Vozes - Gazeta do Povo
Lula, Janja e a comitiva presidencial na chegada a Nova Delhi, na Índia.| Foto: Ricardo Stuckert / PR
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Lula, Janja e a comitiva presidencial na chegada a Nova Delhi, na Índia.| Foto: Ricardo Stuckert / PR
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
Não sou homofóbico nem me correspondem quaisquer outros adjetivos empregados para desqualificar todos aqueles que pensam distintamente de membros politiqueiros de grupos que compõem a sigla LGBTQIA+, e outras letrinhas.
Onde chegamos! Hoje é preciso afirmar essas coisas… Tenho amigos e conhecidos gays, visto que para mim o que importa é o caráter da pessoa.
Verdadeiramente não existe gênero, existe sexo, que biologicamente só pode ser masculino ou feminino.
O que os componentes dessas tribos identitárias fazem entre quatro paredes, eu não tenho nada a ver com isso! Aliás, como esses se comportam, não é problema meu.
O que tenho notado mesmo, é uma peleia forte entre mulheres, trans e gays, situação que creio eu, não poderia se dar de forma distinta. No entanto, o que estamos presenciando a olhos nus, é a tentativa de promoção, e de maneira ainda mais nefasta, a imposição dos valores dessa minoria identitária a toda sociedade.
Eu respeito às escolhas individuais das pessoas, mas isso não quer dizer que eu concorde com a pressão e a influência de interesseiros, no sentido de acabar com a hegemonia dos valores civilizacionais judaico-cristãos, a fim de impor uma outra hegemonia baseada na ideologia de gênero.
Aparenta que essa minoria tem um lobby gigantesco para desbancar aqueles que agora são considerados discrepantes. Nem me fingindo de idiota e de ignorante, posso eu concordar, por exemplo, com mulheres trans competindo contra “frágeis” mulheres nas mais diversas atividades esportivas? Escárnio.
Desnecessário aprofundamentos, é singelo observar o aspecto físico, a trivial questão biológica. Entretanto, para os “guerreiros sociais” da igualdade, aqui não há tipo algum de anomalia. Porém, por óbvio, igualdade significa ausência de diferença.
O Brasil necessitando de crescimento econômico e social, de geração de maiores e de melhores oportunidades para todos, e o foco tupiniquim - quase sempre na contramão - se centra nessa construção social politizada da ideologia de gênero.
O que se está fazendo com à cabeça - e os corpos - de crianças, além do que se pretende executar, é absolutamente destruidor.
Respeito pelo que o outro quer ser, sim; manipulação irresponsável da infância, evidentemente não. Para muitos o que parece ser um caminho “progressista”, a continuar o esforço e a manipulação exercida, irá factualmente nos conduzir a vanguarda do atraso e do retrocesso.
Alex Pipkin - PHD
Passados alguns minutos, com a superação dos problemas "técnicos", Bonner ressurgiu na tela anunciando a perspectiva de "virada" da eleição, com Dilma no encalço da votação de Aécio. Não deu outra. Em seguida Dilma ultrapassou Aécio. E venceu a eleição.
O partido de Aécio,o PSDB, reclamou (pelo menos "fez-de-conta"), mas não conseguiu provar nenhuma irregularidade. Ao que consta, a "coisa" teria sido bem feita, sem deixar vestígios, e o PSDB, "comparsa" do PT, desde o "Pacto de Princeton", assinado por Lula e FHC, nos Estados Unidos,em 1993, onde adotaram a "Política das Tesouras", e a "alternância" no poder desses dois partidos de esquerda, "calou-se para sempre".
Mas o fato de não ter sido provada nenhuma irregularidade na eleição presidencial de 2º Turno de 2014, evidentemente não significa que não tenha havido irregularidade. A verdade é que também jamais foi provado a lisura dessa eleição. Bastaria a "palavra" das autoridades eleitorais? Da palavra "oficial"?
Importante destacar que não se trata aqui absolutamente de qualquer acusação ou insinuação de irregularidade intencional na apuração e divulgação dos resultados, mas tão somente de uma questão que necessariamente deverá ser esclarecida, por quem de direito.
Pasmem, Senhoras e Senhores, mas o mesmo tipo de operação eleitoral acontecido na eleição presidencial de 2014 acaba de acontecer agora, na recente eleição presidencial de Primeiro Turno, em 2 de outubro corrente,na disputa entre Jair Bolsonaro,do PL, e Lula da Silva,do PT.
Bolsonaro estava bem à frente de Lula, até quase o final da apuração, quando de repente vai surgindo uma verdadeira avalanche de votos enchendo a urna de votos para Lula, que logo ultrapassa Bolsonaro. E vence o Primeiro Turno da eleição. Com uma diferença de mais de 6 milhões de votos, cuja origem só "Deus sabe" !!!
Essa história para boi dormir que andam contando por aí sobre a infalibilidade e a certeza da lisura da totalização dos votos nos computadores do TSE não encontra qualquer fundamento no mundo real. Só no da "fantasia". Os computadores são absolutamente "obedientes" à programação humana.
Se o computador é programado para registrar ou "fraudar" a verdade,ele fará isso sem "reclamar". Ele não tem vontade própria. Obedece cegamente à vontade e à programação humana. Nesse sentido,para que teriam servido os "observadores" internacionais que foram convidados e vieram "conferir","avalizar", e certificar a "lisura" das eleições brasileiras?
Fizeram alguma coisa a mais que não fosse igual a assistir a um filme de cinema qualquer? O que eles "observaram"? Sem qualquer participação?
Muitos "misturam" as questionáveis pesquisas de intenção de voto, certamente também manipuláveis e adaptáveis à vontade de quem as encomenda e paga, e que "coincidentemente" aos computadores do TSE também têm favorecido a esquerda e o PT, com as eleições eletrônicas propriamente ditas.
Mas apesar de poderem ter o mesmo objetivo, ou seja,o de favorecer a esquerda, na verdade pesquisa e eleição não podem ser confundidos. As pesquisas podem obter respostas "induzidas" pelo entrevistador, no interesse do respectivo instituto de pesquisas, a serviço de quem encomenda e paga pesquisa, e ao mesmo tempo "induzir"o voto de todos os outros eleitores, ao passo que os computadores podem sim manipular e fraudar o voto, conforme estiverem programados pela ação humana. E quem tem a "chave" pode tudo !!!
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo
Era esperado que as diversas alternativas na eleição se apresentassem
como a salvação da lavoura e apontassem nos adversários sérias ameaças à
segurança, ao bem-estar e ao progresso material e espiritual da
sociedade e dos indivíduos.
As disputas políticas sempre correram por aí mesmo, mas há uns quinze
anos isso exacerbou-se, também pelas frustrações decorrentes da crise de
2008-09 e pela “redessocialização” do debate político e dos mecanismos
tradicionais de formação da opinião pública.
Mas é preferível acender uma vela a amaldiçoar a escuridão, então talvez
valha a pena substituir o lamento pela busca de alguma ideia
construtiva, por mais que possa parecer, ou ser, platitude. Na era da
infantilização generalizada, até as platitudes podem cumprir um papel.
E as platitudes também servem de escudo em tempos de guerra política aberta.
A platitude que proponho desenvolver neste texto é meio óbvia: e se as
diversas forças políticas aceitassem que os adversários, ou inimigos,
continuarão morando por aqui, trabalhando, ganhando a vida, opinando,
candidatando-se, elegendo e sendo eleitos?
Volta e meia, os discursos trazem a necessidade de defender a democracia
e a liberdade. Para algumas narrativas, a Nova República e a
Constituição de 1988 são as grandes “referências democráticas”. [Constituição moldada pela esquerda, concedendo direitos e mais direitos sem a contrapartida de deveres e constitucionalizando coisas que poderiam ser resolvidas por uma simples Portaria; quanto a Nova República foi nela que se iniciou a maior roubalheira, já que ele foi instalada sem o Governo Militar.] Verdade
que a Carta, de tantos enxertos e amputações, acabou desfigurada e anda
meio agonizante.
Aliás, ninguém mais parece estar nem aí para o argumento singelo “mas a Constituição não diz o contrário?”.[conforme bem lembra o articulista, entre os que ignoram o singelo argumento estão os que tem o DEVER, conferido pela Constituição, de guardá-la.]
Principalmente os encarregados de zelar pelo cumprimento dela.
Mas o pilar central da Nova República é (era) outro. Foi-se
estabelecendo ao longo das duas décadas de resistência ao regime
militar, especialmente no declínio dele, um certo consenso a favor de
construir um sistema político em que todas as forças pudessem se
organizar pacificamente, disputar eleições e, caso vitoriosas, governar.
Era, e é, até uma obviedade. Há outros modelos disponíveis na
prateleira, mas se o consenso continua sendo construir uma democracia
constitucional pluralista não há como escapar da alternância no poder.
E, se numa democracia constitucional pluralista a alternância no poder é
apresentada como ameaça à democracia, tem-se um problema. Uma
contradição em termos.
A tentação costumeira é “dar um jeito” de bloquear o acesso de
determinados grupos políticos ao governo. Mas aí vem a complicação: se
uma parte, ainda mais se for uma parte grande, da sociedade está
“minorizada”, com o tempo a própria democracia constitucional perde
sentido.
Será saudável se este processo eleitoral desembocar num resultado aceito
por todos e se a oposição feita pelos perdedores voltar seu locus para
as mobilizações sociais, a opinião pública e o Parlamento, fazendo o
Judiciário retornar para dentro da lâmpada mágica, da caixinha de onde
saiu.
Mas não vai acontecer. Não se vê elemento ou vontade capaz de bloquear a
reação química desencadeada por aqui em 2013. Nada parece capaz de
frear a marcha da insensatez.
Alon Feuerwerker, jornalista e analista político
VOZES - Gazeta do Povo
Entrevista: Jacyr Leal, médico obstetra
Aborto é palavra feia. Um disfarce de liberdade para esconder o assassinato cometido contra o mais inofensivo dos seres, aquele que ainda nem nasceu. Mesmo quando autorizado por lei, é ato associado a motivo torpe e cometido sem qualquer chance de defesa à vítima.
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No Direito Penal chama-se qualificadoras ou agravantes as circunstâncias que tornam um crime ainda mais reprovável. Cometer um atentado à vida de outra pessoa sem ser por legítima defesa, ainda mais quando a vítima não tem forças ou condições de reagir, são motivos mais que suficientes não só para condenação, mas também para aumento de pena.
Melhor seria falar em "defesa da vida" para divulgar a entrevista que fiz com o Dr. Jacyr Leal, médico obstetra, com especialização em medicina fetal e quase quatro décadas de experiência trazendo bebês ao mundo, depois de cuidadoso atendimento a gestantes ou, acolhimento, como ele prefere dizer.
Leia mais: Convicções Gazeta do Povo - Defesa da vida desde a concepção
Aborto ou defesa da vida?
O uso da palavra aborto no título e no texto é estratégico. A intenção aqui é acionar os algoritmos de busca, já que mulheres em desespero com a confirmação de uma gravidez não planejada costumam digitar aborto na internet, em busca de informações sobre formas clandestinas de impedir o desenvolvimento do próprio filho.
Vai que elas caem nesta entrevista e aceitam repensar a proposta que lhes foi imposta por uma sociedade cada vez mais egoísta e movida por ideologia! Vai que aceitam ouvir o que este médico tem a dizer.
Jacyr Leal, na condição de defensor da vida desde a concepção, posiciona-se abertamente contra a ideia de que embriões, fetos e até bebês possam ser esfacelados e arrancados do ventre de suas mães.
O médico não julga ou recrimina as pacientes apenas porque elas, em momento de desespero, não veem outra saída a não ser, livrar-se daquela vida "inoportuna" para resolver o que pensam ser um mero "problema".
Argumentos pró-vida
Depois de quase quatro décadas de experiência atendendo e acolhendo gestantes, Jacyr Leal desenvolveu uma forma bastante contundente de provocar reflexão sobre aborto. O intuito é sempre salvar a vida dos bebês, missão que tem levado a cabo com sucesso na quase totalidade dos casos.
Atualmente o médico grava também vídeos para divulgar suas ideias contra o aborto nas redes sociais e dá palestras para levar adiante a proposta de defesa da vida desde a concepção. O vídeo mais recente publicado em seu canal no YouTube começa com uma série de perguntas.
Lula pró-aborto tenta confundir o debate sobre saúde pública e menospreza a vida
Defesa da Vida: marcha nos EUA revela jovens engajados contra o aborto
"Você concorda que um problema não se resolve matando alguém?
Que uma sociedade não sobrevive com respostas simples?
Você sofre uma afronta e a única solução que enxerga é matar o outro?
Destruir? Abortar?
Me perdoe o modo de tratar esse tema, mas é importante.
Sou obstetra, faço sempre uma criança nascer, nunca, morrer."
Jacyr Leal, médico obstetra, em vídeo disponível no YouTube
Vale a pena acompanhar a entrevista completa e se municiar de mais argumentos para, também você, poder atuar como defensor da vida. Você verá um profissional experiente emocionado até ao falar de vidas oriundas de estupro, situação na qual o aborto é permitido no Brasil. "As crianças costumam nascer com 'a cara da mãe'. E, com certeza, têm avós. Vai deixar o neto deles ser morto?", pergunta o médico segurando o choro, ao revelar o que costuma dizer para gestantes que sofreram violência sexual e engravidaram de forma traumática.
Até mesmo a argumentação do médico sobre dar chance de vida a fetos anencéfalos é digna de consideração.
Cristina Graeml, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
O Globo
A estratégia mais velha do racismo brasileiro sempre foi negar a própria existência. Fica mais difícil combater um inimigo que se camufla. Por isso, as atitudes do presidente e do vice-presidente do Brasil na morte de João Alberto são tão lesivas, porque elas fortalecem a maneira como o racismo sempre prevaleceu no país. O caso revela também um defeito do mundo corporativo que é a inclusão em seus índices de qualidade, de sustentabilidade e diversidade, de empresas sem qualquer compromisso com os valores que aqueles indicadores representam. Engana-se assim o distinto público.
[o mais absurdo é que a presente matéria tenta criar uma situação que não existiu. A morte ocorrida na quinta-feira (19) no estacionamento do Carrefour de Porto Alegre, não apresentou, nem apresenta, o mais remoto, o mais ínfimo indicio que sustente uma hipotética situação de racismo ou mesmo injúria racial.
Mas apesar do fracasso dessa classificação absurda, inexistente, insustentável, muitos tentam ser os Dom Quixote combatendo o Brasil, sob o pretexto de ser racista. Houve uma morte violenta, tudo indica resultado de desentendimento anterior entre a vítima (de homicídio qualificado, não existe o tipo penal homicídio racista = a tipificação efetuada pela Justiça quando do julgamento, exige ser o tipo penal aplicado, previsto em Lei = elaborar as leis, legislar, é competência exclusiva do Congresso Nacional) e os seguranças da Vector, quadro que se sustenta com o depoimento das testemunhas - no tocante ao comportamento estranho do Beto, estilo provocativo, agressivo e que se soma aos seus antecedentes criminais.]
O Carrefour só agora foi expulso da Iniciativa Empresarial pela
Igualdade Racial e, apesar de não fazer parte do índice de
sustentabilidade da B3, estava em outro indicador internacional, em
parceria com a bolsa americana S&P, o Brazil ESG Index. Agora, terá a
participação revista. A pergunta é o que a rede de supermercados, que
já tem tantos antecedentes, fazia nesses indicadores. A B3 tirou a Vale
do índice de sustentabilidade apenas depois do desastre de Brumadinho.
Esses selos de qualidade acabam servindo para enganar.
Os indicadores corporativos atraem investidores e consumidores. O problema é a mistura entre empresas realmente comprometidas com o enfrentamento das desigualdades sociais, raciais, e com a defesa do meio ambiente, com empresas que usam esses índices e iniciativas apenas como maquiagem. A desculpa do Carrefour de que o crime foi praticado por uma terceirizada não a exime. Toda empresa faz exigências na contratação de seus fornecedores e é responsável por eles já que a atuação se dá no ambiente de trabalho. Até por uma preocupação reputacional as empresas teriam que impor código de conduta às empresas fornecedoras. [o proposto neste parágrafo pela ilustre articulista, ultrapassa as fronteiras do absurdo = as empresas terceirizam determinados serviços para reduzir a burocracia, custos e dar maior agilidade na substituição de pessoal e o proposto deixa claro que o Carrefour deveria terceirizar seus serviços e ao mesmo tempo contratar um serviço para prevenir eventuais conflitos entre o pessoal terceirizado e clientes com atitudes imprevistas.
O cliente é importante, mas o terceirizado também tem importância = é um ser humano tanto quanto o cliente.] O que se viu naquela cena revoltante foi um conluio entre o supermercado e a firma terceirizada para o uso da violência contra um cliente. Nada há que diminua a culpa do Carrefour e tudo isso coloca em dúvida os critérios dos indicadores de responsabilidade corporativa. Existem para informar ou para enganar?
Quanto à dupla Bolsonaro e Mourão, ninguém ficou surpreso com essa reação, porque essa é a estratégia mais usada para a perpetuação do racismo. No governo militar chegou-se ao absurdo da eliminação da pergunta cor e raça no questionário do Censo de 1970, deixando uma cicatriz nas estatísticas. [agora a pergunta passou a ser substituída por uma autodeclaração - que por inúmeras vezes tem criado situação que seriam cômicas, caso não fossem criminosas, especialmente nas fraudáveis cotas raciais = que pisoteiam o mérito.] A invisibilidade do problema que atravessa a sociedade brasileira é a forma de dar sobrevida a ele.
As declarações de Bolsonaro e Mourão, mesmo previsíveis, não deixam de ser revoltantes. Elas agridem os negros e ofendem a realidade. ['espancam' o presidente e o vice-presidente da República Federativa do Brasil por não verem racismo onde não existe e ao mesmo tempo se omitem de apontar um único detalhe (real, concreto) que sustente ocorrência de racismo.] Os pretos e pardos brasileiros têm os piores indicadores sociais, enfrentam as barreiras do preconceito onde quer que tentam entrar, são atacados por injúrias raciais que vão minando a autoconfiança e são os alvos mais frequentes da violência policial. Segundo os dados do último Atlas da Violência, um jovem negro tem 2,7 vezes mais risco de morrer vítima da violência do que um jovem branco. [detalhe: grande parte dos jovens negros e também jovens brancos são mortos por jovens negros e também por pardos, brancos, galegos, etc.] Antes de ser eleito, Bolsonaro referiu-se a moradores de quilombo usando uma medida de peso que se usa com animais e afirmou que nem para “reprodutor” eles serviam. Já Mourão disse que o brasileiro tem a indolência do indígena e a malandragem do negro. Mais racistas não poderiam ter sido.
São tantos, tão diários, tão frequentes e visíveis os atos de discriminação a que pretos e pardos estão expostos no Brasil que o presidente e o vice-presidente só conseguiram demonstrar que o governo vive divorciado do país. Governam de costas e agarrados a velhas desculpas esfarrapadas. O racismo tem uma coleção de sofismas para continuar existindo no Brasil e fazendo seu trabalho de dividir os brasileiros pela cor da pele dando mais oportunidades aos brancos e mais riscos aos pretos. Um desses é que o Brasil é miscigenado e por isso não tem discriminação. É mesmo, o que torna ainda mais absurdo o preconceito. Outro é de que nos Estados Unidos houve segregação e aqui não. O Brasil criou um conjunto tão grande de barreiras que segregou os negros mesmo sem ter uma lei.
Não entender o racismo brasileiro é não entender o Brasil, é aliar-se
ao que houve de pior na nossa história para que as desigualdades
permaneçam. Há muito tempo tenho exposto neste espaço a minha profunda
convicção de que lutar contra o racismo é tarefa de cada um de nós,
brancos e negros. É uma luta em favor do Brasil e que tornará o país
economicamente mais próspero, e com uma democracia mais sólida.
Míriam Leitão, jornalista, com Alvaro Gribel, de São Paulo - O Globo