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sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Delegado que descobriu assassinos de Marielle vai investigar milícia no Rio - MP do Rio briga na Justiça com Google para identificar ocupantes do carro usado no assassinato de Marielle - O Globo

Giniton Lages
Ontem, o MPRJ fez uma operação contra a milícia no Rio e prendeu o chefe de investigações da delegacia da Barra da Tijuca, Jorge Alves. Os investigadores descobriram que ele mantinha contato com Ronnie Lessa, um dos assassinos [sic]  da vereadora e seu motorista. A delegada Adriana Belém, que até então era a titular da delegacia, entregou o cargo no início da manhã de hoje.

Blog do Lauro Jardim - O Globo

MP do Rio briga na Justiça com Google para identificar ocupantes do carro usado no assassinato de Marielle

Promotoras querem informações sobre donos de celulares que passaram na Transolímpica, último local onde o Cobalt usado na emboscada a vereadora foi visto
 
No dia 2 de dezembro fez um ano que o veículo Cobalt prata com placa clonada e de características semelhantes ao carro usado na emboscada que matou a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes foi visto pela última vez. Câmeras do pedágio da Via Transolímpica, que liga o Recreio a Deodoro, flagraram o veículo suspeito. Não foi possível identificar quem estava nele, mas a notícia trouxe aos investigadores a certeza de que era possível chegar a mais envolvidos no crime e até ao mandante do assassinato. Isso graças à quebra do sigilo dos celulares e dos dados telemáticos de todos os aparelhos dos usuários que passaram naquele dia no lapso temporal de 15 minutos. No entanto, apesar de a Justiça fluminense autorizar a ação, as empresas Google Brasil Internet Ltda e Google LLC recorreram da decisão, impetrando recurso em mandado de segurança no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
 
O imbróglio jurídico persiste. De um lado, Google em seu recurso alega que, ao fornecer os dados,  estaria violando a privacidade e a intimidade do usuário. Sustenta ainda a tese de que a ordem de quebra de sigilo seria genérica, “vedada pela Constituição e pela legislação” do Marco Civil da Internet. Do outro, a promotoria argumenta que a quebra de sigilo se justificaria por atingir o interesse público, uma vez que, com a quebra, seria possível chegar à autoria e no mando de um crime.


O MP do Rio ressalta também que a morte da parlamentar foi uma afronta aos direitos humanos, atingindo repercussão internacional. [qualquer uma das mais de 60.000 mortes que ocorriam, por ano, até 2019, é uma afronta aos direitos humanos;
priorizar a investigação de um homícidio apenas por ser a vítima uma política, é também uma afronta aos mais de 60.000 mortos e aos seus familiares.
Todos são iguais perante a lei - principio na ONU e na Carta Magna do Brasil - o que torna as investigações sobre assassinatos da mesma importância. ] Ao recorrer, as companhias não obedeceram à ordem judicial do juiz do 4º Tribunal do Júri, Gustavo Kalil, responsável por julgar o caso Marielle e Anderson.

VEJA:Entenda o que já foi revelado sobre os assassinatos de Marielle e Anderson

Nas alegações finais do Incidente de Deslocamento de Competência (IDC) de número 24, no qual a promotoria diz não haver motivos para a federalização do caso Marielle, o MP do Rio argumenta que não haveria exposição dos usuários. A proposta é levantar os dados das pessoas  que passaram pelo pedágio da Transolímpica, entre 11h05m e 11h20m, no dia 2 de dezembro de 2018, data em que o veículo foi flagrado no local. Assim, a partir das pesquisas seria possível saber, por exemplo, se em algum momento eles pesquisaram algo que ligasse à execução de Marielle e Anderson. Em certo trecho das alegações finais do IDC 24, o MP estadual sustenta: “A importância da localização de tal veículo é que a investigação conduzida poderá viabilizar o reconhecimento de outros envolvidos, no que se relaciona à clonagem do veículo, como também, em relação ao mandante do crime”.

Se a empresa Google liberar as informações, os investigadores acreditam que terão também a oportunidade de pôr o sargento reformado da Polícia Militar, Ronnie Lessa, e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, ambos presos pela morte da parlamentar e o motorista, dentro do Cobalt. Atualmente, a defesa dos réus argumenta que a dupla não foi flagrada dentro do carro, pois não há imagens que provem tal situação.  A promotoria e a Delegacia de Homicídios da Capital (DH) sustentam que as pesquisas feitas por Lessa sobre endereços frequentados por Marielle, além de uma análise da compleição física do sargento, a partir de programas de computação. A perícia do MP fez a comparação a partir das imagens do braço dele no banco de trás do Cobal, flagrado por uma câmera na Rua dos Inválidos, próximo a Casa das Pretas, onde o carro de Marielle e Anderson começou a ser seguido.

Ao pedir vistas do processo, o Ministério Público Federal se posicionou ao lado do Google. Em seu parecer, o MPF defendeu que haveria violação do direito à intimidade das pessoas que passaram pela via na data. A situação acirrou os ânimos entre os dois ministérios públicos, federal e estadual, que já disputam a atribuição para investigar o Caso Marielle. Antes de deixar o cargo, a ex-procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em setembro, pediu ao STJ que as investigações fossem para o âmbito federal, ou seja, que fiquem sob a cargo do MPF e da Polícia Federal.

Facebook também recorre para não divulgar dados
Além do Google, o Facebook também recorreu da decisão em primeira instância no fornecimento de dados de 82 aparelhos de celulares ligados a milicianos que integram o grupo de matadores de aluguel, ao qual Lessa pertence, segundo as investigações. A organização criminosa atua principalmente a serviço da contravenção, mediante pagamento de vultosas quantias, segundo o MP do Rio.

Apesar de a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, por unanimidade, não ter acatado o pedido do Facebook, a empresa, como fez o Google, também recorreu. A promotoria chegou a argumentar que o Facebook “insiste em prejudicar a investigação das autoridades estaduais, para tanto, sustentando que inexiste qualquer dispositivo legal que determine aos provedores de aplicação de internet a obrigação de armazenar o histórico de buscas realizadas pelo usuário”. A fim de justificar a quebra, o MP do Rio sustenta ainda que o serviço de inteligência já detectou “sérios indícios” do envolvimento desse grupo na morte de Marielle e Anderson, que ficariam mais consolidados com os dados telemáticos fornecidos pela empresa.

A promotoria alfineta as empresas ao ressaltar que a privacidade é desprezada por elas, ao fornecer dados dos usuários para a  venda de produtos direcionados ao gosto dos clientes: “Ora, é lógico que o Facebook possui acesso aos dados relativos às buscas realizadas em sua rede social, utilizando-os, dentre outros fins, para possibilitar que as empresas anunciantes no ambiente virtual promovam suas campanhas de marketing e de vendas de forma segmentada, direcionada ao público-alvo a ser atingido”.

Google responde em nota:
"Não comentamos casos específicos. Gostaríamos de dizer que protegemos vigorosamente a privacidade dos nossos usuários ao mesmo tempo em que buscamos apoiar o importante trabalho das autoridades investigativas, desde que os pedidos sejam feitos respeitando preceitos constitucionais e legais."


Pistas para confundir investigação
As investigações do caso Marielle revelam que os assassinos pensaram nos mínimos detalhes do crime, evitando deixar rastros. O Cobalt não foi apreendido até o momento e deixou de circular desde que foi flagrado na Transolímpica, há um ano. A arma usada no crime, uma submetralhadora HK MP5, segundo os peritos da Polícia Civil, também não foi encontrada. A polícia suspeita que ela tenha ido parar no fundo do mar da Barra da Tijuca, descartada por ordem de Lessa, assim que ele foi preso.

Para confundir as investigações, foi utilizada munição do lote UZZ 18 com mais de 1,8 milhão de balas produzidas, inclusive de vários calibres. As que mataram Marielle e Anderson eram de calibre 9mm. A polícia e o MP prosseguem nas investigações para descobrir quem mandou matá-los, além do motivo do crime.

Rio - Jornal O Globo


terça-feira, 9 de abril de 2019

Entra em campo a Comissão Arns

Defensores de direitos humanos veem ameaça de retrocesso sob Bolsonaro. O grupo vai apurar violações em favela do Rio e terra indígena da Amazônia

[comentário 1: a denominação mais adequada para essa turma é 'defensores dos direitos dos manos';

eles só aparecem quando elementos envolvidos com a lei, alguns até réus confessos, são as 'vítimas';

em 2017, tombaram assassinados por bandidos, quase 150 policiais militares e nenhum deles mereceu a suprema honra (ou sendo a turma formada ao que tudo indica por defensores dos direitos dos manos, suprema desonra é uma classificação mais adequada) da presença de um representante dos tais defensores no sepultamento ou mesmo uma declaração de apoio;

é de se esperar que logo a turma se ocupe em demonizar os militares que por uma fatalidade, tudo indica por um equívoco que qualquer ser humano pode cometer, causaram a morte do músico Evaldo;

claro que eles também, ao se aproximar o dia 14 do mês, terão que fazer o barulho que fazem desde março 2014 devido a morte da vereadora Marielle e seu motorista Anderson, cobrando a identificação e punição dos assassinos e de eventuais mandantes - afinal, nada  garante que os dois acusados que estão presos preventivamente sejam os autores do crime, visto que provas, caso existam, são desconhecidas.

Não defendemos criminosos e pugnamos para que todos, sem exceções, sejam punidos com severidade e Justiça, o que inclui, sem limitar, os assassinos da vereadora psolista e do seu motorista.]  

A Comissão Arns escolheu dois casos para denunciar violações aos direitos humanos desde a posse de Jair Bolsonaro. O grupo cobrará explicações sobre a ação policial que deixou 15 mortos no morro do Fallet-Fogueteiro, no Rio. Em outra frente, vai contestar o plano de construir um linhão de energia na terra indígena Waimiri Atroari, em Roraima. [comentário 2: a comissão Arns deveria, até mesmo por uma questão de isenção, imparcialidade e respeito aos direitos humanos, denunciar os 'defensores de direitos humanos' que violaram os direitos humanos dos policiais militares que foram acusados injustamente de matarem o servente Amarildo (cujo corpo até hoje não foi encontrado, se é que existe um cadáver);
 
a acusação foi injusta tanto que dos PMs acusados, os quatro já submetidos a julgamento foram absolvidos.
 
Quanto ao linhão, sua construção  é uma questão de respeitar os direitos humanos dos habitantes de Roraima, estado que vive sofrendo apagões - mais de meio milhão de seres humanos (portanto,  com direito aos tão defendidos direitos humanos) devido os índios Waimiri Atroari, que em número de centenas ocupam uma reserva com milhares de hectares - improdutivos por falta de disposição para cultivar e explorar a terra.]

O anúncio será feito hoje, em São Paulo. Será o pontapé inicial da comissão, que reúne juristas, intelectuais e ex-ministros que atuaram nos governos Sarney, FH, Lula e Dilma. Eles veem risco de retrocessos na gestão de Bolsonaro, que tem longo histórico de embates com defensores de direitos humanos. O Ministério Público já investiga a operação no Fallet-Fogueteiro, no início de fevereiro. A PM afirma ter reagido a um ataque de bandidos, mas parentes dos mortos acusam os policiais de execução. Para o presidente da comissão, Paulo Sérgio Pinheiro, o caso tem as características de uma chacina. [comentário 3: a regra não muda: Polícia leva vantagem em confronto com bandidos, que tombam mortos = chacina;
policiais são mortos por bandidos = silêncio total por parte dos que se dizem defensores dos direitos humanos.]

As irregularidades são enormes. A polícia recolheu os corpos antes da chegada dos peritos. Testemunhas disseram que houve tortura e que todos estavam rendidos antes de serem baleados”, afirma. O governador Wilson Witzel elogiou a operação e disse que os policiais agiram “para defender o cidadão de bem”. “O que nos assusta é a celebração da morte. O Estado não pode promover execuções em nome da luta contra o crime”, rebate Pinheiro.

Titular dos Direitos Humanos no governo FH, ele diz que o pacote de Sergio Moro, que amplia o conceito de legítima defesa de agentes do Estado, representa uma “licença para matar”. “Essa proposta pode consagrar a impunidade no Brasil. Isso não é política de segurança. É uma forma de enganar a população”, critica. A comissão também vê ameaças aos povos indígenas no governo Bolsonaro. Em fevereiro, o presidente assinou um decreto para transformar o Linhão de Tucuruí em projeto de “interesse da política de defesa nacional”. Isso abriu caminho para que a obra seja iniciada sem a permissão dos waimi-atroari.

Na ditadura militar, a etnia foi ameaçada de extinção pela abertura da BR-174. O relatório da Comissão Nacional da [IN]Verdade cita confrontos com o Exército e afirma que a população local foi reduzida de três mil para 332 pessoas. “Este caso ilustra o que o novo governo tem dito a respeito dos povos indígenas. Há grande potencial de novos conflitos”, alerta Pinheiro.
 
Bernardo Mello Franco, jornalista - O Globo
 
 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Anistia Internacional aponta contradições no caso Marielle, sem solução há 11 meses

[conforme este Blog 'profetizou', confira aqui,  aqui e aqui, é chegar próximo do dia 14 e começam as manifestações para que a investigação de dois assassinatos passem a ser prioridade em um País no qual em um só ano ocorrem mais de 60.000 homicídios.

Já chegaram ao absurdo de propor priorizar a investigação dos dois homicídios até mesmo em relação ao atentado sofrido pelo presidente Jair Bolsonaro.

Uma senhora que representa a 'anistia internacional' - cujo nome, apesar de sua importância (ou falta) não lembramos - está ficando tão conhecida pelas suas apresentações mensais na TV, que tudo indica pretende nas próximas eleições logo ser candidata a vereadora pelo Psol, com chances de ganhar uma quarta suplência.]

ONG apresenta dados e informações nesta quarta-feira (13). Vereadora e o motorista Anderson Gomes foram mortos em 14 de março de 2018. 

Um novo levantamento apresentado pela Anistia Internacional, nesta quarta-feira (13), sobre aa mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes indicam possíveis incoerências e contradições no decorrer das investigações. Na quinta (15), o crime completa 11 meses, ainda sem resposta.

Um documento intitulado “O labirinto do caso Marielle Franco e as perguntas que as autoridades devem responder” apresenta uma lista de 20 perguntas sobre pontos críticos que até hoje não foram esclarecidos.
“O que já foi revelado publicamente sobre o assassinato de Marielle levanta sérias preocupações da Anistia Internacional em relação a possíveis negligências, interferências indevidas, ou o não seguimento do devido processo legal durante as investigações. As autoridades devem responder às perguntas que agora são feitas sobre pontos críticos do caso. A Anistia Internacional continuará monitorando o caso até que todas as perguntas tenham sido respondidas e o caso, solucionado” afirma Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil. 

[a 'anistia internacional' é livre para monitorar o que quiser - tudo indica que não utiliza recursos públicos do Brasil, com isso não podemos fiscalizar as doações de outras fontes que ela desperdiça.

Um ponto é certo: as investigações sobre as duas mortes prosseguem, só que na companhia de milhares de outras - não há fundamento legal para priorizá-las.
Apesar de que os assunto internos do Brasil dizem respeito apenas aos cidadãos brasileiros - os que mesmo sendo brasileiros estão a serviço de entidades estrangeiras devem respeitar a SOBERANIA do Brasil.]



quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Bolsonaro diz ser contra indulto a presos pouco antes de STF julgar o tema e OEA exige que Brasil garanta a segurança de deputado federal do Psol

Bolsonaro diz ser contra indulto a presos pouco antes de STF julgar o tema

O presidente eleito fez a declaração em sua conta no Twitter. O STF retoma a discussão sobre o indulto de Natal nesta quarta-feira

O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira (28/11), que, se houver indulto de Natal para presos neste ano, "certamente será o último". A declaração foi feita em sua conta pessoal no Twitter. "Fui escolhido presidente do Brasil para atender aos anseios do povo brasileiro. Pegar pesado na questão da violência e criminalidade foi um dos nossos principais compromissos de campanha. Garanto a vocês, se houver indulto para criminosos neste ano, certamente será o último", publicou.

Indulto de Natal

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma a discussão sobre se condenados por corrupção podem ser beneficiados com o Indulto de Natal nesta quarta-feira (28/11). O indulto é uma espécie de perdão da pena que costuma ser concedido pelo presidente da República anualmente, às vésperas do Natal.  Em dezembro do ano passado, o presidente Michel Temer editou um decreto de indulto natalino que causou polêmica, por ser considerado "brando" por entidades ligadas ao combate à corrupção. A regra anteiror dizia que só poderiam ser beneficiadas pessoas condenadas a no máximo 12 anos e que, até o dia do Natal, tivessem cumprido um quarto da pena, além de não serem reincidentes.



Entre as mudanças mais polêmicas do decreto de Temer, estavam o não estabelecimento de um período máximo de condenação, a redução para um quinto do tempo mínimo de cumprimento da pena e a possibilidade de perdão a crimes de peculato, corrupção, tráfico de influência, praticados contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro e ocultação de bens, que poderia beneficiar condenados pela Operação Lava Jato.

Debate no Supremo


Nesta quarta-feira, o plenário do STF retoma o julgamento da ação que questiona a validade das regras do indulto concedido por Temer. Alguns pontos do texto foram suspensos já em dezembro do ano passado pelo STF. Em março deste ano, uma liminar do relator do processo, ministro Luís Roberto Barroso, confirmou a decisão e suspendeu a aplicação do benefício para os crimes chamados de colarinho branco.  Nesta quarta-feira, os ministros começam a votar a matéria, e podem manter ou derrubar a decisão de Barroso. Dentro da Corte, há uma expectativa de que o placar seja bastante apertado.

A possibilidade de a maioria dos 11 ministros derrubar a decisão de Barroso foi citada em rede social pelo procurador Deltan Dallagnol, da força-tarefa da Lava Jato, na última segunda-feira. "Indulto de Temer de 2017 tentou perdoar 80% da pena dos corruptos. STF suspendeu e pode liberar nesta 4ª feira. A corrupção compensará. Este parece q será um fim de ano difícil para a Lava Jato, que continua precisando do seu apoio", escreveu o procurador. Membros da Lava-Jato chamaram para um tuitaço contra o indulto

Sinalização para este ano
Na avaliação do Palácio do Planalto, a decisão de Barroso invadiu a competência exclusiva do presidente da República de definir as regras do indulto. O pedido para barrar o decreto de Temer foi feito pela Procuradoria-Geral da República. Na semana passada, quando o julgamento do caso foi iniciado no plenário da Suprema Corte com as sustentações orais, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse que o indulto sancionado no ano passado ampliou desproporcionalmente os benefícios e criou um cenário de impunidade no País, "sem uma justificativa minimamente razoável".

Na decisão provisória (liminar), o ministro Barroso também aumentou o período de cumprimento de pena para pelo menos um terço, permitindo indulto somente para quem foi condenado a mais de oito anos de prisão.  O julgamento do indulto de 2017 pelo plenário do STF é importante sinalização para o encaminhamento do benefício neste ano. A proposta formulada pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), do Ministério da Justiça, já foi entregue ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. A decisão liminar de Barroso foi considerada na proposta feita pelo conselho.

O texto, que ainda pode mudar nas mãos do presidente da República, responsável por sancionar o indulto, exclui o benefício aos condenados por uma lista extensa de crimes, como aqueles relacionados ao combate à corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de drogas.


Com informações da Agência Estado

OEA exige que Brasil garanta a segurança de deputado federal do Psol  


 [quando a OEA restabelecer o 'mínimo' de direitos humanos na Venezuela e Nicarágua, poderá pedir permissão para 'sugerir' alguma coisa ao Brasil, jamais exigir.

Enquanto não mostrar que é capaz de conter os assassinatos naqueles países, a OEA tem que respeitar a Soberania do Brasil, deixando que os brasileiros - legitimamente representado pelo Governo eleito democraticamente pelo POVO - resolvam seus problemas.

O documento da OEA fazendo exigências para proteger o deputado 'cuspidor' tem o mesmo valor da 'ordem' dada por aquele comitê de boteco, da mesma organização, mandando soltar o Lula.]


A Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ligada ao órgão, concedeu medidas cautelares ao deputado do PSol,  exigindo que o Estado brasileiro zele por sua vida

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA), enviou ao deputado federal  do PSol-RJ,  documento no qual concede a ele medidas cautelares e informa que exigiu do Estado brasileiro providências para zelar pela vida e segurança do parlamentar. A informação foi divulgada pela colunista Mônica Bergamno, da Folha de S Paulo, e confirmada pelo Correio com a assessoria do deputado.

O pedido de medida cautelar foi feito à CIDH pelo próprio deputado, ao relatar ameaças de morte que vem recebendo. O órgão considerou que o político "se encontra em uma situação de gravidade e urgência, posto que seus direitos à vida e à integridade pessoal estão em grave risco". O documento também pediu proteção à família do parlamentar e cobrou investigação dos fatos denunciados. 
Em nota, a assessoria do parlamentar afirmou que as ameaças aumentaram durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff e ficaram ainda mais frequentes depois do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ). De acordo com a assessoria, o parlamentar pediu escolta oficial e circulação em carro blindado, o que teria restringido "seus movimentos durante a última campanha eleitoral".   A equipe do deputado também afirma  ser o parlamentar alvo de graves calúnias, fake news e campanhas difamatórias, segundo as quais o deputado desejaria obrigar crianças a mudar de sexo, implantar a religião islâmica nas escolas e censurar a Bíblia

Assassinato
Em março deste ano, a vereadora Marielle Franco foi assassinada. O ministro da Segurança Raul Jungmann colocou a Polícia Federal à frente das investigações após afirmar que o crime envolve políticos "poderosos" que atrapalham as investigações. Jungmann também disse que "não há garantias" de que o caso seja elucidado este ano ainda. [o assassinato da vereadora e do seu motorista, foi apenas mais dois assassinatos em milhares e milhares dos que ocorrem no Brasil e em sua maioria permanecem impunes - só em 2016 ocorreram mais de 62.000 assassinatos.
Considerando que uma vida humana de qualquer pessoa, tem o mesmo valor da vida de qualquer ser humano, não há nenhum amparo legal para que o caso da edil do Psol, tenha prioridade sobre os demais assassinatos. ]

Visita ao Brasil
A CIDH fez uma visita ao Brasil, entre 5 a 12 novembro de 2018, em função de um convite do governo brasileiro realizado em novembro de 2017. O objetivo era observar a situação dos direitos humanos no país.[o governo autor do demagógico convite, acaba no próximo dia 31.]

No documento preliminar sobre as observações feitas, especialistas relatam as condições multidimensionais da pobreza no país, além dos impactos da desigualdade e discriminação. No texto, a CIDH chamou a atenção para o grave contexto de violações aos direitos humanos das mulheres negras e juventude pobre da periferia.

Correio Braziliense


domingo, 29 de julho de 2018

Parte dos jovens ataca direitos humanos sem ter ideia do que isso seja


A proporção de jovens eleitores de 16 e 17 anos aumentou de 23,9% para 29,5% da última eleição para cá, segundo análise da Folha de S.Paulo sobre dados do IBGE e do Tribunal Superior Eleitoral. Isso representa um aumento de 250 mil pessoas entre os alistados para votar nessa faixa etária. O que, segundo a reportagem, é a primeira alta desde 2006.
Essa geração foi influenciada pelas Jornadas de Junho de 2013 e pelo processo de impeachment de Dilma Rousseff. Mas sua trajetória vem sendo construída na vivência diária, na percepção de diferentes identidades, no entendimento dos processos de opressão e exclusão. 

É inegável, nesse sentido, o impacto da ação dos coletivos feministas, LGBTT, negros, indígenas em escolas e comunidades. Apesar de ainda estarem longe de garantirem a dignidade prevista na Constituição, já mudaram não apenas a forma como o conteúdo de debates da esfera pública. Fazendo com que nós, homens, héteros, que não fazemos parte de minorias étnicas oprimidas, tivéssemos que escutar e mudar. Ou seja, reside neles a esperança de um mundo menos viciado em preconceito que o nosso.
Mas a safra de novos eleitores inclui grupos que pensam de forma oposta. Discursos misóginos, homofóbicos, fundamentalistas e violentos têm atraído rapazes que, acreditando serem revolucionários e contestadores, na verdade agem de forma a manter as coisas como sempre foram. Creem que estão sendo subversivos lutando contra a ''ditadura do politicamente correto'' – que, na prática, se tornou uma forma pejorativa de se referir aos direitos básicos que temos por termos nascido humanos. Tratei desse tema no ano passado mas, diante da análise publicada pela Folha, achei por bem resgatar a reflexão.

Essa ditadura, claro, é uma ficção. Se direitos fundamentais fossem respeitados não haveria fome, crianças trabalhando, idosos deixados para morrer à própria sorte, pessoas vivendo sem um teto. Não teríamos uma taxa pornográfica de mais de 60 mil homicídios por ano, nem exploração sexual de crianças e adolescentes, muito menos trabalho escravo. Aos migrantes pobres seria garantida a mesma dignidade conferida a migrantes ricos. Todas as crenças seriam respeitadas. A liberdade de expressão seria defendida, mas os incitadores de crimes contra a dignidade seriam responsabilizados. Se direitos humanos fossem efetivados, não teríamos mulheres sendo estupradas, negros ganhando menos do que brancos e pessoas morrendo por amar alguém do mesmo sexo. Marielle Franco não teria sido morta duas vezes – na primeira, seu corpo com alvo, em uma emboscada, e a segunda, sua reputação, na internet. O que temos, em verdade, é um status quo sendo contestado, o que provoca pânico em muita gente. [mais uma vez expressamos o nosso pesar pelo assassinato da vereadora e do seu motorista (Anderson, raramente mencionado) e também pelos mais de 60.000 assassinados e reiteramos nossa posição de que todas os assassinatos devem ser investigados da mesma forma;

não tem o menor fundamento - ao contrário, é até uma agressão aos direitos humanos dos mais de 60.000 assassinados e aos seus familiares - que um assassinado por ter vitimado uma política mereça uma investigação completa (apesar de até agora ineficiente) com ampla utilização dos escassos recursos policiais enquanto mais de 60.000 não são investigadas com afinco.

Por acaso, a vida de um político vale mais do que a vida de um jovem desempregado? ou de uma criança morta na favela? 
ou de um pai de família assassinado durante um assalto.]
 
Parte dos jovens também abraça esses discursos como reação às tentativas de inclusão de grupos historicamente excluídos, como mulheres, negros, população LGBTT.  Há rapazes que veem na luta por direitos iguais por parte de suas colegas de classe ou de coletivos feministas uma perda de privilégios que hoje nós, os homens, temos. Nesse contexto, influenciadores digitais, formadores de opinião e guias religiosos ajudam a fomentar, com seus discursos violentos e irresponsáveis, uma resposta violenta dos rapazes à luta das jovens mulheres pelo direito básico a não sofrerem violência.  Qual o contexto de tudo isso? Há um público jovem insatisfeito que vê seus pais reclamarem de que as coisas estão mudando para pior, desrespeitando as ''tradições''. Que ouve seus ídolos na internet reclamarem que antigamente é que era bom, quando podíamos contar piadas sobre outras pessoas sem sermos criticados. Que assiste a vídeos que bradam que a exigência por igualdade cria discórdia onde antes havia paz e gera divisões onde tudo funcionava bem. Funcionava bem para quem?
 
Clique aqui e saiba mais do que os defensores do politicamente correto são capazes de fazer

Matéria completa, clique em Blog do Sakamoto
 

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Superintendência do Rio tem o maior número de armas desviadas da Polícia Federal no país



Foram 80 armas e 483 projéteis extraviados nos últimos 11 anos na sede fluminense

Um levantamento da direção-geral da Polícia Federal revela que nos últimos 11 anos cerca de 20% de todas as armas que desapareceram dos estoques da PF no país saíram da Superintendência do Rio. A instituição informou que foram extraviadas 404 armas em todo território nacional, sendo 80 delas da sede fluminense: uma média de sete armas por ano que foram alimentar o crime organizado. O rastreamento, assinado pelo delegado Fabrício Schommer Kerber, diretor de Administração e Logística (Dlog) da PF, mostra ainda que, no mesmo período, 483 projéteis de vários calibres — incluindo de fuzis, submetralhadoras e pistolas — desapareceram dos estoques da Polícia Federal do Rio.

A PF de São Paulo, que aparece em segundo lugar no ranking, teve 38 armas (e 948 munições) desviadas no mesmo período. Em terceiro lugar, aparece a PF do Distrito Federal com 31 armas. Depois vieram o Pará, com 30, o Rio Grande do Sul, com 28, e a Superintendência do Ceará, com 23, apontada como a recordista no número de munição desviada: em dez anos, 1.337 projéteis sumiram da sede, sendo 917 deles apenas em 2015.  No Rio, foram abertos 66 procedimentos administrativos pela Polícia Federal para investigar, identificar e eventualmente punir os responsáveis pelos extravios. Em todo o país, são 388 investigações internas.

O levantamento, ao qual O GLOBO teve acesso, atendeu a um pedido feito pelo gabinete do deputado federal Alessandro Molon (PSB), membro da Comissão Externa da Câmara dos Deputados que acompanha as investigações da Divisão de Homicídios (DH) para identificar e prender os responsáveis pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Franco, ocorrido no Rio, no dia 14 de março deste ano.
— Os dados revelam um quadro gravíssimo de desvios de armas bem debaixo do nariz das forças policiais no Rio. Esta falta de controle expõe uma enorme vulnerabilidade que é explorada pelo crime organizado, o mesmo que, ano após ano, faz a população do Rio se sentir cada vez mais refém. É preciso um controle firme, com inteligência, que feche esta torneira de desvios e ajude a restaurar a segurança para os cidadãos — afirmou Molon.

Segundo da Divisão de Homicídios (DH), a munição de calibre 9mm utilizada pelos criminosos que mataram a parlamentar do PSOL e seu motorista saiu de um lote vendido pela Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) para a PF em 2006. Peritos criminais da Polícia Civil e da Polícia Federal que examinaram os projéteis e cartuchos encontrados no local do crime, descobriram que a munição é original, não foi recarregada. Isso porque a espoleta, que provoca o disparo da bala, é original de fábrica.  Em nota, a PF garantiu que “apura todos os casos de extravio de armas que estejam sob a cautela de seus policiais”. Informou ainda que “as eventuais punições podem ocorrer caso, no evento, seja configurada a culpa ou o dolo do servidor policial, sempre, após procedimento disciplinar formal, garantida a ampla defesa e o contraditório”.

Ainda segundo a PF, “o Rio de Janeiro conta com um dos maiores efetivos de policiais federais do Brasil, tendo recebido também o apoio de milhares de policiais de outros estados para atuar nos Grandes Eventos que ocorreram nos últimos anos no estado, quando também existiram alguns casos de extravio de armas desses policiais e que findaram sendo apurados pela Superintendência da PF no Rio de Janeiro em razão do local da ocorrência”.

O coronel reformado da PM de São Paulo, José Vicente da Silva Filho, consultor e professor do Centro de Altos Estudos de Segurança da corporação, lembrou que o desvio para o crime de armas compradas legalmente pelas forças de segurança são os piores.  — Todo mundo se preocupa com a entrada de armas pela fronteira. E deve mesmo ter atenção para isso. Mas a questão dos desvios de armamento das forças de segurança para o crime deveria ser encarado como prioridade. O cuidado com as armas legais, das forças de segurança e de defesa, é crítico no país. Não temos segurança em nossos estoques — afirmou o coronel.

José Vicente observa que o maior gargalo no extravio destas armas está nas empresas de segurança.  — A federação das empresas de segurança informou outro dia que cerca de 600 mil armas foram compradas por elas em 15 anos. Quando você pergunta à Polícia Federal (institucionalmente responsável pela fiscalização das empresas) quantas armas estão em poder das empresas, ela informa que são 300 mil. E eu pergunto: onde foram parar as outras? É o pior vazamento de todos e fica tudo bem? Todos anos as empresas pedem autorização para comprar mais armas. Não há castigo. Deveria ter uma carência. A empresa que teve arma extraviada deveria ficar alguns anos sem autorização para comprar mais — sugeriu o coronel.

Em 2015, um relatório do então diretor-geral da PF, Leandro Daiello Coimbra, enviado ao deputado estadual Carlos Minc (PSB), que presidia a CPI das Armas na Assembleia Legislativa, mostrou que 17,6 mil armas, cerca de dez mil projéteis e 417 coletes balísticos (à prova de balas) haviam sido desviados, para o crime, de empresas de segurança sediadas no Estado do Rio. A CPI revelou ainda que um total de 1.700 armas (de vários modelos e calibres) saíram dos estoques das polícias Civil e Militar fluminense para às mãos de criminosos no mesmo período.