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sexta-feira, 22 de maio de 2015

Governo cede à pressão do Congresso para aprovar o ajuste fiscal



O governo piscou primeiro. E diante do risco de o Senado rejeitar na próxima semana as medidas do ajuste fiscal, cedeu ao PT e aos que cobravam o aumento da taxação dos lucros dos bancos. De quebra, recuou da ideia de exigir três meses de emprego ininterrupto para que o trabalhador que ganha até dois salários mínimos pudesse receber o benefício do abono salarial.

Voltará a vigorar, portanto, a regra antiga em que o abono era pago para quem trabalhasse pelo menos 30 dias.  Ao taxar mais os lucros dos bancos, o governo calcula que a receita da União aumentará em R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões por ano.  Ao desistir de mexer com o acesso ao abono salarial, o governo abrirá mão de uma economia estimada em R$ 9 bilhões.

O PT mas não só ele - poderá desfilar por aí dizendo que salvou os mais pobres de perdas com o abono salarial, e que pegou os mais ricos com o aumento da taxação dos lucros dos bancos.  O governo pretendia alcançar este ano uma meta de superávit primário de 66,3 bilhões de reais, o equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto. Mas está difícil. O Congresso joga duro com ele.

Hoje, o ministro Joaquim Levy, da Fazenda, anunciará um corte no Orçamento da União que poderá chegar a 70 bilhões de reais. A presidente Dilma Rousseff garantiu que o corte não paralisará o governo. Mas para que seja eficaz, o governo passará a trabalhar bem devagar, economizando tudo o que ache possível. A tesoura não poupará programas que o governo sempre tratou como intocáveis. É o caso, por exemplo, do Minha Casa, Minha Vida. E do Programa de Aceleração do Desenvolvimento.

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