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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

PT retoma as críticas à gestão de Dilma na economia e se opõe à reforma da Previdência, defendida por Dilma



"O partido deve reforçar as críticas de que o governo precisa retomar o processo de crescimento com algumas medidas, como acelerar o processo de concessões", afirmou o deputado Carlos Zarattini (PT-SP)

Integrantes da Executiva Nacional do PT retomam nesta terça-feira (26) as cobranças ao governo Dilma Rousseff por medidas para o reaquecimento da economia do País. Na véspera do encontro, representantes da maior corrente do partido, Construindo um Novo Brasil (CNB), afinaram o tom que deverão apresentar na reunião da cúpula. "O partido deve reforçar as críticas de que o governo precisa retomar o processo de crescimento com algumas medidas, como acelerar o processo de concessões e principalmente no que tange ao programa Minha Casa Minha Vida, que pode gerar emprego e atende aos movimentos sociais que demandam por moradias populares", afirmou o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que participou do encontro da CNB."O governo Dilma deve ter um protagonismo a partir do equacionamento das questões econômicas", ressaltou o ex-ministro Edson Santos (PT-RJ).

Conselhão
Em artigo publicado no portal do partido, o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, diz também ter expectativas sobre a definição de algumas diretrizes por parte do governo que deverão ser discutidas na primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, convocado pela presidente para esta semana. "Espera-se uma apresentação de diretrizes para o ano, com grandes expectativas (e esperanças) numa agenda de retomada do crescimento econômico e de geração de empregos", diz o dirigente no texto.

A direção executiva ainda deve iniciar as discussões em torno das estratégias que o partido irá adotar na disputa municipal deste ano. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

PT se opõe à reforma da Previdência, defendida por Dilma
Oposição também vem dos movimentos sociais. João Pedro Stédile, da coordenação nacional do Movimento dos Sem Terra (MST), teria dito que a reforma da Previdência é "o limite" do apoio à presidente

As bancadas do PT na Câmara e no Senado e a direção nacional da legenda vão tentar barrar a reforma da Previdência proposta pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. A proposta também enfrenta forte resistência dos movimentos sociais que formam a base do partido.  Enquanto a oposição mantém o foco na agenda do impeachment e aposta em novas CPIs no Congresso para desgastar o governo, conforme mostrou o Estado no domingo, Dilma e Barbosa vão enfrentar o fogo amigo "programático" do PT.

"Ainda não temos uma matéria concreta na mesa para discutirmos, mas pelo que estão falando, de aumentar idade mínima para aposentadoria, teremos muita dificuldade de passar isso na bancada", admitiu o líder do PT na Câmara, Sibá Machado (PT-AC).

Movimentos

Na segunda-feira passada, dia 18, movimentos sociais ligados ao PT que integram a Frente Brasil Popular fizeram fortes críticas à proposta. Segundo relatos, João Pedro Stédile, da coordenação nacional do Movimento dos Sem Terra (MST), teria dito que a reforma da Previdência é "o limite" do apoio a Dilma.

A Central Única dos Trabalhadores divulgou uma nota afirmando que "o governo erra" ao propor a reforma. "A CUT está preparada para travar uma batalha para defender os direitos dos trabalhadores no Congresso Nacional. Defendemos que a fórmula 85/95 - que ajudamos a elaborar - seja implementada sem a progressividade que foi incluída pelo governo este ano", disse o presidente da CUT, Vagner Freitas.

No dia 15 de fevereiro o presidente do PT, Rui Falcão, vai reunir o conselho consultivo do partido, formado por intelectuais, artistas, governadores e prefeitos de grandes cidades, para elaborar propostas na área econômica que serão encaminhadas ao governo. A reunião atende ao pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, descontente com os primeiros passos de Barbosa na Fazenda. Em entrevista a blogueiros, Lula disse que o governo precisa sair da agenda do ajuste fiscal, na qual se encaixa a reforma da Previdência, e mostrar medidas "críveis" de estimulo ao crescimento econômico para sinalizar à base petista que a entrada de Barbosa no lugar de Joaquim Levy não foi apenas uma troca de "seis por meia dúzia".

Nos bastidores, Barbosa tem sido bombardeado pelos petistas, que o acusam de anunciar medidas que só sinalizam ao mercado financeiro e não à base do partido. Parlamentares e dirigentes do PT comparam as declarações de Barbosa ao início da gestão Levy, marcada pela edição de medidas provisórias que restringiam direitos trabalhistas sem que houvesse negociação com os movimentos sociais.

Em dezembro, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) classificou a proposta como "suicídio político". Um dos poucos a defender a medida é o próprio Lula, um dos maiores defensores da nomeação de Barbosa, que disse, em entrevista a blogueiros, que "de vez em quando" é preciso rever as regras da Previdência.

Para a direção petista, não existe contradição entre o apoio ao governo e a oposição à reforma da Previdência. "O PT tem a obrigação de expor seu ponto de vista. Mas isso não significa que o partido vá deixar de apoiar o governo", disse o secretário de Organização, Florisvaldo Souza.

As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".


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