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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Oposição acusa Renan de ‘fraude’ na votação de vetos da presidente Dilma

Parlamentares reclamaram da apuração em paralelo das cédulas no plenário 

A oposição criticou o processo de votação nesta quarta-feira dos dois vetos presidenciais e chamou de "fraude". Isso porque o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), autorizou uma espécie de apuração paralela, ou seja, técnicos do Legislativo já contabilizavam os votos assim que o deputado ou senador apresentava a cédula de papel de votação. Geralmente, as cédulas são lacradas na urna e a apuração é feita posteriormente. A liderança do PPS na Câmara registrou em vídeo o momento em que um parlamentar vota e depois tem o voto monitorado ou registrado pelos técnicos.

Os dois vetos presidenciais foram mantidos exatamente por 257 votos a favor — o quorum mínimo exigido para manter o texto. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) reclamou do processo. — Acabamos de ver comprovada a apuração prévia dos votos, da qual só teve acesso parece o presidente do Congresso. Antes desses votos serem formalmente apurados havia um controle de servidores da Casa, segundo denúncia de dois parlamentares, o que se assemelha à crise gravíssima da violação do painel do Senado. 

Funcionários da Casa, orientados pela direção, estavam contabilizando os votos antes deles serem contabilizados na urna. O nível de desrespeito à essa Casa chegou a tal que o governo acha que acaba podendo tudo. Revolta e obstrução — disse Aécio.

O líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), acusou Renan de querer impor o "voto de cabresto", com o monitoramento prévio do quorum. — É a volta do voto de cabresto. O presidente do Congresso já sabia do resultado, previamente. Isso é imoral, ilegal. É a antecipação do voto, um monitoramento do quorum. É fraude, não tem outra palavra. O voto só pode ter conhecimento público depois e não prévio do voto — disse Mendonça Filho.

Em resposta, o presidente Renan Calheiros disse que estava cumprindo o regimento.
— Estou cumprindo absolutamente o regimento. Não há nada a esconder -  disse Renan.

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