Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Golpe? Jamais! Impeachment? Depende



Dinheiro sujo financiou parte da campanha de Lula para presidente em 2002.
Suspeita-se que dinheiro igualmente sujo financiou as duas campanhas de Dilma.
Ouvi do prefeito de uma das capitais brasileiras mais importantes: “Foi a ação dos Black blocs que nos salvou, os governantes, quando o povo saiu às ruas em junho de 2013 cobrando melhores condições de vida”.

A ação dos baderneiros mascarados esvaziou as manifestações por passagens de ônibus mais baratas, saúde e educação eficientes, reforma agrária, lazer, contra a corrupção e contra a impunidade. Por enquanto, os Black blocs saíram de cena. No seu lugar entraram pessoas agenciadas não se sabe por quem ou simplesmente pessoas que acreditam que a volta dos militares ao poder fará bem ao país.

Muitas entre essas pessoas pedem o fim do comunismo como se ele ainda existisse. [uma das estratégias mais tenebrosas do comunismo é exatamente agir de forma a que os desavisados considerem que a criação maldita de Lênin foi extinta.]  A propósito, não vale citar a China e a Rússia. São imitações grotescas, macaqueadas de regimes comunistas.

De repente, a presidente Dilma e a sua turma ganharam aliados onde menos esperavam. Os que pedem um golpe militar, quer queiram quer não, podem contribuir para esvaziar passeatas e comícios dos insatisfeitos “com tudo isso que está aí”. Por “tudo isso” entenda-se o grosso das mesmas reivindicações de junho de 2013, com ênfase crescente no combate à corrupção e à impunidade.

Há 15 dias, 2.500 pessoas ocuparam a avenida Paulista em protesto contra o governo Dilma. Foram cinco mil no último sábado em ato apoiado pelo PSDB e partidos da oposição.  Minoritária, a porção dos golpistas tenta se misturar com a porção dos insatisfeitos. Essa, por sua vez, tenta se distinguir da outra. Mais políticos compareceram à primeira manifestação do que à segunda.

Os principais líderes da oposição, entre eles Aécio Neves (PSDB-MG), correm o risco de se meter numa saia justa. Por mais que digam o contrário, são acusados pelos partidários do governo de defender o golpe militar. Se não defendem o golpe, se batem pelo impeachment da presidente da República, o que militantes espertos do PT apregoam como sendo outro tipo de golpe. Não é. [o ‘impeachment’ é uma forma democrática e prevista em Lei vigente há 64 anos e oito meses, de afastar um presidente da República que cometa crime de responsabilidade.
Só que apesar de eficiente, quando o seu uso foi considerado conveniente no aspecto político – impeachment do Collor – é de difícil aplicação, dado que o seu caráter político, inclusive durante todo o processo, permite muitas negociações o que muitas vezes faz com que um criminoso seja politicamente absolvido. Caso do Lula, quando em 2005 sobravam razões para o seu ‘impeachment’ e FHC decidiu que era melhor deixa-lo morrer sangrando.
O $talinácio fez mais um dos seus costumeiros pactos com o diabo e conseguiu se reeleger e depois eleger e reeleger a criatura Dilma.
O chamado “golpe” apesar de não ser considerado democrático é eficiente e traz quando da sua aplicação a oportunidade da aplicação de uma gama de legislação excepcional e que corrige muita coisa errada.
Por isso, é a solução desejada e mais conveniente.]

Aécio está ficando rouco de tanto repetir: "Olha, eu não sou golpista, sou filho da democracia. (…) Não acho que exista nenhum fato específico que leve a impeachment. Essas manifestações [golpistas] que se misturam com as manifestações democráticas têm meu repúdio veemente". Talvez devesse ir à próxima passeata reafirmar de público seu compromisso com a legalidade.

Impeachment não é golpe. Fernando Collor, o primeiro presidente do Brasil eleito pelo voto direto depois de 21 anos de ditadura, foi derrubado pelo Congresso via um processo de impeachment. Fora os comparsas deles, órfãos do poder, ninguém disse que Collor foi vítima de um golpe. O impeachment está previsto na Constituição.  E nada se fez contra ela. Nada se fará contra ela. No início do segundo governo de Fernando Henrique, deputados do PT assinaram um manifesto em defesa do impeachment dele. Tarso Genro, na época ex-prefeito de Porto Alegre, publicou artigo na Folha de S. Paulo onde pediu que Fernando Henrique renunciasse.

Aliados do presidente saíram em sua defesa, acusando Tarso e os deputados de “golpistas”. Não eram golpistas. Por ora, carece de razão o impeachment de Dilma. Mas ela e o PT têm motivos de sobra para se preocupar com isso, sim. Afinal, Dilma soube a tempo que a roubalheira existia na Petrobras. E nada fez para abortá-la. Dinheiro sujo financiou parte da campanha de Lula para presidente em 2002. Suspeita-se que dinheiro igualmente sujo financiou as duas campanhas de Dilma. A ver.

Fonte: Blog do Noblat

Nenhum comentário: