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quinta-feira, 9 de novembro de 2023

A dura verdade sobre Silvio Santos que público não se conforma em aceitar

Apresentador de 92 anos não tem comparecido aos estúdios do SBT

 

 O apresentador Silvio Santos - (Divulgação/SBT)

Recentemente Cíntia Abravanel, 60, deu entrevista a um podcast explicando por que seu pai, Silvio Santos, 92, está afastado das câmeras há tanto tempo. “Ele não é mais aquela pessoa. Para ele, também deve estar sendo difícil não ser mais aquela pessoa. Ele fala: ‘Não gostei de brincar disso… Ficar velho é muito ruim. Dói tudo, o corpo dói’. Para o lado artístico dele, é difícil. Ele não veste o corpo velho. Ele tem [quase] 93 anos. O Silvio Santos que vocês querem está no YouTube. As pessoas não se tocam que aquele Silvio Santos [tal qual se conhece e se recorda] não existe mais”.

A frase dita por Cíntia, filha do primeiro casamento de Silvio, é dura, mas real. Silvio dos vídeos do Youtube é um homem dos anos 1990, quando sapateava nos palcos de seu programa aos domingos, tirando sarro dos convidados, testando provas insólitas ao vivo e jogando aviõezinhos ao auditório. Hoje, ele se aposentou. É disso que Cintia fala e muitos não entendem. O “homem do baú” se afastou de vez da TV

Gente - Revista VEJA

 

terça-feira, 20 de setembro de 2022

Lula foge do penúltimo debate presidencial no primeiro turno

Já o presidente Jair Bolsonaro vai participar do evento com os presidenciáveis, segundo informou ao Radar o ministro das Comunicações, Fábio Faria

Participar do segundo e penúltimo debate na TV com os candidatos ao Palácio do Planalto, no próximo sábado, não está nos planos do ex-presidente Lula. A informação foi dada ao Radar pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um dos coordenadores da campanha do petista.[Lula não vai ao debate  por medo de ser triturado - todos os candidatos se unem no momento  de mencionar que ele foi preso e condenado por nove juízes diferentes e em três instâncias = foi descondenado,  porém, não foi inocentado.

Tem também a agravante do medo que ele tem de povo e  populares cogitam de se aglomerar no local do debate para vaiá-lo na chegada e na saída = Lula adquiriu pânico de multidão.]

Nesta terça, o Radar noticiou que o presidente Jair Bolsonaro confirmou presença no evento, de acordo com o ministro das Comunicações, Fábio Faria. O debate será organizado por VEJA em parceria com SBT, CNN, Terra NovaBrasil e Estadão/Eldorado.

O presidenciável do PT irá, no entanto, ao debate da TV Globo, na quinta-feira da semana que vem.

‘Fugir ao debate é desrespeitar o eleitor’, diz Simone Tebet sobre Lula

Randolfe afirmou na noite desta segunda que Lula não participaria do debate no sábado porque já tem comícios programados para a mesma data. Novamente questionado nesta terça, ele respondeu que a ida do ex-presidente ao evento “não está programada”. [comícios em ambiente fechado, com entrada controlada, sendo acessível apenas aos devotos.]

Já a assessoria de imprensa do petista se limita a informar que “não tem definição” sobre o debate. Lula tem comício marcado para a sexta-feira, em Ipatinga (MG) e deve participar de atos eleitorais em São Paulo no sábado.

Radar - Revista VEJA 

 

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

“De olho no agro” e outras notas - Revista Oeste

Bruno Meyer

Campo de plantação | Foto: Shutterstock
Campo de plantação - Foto: Shutterstock 

…depois do tiro no pé…
A elaboração dessa nova linha de crédito ocorre cerca de um mês depois de o Bradesco ter arranhado a imagem com o público-alvo. Um vídeo publicitário para promover um aplicativo do banco que calcula pegadas de carbono foi tirado do ar após irritar o agronegócio e levou o presidente do Bradesco a se retratar. Diversas associações, federações e sindicatos emitiram notas de repúdio e ameaças de fechamento de contas. Não ficaram só nas ameaças. A Caixa e o BB viram um aumento de novas contas no setor nos últimos dias de 2021.

…100 agências
Com 4.200 agências atualmente, a Caixa vai abrir mais 300, sendo 100 exclusivas para o agronegócio, sem porta giratória, uma em cada Estado brasileiro, para servir de relacionamento ao pequeno, médio e grande produtor. Executivos do banco, incluindo o presidente, identificaram o Espírito Santo e Santa Catarina como regiões de maciços pequenos agricultores, que praticamente nunca receberam auxílio. “São colônias italianas e alemãs, com 10 ou 15 hectares, mas com grande produtividade. A orientação da Caixa antes era o repasse apenas para cooperativas de crédito e bancos, como Bradesco e Santander. “Decidi acabar com os repasses e assumir a operação”, disse Guimarães a Oeste.

I have a dream
Pessoas próximas a João Doria nutrem um sonho: colocar o governador de São Paulo na liderança da chapa presidencial, com a senadora Simone Tebet como vice e o ex-juiz Sergio Moro como senador. Argumentam, inclusive, que o silêncio de Doria neste mês é estratégico e seria uma prova de que ele quer deixar o ex-juiz da Lava-Jato “se queimar” sob os holofotes no começo de 2022, para abraçá-lo daqui uns meses. Todos são unânimes em dizer que não há nenhuma chance de Doria abrir mão da candidatura a presidente para ser vice de um nome da terceira via.

Sem calça apertada
Aos 60 anos, o empresário de hotéis e restaurantes de luxo Rogério Fasano vai se aventurar em outro ramo em 2022: ele prepara o lançamento de uma grife de roupas masculinas. A Gero Fasano será uma linha mais sofisticada, premium — com a promessa, diz Fasano, de acabar com as calças justas para os homens.

Tudo por um popstar
A ordem na operação brasileira da Netflix, com sede em Barueri, é não economizar para reter as grandes estrelas de seu casting no país. Na surdina, o maior serviço de streaming do mundo tem oferecido a seletos nomes bolsas de estudos para cursos de atuação, direção ou inglês no Estado norte-americano da Califórnia e um contrato maior para estrelar produções estrangeiras da empresa. A ideia é investir no que o país tem dado em troca: a Netflix tem cerca de 221 milhões de assinantes no mundo, e o Brasil já é o segundo maior mercado da empresa. No último trimestre de 2021, a empresa adicionou 8,2 milhões de novas contas em sua base. Parece muito (e é), mas o mercado financeiro esperava mais — razão pela qual as ações da companhia já recuaram 40% só em janeiro. 

Duelo de gigantes
Os mimos oferecidos a poucos nomes brasileiros são uma resposta à concorrência feroz no mercado. A Disney quer expandir seu orçamento de conteúdo em US$ 8 bilhões em 2022. A Netflix deve gastar US$ 17 bilhões. A Amazon nem precisa falar: o gigante norte-americano de Jeff Bezos não mede esforços no conteúdo do Prime Video. Entre os funcionários da Netflix no Brasil, o nome mais temido é o da executiva Malu Miranda, da Amazon. É ela quem tem assediado nomes fortes do showbiz nacional, para atrair para a plataforma. Na lista, figuras com contrato vigente na Globo e na Netflix.

Brasil na tela
De fato, o Brasil gosta de ver o Brasil na tela:
entre as dez produções mais vistas da Netflix, a maioria é nacional, como as novelas infantis do SBT. Com uma semana no ar, a comédia brasileira Lulli, estrelada por Larissa Manoela, virou o filme de língua não inglesa mais visto no mundo na Netflix. A consultoria inglesa Ampere Analysis reportou, recentemente, que o investimento em conteúdo vai ultrapassar US$ 230 bilhões (R$ 1,3 trilhão), sobretudo por serviços de streaming por assinatura.

“Os brasileiros estão lendo mais e continuarão a ler”
Além dos gigantes norte-americanos — como Google, Amazon e Microsoft, esta última viu o lucro crescer 21% no último trimestre —, um dos setores que se beneficiaram na pandemia foi o mercado de livros. No Brasil, o faturamento das editoras brasileiras subiu 29% em 2021, comparado com o ano anterior. A bonança se traduz em mais números: a indústria faturou R$ 2,28 bilhões no ano passado, contra R$ 1,76 bilhão em 2020. Os brasileiros compraram 55 milhões de exemplares em 12 meses, outro aumento significativo, comparado aos 42,5 milhões de 2020. Os dados são do Sindicato Nacional de Editores de Livros, o SNEL, em parceria com a consultoria Nielsen.

“Os brasileiros estão lendo mais”, conclui Marcos da Veiga Pereira, dono da editora Sextante e que acaba de encerrar um ciclo de sete anos na presidência do SNEL. Ele fala, em entrevista a Oeste, sobre os resultados positivos atuais e os desafios da indústria livreira, com a concorrência de gigantes como a Amazon às séries populares de TV. Para ele, o hábito das pessoas em maratonar uma série talvez inviabilize o surgimento de um novo fenômeno livreiro nos próximos anos, como Harry Potter, Cinquenta Tons de Cinza, O Código da Vinci, A Cabana e O Segredo. A propósito, os três últimos foram lançados por Pereira. 

Como o senhor vê o aumento de faturamento e exemplares vendidos no Brasil?
Foi uma gratíssima surpresa. Nenhum de nós imaginava isso no início da pandemia. Os brasileiros estão lendo mais e continuarão a ler, porque o hábito da leitura é muito poderoso. Há ainda uma porção de novas lojas menores surgindo e fazendo sucesso, como a rede Leitura, em Salvador, e a Vila, no Rio. Entre setembro de 2020 até o fim de 2021, 40 novas lojas foram abertas. Estão redescobrindo os novos lugares. Não é mais a megastore. A ideia da megastore (um dos motivos da recuperação judicial da Saraiva e da Cultura, duas redes que já foram as maiores do país) é ineficiente, desnecessária. Para que 100 mil títulos diferentes? A livraria tem de ter uma boa curadoria, bons livreiros, bom atendimento, ter os lançamentos. Hoje, a tendência são lojas que precisam ser menores, aconchegantes, como se fosse um ponto de encontro.  

Leia também “‘Os abusos do politicamente’ correto e outras notas”

Por falar em agro,  sugerimos: Cultivar é preciso

Bruno Meyer, Colunista,Revista Oeste - MATÉRIA COMPLETA


domingo, 5 de dezembro de 2021

Globo registra queda de audiência pelo 3º mês consecutivo

Revista Oeste

É o que mostra o Painel Nacional de Televisão (PNT) 
 

Pelo terceiro mês consecutivo, a Globo registrou o pior ibope mensal no Painel Nacional de Televisão (PNT), que indica a audiência das 15 maiores regiões metropolitanas do Brasil. Em novembro deste ano, a média de audiência da emissora em 24 horas foi de 10,8 pontos — resultado inferior ao registrado em dezembro de 2018 (11,1 pontos) e dezembro de 2020 (11,2 pontos).

De acordo com o portal Notícias da TV, a Globo nunca havia ficado abaixo dos 11 pontos de média nessa medição antes de setembro deste ano, quando marcou 10,9. Registrou 10,8 em outubro, o mesmo verificado em novembro.

[a Globo se preocupa em torcer contra o Brasil e entra em queda livre = a falência se aproxima e é irreversível. O telespectador brasileiro cansou de uma emissora que além de ser  contra o Brasil, perdeu, e continua perdendo, credibilidade.]


Sinal de alerta ligado na Globo

Os principais programas da emissora dos Marinhos têm perdido audiência. Na comparação com Record, SBT e Band, considerando apenas o último ano, a Globo foi quem mais sofreu com a fuga de ibope no horário nobre.

No período das 18 horas à meia-noite, quando a emissora transmite suas três principais novelas, seu principal programa de notícias (Jornal Nacional) e atrações como The Voice Brasil e Globo Repórter, a queda foi de 10% — de 21,3 pontos em novembro do ano passado para 19,2 no mesmo mês de 2021.

Na última semana de novembro do ano passado, o jornal apresentado por William Bonner e Renata Vasconcellos havia registrado 26 pontos de média no PNT. No mesmo período deste ano, o ibope foi de 21,6. Na Grande São Paulo, o maior mercado publicitário do país, a queda foi ainda mais brusca: de 23 para 19,7 pontos, levando em conta o mesmo período.

Leia mais: “Globo inquieta”, reportagem de Cristyan Costa publicada na Edição 85 da Revista Oeste


domingo, 28 de novembro de 2021

Deputado de MG critica apresentação de 'Anitta lixo' na final da Libertadores. 'Mostrando o r... em rede mundial'

O Globo

Insatisfeito com a escolha da cantora para cerimônia de abertura da decisão, Bruno Engler (PRTB) publicou ataque em rede social: 'vergonha surreal' 
 
O deputado estadual Bruno Engler(PTRB-MG) criticou em seu perfil no Twitter a apresentação da cantora Anitta na cerimônia de  abertura do jogo final da Copa Libertadores da América neste sábado.  Engler chamou Anitta de "lixo brasileiro". "Milhares de crianças assistindo a final da Copa Libertadores, 17 horas, e o lixo brasileiro @Anitta mostrando o r... em rede mundial. Vergonha surreal", escreveu.

[PARABÉNS !!! deputado Bruno Engler - O Blog Prontidão Total é primordialmente político, raramente excursionando pelos terrenos esportivos e a maior parte dos nossos leitores é formada por torcedores do MENGÃO - felicidade que também beneficia milhões de brasileiros ainda que não leitores do Blog;

só que decidimos publicar este Post em apoio ao deputado Bruno Engler, fazendo também nosso o seu comentário sobre a desmoralização, a falta de vergonha, a destruições de valores como BONS COSTUMES, MORAL, FAMÍLIA que assola o nosso Brasil, representado pelo show pornográfico transmitido em rede mundial a imoralidade que foi o que chamam de show da cantora adequadamente identificada e adjetivada pelo parlamentar. 

Querem ver pornografia, procurem a mídia adequada; querem divulgar pornografia, selecionem o público e horário adequado; ou será que isso feito pelo SBT é cultura?  Caso seja, em breve teremos aquela cantora eleita imortal da ABL?

Em tempo: nosso apoio ao parlamentar mineiro é exclusivamente pela sua postura em relação ao desrespeito de ontem. Não apoiamos, nem desapoiamos, em termos políticos o parlamentar.]

 
FLAMENGO, UMA VEZ FLAMENGO, SEMPRE FLAMENGO...  

HINO OFICIAL DO FLAMENGO


Transmissão de Fla x Palmeiras:Entenda por que seu vizinho grita gol antes e como evitar isso

Em O Globo - MATÉRIA COMPLETA
 

sábado, 21 de agosto de 2021

Bolsonaro ignora apelos e formaliza no Senado pedido de impeachment de Moraes, do STF - Folha de S. Paulo

Medida intensifica crise institucional entre Planalto e Judiciário em dia de operação da PF contra bolsonaristas

O presidente Jair Bolsonaro ingressou na tarde desta sexta-feira (20) com um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Além da destituição do cargo, Bolsonaro pede o afastamento do ministro de funções públicas por oito anos. A formalização ocorre no dia em que a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços do cantor Sérgio Reis e do deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), aliados do presidente. As medidas foram solicitadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e autorizadas por Moraes.

Auxiliares palacianos viram na apresentação do pedido uma reação de Bolsonaro à operação da PF. [em nosso entendimento o presidente Bolsonaro está apenas exercendo um direito que a legislação brasileira concede a qualquer cidadão: solicitar o impeachment de uma autoridade que entenda merecer tal medida.
Vale lembrar que apresentar pedido de impeachment da maior autoridade da República, o presidente Bolsonaro, se tornou um dos esportes prediletos no Brasil - em que pese inexistir fundamentação para tal proceder.
A decisão de encaminhar o pedido para o devido processamento na forma legal é do presidente do Senado. Optando por encaminhar o pedido para os trâmites legais, o presidente do Senado estará submetendo o assunto ao exame de uma comissão que, se decidir favoravelmente, remeterá o assunto ao plenário do Senado da República.
Assim, a solicitação presidencial será objeto de amplo exame, em várias instâncias, todos os aspectos jurídicos e políticos serão considerados e o alvo do pedido terá amplo direito de defesa.]

Ele havia anunciado que também pediria o afastamento do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, o que não ocorreu. Em entrevista às emissoras Record e SBT na noite desta sexta, Bolsonaro disse que o pedido contra Barroso será apresentado "nos próximos dias". "Não é fácil fazer um pedido, tem que ter muito equilíbrio, tem que buscar materialidade, tem que estudar bastante. Não pode apresentar por apresentar. Priorizamos esse pedido [de impeachment] do senhor Alexandre de Moraes e, nos próximos dias, ultimaremos um segundo pedido."

O STF repudiou a ação de Bolsonaro. Nota oficial sem assinatura, em nome de todo o tribunal, afirmou que a corte "manifesta total confiança" em Moraes.  O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que não vai se render a “nenhum tipo de investida que seja para desunir o Brasil”. “Eu terei muito critério nisso, e sinceramente não antevejo fundamentos técnicos, jurídicos e políticos para impeachment de ministro do Supremo, como também não antevejo em relação ao impeachment de presidente da República.”

Não há precedente na história brasileira de um presidente da República pedir o impeachment de um ministro do STF.  No último sábado (14), um dia após a prisão de seu aliado Robero Jefferson, Bolsonaro anunciou que iria ingressar com o pedido. A detenção do ex-deputado ocorreu também por ordem de Moraes após ataques às instituições.

No Facebook, o presidente publicou o documento e disse: “Protocolada no Senado denúncia contra o Ministro Alexandre de Moraes do STF, com pedido de destituição do cargo. Ao justificar o pedido, Bolsonaro afirma que o ministro cometeu crime de responsabilidade no âmbito do inquérito das fake news, no qual o mandatário foi incluído por Moraes por ataques ao sistema eleitoral. Segundo Bolsonaro, os atos praticados pelo ministro "transbordam os limites republicanos aceitáveis” e Moraes não “tem a indispensável imparcialidade para o julgamento dos atos” do presidente da República.

Na peça, o chefe do Executivo ainda diz que o ministro “comporta-se de forma incompatível com a honra, a dignidade e o decoro de suas funções, ao descumprir compromissos firmados ao tempo da sabatina realizada perante o Senado Federal”.  “Como demonstrado, o denunciado tem se comportado, no âmbito do Supremo Tribunal Federal, como um juiz absolutista que concentra poderes de investigação, acusação e julgamento”, diz Bolsonaro.

O presidente também reclama do fato de Moraes ter acolhido a notícia-crime do TSE e ter decidido investigá-lo por suposto vazamento de dados sigilosos de inquérito da Polícia Federal sobre invasão hacker à corte eleitoral em 2018. “A notícia-crime é encaminhada pelo Excelentíssimo ministro Alexandre de Moraes (e seus pares, do TSE) para o próprio Excelentíssimo Ministro Alexandre de Moraes, no STF. Pior, sem a oitiva do Ministério Público Federal”, diz em outro trecho.

O pedido de impeachment foi assinado pelo próprio presidente da República, o que é incomum. Em processos do chefe do Executivo, quem geralmente assina é a AGU (Advocacia-Geral da União), atualmente sob o comando de Bruno Bianco. Se o advogado-geral assinasse a peça, ficaria numa saia-justa. Ex-secretário especial da Previdência, Bianco assumiu o cargo no começo de agosto. Em menos de um mês, já iria se indispor com o STF. 

(..........)

Diante da resistência de Bolsonaro em ceder, ministros palacianos trabalhavam com a hipótese de convencê-lo ao menos a não fazer um ato político em torno dos pedidos. Na avaliação deles, isso traria um constrangimento ainda maior para os parlamentares, em especial para Pacheco. Enquanto o pedido era protocolado, Bolsonaro estava no interior de São Paulo. Fora da agenda, foi a Iporanga e, depois, a Eldorado. Depois de o presidente ter protocolado o pedido de impeachment contra Moraes, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, disse em rede social que fala agora como "extintor de incêndios".

Entretanto, Ciro não comentava a crise de Bolsonaro com o STF, e sim uma suposta desavença entre o mandatário e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto."Eu disse que ia ser um amortecedor. Mas agora fala o extintor de incêndios: parem de inventar fagulhas que não existem. Responsabilidade, por favor. Não existe nenhuma, repito, nenhuma crise entre o presidente Bolsonaro e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto", escreveu Ciro. O tuíte foi uma resposta à reportagem da agência de notícias Associated Press da manhã desta sexta-feira, que diz que Bolsonaro está arrependido da autonomia do Banco Central. Ciro não comentou a crise dos Poderes.​

Uma ala de ministros do Supremo admite que o pedido de impeachment não colabora para a pacificação entre os Poderes, mas ainda acredita que a temperatura vai baixar. Já um ministro do TSE disse se tratar de uma declaração de guerra. Ele acredita que nem Bolsonaro, nem Moraes estão dispostos a distensionar. Apesar de o presidente ter anunciado que protocolaria o pedido nesta semana, auxiliares palacianos diziam acreditar que estavam ganhando tempo para dissuadi-lo. Mas mesmo os que duvidam do recuo de Bolsonaro foram pegos de surpresa com a apresentação do pedido.

A representação de Bolsonaro vai entrar em uma fila atrás de outras 17 iniciativas de abertura de investigação contra os ministros do STF que tramitam no Senado, responsável por processar e julgar os membros da corte. Ao todo, há 10 pedidos contra Moraes e 5 contra Barroso —alguns, no entanto, solicitam a abertura de processos contra mais de um ministro. Essa quantidade se refere a apenas os ingressados neste ano. Antes de deixar a presidência do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) arquivou todos os existentes até então. [Alcolumbre arquivou os pedidos sem consultar a Mesa Diretora do Senado - contrariando  o Regimento Interno do Senado Federal.]

Ao longo desta semana, Pacheco fez alertas a Bolsonaro e disse que não considerava recomendável a abertura de processos de impeachment de ministros do STF neste momento. Embora tenha dito que iria considerar a iniciativa de Bolsonaro, Pacheco afirmou que um pedido como esse poderia prejudicar a “pacificação” da sociedade brasileira.  O senador também foi ao Supremo na quarta-feira (18) conversar com o presidente da corte, Luiz Fux, para tentar amenizar a crise provocada entre os Poderes. Ele pediu para que Fux reconsiderasse e remarcasse a reunião que estava prevista entre os chefes dos três Poderes, mas que havia sido cancelada pelo ministro após os ataques de Bolsonaro ao Judiciário.

No mesmo dia, Ciro Nogueira também esteve com Fux e fez um apelo para que a reunião fosse retomada. O chefe da corte, entretanto, não garantiu que remarcaria o encontro. Aos dois afirmou apenas que irá reavaliar. No encontro com Ciro, Fux disse que vai esperar os desdobramentos da crise. [considerando a harmonia e independência dos Poderes, previstas na Constituição da República, o presidente de qualquer um dos Três Poderes pode convidar seus pares para uma reunião do tipo da prevista por Fux.]

O presidente do STF sinalizou que aguardaria os próximos dias para ver se Bolsonaro está disposto a baixar a temperatura ou seguirá com os ataques a membros da corte. Na quinta, Pacheco fez mais um aceno ao Planalto e deu início aos trâmites das indicações de André Mendonça para o STF e da recondução de Augusto Aras para mais dois anos à frente da PGR. As mensagens estavam paradas desde julho no Senado e aguardavam o encaminhamento para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), onde os indicados serão sabatinados.O ato de Pacheco era esperado por governistas como parte das concessões que cada Poder está fazendo para pacificar as relações em meio a uma crise iniciada com ataques golpistas de Bolsonaro às eleições.

Aliados do presidente também o pressionaram para que ele esfriasse a crise entre os Poderes. Na terça, em entrevista a uma rádio de Cuiabá, Bolsonaro chegou a sinalizar uma trégua e afirmou reconhecer a independência do Legislativo e disse que não iria cooptar senadores para que apoiassem o pedido de impeachment dos ministros. Nesta sexta, o governo Bolsonaro também ingressou com uma ação no STF em que pede que seja anulado o artigo do regimento interno da corte que permite a instauração de inquérito de ofício, ou seja, sem pedido do Ministério Público. O processo foi apresentado pela AGU.

Painel - Folha de S. Paulo


quinta-feira, 10 de junho de 2021

Globo negociou com a Conmebol a transmissão da Copa América, No entanto, a emissora perdeu a disputa para o SBT

 Revista Oeste

A Globo negociou com a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) a transmissão da Copa América, informa o portal Notícias da TV.

Em outubro de 2020, a despeito do recrudescimento da pandemia do novo coronavírus, que já havia ceifado a vida de 160 mil brasileiros, os principais executivos da emissora viajaram para a cidade de Luque, no Paraguai, onde fica a sede da Conmebol, para conquistar o direito exclusivo de transmissão do torneio de seleções.

A comitiva contou com Jorge Nóbrega, presidente-executivo da Globo; Paulo Marinho, diretor dos canais da emissora; e Pedro Garcia, diretor de aquisição de direitos. Em reunião com presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, os representantes da Globo propuseram a aquisição de 100% dos direitos de transmissão do campeonato, para todas as mídias TVs aberta e fechada, internet, rádio e streaming. A oferta foi negada.

Leia também: “Jogadores da seleção negam ação política, mas criticam Copa América”

Em nota, a Globo afirma que o encontro foi “estritamente institucional”, realizado com o objetivo de reforçar a relação de parceria entre a emissora e a Conmebol. “Não se falou sobre valores nem sobre direitos de transmissão”, diz o comunicado. “Toda a negociação da Copa América sempre foi feita por meio da representante dos direitos para o Brasil.”

Na época da viagem e das negociações, a Copa América seria realizada na Argentina e na Colômbia. Quando a competição foi transferida para o Brasil, no entanto, profissionais da TV Globo foram às mídias sociais criticar a decisão. Oficialmente, a emissora garante não se opor à realização do torneio de seleções. “Nosso posicionamento sempre foi o de priorizar a saúde e a segurança das nossas equipes e dos atletas, respeitando orientações e protocolos das entidades de saúde e dos organizadores.”

O Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) venceu a disputa pelos direitos da Copa América.

Leia também: “A Copa América da discórdia”

Edilson Salgueiro - Revista Oeste 



quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Congresso está pronto para virar um puxadinho do Planalto - Blog do Noblat

 Ricardo Noblat, jornalista - VEJA

O avanço de Bolsonaro sobre as demais instituições 

A menos de dois anos das próximas eleições gerais, deputados e senadores fazem qualquer negócio na tentativa de assegurar um novo mandato, e o governo federal se vale disso para emplacar homens de sua confiança nas presidências da Câmara e do Senado. Salvo uma guinada de última hora, terá êxito. É cedo ainda para dizer que a popularidade do presidente Jair Bolsonaro está ladeira abaixo. As pesquisas de opinião a serem aplicadas lá para o final de fevereiro confirmarão ou não o que as mais recentes indicaram. Mas como o Congresso habita um mundo paralelo, para ele tanto faz como fez.

[o que assusta e e trava o raciocínio do povão, é a teimosia de grande parte da imprensa, incluindo luminares, na insistência inútil de complicar a vida do Presidente da República Federativa do Brasil, JAIR MESSIAS BOLSONARO - essa qualificação tem o dom de elevar a pressão arterial de muitos, devido a raiva contra o que, adaptando Zagallo, 'vão ter que engolir'. 
Seria bem mais simples se adotassem  a máxima da frase: "Se você não pode vencer seu inimigo, una-se a ele". Não teriam mais que escrever maximizando insignificâncias que poder ser contrárias ao presidente, interpretando fatos contrariando o que está escrito - desde que resulte em algo que possa parecer erro do presidente.
Aproveitamos para linkar artigo da jornalista Helena Chagas  - escreve bem, só que  sempre a favor do lado errado. Essa triste sina, acompanha a ilustre escriba ainda dos seus tempos do jornal O Globo e do famigerado criminoso petista. Leiam: Simples assim: STF e TCU têm que investigar Bolsonaro (por Helena Chagas).
O lastimável é que o lado que ela defende, sempre perde.]

Meu mandato primeiro, o resto que se dane! Inclua-se o país no resto. Bolsonaro passou quase 30 anos como deputado federal, e se não aprendeu por lá grande coisa, aprendeu que a maioria dos seus colegas, ou quase todos, tem um preço. Quem pagar leva. A moeda são cargos, dinheiro para obras e toda sorte de sinecuras. Não foi preciso que deputados e senadores metessem o pé para forçar a abertura dos cofres públicos – Bolsonaro mandou abri-los, uma vez que não entende isso como corrupção, como seus antecessores, uns mais, outros menos, também não entendiam. E como a oposição nesta terra abençoada por Deus inexiste…

Atraiu também a oposição. Os candidatos do governo poderão ser eleitos com o apoio da oposição sem votos e incapaz de resistir aos encantos de quem detém o poder. E Bolsonaro não só detém como tem sabido ampliá-lo, atropelando regras se necessário, atropelando como um governante autoritário, que é o que ele é.

O Congresso sob seu controle, se isso acontecer, se juntará a um ministério emasculado, à servil Procuradoria-Geral da República, a um ministro da Justiça do Brasil rebaixado à condição de ministro de Bolsonaro, à Receita Federal, à Polícia Federal e à Agência Brasileira de Informação (Abin) que já foi um órgão de Estado. Não haverá impeachment por mais que se peça. Nem CPI da pandemia. Os processos contra os filhos do presidente continuarão devagar, quase parando. Por que Queiroz depositou 89 mil reais na conta de Michele seguirá sem resposta, bem como a investigação sobre os bolsonaristas financiadores de atos antidemocráticos.

Em setembro, dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal, dois já terão sido nomeados por Bolsonaro. Antes disso, com o voto do primeiro deles, Nunes Marques, é possível que Lula seja liberado para se candidatar a presidente. A Bolsonaro interessa que seja, para que possa depois ameaçar o país com a volta do comunismo.

Quanto aos trágicos erros que cometeu até aqui, sendo o mais grave deles a parceria com o vírus para salvar a economia à custa da morte dos que tivessem de morrer, Bolsonaro não liga. Porque acha – e com razão – que seus devotos fiéis e desinformados também não ligarão no Dia D e na Hora H de irem às urnas.

O Brasil profundo tem a cara da Record e do SBT, não da Globo. Torce por Bolsonaro como se torce por um time de futebol. Considera-o um ídolo, assim como um cantor de música sertaneja que faz sucesso. Detesta política e pensa que ele também detesta. Defende a democracia, mas não entende como ela funciona.[entender como funciona a democracia no Brasil é tarefa impossível; um mesmo dispositivo constitucional tem uma interpretação quando é usado conta um inimigo do Brasil = inimigo do presidente Bolsonaro e interpretação totalmente diferenciada quando invocado contra um apoiador do capitão. Como entender?]   No passado votou no caçador de marajás, no homem do Real, no sapo barbudo e no capitão que prometia fuzilar os sapinhos. Ainda poderá votar no moço do caldeirão que costuma fazer caridade pública, é casado com aquela moça linda, de olhos azuis, que estourou nas paradas cantando “Eu vou de táxi”, lembra?

Blog do Noblat - Ricardo Noblat, jornalista - Revista VEJA


segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Um pouco de ... Silvio Santos é milionário ou bilionário? Conheça os detalhes da fortuna do dono do SBT

Silvio Santos é milionário ou bilionário? Conheça os detalhes da fortuna do dono do SBT

Silvio Santos fundou o SBT em 1981; a emissora de TV é a terceira maior do país

Nascido no Rio de Janeiro, Senor Abravanel, popularmente conhecido como Silvio Santos, começou sua trajetória nos anos 1940, ainda na adolescência, como vendedor ambulante. A boa conversa e capacidade de converter tudo em vendas rendeu ao jovem Silvio oportunidade de trabalhar em uma emissora carioca de rádio. Na década de 1960, com a popularização dos aparelhos de TV, ele seguiu para as telas e se tornou uma personalidade conhecida desde então. Vinte anos depois, em 1981, o apresentador e empresário fundou o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), a terceira maior emissora do país.

A TV fundada por Silvio foi de grande ajuda para o sucesso dos demais negócios do empresário –um vendedor nato–, ao funcionar também como um canal de promoção e publicidade para marcas como Jequiti Cosméticos, Baú da Felicidade e Tele Sena, comandadas por Silvio.

VEJA TAMBÉM: O sobe e desce dos bilionários que já estiveram no Top 10 da Forbes Brasil

Entre os demais negócios, Silvio Santos foi acionista controlador do Banco PanAmericano S.A., que, em 2011, foi vendido ao BTG Pactual por uma quantia pequena após acumular um rombo de R$ 43 bilhões. O BTG pertence ao bilionário André Santos Esteves, de fortuna estimada em R$ 24,96 bilhões pela Forbes em 2020.

O PanAmericano é alvo de investigação da Polícia Federal, que acaba de concluir um inquérito sobre a venda de 35% das ações do banco à Caixa Econômica Federal, entre 2009 e 2010. O negócio envolveu o pagamento de R$ 740 milhões pela Caixa Participações por ações do PanAmericano.

Segundo informações relatadas pela PF, a transação teria acontecido com conhecimento do rombo bilionário e fraudes contábeis no qual o PanAmericano estaria envolvido. O inquérito agora será analisado pelo Ministério Público Federal (MPF), que decidirá sobre uma denúncia à Justiça que envolveria nove executivos da que fizeram parte do negócio.

Ainda assim, os resultados até então acumulados pelo empresário e apresentador de TV o levaram a estrear na lista de bilionários brasileiros da Forbes em 2013, na 59ª posição, com patrimônio líquido estimado em R$ 2,67 bilhões na época.

Por mais que a conta bancária de Silvio ainda tenha dez dígitos, seus negócios têm enfrentado dificuldades para se manter ao longo dos anos. Desde de sua estreia na lista da Forbes entre os mais ricos do país, a fortuna de Silvio variou significativamente de forma negativa: em 2020, o comandante do SBT aparece no novo ranking de bilionários brasileiros da Forbes com fortuna de R$ 1,9 bilhão, na 179ª posição –R$ 740 milhões a menos do que em sua estreia. A oscilação representa uma baixa de 28% da riqueza do bilionário em um período de sete anos.

E AINDA: 10 mulheres mais ricas do Brasil em 2020

Ainda assim, este não é o momento mais delicado para a finanças do bilionário. Em 2018, Silvio registrou a maior baixa em seu patrimônio e apareceu na lista de bilionários brasileiros da Forbes na 160ª posição, quando sua fortuna foi calculada em R$ 1,21 bilhão –desvalorização de 54,16% em comparação aos R$ 2,64 bilhões levantados em 2013.

Apesar da breve recuperação da fortuna de Silvio Santos, o ano de 2020 ainda apresenta sérios desafios ao bilionário do SBT. Na segunda quinzena de agosto, a filha caçula do empresário, Renata Abravanel, assumiu a presidência do conselho do Grupo Silvio Santos para revisar contratos e gastos.

Outro elefante branco na sala de Silvio tem sido um prédio de sua propriedade na Avenida Paulista. O edifício de 16 andares e gastos mensais estipulados em R$ 100 mil está encalhado desde 2013. Por conta da crise, o imóvel está disponível para locação com 20% de desconto, por R$ 370 mil mensais.

Neste ano, a emissora de Silvio Santos também registrou baixa de 20% na audiência. No total, Silvio Santos construiu um portfólio de mais de 30 empresas. Entre as aplicações do bilionário está a Simba Content, programadora que negocia conteúdo de Record, SBT e RedeTV!, e as companhias que compõem o Grupo Silvio Santos, como a Liderança Capitalização (promotora da Tele Sena), o hotel Jequitimar, no Guarujá, a Sisan Empreendimentos Imobiliários e a TV Alphaville.

Revista Forbes


sexta-feira, 12 de junho de 2020

Atraindo raios e trovoadas - Eliane Cantanhêde

O Estado de S.Paulo

Bolsonaro emenda crises: recuou na Saúde e já partiu para cima das universidades

Saúde e Educação são áreas sensíveis e estratégicas, com corporações mobilizadas e grande capacidade de fazer barulho. Pois a Saúde foi obrigada a recuar e parar de esconder os números da pandemia e, já no dia seguinte, a Educação entrou na roda com uma medida provisória do presidente Jair Bolsonaro que quebra a autonomia universitária e dá poderes a Abraham Weintraub – inimigo número um das universidades – para nomear reitores a bel prazer durante a pandemia.

É assim que o Brasil vai vivendo aos trancos e barrancos. Bolsonaro manda maquiar o número de mortes. Epidemiologistas, sanitaristas, infectologistas, cientistas e associações médicas gritam. O Congresso, a mídia e o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta providenciam estatísticas independentes. E o Supremo determina a volta da metodologia internacionalmente aceita. Aí o governo recua. Sem se dar tempo para respirar, Bolsonaro já providencia automaticamente a nova crise. Se aquela era na Saúde, que sofre um desmanche à luz do dia, esta é na Educação, onde o ministro Abraham Weintraub nunca explicou a que veio, brinca no twitter de “Cantando na chuva” (com guarda-chuva e tudo), provoca os chineses com um vídeo trocando os “R” pelos “L” e ataca professores, alunos e universidades, enquanto massacra a língua pátria.

A Saúde recuou da chocante troca de metodologia dos números da pandemia num dia e já no dia seguinte Bolsonaro anunciava uma medida provisória com a novidade: Weintraub, que despreza as universidades (onde só há “balbúrdia” e “plantações de maconha”), [estar o ministro totalmente certo é improvável, mas uns pouco mais de 90% de acerto é certeza ele ter.] vai adquirir superpoderes, passar por cima do corpo docente, do corpo discente e dos funcionários e indicar quem ele bem entender para ocupar temporariamente as reitorias que vagarem durante a pandemia. Só de pensar no tipo de gente que ele nomeará, ou nomearia, dá um frio na barriga.

A reação no caso da Saúde se reproduziu no da Educação: Congresso, mídia, professores, alunos, entidades de educação e partidos estão botando a boca no trombone. Além do principal – Weintraub escolhendo reitores à sua imagem e semelhança?! –, há a questão jurídica, porque a MP do presidente atinge a autonomia das universidades, logo, é inconstitucional. [autonomia em matéria de ensino, currículo, mas administrativa não.]  Assim como recuou na sonegação de dados da covid-19, é muito provável que Bolsonaro recue também no caso das universidades.

Enquanto faz da Saúde e da Educação gato e sapato, Bolsonaro vai desdizendo o que disse na campanha de 2018 e o que acaba de declarar, em 30 de abril, à Rádio Guaíba: “Não existe nenhum ministério sendo oferecido para ninguém, como aconteceu no passado, nenhuma presidência de banco oficial e tampouco estatais”. E ainda ressaltou: “Esse é o nosso trabalho e vai continuar sendo feito dessa maneira. O resto é intriga.”

Então, intrigantes, o que aconteceu? Além de ter nomeado indicados do Centrão para fundos milionários (atenção!) da Educação e da Saúde, o presidente também deu a eles o Banco do Nordeste (o indicado caiu em 24 horas, em mais um recuo) e acaba de brindá-los com um ministério. Não um já existente, mas um recriado: o das Comunicações. O deputado Fábio Faria vem aí! Ele é do PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab, que integra o Centrão, e genro do dono do SBT, Silvio Santos. Uma combinação perfeita, uma síntese da “nova política”.

Se a moda pega. 
O general Mark Milley, chefe do Estado Maior Conjunto e principal autoridade militar dos EUA, pediu desculpas por ter participado de uma presepada de Trump que nada tem a ver com Forças Armadas: “Minha presença (...) criou uma percepção de envolvimento dos militares na política interna”, lamentou. Bingo. Já imaginaram no Brasil? Ia ter fila.

Eliane Cantanhêde, colunista - O Estado de S. Paulo


quinta-feira, 11 de junho de 2020

Silvio Santos, Centrão, Maia: os elos do novo ministro, Fábio Faria - VEJA

Por João Pedroso de Campos

Deputado do PSD, que assumirá o Ministério das Comunicações, tem também boa relação com o Judiciário e é autor de projeto que exige CPF nas redes sociais

Escolhido por Jair Bolsonaro para ocupar o Ministério das Comunicações após a recriação da pasta, anunciada na quarta-feira 10, o deputado federal Fábio Faria (PSD-RN) tem bom trânsito no Palácio do Planalto desde o início do atual mandato. As boas relações com o presidente se somaram à credencial de ser genro do empresário e comunicador Silvio Santos, dono do SBT – Faria é casado desde 2017 com a apresentadora Patrícia Abravanel. “Vamos ter alguém que, ele não é profissional do setor, mas tem conhecimento até pela vida que ele tem junto à família do Silvio Santos”, justificou Bolsonaro. Aliado dos filhos de Jair Bolsonaro e apoiado pela chamada “ala ideológica” do governo, Wajngarten foi nomeado secretário-executivo do Ministério das Comunicações, segundo cargo mais importante da pasta.
A pasta recriada por Bolsonaro e ocupada por Faria é resultado do desmembramento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, que tem como ministro o ex-astronauta Marcos Pontes. O ministério abarcará a Secretaria de Comunicação Social da Presidência, responsável pela comunicação institucional do governo, ocupada até então pelo secretário Fábio Wajngarten e agora extinta.

O novo ministro se reunia com o presidente com frequência no Palácio do Planalto e, amigo de Rodrigo Maia, já atuou para aparar arestas entre os dois. Apaziguar as tensões entre Executivo e Legislativo será uma das missões de Faria, enquanto o presidente se une ao Centrão, preocupado com a possibilidade de deputados e senadores terem de analisar o impeachment ou uma denúncia da Procuradoria-Geral da República no inquérito que apura suposta interferência política do presidente na Polícia Federal. O PSD é apontado por parlamentares como um dos partidos do Centrão, embora negue que faça parte do grupo.

No quarto mandato na Câmara, aos 42 anos, o deputado do PSD também transita bem em outras duas frentes de atrito de Jair Bolsonaro: os meios de comunicação e o Judiciário, este sobretudo em razão do inquérito das fake news, que investiga parlamentares, empresários e blogueiros bolsonaristas pela disseminação de notícias falsas e ameaças a ministros da Corte.

No campo das redes sociais, ambiente onde o bolsonarismo é investigado, Fábio Faria é autor de um projeto de lei que pretende fazer com que “qualquer serviço que permita a divulgação de conteúdo publicamente”, como as redes sociais, exijam a vinculação de CPF ou CNPJ de seus usuários às suas respectivas contas. A medida facilitaria a identificação de autores de postagens ofensivas, criminosas e de notícias falsas, e combater perfis falsos.
“Instagram e Twitter, principalmente, vão perder muitas contas, mas vai limpar os fakes, aquilo que não existe”, disse o novo ministro a VEJA em setembro de 2019. A justificativa do projeto prevê que a iniciativa “não elimina todos os problemas, mas facilita a responsabilização. Identificar esses usuários indesejados na rede é o primeiro passo para que a suposta liberdade da rede respeite os direitos fundamentais individuais”.

O texto sustenta que não haveria dificuldades tecnológicas ou custos elevados para a implantação da medida, porque ela pretende somente “readequar” o cadastro dos aplicativos para que os dados sejam incluídos. Sobre os perfis já existentes, a proposta pretende que os cadastros sejam atualizados em um prazo máximo de 90 dias a partir da entrada em vigor da lei. “No mundo físico (não virtual) exigimos o tempo todo comprovações e documentações pessoais com as mais diversas finalidades. Não consideramos censura a exigência de um documento pessoal de alguém que deseja acessar uma repartição pública, um estádio de futebol ou mesmo o sistema de transporte. Acreditamos que o controle garante a segurança e o interesse coletivo e, portanto, abrimos mão de um certo grau de liberdade individual em prol de um bem-estar coletivo”, compara o texto.

Antes de ser aliado de Bolsonaro, Fábio Faria apoiou os ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Como líder do PMN na Câmara, ele integrou o conselho político que se reunia periodicamente com Lula no Planalto. Em uma postagem no Twitter em 2010, Faria afirmou que havia votado em Lula desde 2002 – o próprio Bolsonaro já disse ter votado no petista, também em 2002. O novo ministro e seu pai, o ex-governador do Rio Grande do Norte Robinson Faria (PSD), que governou o estado entre 2015 e 2019, apoiaram Dilma nas eleições de 2010 e 2014. Faria chegou ao quarto mandato na Câmara em 2018 com 70.350 votos.

Formado em administração de empresas e ex-tenista, o novo ministro das Comunicações é sócio da rede de academias Bodytech, ao lado do apresentador Luciano Huck, cotado para ser candidato à Presidência em 2022, o ex-técnico da seleção brasileira de vôlei Bernardinho, e os empresários Alexandre Accioly, João Paulo Diniz e Luiz Urquiza.

Política - VEJA


sexta-feira, 13 de março de 2020

Documentário sobre Marielle derruba audiência da Globo - O Antagonista

[Não ví e não gostei, nem recomendo!
Afinal, durante as investigações em 2018 - na vida real - sempre era noticiado a apresentação (algumas vezes até a ocorrência da oitiva) de  uma testemunha chave que nunca apareceu.]

A exibição do primeiro episódio de “Marielle – O Documentário” derrubou a audiência da Globo na Grande São Paulo.

Às 23h35, a série registrava 18,6 pontos na medição em tempo real da Kantar Ibope Media e liderava o ranking. À 0h20, estava empatada com o humorístico “A Praça é Nossa”, do SBT: 10 a 10. Um ponto representa 74.987 domicílios e 203.309 indivíduos. Os dados consolidados serão divulgados nesta sexta-feira.

Atualização — A Rede Globo enviou a seguinte nota: “Não é verdade que o primeiro episódio do documentário sobre a vida de Marielle derrubou a audiência da Globo. Ao contrário. Pelos dados prévios, o documentário liderou a audiência no RJ, em SP e no PNT (Painel Nacional de Televisão), chegando inclusive a aumentar a audiência da faixa horária em SP e no PNT em 2 pontos, em comparação com as 4 quintas anteriores. Assim que recebermos os dados consolidados do Ibope, encaminharemos também.”

O Antagonista - Entretenimento




sábado, 14 de setembro de 2019

Cuidado! Silvio Santos vem aí - Isto É

Dono do SBT transforma comentários sexistas e atitudes machistas em rotina do seu programa dominical e dá a impressão de que pode falar o que quer sem ser incomodado 

Há algum tempo, o empresário Silvio Santos, de 88 anos, dono do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), está demonstrando posturas sexistas, machistas, racistas e assediando mulheres livremente no palco de seu programa. Sem freios, o apresentador não faz distinção de idade e nem se importa se a pessoa agredida gosta ou não de seus comentários. Seu último abuso ocorreu no domingo 8, tendo como alvo sua assistente de palco Lívia Andrade. “Isso é roupa de vir ao programa?”, perguntou para Lívia. “Você vem aqui só para me provocar. Você está me provocando com essa roupa. Olha a sua roupa aberta desse lado. Isso é roupa que se vista?”, prosseguiu, para, em seguida, tocar no decote da assistente. O constrangimento, claro, foi geral.

Na frente das câmeras, Silvio tem ultrapassado os limites não é de hoje. A impressão que dá é que, por causa da idade e do poder econômico, pode fazer e falar o que quer na TV. Há uma evidente conivência com seus atos, explicável pelo fato de ele ser o patrão do SBT. “Essa postura de Silvio Santos é misógina e rebaixa a condição da mulher, dentro de um ciclo de cultura de violência, preconceito e objetificação do corpo, deixando-a, simplesmente, como um objeto de prazer para o homem”, afirma a advogada Vivian Lopez Valle, professora da Escola de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. “Ele presta um desserviço à sociedade ao dar esse tipo de incentivo, prejudicando a luta pela igualdade e a valorização da mulher” Segundo ela, o artigo 220 da Constituição, que regula a comunicação social, traz valores que são incompatíveis com a conduta de Silvio. Em alguns casos, como quando fez comentários depreciativos para a apresentadora infantil Maisa Silva, em 2017, as palavras do dono do SBT feriram, inclusive, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Comparando a menina Maisa, que acabava de completar 15 anos com uma foto de uma mulher adulta, ele disparou: “Quando você vai ter um corpão desses?”.



[apesar da presente matéria não ser tema do Blog Prontidão Total, optamos por transcrevê-la e ao mesmo tempo apresentar fundadas razões para o comportamento inadequado do conhecido apresentador, ser tolerado;

1º - inexiste no Brasil a CENSURA que é algo necessário, especialmente para programas de grande audiência, exibidos em horários vespertinos ou no inicio da noite, o que faz com que sejam vistos por crianças. A CF 88 - a constituição 'cidadã' , a constituição dos direitos sem sem a contrapartida dos deveres proibiu a censura e com isso liberou geral.
Nos dias atuais se tornou comum que qualquer lixo, qualquer pornografia, qualquer programa inconveniente, possa ser veiculado, vendido, doado, imposto nas escolas, sem nenhum freio;
Faz falta no Brasil um órgão nos moldes do saudoso DCDP/DPF - Divisão de Censura e Diversões Públicas, vinculado ao Departamento de Polícia Federal.

2º - as emissoras de TV e outros meios de diversão, incluindo teatros, no afã de faturar e para tanto índices elevados de audiência/frequência são essenciais, se valem do fato de que são as TVs, teatros, casas de show, etc, que estabelecem os limites de idade e horário para os seus programas, eles apelam para horários e faixas de idade que representam uma permissividade total - se alguma autoridade tentar impor limites, é execrada, a Justiça (sujeita às normas constitucionais) libera geral e com isso os mais caros VALORES são pisoteados;

3º - no caso específico do Silvio Santos, conforme citado no segundo parágrafo da matéria, por ter 88 anos, nos parece que suas inconveniências são consideradas mero folclore - apesar de ser responsabilidade da direção da emissora conter os ímpetos dos seus apresentadores, ainda que sejam os proprietários - mas o dito no primeiro comentário (inexistência de limites, de censura) libera geral.
Jovens com idade inferior a 18 anos não podem dirigir, tirar CNH,  e um dos motivos é que são inimputáveis.
Se indivíduos com mais de 85 anos são também inimputáveis, não se pode permitir que tenham acesso a qualquer forma de cometer crimes;

4º - aqui, se dissesse em um palco, certamente me linchariam: não estou entre os que atribuem a culpa do estupro às mulheres pela forma como se vestem ou devido ao comportamento, mas, se a pessoa sabe que ao comparecer a determinado programa de TV, corre risco de ser humilhada, desacatada, não vá - já que o autor das inconveniências, é o dono da emissora, e por não existir ordenamento legal no Brasil que controle o que é veiculado em programa de auditório, ele não é punido.
Se vão, além do constrangimento, devem estar ganhando alguma coisa.]

Ofensa a crianças
Em outra ocasião, Silvio trouxe ao palco crianças acompanhadas de suas mães para uma competição de um quadro do programa. Ao premiar uma criança com dinheiro, proferiu mais um impropério. “O que você prefere: dinheiro, poder ou sexo?”, perguntou. A menina e sua mãe ficaram sem ação. Num programa anterior também com crianças, desta vez que iriam participar de um concurso de calouros, ele teceu uma observação com clara conotação racista. Dirigindo-se a uma das integrantes de um trio musical, uma menina negra, perguntou o que ela queria ser quando crescer. A resposta foi básica. “Quero ser cantora”, respondeu. Silvio Santos não se deu por satisfeito: “mas com esse cabelo?”. As declarações do patrão arrancaram aplausos da platéia e risadas múltiplas. “No geral, ele presta um desserviço a população brasileira. Tudo isso fere o ordenamento jurídico em diferentes aspectos. O Ministério Público deveria agir”, diz Vivian.

A falta de cuidado, respeito e empatia e tantos outros sentimentos na postura do apresentador e dos que o rodeiam é clara. O fato de a programação televisiva influenciar diretamente a sociedade, gerar debates e discussões intermináveis, torna a responsabilidade do apresentador muito maior. Mas Silvio elegeu o sexo, tratado de forma grosseira, como seu assunto preferido. A modelo e apresentadora Fernanda Lima, que está à frente do programa Amor e Sexo, na rede Globo, foi caracterizada por Silvio como uma mulher de “pernas finas e cara de gripe". As funcionárias do SBT, como Lívia e Helen Ganzarolli, são alvos frequentes da fúria libidinosa do apresentador. A velhice, o show de palco, o fato de ser considerado um mito da televisão lhe dão uma espécie de salvo conduto para fazer o que bem entende.

Os vitupérios do apresentador
Helen Ganzarolli
“Quantos anos você foi amante do Gugu? Estou no crepúsculo da minha vida, a coisa que eu mais quero antes de entrar pro buraco é ter você como a última das minhas pulações de cerca.

Annita
Ao ser convidado a dançar pela cantora, Silvio Santos afirmou, “não vou dançar com você porque vou ficar muito excitado”


Maísa Silva
“Quando você vai ter um corpão desses?” Isso foi dito em comparação com uma foto de uma mulher adulta. Maísa estava sendo homenageada. Na época ela completava 15 anos


Claudia Leite
“Esse negócio de ficar dando abraço me excita e eu não gosto de ficar excitado”. O comentário foi proferido durante a apresentação do programa especial Teleton


Simaria
Depois de analisar o bumbum e a vestimenta das cantoras Simone e Simaria, Silvio afirmou: “estou desconfiado de que isso é um travesseiro”


Fernanda Lima
Quando tomou conhecimento do programa apresentado por Lima, Amor e Sexo, Silvio Santos teceu esse comentário: “Com essas pernas finas e essa cara de gripe, ela não teria nem amor nem sexo”


Em IstoÉ, MATÉRIA COMPLETA, incluindo fotos




 

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Bolsonaro fez do desfile seu parque de diversões - UOL

Blog do Josias - UOL

Com a popularidade em declínio e sob ataque dos próprios aliados nas redes sociais, Jair Bolsonaro foi ao desfile de 7 de Setembro como quem vai a um parque de diversões. Os guarda-costas tiveram de molhar o paletó. Com a felicidade a pino, o capitão deu de ombros para as normas de segurança. Queria ver e, sobretudo, ser visto. No ápice da ostentação, Bolsonaro se autoconverteu na atração principal da parada militar. Deslizou do palanque de autoridades para o asfalto. Interrompeu a evolução de tanques e soldados para desfilar sua alegria. Faixa presidencial no peito, saboreou algo como dois minutos de arquibancadas. Filtrada pelos órgãos de segurança, a plateia gritou "mito".

[as fotos e o vídeo parcial mostrados no próprio post ora transcrito ou na íntegra do vídeo tornaram complicado aos adversários do presidente Bolsonaro e, por extensão, do Brasil, fundamentar a queda da popularidade do presidente e dificuldades no relacionamento com Moro.

Nas mídias linkadas se constata que  um presidente com a popularidade em queda nao receberia tantas demonstrações de apoio, amizade, afeto e respeito em plena Capital da República e que se o ministro Sérgio Moro estivesse insatisfeito no governo Bolsonaro não aceitaria jamais adotar a postura mostrada nas fotos e vídeos.]

Alguns ministros acompanharam Bolsonaro no ataque ao asfalto. Entre eles Sergio Moro, cujo prestígio, segundo o Datafolha, é 25 pontos maior do que o do chefe. Súbito, o público gritou "Moro, Moro…" E as cotoveladas que o ex-juiz da Lava Jato recebe do capitão nos bastidores foram substituídas por abraços. As mãos de Bolsonaro atraíram Moro rapidamente para o seu lado. Foi como se Bolsonaro quisesse enviar um pedido de perdão à tropa das redes sociais, em guerra contra a indicação de Augusto Aras para o posto de procurador-geral da República. Escolhido à revelia de Moro, Aras é visto pela força-tarefa de Curitiba como adversário. O nome foi mal recebido na bolha bolsonarista da internet. O capitão passou a ser chamado de "traidor" no seu habitat natural.

Outras três cenas marcaram o desfile. Na chegada em carro aberto, acompanhado por Carlos Bolsonaro, seu filho 02, o presidente mandou parar o Rolls-Royce presidencial para chamar uma criança. Dividiu os instantes inaugurais de sua manhã no parque com Ivo César Gonzalez, de nove anos. No palanque, Bolsonaro expôs uma segunda imagem em alto relevo. Exibiu-se ao lado do apresentador Silvio Santos e do autoproclamado "bispo" [as aspas foram inseridas pelo Blog Prontidão Total.] Edir Macedo, donos do SBT e da TV Record. Enquanto esteve em cena, a dupla ganhou mais destaque do que o vice-presidente Hamilton Mourão. Até a primeira-dama Michelle e a caçula Laura Bolsonaro, 8, foram enviadas para a retaguarda.

Nem o SBT nem a Record transmitiram o desfile em seus canais abertos. Apenas a TV estatal transmitiu ao vivo. Suprema ironia: entre as emissoras privadas, ironicamente, só a TV Globo, considerada por Bolsonaro como "inimiga", injetou flashs  do divertimento do presidente em sua programação matinal. [atualizando: a TV Record durante o desfile, transmitiu em sua programação normal flashs  do desfile.] Terminado o desfile, Bolsonaro não cabia em si. Tampouco cabia dentro do automóvel fechado que o cerimonial estacionou defronte do palanque para conduzi-lo de volta ao Alvorada. Para desespero dos seguranças, o capitão dependurou-se do lado de fora do carro, com a porta aberta. Produziu-se, então, a derradeira cena marcante. Com uma mão, Bolsonaro agarrava-se ao automóvel. Com a outra, acenava para a plateia. Foi com o se o presidente desejasse esticar a atmosfera de parque de diversões. Degustou cada segundo. Até o último centímetro de arquibancada.

Blog Josias de Souza - UOL - Leia MATÉRIA COMPLETA


 
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