O resultado das reuniões do Conselhão, depois de treze anos de idas e
vindas, ainda deixa dúvidas: muitas das propostas feitas por integrantes
do grupo jamais saíram do papel, entre elas as reformas política e da
Previdência. Chama atenção, no entanto, o destino de importantes figuras
que assessoraram o Palácio do Planalto entre 2003 e 2015.
Atualmente,
quatro deles estão presos por envolvimento no escândalo de corrupção da
Petrobras: João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, José Carlos Bumlai,
pecuarista amigo do ex-presidente Lula, José Dirceu, ex-ministro da Casa
Civil, e Marcelo Odebrecht, dono na mega empreiteira Odebrecht.
Outros
cinco são alvos de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) também
por estarem ligados ao esquema do petrolão. São eles os ex-ministros
Paulo Bernardo (Comunicações) e Antônio Palocci (Fazenda), os atuais
ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Secretaria de
Comunicação Social) e a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Depois de um
ano e meio paralisado, o grupo retoma os trabalhos nesta quinta-feira
repaginado e tem entre os convidados o ator Wagner Moura e o
neurocientista Miguel Nicolelis.
Não à toa: se quisesse reunir a "velha
guarda" do Conselhão, a presidente Dilma teria de transferir o encontro
do Palácio do Planalto para a carceragem de Curitiba.
Fonte: Marcela Mattos, de Brasília - VEJA
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