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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Será que os travestis e gays querem cotas de emprego?

Qual empresário vai colocar no atendimento de sua empresa um travesti? um gay? submeter seus clientes aos gritinhos escandalosos?

Tudo que fazem é de forma escandalosa? qual a confiabilidade que merecem? 

[O portador do homossexualismo, e/ou suas variantes, precisa se convencer de uma coisa simples: 
- em casa,ele pode dar seus gritinhos, ter seu comportamento escandaloso, desde que não constranja os vizinhos nem sirva de mau exemplo para crianças; 
- no lazer, pode dar seus pulinhos, gritinhos, novamente evitando constranger as pessoas com o que é antes de tudo um comportamento inadequado e não influenciar crianças.
MAS, no emprego tem que se virar e agir como uma pessoa normal, sem nenhum distúrbio comportamental ou similar.
Entendam isso, aceitem e verão que o preconceito não é contra o fato de serem portadores do homossexualismo ou equivalente e sim CONTRA o comportamento que adotam e querem impor ao público, especialmente em ambientes públicos.
Ninguém está disposto a perder tempo preocupado por uma mulher preferia na hora do 'vamos ver' ser o macho ou por um homem na hora da transa assumir o papel de mulher - é problemas deles ou delas.
O que não pode ser aceito, por constranger e em certas situações, locais,  ser até crime é que aquele elemento - seja nascido homem ou mulher - querer impor como normal o seu comportamento e exigir até ser beneficiado por seu comportamento inadequado.]

Travestis e transexuais não têm acesso ao mercado de trabalho no DF. Essa é a opinião de homens e mulheres que não se identificam com o próprio sexo biológico e procuram oportunidades. No Dia da Visibilidade Trans, comemorado nesta sexta-feira, elas atentam para o problema, que coloca esse grupo às margens da sociedade. “Basta fazer um resgate mental: quantas pessoas trans você já viu trabalhando numa padaria, balcão de farmácia ou no mesmo lugar que você?”, questiona Ludymilla Santiago, 33. Ela é uma das fundadoras da Associação Brasiliense de Suporte a Mulheres Transexuais e Travestis do Distrito Federal e Entorno (AnavTrans).

Segundo Ludymilla, o GDF não possui políticas públicas de inclusão desse grupo no mercado, que acaba se submetendo à prostituição, ao mercado informal e ao subemprego. “Essas pessoas são rejeitadas 24 horas por dia. Não há um sistema de cotas ou algo do tipo que obrigue as empresas a contratá-las. Quando conseguem uma vaga, é em uma salinha no fundo de um escritório, para que não causem nenhum constrangimento”, afirma. A fundadora do AnavTrans cita o Centro de Referência Especializado de Assistência Social da Diversidade (Creas Diversidade), na Asa Sul, como tentativa válida, porém insuficiente, pois a transexualidade divide atenção com questões ligadas a raça e religião. “Precisamos trabalhar cada grupo de forma específica, senão ninguém é contemplado”, diz.

A transgeneridade marcou a vida profissional de Marcelo Caetano, 26 anos, com uma série de renúncias. O assessor da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Igualdade Racial e Direitos Humanos conta que teve dificuldades para se inserir no mercado, quando estava no começo do processo de transição, porque as empresas só aceitavam utilizar, no ambiente de trabalho, o nome feminino que constava nos documentos. “Fiz entrevistas em lugares onde fui avisado de que a empresa não aceitaria usar meu nome social. Mesmo precisando do dinheiro, não aceitava as propostas. Não faz o menor sentido eu, que hoje sou um homem de barba, usar um crachá com nome feminino. Seria uma situação constrangedora para mim e para os colegas de trabalho”, explica.


Para Marcelo, o preconceito se reflete também no tratamento dos empregadores, que, muitas vezes, se recusam a contratar transexuais e travestis não por incapacidade ou qualificação, mas baseados na aparência. “Um grande problema é a falta de informação. Já vi empregadores tratarem a transgeneridade como doença. A burocracia é o motivo que eles usam para justificar as rejeições de trabalho e também uma barreira institucional para o acesso de pessoas trans a serviços básicos.” Ele afirma que, atualmente, é mais fácil para pessoas trans ocuparem cargos no GDF, mas não há avanços no meio privado. “Hoje, é possível usar o nome social para se inscrever no Enem e utilizar o cartão do SUS, por exemplo, mas não é disso que eu preciso para arrumar um emprego. É preciso uma empresa que tenha uma política de uso do nome social. Não conheço nenhuma instituição privada que adote essa política”, afirma.

Lucci Laporta, 23, mulher transexual, militante e estudante de Serviço Social da Universidade de Brasília, afirma que a falta de acesso à educação básica é o primeiro sintoma que gera escassez de oportunidades no futuro. “Para pessoas trans, a dificuldade de inserção no mercado de trabalho começa bem antes do momento de procurar emprego e distribuir currículo. São pessoas que não conseguem se manter nem na educação básica, porque as escolas são muito permeadas por transfobia, e sofrem violência em casa também. Por causa disso, elas não têm acesso à educação superior ou ao concurso público, por exemplo.” Dados de 2013 da Agência Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) apontam que cerca de 90% dos transexuais e travestis no Brasil recorrem à prostituição por falta de outras opções de trabalho.

A carência de atenção governamental é um problema que Lucci destaca, além da necessidade um sistema de educação básica que discuta gênero e sexualidade. “Infelizmente, no Brasil, quando se fala a palavra travesti, se pensa em prostituição e não em identidade de gênero, sendo que a maioria dessas pessoas só entra nessa profissão por falta de oportunidade. Moro na Asa Norte, estudo na UnB e reconheço que sou uma pessoa trans muito privilegiada.”

No papel
O coordenador de diversidade da Secretaria de Direitos Humanos, Flávio Brébis, afirma que o planejamento estratégico da pasta tem uma visão voltada para a autonomia econômica e que o órgão aguarda o início de processos licitatórios para começar as ações. Uso do nome social em todos os órgãos do GDF, cartilhas informativas às empresas e parcerias para formação e profissionalização de pessoas trans são algumas das políticas que o coordenador afirma que serão implementadas. “A intenção é ter uma agência específica para capacitar pessoas trans. Queremos também estimular o empreendedorismo, para que elas possam se desenvolver por conta própria e até se encaixar melhor em alguma área”, prevê.

A secretaria não tem dados relacionados à ocupação de vagas no mercado por transexuais, mas Brébis declara que o GDF emprega, atualmente, quatro pessoas desse grupo em secretarias diversas.

Transempregos
Em 2013, a advogada paulista Márcia Rocha e outros dois ativistas criaram o site Transempregos (transempregos.com.br) para transexuais e travestis cadastrarem currículos e concorrerem a vagas de emprego oferecidas por empresas também cadastradas. Hoje, são 760 currículos  do Brasil inteiro, a maioria da cidade de São Paulo. Márcia e os outros fundadores da página não têm controle das contratações e entrevistas marcadas por intermédio do portal, mas conta que recebe mensagens de agradecimento de pessoas que conseguem ocupar uma vaga. “Hoje mesmo, recebi ligação de um trans homem que disse ter conseguido o emprego dos sonhos dele. Pelo menos 50 pessoas foram contratadas em 2015 e a esperança é de empregar mais de 100 este ano”, diz Márcia.

Priscila Pequim, de São Paulo, cadastrou o currículo no Transempregos e foi chamada para entrevista em restaurante da cidade na tarde de ontem. “Fui superbem tratada. A minha figura não causou surpresa justamente pelo fato de terem me encontrado pelo site. Acho importante incentivar outras empresas a procurarem o portal também. É uma forma de começar a resolver esse problema. Infelizmente, por conta do preconceito, a travesti está relacionada à prostituição, mas precisamos mostrar nossas competências, não servimos só para isso e subempregos”, declara.


Fonte: Correio Braziliense

 

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