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terça-feira, 21 de julho de 2015

Derrota de Janot no Senado - quase certa - pode gerar motim no ministério Público

Derrubar Janot no Senado pode rebelar Ministério Público

A eventual rejeição do Senado ao nome indicado por Dilma Rousseff para procurador-geral da República, em agosto, não será assimilada em silêncio pelo Ministério Público Federal. A escolha de alternativa que não tenha o endosso da categoria tornará o órgão "rebelado" e "ingovernável", na opinião de integrantes da força-tarefa que investiga políticos envolvidos na Operação Lava Jato.

Dilma deve escolher o mais votado da eleição em que procuradores indicarão, no próximo mês, listra tríplice para o comando do órgão. O atual procurador-geral, Rodrigo Janot, é o preferido para ganhar o pleito. O Senado pode endossar ou rejeitar a escolha, em votação secreta. Janot estaria ameaçado porque abriu investigação contra vários senadores.

Procuradores que integram a equipe de Janot não aceitam que, em caso de rejeição pelo Senado, Dilma possa simplesmente indicar o segundo colocado aos parlamentares. Eles querem que seja realizada nova eleição. A proposta não é consensual na categoria.

O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Robalinho Cavalcanti, que organiza a eleição da lista tríplice, diz que a hipótese de realização de novo pleito não está em discussão. "Seria um desrespeito aos colegas que concorrem e até à presidente da República", diz. Ele lembra que nunca uma indicação foi rejeitada no parlamento.
Robalinho afirma também que a mudança de comando na PGR não mudaria os rumos da Lava Jato, "uma operação que tem o apoio de cem por cento da categoria". Afirma que os senadores, "políticos experientes", sabem que rejeitar Janot para enterrar as investigações seria inútil.  

MP promete reação a eventual rejeição do Senado 

Segundo a colunista Mônica Bergamo, integrantes da força-tarefa da Lava Jato sinalizam que a eventual rejeição do Senado ao nome indicado por Dilma Rousseff para procurador-geral da República, em agosto, tornará o órgão "rebelado" e "ingovernável"; o atual procurador-geral, Rodrigo Janot, é o preferido para ganhar o pleito, mas estaria ameaçado porque abriu investigação contra vários senadores

 O Ministério Público já sinaliza que não aceitara em silêncio a eventual rejeição do Senado ao nome indicado por Dilma Rousseff para procurador-geral da República, em agosto. O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Robalinho Cavalcanti, que organiza a eleição da lista tríplice, diz que a hipótese de realização de novo pleito não está em discussão. "Seria um desrespeito aos colegas que concorrem e até à presidente da República", diz. Ele lembra que nunca uma indicação foi rejeitada no parlamento.

Para afastar Janot, o Senado pode também usar manobra e protelar a votação
, para que ele seja substituído por um interino sem a mesma legitimidade de um procurador-geral eleito. 


[percebam o quanto Dilma está desmoralizada: mesmo exercendo uma prerrogativa constitucional  - indicar  o procurador-geral da República -  ela não terá liberdade. A presidente não é confiável, haja vista que poderá usar a prerrogativa para sabotar a Lava-Jato.
O mais grave é que o Senado Federal, que possui competência constitucional para rejeitar ou aprovar o nome indicado por Dilma, também é cerceado no exercício do seu PODER/DEVER, devido a existência de vários senadores da República envolvidos na Lava Jato.
É hora da aplicação do que é chamado no popular de FREIO DE ARRUMAÇÃO.]

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