Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Mostrando postagens com marcador uma boa direita. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador uma boa direita. Mostrar todas as postagens
quinta-feira, 2 de julho de 2020
A falta que faz uma boa direita - Carlos Alberto Sardenberg
A Procuradoria Geral da República, sob o comando de Augusto Aras, já
não esconde, nem disfarça: está em campanha para liquidar a Lava Jato, o
conjunto de forças-tarefas organizadas em Curitiba, São Paulo e Rio. O
argumento, alinhado em documento do vice procurador Humberto Jaques de
Medeiros, não chega a dizer que essas forças são ilegais, mas é isso
mesmo que se quer dizer. Ou seja, que a Lava Jato se tornou uma espécie
de monstro fora de controle da cúpula do Ministério Público Federal. E
que não é mais eficiente.
Marcadores:
A falta que faz,
América Latina,
Coaf,
cúpula,
Direito Penal,
Ministério Público,
Polícia Federal,
prisão,
Receita Federal,
segunda instância,
súcia,
uma boa direita,
velho direito
quinta-feira, 1 de agosto de 2019
A falta que nos faz uma boa direita - Carlos Alberto Sardenberg
Coluna publicada em O Globo
Era a hora da direita, entendeu o eleitorado
O voto foi mais anti-PT do que pró-agenda liberal. E deu Bolsonaro, extrema direita autoritária e atrasada
Vou falar francamente, de novo: uma Thatcher, hoje, seria perfeita para o
Brasil. Mas uma Thatcher em grande estilo: líder de partido, ganhando
eleições com uma agenda liberal. Seria bom até para modernizar a cultura
estatizante amplamente dominante no Brasil. Um pouco de história: a longa administração conservadora de Margaret
Thatcher fez o trabalho, digamos, sujo de demitir funcionários
excedentes, cortar gastos públicos, controlar o poder dos sindicatos de
empresas estatais (e depois privatizá-las), além de desregulamentar a
economia, reformar a legislação trabalhista e reduzir a pesada burocracia do Estado.
Depois de um início custoso, com greves e desemprego em alta, funcionou.
Com investimentos privados, o país voltou a crescer e gerar emprego e
renda. Não por acaso, Thatcher ganhou três eleições seguidas. Quando veio o desgaste até normal da administração conservadora, o
serviço principal estava feito. Aí veio Tony Blair com a suave conversa
do “Novo Trabalhismo”: retomada dos investimentos públicos em educação,
saúde e segurança, mas em uma economia livre, aberta e competitiva.
Já entre nós, quando o eleitorado comprou a ideia de que era preciso
desmontar o Estado excessivo e abrir a economia, porque só produzíamos
carroças protegidas, acabou elegendo Fernando Collor, cuja agenda
correta para o momento não resistiu ao caixa de PC. E terminou que a
agenda liberal caiu no colo de Fernando Henrique. FH não liderou um movimento dentro de seu partido e junto aos aliados
para construir uma agenda comum de reformas. Para dizer francamente,
pelo menos no começo, foi tudo no vai da valsa. As trapalhadas seguidas
de Itamar Franco acabaram jogando o Ministério da Fazenda no colo de FH.
Aí valeram a sabedoria e aguda percepção política do professor, que
definiu logo o inimigo imediato — a superinflação — e escalou a equipe
certa para atacá-lo.
Então, foi na sequência: para consolidar o combate à inflação, era
preciso controlar o déficit das contas públicas, para o que eram
necessárias as reformas, incluídas as privatizações. Vindo da esquerda, eleito com base nas novíssimas notas de real, FH
precisou construir essa agenda momento a momento. Excetuada a equipe
econômica, quase ninguém entre seus colaboradores e seguidores estava
preparado para a missão. Tratava-se de uma elite intelectual criada nas
ideias socialistas e social-democratas, que viu ruir o Muro de Berlim e
alcançou o poder em um mundo em que só existia capitalismo —e numa fase
de liberalismo à americana ou “thatcherista”.
Além dessa turma, havia os velhos políticos, todos acostumados a viver
em torno do Estado. A gente até se espanta de ver quanto o governo FH
avançou na agenda modernizadora. Mas, é claro, não terminou o serviço. E parte desse serviço, eis outra
peça do destino, ficou para o governo Lula. É a origem de nossos
problemas atuais; o eleitorados e cansou de uma agenda liberal antes que
ela tivesse sido completada. E elegeu um governo propondo mudar tudo
para a esquerda, mas topando com os entraves causados justamente pela
não conclusão da agenda liberal.
Daí o Lula do primeiro mandato, uma mistura de esquerdismo estatizante e
reformas. Até que se sentiu seguro, jogou fora qualquer coisa perto de
liberal, trouxe os velhos políticos e exacerbou na corrupção. E deu no
governo Dilma, que acabou de desmoralizar a esquerda e a política. Era a hora da direita, entendeu o eleitorado. Mas o voto foi mais
anti-PT do que pró agenda liberal. E deu Bolsonaro, extrema direita
autoritária e atrasada. É verdade que carregou Paulo Guedes, este, sim, um verdadeiro liberal e
que, surpresa, consegue tocar o seu programa. Mas ele não é o
presidente, é demissível. E a política econômica fica constantemente em
risco pelos modos e falas do presidente Bolsonaro.
Tudo considerado, eis o que sempre nos faltou: uma boa direita, moderna,
capaz de ganhar uma eleição com uma agenda liberal e implementá-la
rigorosamente. E depois — por que não? — abrir espaço para uma esquerda
contemporânea. Os dois lados colocando para fora os velhos políticos
corruptos.
Marcadores:
A falta que nos faz,
Bolsonaro,
burocracia,
demissível,
extrema direita,
Fernando Collor,
greves e desemprego,
Itamar Franco,
muro de Berlim,
Paulo Guedes,
superinflação,
Thatcher,
uma boa direita
Assinar:
Postagens (Atom)