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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Desespero petista: a ordem agora é tentar queimar Eduardo Cunha antes que ele detone Dilma, via impeachment

Advogado de delator cita 'lógica de gangue' para justificar temor de seu cliente a Cunha

Figueiredo Basto diz que desvios na Petrobras vinculam ‘mandarins da República a crimes contra a administração’

Ao entregar a defesa final do consultor Julio Camargo à Justiça, nesta quarta-feira, o advogado Antônio Figueiredo Basto afirmou que as pessoas que criticam seu cliente agem com a “lógica da gangue”. Figueiredo Basto disse, ainda, que seu cliente tem “justificado temor” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e que o esquema da Petrobras maculou “diretamente o equilíbrio do processo eleitoral durante pelo menos três eleições”. Em 16 de julho, Camargo afirmou que Cunha pediu pessoalmente a ele US$ 5 milhões em propina. Em resposta, Cunha disse que o delator é um “mentiroso” e acusou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de obrigá-lo a mentir.

Ao comentar sobre o esquema de corrupção montado na Petrobras, o advogado escreveu que “não existem dúvidas sobre desvios e abusos na Petrobrás que vinculam mandarins da República a crimes contra a administração pública e que macularam diretamente o equilíbrio do processo eleitoral durante pelo menos três eleições.” Figueiredo Basto assumiu a defesa de Camargo após o depoimento do dia 16, quando a advogada Beatriz Catta Preta renunciou ao caso. Ele apresentou as alegações finais do consultor no processo que investiga suspeita de corrupção na compra de dois navios-sonda pela Petrobras entre 2006 e 2007, orçados em US$ 1,2 bilhão.

O criminalista criticou a utilização da CPI da Petrobras para interferir nas investigações. Figueiredo Basto defende outro delator, o doleiro Alberto Youssef. Também ao prestar depoimento no dia 16, o doleiro disse que estava sendo intimidado por um “pau-mandado de Eduardo Cunha”. Ele se referia ao deputado federal Celso Pansera (PMDB-RJ), que pediu, na CPI, a quebra dos sigilos bancários da ex-mulher e das duas filhas de Youssef. Basto escreveu: “Basta ver que a CPI tem tomado uma série de medidas para desmoralizar a investigação, convocando familiares de colaboradores e pedindo a quebra de seus sigilos bancários e fiscais, além de medidas de coação contra delegados federais e advogados, a lógica da gangue continua vigorando : intimidação e corrupção.”

Figueiredo Basto afirma que Camargo não mentiu na sua delação e cita Cunha nominalmente: “Eventuais contradições de Julio Camargo advém de seu justificado temor em relação ao deputado federal Eduardo Cunha, que hoje ocupa a presidência do Poder Legislativo Federal”.

A outra citação a Cunha é indireta: “Ninguém desconhece as críticas que Camargo vem recebendo diariamente por ter colaborado com o MPF, especialmente após ter revelado que foi vítima de coação por um parlamentar que descaradamente lhe exigiu cinco milhões de dólares. Astuciosamente afirmam que a versão de Julio Camargo é mentirosa, teria sido engendrada pelo Procurador Geral da República para prejudicar o parlamentar envolvido nos fatos, nada mais falso.”

O advogado diz que as reações contra o colaborador ocorrem em várias instâncias informais, “que vão desde a maledicência à calúnia descarada e formais com o uso da Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobrás para desencorajar e desacreditar a colaboração prestada por Camargo, está em vigor a ‘moral da gangue’, que acredita por triunfar pela vingança, intimidação e corrupção.”

Cunha enviou nota à imprensa, em que declara que: “Não participei, não participo nem participarei de qualquer decisão sobre investigações da CPI, que tem a sua autonomia.” O deputado disse que rechaça com veemência a insinuação de que teria causado constrangimentos a Julio Camargo. “A participação da direção da Câmara, por meio da Diretoria Geral, trata somente da contratação administrativa requerida pela CPI, nos termos de sua autonomia.”

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