Com a deterioração do mercado de trabalho e sucessivas derrotas do
pacote de ajuste fiscal no Congresso, o governo federal passou a
projetar um salto do déficit da Previdência Social neste ano. De 43,6
bilhões de reais calculados na versão original do Orçamento, feita no
ano passado, o rombo esperado nas contas do INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social) foi elevado em 67%, para 72,8 bilhões de reais, com as
novas estimativas de receitas e despesas divulgadas na sexta-feira
(22). Trata-se de um aumento de 28,4%, bem superior à inflação, em
relação aos 56,7 bilhões de reais do ano passado. Como percentual do PIB
(Produto Interno Bruto), o déficit sobe de 1% para 1,2%, maior patamar
em seis anos.
A piora das contas previdenciárias explica boa parte das dificuldades
enfrentadas pela equipe de Joaquim Levy (Fazenda) na tentativa de
reequilibrar o caixa do governo. Para reforçar a arrecadação do INSS em
5,4 bilhões de reais neste ano, foi proposta em fevereiro uma revisão
drástica da política de desoneração tributária das folhas de pagamento
das empresas, uma das marcas do primeiro governo de Dilma Rousseff. O
projeto, no entanto, sofre resistências dos próprios partidos que dão
sustentação ao Palácio do Planalto no Congresso. Depois de atrasos e
modificações, a expectativa de ganhos até dezembro se tornou remota.
O mesmo aconteceu com a medida provisória destinada a endurecer as
regras para a concessão de pensão por morte e auxílio-doença,
desfigurada com a ajuda decisiva do PT e do PMDB. Com o desemprego em
alta e a renda em queda, as perspectivas de arrecadação da contribuição
previdenciária – em sua maior parte, incidente sobre as folhas de
salários – ficaram mais sombrias. A receita esperada no ano com o
tributo foi reduzida em 28 bilhões de reais, um montante semelhante aos
gastos projetados com o Bolsa Família. Uma das principais explicações é a
projeção de queda de 2,9% da massa salarial (soma de todos os salários
recebidos), descontada a inflação.
Pelos cálculos oficiais, o INSS arrecadará o equivalente a 6,25% do
PIB. Não se pode acusar a previsão de pessimista: em 2014, com o emprego
em alta, o índice foi de 6,1%, recorde histórico. No primeiro
trimestre, as receitas cresceram menos do que as despesas, e o déficit
da Previdência subiu de 11,7 bilhões de reais, em 2014, para 18 bilhões,
neste ano. [as negociações se tornaram difíceis devido as mentiras da presidente Dilma durante a campanha.
Prometeu não retirar direitos dos trabalhadores e antes mesmo de iniciar o segundo mandato já estava retirando beneficios trabalhistas.
Que credibilidade tem um ministro que serve a uma presidente mentirosa?
Quando a queda na arrecadação é fruto da incompetência da Dilma, que levou o Brasil para uma situação de recessão e consequente desemprego o que gera queda da arrecadação.]
Fonte: Folhapress
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