trajetória do Brasil no que diz respeito à cooperação internacional e ao combate à corrupção.

  ANÃO DIPLOMÁTICO

A propósito das COSTUMEIRAS BARBARIDADES cometidas -dia sim dia também- pelo governo petista, separei este ótimo texto do jornalista J. R. Guzzo, publicado na Gazeta do Povo de ontem, com o título -ITAMARATY AFASTA CADA VEZ MAIS O BRASIL DAS DEMOCRACIAS QUE DÃO CERTO-. Eis:

Desde que arrumou para si o apelido de “anão diplomático”, por causa da sua hostilidade fútil e mal disfarçada contra Israel, o Brasil só ficou mais anão. Tenta se tornar uma liderança para o Terceiro Mundo, o “Sul Global” e outras miragens, com a pretensão juvenil do Itamaraty em estar sempre contra os Estados Unidos e as democracias bem-sucedidas no mundo. Não conseguiu, até hoje, liderar nem a Guiné Equatorial – mesmo porque não percebe que o Terceiro Mundo quer ser Primeiro, e quem vive no Sul quer fugir para o Norte.

Agora, depois do massacre de 1.400 civis israelenses nos ataques terroristas do Hamas, e fiel à ideia fixa e impossível de ter uma posição “neutra” no conflito, baixou mais um degrau na sua estatura. Tinha, como presidente rotativo do Conselho de Segurança da ONU, a oportunidade de assumir a condição de país adulto. Tudo o que conseguiu foi um veto – a resposta clássica da diplomacia mundial para propostas inaceitáveis, tolas e malfeitas.

Há todo um esforço cômico para passar adiante a ideia de que o Brasil se deu bem – sua proposta “só” foi derrotada pelo veto de “um país”, os Estados Unidos. É como comemorar o gol do Brasil nos 7x1 contra a Alemanha. O veto vale pelos sete que o Brasil tomou; os votos a favor da proposta brasileira valem pelo gol inútil que fez. Ou seja: foi tudo muito bem, só que o Brasil perdeu.

A proposta nasceu morta. Todos, dentro e fora do Conselho de Segurança, sabem que só valem as proposições que não serão vetadas por nenhum dos cinco países que têm direito ao veto. O único trabalho diplomático sério, por isso, é montar uma proposta que possa obter a aprovação dos cinco; é assim há 78 anos, desde a fundação da ONU em 1945. No caso, estava claro até para uma criança de 10 anos de idade que os Estados Unidos iam vetar qualquer resolução que não dissesse, claramente, que Israel tem o direito de defender o seu próprio território. A proposta brasileira se recusou a incluir esse ponto. Deu no que tinha de dar – numa derrota.

Não adianta nada dizer que o Gabão votou a favor do Brasil. O que importa é que a política externa brasileira, mais uma vez, atendeu aos desejos do ministro não oficial Celso Amorim, e não aos interesses do povo e do Estado brasileiros. O Itamaraty afasta o Brasil dos Estados Unidos, da Europa e das democracias que dão certo, social e economicamente; todas elas apoiam Israel. De que forma isso poderia melhorar em alguma coisa a vida real da população brasileira?

A política externa atual coloca o Brasil claramente no campo das ditaduras subdesenvolvidas – Cuba, Venezuela, Nicarágua, Angola, Irã, “Palestina” e por aí afora. Falam nos “BRICS”; nunca mencionam que os dois únicos países que interessam nos BRICS, a China e a Rússia, não estão preocupados em apoiar os interesses do Brasil, e sim no seu entendimento com os Estados Unidos. É uma receita de fracasso.


Ponto Crítico - Gilberto Simões Pires


domingo, 11 de dezembro de 2022

segunda-feira, 27 de junho de 2022

Bolsonaro sobre aborto: 'Se fosse minha filha, ia querer a criança viva'

[Faço minhas, as palavras do Presidente Bolsonaro. CH.]

Presidente citou a filha, Laura Bolsonaro, de 11 anos, para comentar o caso da menina que foi estuprada e teve o direto de negado por uma juíza 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou, neste domingo (26/6), o caso da jovem de 11 anos que fez um aborto depois de ser estuprada.
De acordo com o chefe do Executivo federal, se fosse a filha dele, Laura Bolsonaro, de 11 anos, ele iria querer que a criança ficasse “viva”. Eu acho que não tem lei que pode dizer que o aborto foi legal. A condição que ela estava, com 7 meses, não podia se falar em aborto. Em hipótese alguma. Não se encaixa nessa questão. No sétimo mês de gravidez?", disse Bolsonaro ao programa 4x4 no Youtube.

"Esse feto, não, criança. Essa criança está no IML. Por meio da injeção. Não deixa de ser uma morte violenta”, afirmou.

Neste domingo, Bolsonaro disse que, no caso de estupro de uma mulher, “sempre fica uma dúvida”.  "No caso de estupro, sempre fica uma incógnita. Porque a pessoa diz que foi e não sabe dizer quem foi", disse.
“Minha posição: tenho uma filha de 11 anos. Espero que não aconteça nada com ela. Mas se acontecesse, eu queria que a criança ficasse viva", concluiu.

Vítima de estupro no começo do ano, a menina descobriu estar com 22 semanas de gravidez ao ser encaminhada a um hospital de Florianópolis (SC). Ela teve o direto de aborto negado pela juíza Joana Ribeiro Zimmer. [só no Brasil tentar impedir o assassinato, na barriga da mãe,  de uma criança de 7 meses, tem má repercussão; é sabido que um elevado número de crianças nascem com 7 meses saudáveis e assim permanecem.]

Depois da má repercussão do caso, a jovem pôde obter a finalização da gravidez. 

Política - Correio Braziliense
 

quinta-feira, 11 de junho de 2020

É o jeitão da coisa: feio - Carlos Alberto Sardenberg

Coluna publicada em O Globo - Economia 11 de junho de 2020

Conforme o momento em que se acabe e conforme o tamanho da epidemia, deriva-se o tombo da economia

Diz também que o PIB do próximo subirá 3,5% – número que só será oficialmente conhecido em abril de 2022. De novo, chance zero de cravar o dado. Então, por que se fazem essas previsões? Porque para algo servem. Praticamente todos os países do mundo relevante adotam o sistema de metas de inflação, que é pilotado pelos respectivos bancos centrais. Se a inflação está em alta, em relação à meta fixada, o banco central eleva a taxa básica de juros e inversamente.

Ora, quem opera com as taxas de juros, câmbio, inflação, PIB, etc., são os investidores, empresas e pessoas, por meio das instituições financeiras, nacionais e estrangeiras, que compõem o mercado. Mas também fazem parte desse sistema as principais consultorias econômicas, departamentos de estudos de entidades e de bancos. Logicamente, os bancos centrais precisam conversar com o mercado. O regime de metas funciona bemé até o requisito – quando mercado e banco central sabem o que o outro pensando. Os bancos centrais falam por comunicados oficiais, atas de suas reuniões, relatórios trimestrais de inflação e pelos discursos e apresentações feitos pelos seus diretores.

O mercado fala com seus cenários. Aqui no Brasil, mas de 100 instituições constroem seus cenários macro e os enviam ao BCB. Isso toda sexta-feira. Os técnicos do BC passam o fim de semana tabulando isso e toda segunda-feira, bem cedinho, colocam no site o resumo, o cenário dominante. Por que toda semana se faz isso? Ora, porque a vida muda. No início deste ano , quem poderia prever o tamanho e a gravidade da pandemia? Normal que, naquele momento, bancos centrais e mercados, mundo afora, trabalhassem com perspectiva de crescimento neste ano.

Peguem lá os relatórios do FMI, Banco Mundial, OCDE e os nossos daqui: estava previsto crescimento global, num mundo mais ou menos comportado, a menos das disputas EUA x China.  Os relatórios mais recentes dizem que 2020 vai ser um dos piores anos da história, para todos os países.  Agora, de quanto será a queda de riqueza neste ano?
Aí tem para muitos gostos. Depende das variáveis tomadas com o ponto de partida: a pandemia vai arrefecer quando? Vi ontem um bom estudo econômico  mostrando que a crise sanitária começa a acabar no Brasil em algum momento entre final de julho e início de agosto. Conforme o momento em que se acabe e conforme o tamanho da epidemia, deriva-se o tombo da atividade econômica.

Estão ali várias hipóteses, boa matemática, raciocínio fino. Mas e se amanhã sai uma vacina disponível ao Brasil?
Muda tudo, não é mesmo?  Em resumo, esses cenários são uma visão futura com os dados disponíveis no momento. Por isso, têm que ser constantemente feitos e refeitos. Não tem sentido olhar o cenário de seis meses atrás e dizer: pô, os caras erraram feito. Claro, o senhor e a senhora sabiam de uma Covid-19? Além disso, excluídos eventos radicais, os cenários não vão tão mal assim. Aliás os bancos centrais publicam mensalmente a relação das instituições de mercado que mais acertaram e distribuem uma premiação ao final de cada ano.

Neste momento, as previsões se dividem entre pessimistas, moderadamente pessimistas e catastróficas. Variam conforme o modo como cada país está tratando da pandemia. A crise sanitária está deixando o mundo mais desenvolvido e crescendo entre os emergentes, Brasil à frente. Ter um presidente negacionista e um governo central ruim são os fatores que colocam o país entre os mais atrasados nas políticas de controle da doença e, pois, entre os mais atrasados na recuperação.
Esse é o cenário atual. Não precisa entrar em números – no caso, o jeitão da coisa é o que mais importa. E o mundo não está gostando do que vê aqui. Um problema, porque temos relações externas econômicas muito importantes para a atividade local. E, mais importante, a maioria dos brasileiros também não está gostando que vê.

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista 


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

À espera do show de Gilmar

A poucas horas do início, logo mais à tarde, de mais uma sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), só há uma certeza compartilhada por ministros da mais alta corte da Justiça e experientes advogados com livre acesso aos tribunais superiores: a sessão será de Gilmar Mendes. Não terá para mais ninguém.

Em discussão, o pedido de suspeição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentado pela defesa do presidente Michel Temer, e o de suspensão de uma segunda denúncia contra Temer com base nas delações premiadas do empresário Joesley Batista e do doleiro Lúcio Funaro, ambos presos em Brasília.

Por maioria de votos, o STF deverá rejeitar o pedido de suspeição de Janot, a poucos dias de deixar o cargo. E deixar para outro dia o exame do pedido de suspensão da nova denúncia contra Temer a ser apresentada por Janot antes do fim desta semana. Se dependesse só de Gilmar, os dois pedidos da defesa de Temer seriam atendidos.

Mas não importa. Gilmar não perderá o protagonismo da sessão. Como vem fazendo há muito tempo, baterá duro no Ministério Público Federal, mais duro ainda em Janot, e no mecanismo da delação premiada, uma das razões do sucesso até aqui da Lava Jato. Resta saber se brilhará sozinho ou se algum ministro o enfrentará.

Fonte: Ricardo Noblat - Blog do Noblat - O Globo