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sexta-feira, 11 de maio de 2018

Governo Militar - Bolsonaro compara execuções do regime militar a ‘tapa no bumbum do filho’

O pré-candidato do PSL à Presidência da República, deputado federal Jair Bolsonaro (RJ), comparou as autorizações sumárias dadas pelo presidente Ernesto Geisel  para executar opositores do regime militar no Brasil a uma espécie de punição usada por pais contra seus filhos. “Quem nunca deu um tapa no bumbum do filho e depois se arrependeu? Acontece”, disse o parlamentar à Rádio Super Notícia, de Belo Horizonte, na manhã de sexta-feira, 11.

Documento escrito pelo diretor da CIA em 1974, William Colby, e revelado na quinta, 10, afirma que Geisel, quando assumiu o governo, deu continuidade à política de repressão e execução de presos políticos então praticada por seu antecessor, Emílio Médici. Bolsonaro desmereceu o documento da agência americana de inteligência e defendeu a atuação dos militares à época. “Voltaram à carga. Um capitão tá pra chegar lá. É o momento”, disse, referindo-se à possibilidade de ele ser eleito presidente da República em outubro. Conforme o deputado, essa informação foi revelada por um historiador e nem havia publicada pela imprensa. “Tem que matar a cobra e mostrar o pau. Até na sua casa, com todo respeito, você vê quando você erra”.

[a ascensão de Bolsonaro e as sucessivas derrotas que a esquerda tem sofrido, está deixando toda a corja esquerdista, comunista, lulopetista, desesperada e tentam tudo.


Eventuais determinações dos presidentes militares foram consequência de que o Brasil vivia uma situação de guerra, na qual maus brasileiros buscavam a qualquer custo transformar o Brasil em satélite da União Soviética - URSS e para tanto não vacilavam em assassinar, sequestrar, 'justiçar', sendo a maior parte de suas vítimas inocentes (o ideário da esquerda naquela época, e ainda hoje, era e é o pregado por Marighela: ' “a única razão de ser de um guerrilheiro urbano” segundo reza a cartilha. "O que importa não é a identidade do cadáver, mas seu impacto sobre o público. )

Aos malditos subversivos não interessava a quem matavam e sim apenas matar.
Não era possível combatê-los com  flores.]





Bolsonaro explicou o que acha que ocorreu para que o documento tenha sido produzido. “O que pode ter acontecido com esse agente da CIA? Quantas vezes você não falou no canto? ‘Tem que matar mesmo, tem que bater’. 
Talvez o cara tenha ouvido uma conversa como essa, fez o relatório e mandou. Em seguida, citou matéria publicada na imprensa sobre mortes ocorridas de militantes políticos e militares durante a ditadura. O momento era outro. Ou a gente botava para quebrar, ou o Brasil estava perdido”.

O parlamentar comentou ainda sobre o movimento de resistência da época que ficou conhecido como Guerrilha do Araguaia. “Se tivéssemos agido com humanismo ao tratar esse foco de guerrilha, teríamos no coração do Brasil uma Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). E graças aos militares daquela época, não temos”, afirmou.
“Esse pessoal que disse que matamos naquele momento, que desapareceu, caso estivesse vivo por um motivo qualquer, estaria preso acompanhando o Lula lá em Curitiba. Essas pessoas não têm qualquer amor à democracia e à liberdade. Eles querem o poder absoluto”.

Acordos
Segundo o deputado, que lidera cenários da disputa pelo Palácio do Planalto, ao contrário do que poderia estar ocorrendo com outros pré-candidatos em seu lugar, nenhum partido o chama para conversar. “Se outro deputado, outro político, outro candidato qualquer, tivesse em torno de 20% (nas pesquisas), já imaginou a quantidade de partidos que estaria buscando esse candidato pra fazer acordos para o futuro?”.

O deputado disse saber o motivo de não ser procurado. “Porque eu não faço acordo. Do tipo que eles querem, escondidinho. Eu faço aqui. Ao vivo eu faço. Estou há 27 anos na Câmara dos Deputados, conheço quase tudo lá. Os acordos são outros. O repartimento dos cargos públicos nos ministérios, bancos oficiais, estatais que você sabe onde vai chegar. Falência do Estado e corrupção”.
Agronegócio
Na entrevista, o parlamentar afirmou ser favorável aos alimentos transgênicos e disse que, se eleito, licenças ambientais para produção no campo serão concedidas em 30 dias. Ele disse ainda que pretende unificar o Ministério da Agricultura com o do Meio Ambiente, para “não ter briga”.
Citando Israel, Bolsonaro defendeu a produção de alimentos geneticamente modificados. “Se colocar em prática (transgênicos), aumenta a produtividade e vai ter alimento em abundância. O mundo vai chegar agora em 2024 na casa dos 8 bilhões de habitantes. O mundo cresce em mais de 70 milhões de habitantes por ano. É melhor você comer algo transgênico do que morrer de fome, já que poucos países adotam política de planejamento familiar”, disse.

IstoÉ

PT vai ao TSE para ter dublê de Lula em sabatina

PT vai ao TSE para ter representante de Lula em sabatina de presidenciáveis

Partido diz que ex-presidente está em 'condições adversas', que impedem sua locomoção

[Petistas enlouquecem de vez - Gleisi começa a agir como Jim Jones]

 

 Gleisi Hoffman no Senado - André Coelho / Agência O Globo - Gleisi que além de senadora, é presidente do PT, ré em processo penal no STF, deprimida com as sucessivas derrotas do seu mentor (o criminoso condenado e encarcerado Lula da Silva) nas tentativas de se livrar da prisão, decidiu incorporar as funções de 'pastora', tendo como mentor o pastor Jim Bones, comandante de um suicídio coletivo na Guiana.



O PT ingressou com representação no Tribunal Superior Eleitoral, com pedido de liminar, para garantir a presença de um representante do partido na série de entrevistas com os pré-candidatos a presidente realizada pelo SBT, pelo portal UOL e pelo jornal "Folha de S.Paulo". Assinada pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o documento argumenta que, como líder nas pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem o direito de ter um representante seu, indicado pelo partido, participando das sabatinas.



Lula está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril e cumpre pena de 12 anos e um mês pelo caso do tríplex do Guarujá. Os advogados do ex-presidente tentam na Justiça reverter a prisão, uma vez que a pena foi confirmada em segunda instância mas ainda não transitou em julgado nas cortes superiores.

O PT afirma que a falta de convite à candidatura petista demonstra falta de isonomia e que, apesar das "condições adversas que hoje impedem a locomoção do seu candidato", espera que as empresas cumpram o tratamento isonômico viabilizando a presença de um representante. No documento, o partido afirma ainda que o representante de Lula deve ser negociado com os organizadores da sabatina.  Em reportagem na qual informou ter recebido carta do PT pedindo a participação de um representante de Lula na sabatina, a "Folha de S.Paulo" afirmou que "entende que a candidatura é pessoal, e o nome apontado pelo partido como seu candidato não pode participar da sabatina porque está preso".


O PT protocolou no Tribunal Superior Eleitoral, nesta quinta-feira, uma representação contra UOL, Folha e SBT. Nela, o partido pede ao tribunal uma decisão liminar que obrigue os três veículos de comunicação a incluir Lula, preso em Curitiba desde 7 de abril, num ciclo de sabatinas com presidenciáveis. Assina a peça a senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional da legenda. O PT reconhece no documento que seu hipotético candidato enfrenta ''condições adversas que hoje impedem a locomoção”, eufemismo para cadeia. Mas alega que, como líder nas pesquisas, o preso tem o ''direito'' de ser representado na sabatina por um dublê, a ser indicado pelo partido. [a pretensão do PT é dificil, impossível mesmo, de ser atendida, visto que Lula é um criminoso condenado, preso - prisão confirmada até o presente momento por por DEZENOVE JUÍZES - e sujeito aos rigores da Lei das Execuções Penais que:
-  não permite que presos saiam das celas para comparecerem a debates; 
- não permite que presos sejam entrevistados no interior da prisão  ou por vídeo conferência.
A natureza da sabatina em questão contempla exclusivamente a pessoa do presidenciável, não aceitando prepostos.]

Participam das sabatinas os seis candidatos mais bem-postos na pesquisa do Datafolha. Como Lula, o favorito, está atrás das grades, os organizadores foram compelidos a convidar o sétimo colocado na preferência do eleitorado, Alvaro Dias, entrevistado na última segunda-feira. Para o PT, houve quebra do princípio da isonomia. A legenda pediu às empresas para incluir o representante petista no rol de entrevistados. O pedido foi negado, pois uma candidatura, por pessoal, não é transferível. Quem está no topo do Datafolha é Lula, não o seu dublê.

Paradoxalmente, o PT faz dois pedidos subsidiários ao TSE. Reivindica que o ciclo de sabatinas seja cancelado caso o representante petista não possa participar. Requer também que o evento seja tipificado como campanha eleitoral antecipada, com a imposição de multa de até R$ 25 mil. Quer dizer: incluindo-se um ator partidário para fazer o papel de Lula, tudo é legal. Sem o coadjuvante, as sabatinas passam a ser uma afronta à legislação eleitoral.

Atualizando: Ministro do TSE nega pedido do PT para mandar representante de Lula em entrevistas



Blog do Josias de Souza - O Globo


 

O marqueteiro de Temer


A vida e a obra de Elsinho Mouco, o grilo falante do governo Temer 

Na manhã do feriado do Dia do Trabalhador, o presidente Michel Temer acordou com uma ideia. Resolveu visitar, vislumbrando ver reconhecido seu gesto de solidariedade, o local onde os bombeiros esfriavam os escombros do edifício que desabara horas antes no centro de São Paulo. Bastou Temer tocar os pés na calçada ainda morna para que a maioria dos recém-desabrigados começasse a berrar e entoar palavras de ordem em uníssono. As mais simpáticas eram “Fora, Temer” e “Golpista”. Em poucos minutos, a comitiva presidencial foi escoltada por seguranças até o carro oficial — atingido por chutes e pancadas. Felizmente, a perua Edge preta era blindada.

Assustado e parecendo sinceramente surpreso com a reação do povo, Temer ligou para um de seus principais conselheiros. “Cometi um erro”, reconheceu o presidente, verbalizando o óbvio. Do outro lado da linha, o marqueteiro Elson Mouco Junior, o Elsinho, tentou tranquilizá-lo com platitudes: “O senhor foi ao território do Guilherme Boulos (líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), qualquer político seria hostilizado. Mas poderia ter conversado com o governador para ter articulado uma saída mais tranquila”, disse delicadamente. Temer assentiu. Ninguém mencionou a verdade incômoda: a de que o presidente da República, cujo governo é aprovado por apenas 5% da população, não tem a mínima condição política de se aventurar fora dos palácios de Brasília.

Elsinho Mouco não é um marqueteiro de primeira linha. Não tem grandes campanhas no currículo. Nenhum candidato venceu uma eleição graças a sua inventividade publicitária ou engenhosidade política. Não tem a conta bancária de feras do marketing eleitoral. Tampouco é reverenciado entre os pares do ramo. Suas ideias, não se pode negar, são originais. Também são polêmicas, parecem apressadas, algumas soam engraçadas, e outras, inconsequentes.   Elsinho não vende criatividade nem entrega vitórias. Ele oferece algo tão poderoso quanto: vende trabalho e entrega lealdade. Comporta-se como um lobista, que aprendeu a decifrar a alma dos políticos. Age como alguém que precisa conquistar a confiança do cliente, cortejando-o com simpatia incomum, disponibilidade irrestrita e fidelidade inquebrantável.

Há 15 anos serve Michel Temer em campanhas eleitorais. O presidente, um político que preza imensamente a lealdade e os salamaleques do poder, encontrou seu conselheiro perfeito. A proximidade de ambos não é meramente profissional. Apesar de não possuir cargo formal no governo, Elsinho é o único marqueteiro da história do Brasil que tem gabinete no Palácio do Planalto. Fica no 4º andar, próximo das salas dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (que ocupava a Secretaria-Geral da Presidência até outro dia). Ele é contratado indiretamente para cuidar da comunicação do governo por meio da empresa Isobar, que trata das redes sociais da Presidência — o que justificaria a sala com secretária. O espaço foi uma exigência contratual do próprio Temer, conforme disse em entrevista por e-mail a ÉPOCA.

Elsinho compõe o trio que aconselha Temer em assuntos ligados a sua imagem e a sua comunicação. Os demais são o secretário de Comunicação Social, Márcio Freitas, e o onipresente Moreira Franco, hoje ministro de Minas e Energia. Aconselha, mas não significa que seja obedecido — como se viu no episódio da visita ao prédio que desabou em São Paulo. Temer costuma seguir seus instintos e princípios. Decide, de fato e com frequência, sozinho. Ainda assim, Elsinho tem os ouvidos do presidente. As ideias e as campanhas que saem do Planalto passam por ele.

 

Policiais levam 5 horas em reconstituição da morte de vereadora Marielle - Simulação teve isolamento da área, testemunhas e rajadas de tiros


Policiais civis, militares e homens do Exército terminaram por volta das 4h desta sexta-feira (11) a reconstituição da morte da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), no centro do Rio. O crime completa dois meses na próxima segunda-feira (14). A vereadora e o motorista Anderson Gomes foram mortos quando voltavam de um debate na Lapa, no centro do Rio, e iam em direção à Tijuca, zona norte. No caminho, no bairro do Estácio (centro), um carro emparelhou com o de Marielle e disparou. Ela morreu na hora com quatro tiros na cabeça. 


Por volta das 2h, sacos de areia utilizados para aparar as balas foram colocados e um boneco levado para a cena do crime. Os primeiros disparos que simularam o assassinato de Marielle e Anderson foram efetuados após o toque de uma sirene às 2h49. Foram duas rajadas seguidas, de cerca de quatro tiros cada uma, parecendo uma pistola com repetidor.  A sirene foi novamente acionada às 3h14. Desta vez, foi efetuado apenas um disparo. Nova rajada única de tiros, parecida com a de uma metralhadora, foi disparada às 3h32.


PREPARATIVOS

Os preparativos para a reconstituição do crime começaram por volta das 23h dessa quinta. Para realizar a simulação, duas ruas foram bloqueadas para veículos e pedestres em um perímetro de cerca de 1 km. O espaço aéreo foi restringido a aeronaves e drones também foram proibidos no local.  ​No entroncamento das ruas Joaquim Palhares e João Paulo I, local exato onde a vereadora foi morta, imensas lonas de plástico preto foram estendidas por militares para preservar testemunhas e evitar que imagens fossem capturadas pela imprensa e curiosos. Dois caminhões das Forças Armadas com imensos refletores iluminaram as vias. A imprensa não pode acompanhar a simulação.

Na esquina onde o carro da vereadora foi atingido, policiais colocaram sacos de areia para conter as balas que foram disparadas na madrugada. Um carro do tipo Gol, diferente do da vereadora, serviu de modelo para a simulação.

Em cartaescrita de dentro do presídio, obtida pelo jornal O Dia, o ex-policial também negou participação no crime. Ele também desacreditou o depoimento da testemunha, que seria um ex-colaborador de um outro grupo miliciano. Orlando Araújo chega a citar nominalmente o delator, apesar de sua identidade ter sido preservada na reportagem do diário carioca.  A testemunha que ligou os dois ao homicídio da vereadora alegou ter trabalhado para o grupo e em três depoimentos deu detalhes sobre encontros onde o assassinato supostamente teria sido decidido.  Pelo menos três homens teriam sido mortos depois do assassinato de Marielle, como queima de arquivo. Carlos Alexandre Pereira Maria, 37, o Alexandre Cabeça, e Anderson Claudio da Silva, 48, foram mortos pelos milicianos, segundo a acusação divulgada pelo jornal.


Passava de 1h quando dois carros, um onix branco e um sedan prata, foram usados na reconstituição. Eles manobraram várias vezes, em vários pontos das ruas. Policiais civis fotografavam tudo.   Para manter o sigilo, policiais civis que participaram da reconstituição receberam uma pulseira que dava acesso ao local. Do alto de uma cobertura de um prédio próximo, a reportagem da Folha conseguiu acompanhar a reconstituição.  Além dos investigadores, também estavam presentes o chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) e a mulher de Marielle, a arquiteta Mônica Tereza Benício. Um homem, vestindo balaclava preta para não ser identificado, acompanhava os policiais em vários pontos das ruas. 

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Petistas apostam no apocalipse com o papo de que eleição sem lula é fraude. E o suicídio como uma saída moral



Há petistas apostando estupidamente no apocalipse. E o suicídio como saída moral

Na cabeça dos fanáticos, mantida a inelegibilidade de Lula, o partido não apresentaria uma alternativa

A esquerda é propensa a crenças escatológicas, finalistas. Há, sim, petistas a vislumbrar uma espécie de Apocalipse, com uma era posterior de redenção dos bons e de danação dos maus. A trombeteira é a senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente da legenda e [também ré na Justiça Federal.]  Na cabeça dos fanáticos, mantida —e será— a inelegibilidade de Lula, o partido não apresentaria uma alternativa, o que deslegitimaria a disputa. Teria início, então, um longo “processo de lutas”, de sotaque revolucionário, contra o “governo ilegítimo”, o sistema judicial e o “status quo”. E os mocinhos petistas venceriam os bandidos golpistas...

É delírio de alienados. Mas é certo que custaria caro ao país. Uma avalanche de votos brancos e nulos e a turbulência permanente teriam força para desestabilizar a democracia. Não haveria a menor chance de os companheiros vencerem esse embate no abismo. Ocorre que fanáticos querem ter razão, não vencer. Por isso são tão perigosos. Jaques Wagner e Fernando Haddad resolveram apostar minimamente na racionalidade e fizeram um aceno discreto a Ciro Gomes (PDT). Foram alvos da fúria de Gleisi, a quem Lula enviou uma carta afirmando que flertar com um “Plano B” corresponderia a uma admissão de culpa, o que é de uma espantosa tolice. “Urna não é tribunal”, escrevi (https://abr.ai/2rB0qAR) no dia 6 de setembro de... 2006!

Para as esquerdas, no entanto, o ex-presidente é o modelo de “intelectual orgânico” vislumbrado por um teórico comunista que escrevia compulsivamente na cadeia: Antonio Gramsci (1891-1937). É pouco provável que saiam de Curitiba os novos “Cadernos do Cárcere”. Até porque, goste-se ou não do que Gramsci formulou —e eu não gosto—, ele evidenciava uma aguda compreensão do que estava em curso no seu tempo. Parte do comando do PT não está entendendo nada.  O favoritismo de Lula não abre caminho para a sua absolvição. Fecha. Ademais, as pesquisas não expressam a crença na sua inocência. A maioria diz que ele sempre soube de tudo.  

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STF precisa conter ímpeto em súmula sobre foro



A revisão da prerrogativa para deputados e senadores não deve levar a que a Justiça a estenda de tal forma que invada área institucional do Congresso 

Durou um ano, incluindo pedidos de vista, o julgamento no STF do caso concreto de um político fluminense que aproveitou a gangorra da troca sucessiva de foro para escapar da denúncia de compra de voto pela porta da prescrição.  Na semana passada, enfim, confirmou-se a vitória da maioria que já havia sido formada há tempos, em favor da proposta do ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso, de quebrar a rigidez do princípio do foro privilegiado.

Restrita a deputados federais e senadores, julgados no Supremo, a nova interpretação do foro limita sua aplicação apenas a crimes cometidos pelo parlamentar no decorrer do mandato e em função deste. A não ser nestas circunstâncias, denúncias contra deputados e senadores serão encaminhadas à primeira instância. O ganho para o Supremo é a redução de uma fila de aproximadamente 500 processos e inquéritos, parte dos quais já começou a ser remetida para juízes de primeiro grau. Menos sobrecarregado, o STF terá como fazer tramitar os casos que lhe cabem — além dos parlamentares federais, ministros, o presidente da República e o vice —, sem maiores riscos de prescrições. Além disso, a primeira instância, por suas características, tem mais agilidade para fazer tramitar processos penais. Outra garantia de que a prescrição de crimes não será a regra. 

Mas a conclusão do julgamento no STF levou o Superior Tribunal de Justiça, por exemplo, a fazer uma consulta ao Ministério Público e à defesa sobre se uma denúncia de caixa 2 contra o governador fluminense Luiz Fernando Pezão deverá ser transferida para o juiz da primeira instância, no Rio, que trata da Lava-Jato, Marcelo Bretas.  Como se o veredicto do julgamento do Supremo tivesse alterado o conceito de foro para todas as autoridades — estima-se um total de mais de 50 mil pessoas.  O ministro do Supremo Dias Toffoli, por sua vez, encaminhou quarta-feira à presidente da Corte, Cármen Lúcia, duas propostas de súmulas vinculantes, que, se aprovadas, todas as instâncias terão de segui-las.  Uma estende a restrição de foro a todas as autoridades federais, estaduais e municipais. E a outra elimina das constituições estaduais e municipais esta prerrogativa de autoridades.

Não se pode esquecer, entretanto, que uma proposta de emenda constitucional que mantém o foro especial apenas para presidentes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário foi aprovada no Senado e está na Câmara. A Justiça precisa tomar cuidado para não invadir espaço do Legislativo. O caso do novo foro dos deputados federais e senadores, além de ter sido longamente debatido no STF, está sustentado em argumentos sólidos. A sensatez aconselha a que os juízes esperem uma definição do Congresso, até para evitar serem acusados de legislar em releituras constitucionais.

Editorial - O Globo