Como seria bom não ter razão!
Semana
retrasada, descrevi na minha colunasemanal na Gazeta do Povo
a
crueldade criminosa das instituições internacionalistas de fartíssimos bolsos
que ora combatem a família, que corretamente percebem como enorme obstáculo à dominação
ditatorial de toda a sociedade de que ela é a base.
Entre
tantos outros grupos, vitimam as pobres pessoas que da noite para o dia se
convencionou chamar “transexuais”, aproveitando-se de seus
problemas de identidade e autoestima para convencê-los não apenas de que são o
que não são,
como que devem esperar que toda a sociedade partilhe de seus delírios e os trate
como membros do sexo oposto.
É uma campanha extremamente bem financiada,
que opera coordenadamente em nível mundial. Basta ver, por exemplo, como na imprensa
tanto brasileira quanto estrangeira subitamente virou prática corrente referir-se a travestis
no feminino,
dizer que eles são “mulheres” e fingir espanto quando a eles
não se estendem os privilégios sociais femininos. Algo que há pouquíssimo tempo atrás seria
absurdo e impensável, ou mesmo ridículo — a
“feminilidade” de travestis! — passou
instantaneamente a fato da vida, lei da natureza, evidência evidente, obviedade
ululante e saltitante, com 1m80, barba por fazer e maquiagem pesada.
Travestis sempre foram o oposto diametral da
mulher, por razões sem fim: a
impossibilidade essencial (e estética!) de fazer de um homem uma
mulher; a absurda substituição do natural
acolhimento do sistema reprodutivo pela violação da extremidade
final de um sistema excretor, literalmente trocando a
vida pelas fezes e a sucessão das gerações pela descarga do vaso sanitário;
a caricata
releitura exagerada do feminino feita pelos travestis, em última instância de tal
machismo e grosseria que fariam qualquer cavalheiro digno deste nome se
revoltar… O absurdo da proposta é evidente. É dizer que o preto é branco, que o sol é escuro, que a água é seca,
que o fogo é gelado. O feminino e masculino são
componentes essenciais de toda a Criação, e é da união deles que persiste a vida.
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Mas
subitamente não se trata mais de meramente respeitar a dignidade humana dos
travestis, de tratá-los como se tratam as demais pessoas com problemas de
identidade. Não: agora é preciso acreditar que, sabe-se lá como, travestis passaram
subitamente a ser mulheres! Mulheres de verdade, tão
mulheres quanto qualquer mãe de família. Com isso, travestis ganharam até
mesmo o “direito” de espancar
mulheres em ringues de luta, como no caso de Boyd Burton, um pai de família, ex-marinheiro e
ex-caminhoneiro que decidiu virar mulher e fez alterações cirúrgicas na
Tailândia para parecer uma, trocou o nome para “Fallon Fox” e passou a competir com
as mulheres, covardemente surrando-as em campeonatos de MMA.
O
espaço em que as mulheres sempre puderam abaixar um pouco a guarda por ser lá
proibida a presença masculina, os banheiros femininos,
também já foi invadido por homens travestidos. A campanha foi tão
violenta e súbita que nos EUA ela se transformou numa guerra jurídico-cultural,
com leis proibindo e afirmando o uso de banheiros femininos por homens,
estrelas do rock falando asneiras e boicotando lugares com leis “erradas”, e tudo o mais de que a mídia
gosta.
As vítimas da campanha, evidentemente, são as
de sempre:
os mais fracos, no caso as mulheres e os doentes mentais. O caso destes, todavia, talvez seja ainda mais grave que o delas.
Afinal, uma mulher normal tem meios próprios para desvencilhar-se da maior
parte dos ataques e desrespeitos, muitas vezes virando-os em seu próprio favor. É inconveniente e desrespeitoso tirar delas seu santuário — para ir
onde mais elas se levantariam em bando da mesa do bar? –, mas não é provável que nada
muito ruim venha a acontecer. Um mal muito maior é
causado pela proibição de instrumentos de autodefesa, como armas de fogo, muito mais necessários e
úteis para mulheres que para homens, pela diferença de força física e de
interesses de eventuais atacantes. Afinal, quem me atacar há de querer meu dinheiro, e provavelmente
será mais ou menos tão forte quanto eu; quem ataca uma mulher pode querer muito
mais que dinheiro, e normalmente será bem mais forte que ela. Ela precisa mais de uma arma que eu.
Problemas
de identidade sexual são sempre um prato cheio para predadores sexuais de todos
os matizes,
contudo, e são raros os casos em que o incentivo ao travestismo e à autoilusão
identitária não leva suas vítimas a situações de exploração e violência
desordenada. Pessoas com problemas de identidade têm dificuldade em perceber
não apenas quem elas mesmas são, mas também o que é o mundo em torno. Suas
respostas são muitas vezes desproporcionais, e suas carências as tornam presas
fáceis para aproveitadores de todos os tipos e matizes, do financeiro ao sexual,
do proxeneta ao estelionatário, do tarado ao vendedor de carros usados ou
falso-moedeiro.
Um
caso exemplar no seu horror e crueldade foi o bárbaro assassinato no norte do
Paraná de Lucas Pereira, um rapazinho de 14 anos de idade, por quatro de seus parceiros de
orgia homossexual. Algumas notícias dizem
que ele se prostituiria; outras, que
a confusão teria começado por um dos outros rapazes ter tentado pagar o
programa, ironicamente, com uma nota falsa. Todas, todavia, apressaram-se
em apresentar o rapazinho assassinado como “a
mulher transexual Luana Biersack”. Ora, isso é escarnecer duplamente de
quem já foi tão vitimado!
Foi
o delírio da mídia, repetindo como papagaios treinados as palavras de ordem que
vêm do exterior, que usou esse menino
como bucha de canhão, mastigou-o, cuspiu-o e esfregou o pé em cima. Numa
cidadezinha de 3 mil habitantes, convencer um rapazinho dessa idade a exacerbar suas confusões
identitárias ao ponto de declarar-se pertencente ao sexo oposto é fazer dele
presa fácil e garantida para os piores predadores, para os maiores depravados da região. Os predadores mais perigosos não são, ao
contrário do que gostaríamos de crer, pessoas cuja maldade está estampada no
rosto. Não, muito pelo contrário; são muitas vezes pessoas que parecem ser cidadãos acima de qualquer
suspeita, mas
que ao saber que em tal cidadezinha a 50km de distância há um rapazinho de 14
anos de idade que, na sua loucura, convenceu-se de ser uma mulher, ficam
imediatamente animados e entram no carro em busca de uma oportunidade de
aproveitar-se sexualmente dele.
Não se trata de “homofobia” nem de qualquer outra besteira do discurso da moda. Afinal, para que haja interesse sexual por um rapaz passivo, o participante
ativo da relação deve, ele ainda mais que o passivo, excitar-se por pessoas do
mesmo sexo, o que é a própria
definição de “homossexual”!
O passivo pode ser estuprado sem excitação ou prazer
algum, mas
o ativo precisa necessariamente ter interesse sexual para conseguir perpetrar a
violação. Comprovando o que digo, aliás,
li que o pobre rapaz de quem falo já havia sido, ainda segundo as notícias, vítima de abusos por parte de um
conselheiro tutelar de outra cidade que não a sua, ora foragido.
Provavelmente
trata-se de um predador sexual que buscara ativamente a posição de conselheiro
tutelar, como
outros buscam as de professor ou médico, justamente para ter acesso a presas
fáceis: rapazinhos
confusos e em dificuldades, que acabam caindo nas mãos de conselhos tutelares e
demais organismos de ajuda. Todos os predadores da região certamente ouriçaram-se ao saber da
existência e dos delírios do pobre Lucas, e não tardaram nada em procurá-lo.
Não duvido nada que sua confusão mental fosse tamanha que percebesse os abusos
repetidos como atos de amor e carinho, ou no máximo como forma de diversão ou
de expressão de sua confusa individualidade, alternando a euforia com
comportamentos abertamente autodestrutivos sem perceber que é tudo uma só
coisa. É um quadro clássico, e quem quer que já tenha trabalhado na rua o
conhece.
Numa megalópole como Rio de Janeiro e São
Paulo,
paradoxalmente, um rapaz como ele correria menos risco. Afinal, como já disse
Carlos Drummond de Andrade, os habitantes das cidades grandes têm o privilégio
do anonimato. Um
rapaz confuso sexualmente ou uma mocinha anoréxica, um obeso mórbido ou uma
exibicionista,
conseguem viver na megalópole sem grandes riscos ao limitar a exposição de seus
problemas a alguns ambientes. Já no
interior, não há como evitar que o que se faz aqui seja sabido ali. Não há anonimato, não há intimidade como a
que se pode ter na cidade grande. Um rapaz nas tristes circunstâncias do
pobre Lucas, assim como uma mocinha exibicionista, tornam-se conhecidos não
apenas na cidade, mas em toda a região, e atraem pervertidos e depravados que
os colocam em risco imediato em todo lugar e a qualquer momento.
É isto que torna ainda mais grave a culpa dos
responsáveis por campanhas como estas. Dizer a rapazes confusos e problemáticos que eles são moças, bem
como dizer a moças confusas e problemáticas que elas devem andar pelas ruas com
os peitos de fora e frases pintadas no corpo, são maneiras de usar como bucha
de canhão pessoas com problemas mentais sérios, que merecem e precisam de
auxílio e compaixão, não de incentivo à autodestruição.
Rapazinhos
de 14 anos são necessariamente seres confusos em muitos, quase todos, os
planos. São pessoas que estão aprendendo
na marra quem são e a que vieram. Usá-los como ferramenta descartável para
enfraquecer a união familiar que defende a sociedade dos aspirantes a tirano
não é apenas errado e subversivo: é cruel e assassino. Quem fingiu ajudar o Lucas o matou, e quem fingiu acolhê-lo o
enlouqueceu.
Que Deus, que o ama de verdade, o acolha e
tenha piedade de sua alma; a
piedade que os ativistas não tiveram nem de sua alma nem de seu corpo,
estuprando-os ambos, mastigando-os e cuspindo-os ambos como materiais
descartáveis gastos na construção da estrada rumo a uma distopia impossível. Lembremo-nos deste rapaz
em nossas orações.
Fonte: Carlos Ramalhete, professor – Mídia Sem Máscara.
Fonte: Carlos Ramalhete, professor – Mídia Sem Máscara.
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