Discutir gayzismo e antigayzismo a propósito do caso Santander só
prova incapacidade de discernir entre o confronto de opiniões e o quadro
legal que o regula. Isso denota pura e simples IMATURIDADE PARA O
EXERCÍCIO DA CIDADANIA.
O que está em questão no episódio não são
opiniões pró e contra isto ou aquilo, mas a simples TIPIFICAÇÃO LEGAL DE
UM CRIME. O texto da lei é claro: “Vilipendiar objeto de culto.” Ponto
final. É só disso que se trata. A lei é a mesma para gayzistas e
antigayzistas, progressistas e conservadores, cristãos e anticristãos.
Dissolver essa evidência numa tagarelice ideológica é trapaça, da parte
do acusado, e burrice, da parte dos queixosos.
*
A existência de um quadro legal que regula os confrontos de opiniões é
o que define uma DEMOCRACIA. Sem o quadro legal, há só o império do
mais forte. Numa democracia, todas as opiniões são lícitas, mas nem tudo
o que você faz em nome delas é lícito. Posso ser antigayzista, mas não
posso sair batendo em gays. Posso ser anticristão, mas não posso
vilipendiar objeto de culto cristão, porque isso é crime definido no
Código Penal, Art. 208.
Praticamente todos os palpites que ouvi até agora sobre o caso Santander
provam ignorância dessa distinção elementar. Todo mundo enche a boca ao
falar de “cidadania”, mas não tem A MENOR IDÉIA do que seja isso.
*
Se para impor a obediência às leis você tem de impor também a sua
crença religiosa, a obediência às leis se torna inviável. Se para
livrar-se de obedecer a lei você alega sua crença gayzista, a obediência
à lei tornou-se opcional.
Lei é lei, opinião é opinião. O curador da exposição Santander,
Gaudência Fidelis, não entende isso. Não tem maturidade para ser cidadão
de uma democracia. Muitos dos que o acusam também não têm: ao alegar
opiniões morais e religiosas contra a conduta dele, em vez de ater-se ao
texto da lei, transformam numa discussão ideológica o que deveria ser a
pura e simples aplicação de uma lei.
*
De modo geral, os brasileiros não distinguem entre lei e
partidarismo, ou entre lei e preferências pessoais. A impessoalidade da
lei parece-lhes demasiado abstrata, e tem de ser referendada por um
sentimento ou impressão pessoal. Convidados a depois em favor ou contra
um réu, não perguntam se, objetivamente, ele é inocente ou culpado.
Perguntam se gostam dele ou o detestam. No caso Santander, uma retórica moralista só serve para debilitar a
causa. O vilipêndio a culto é ilegal, e isso basta. A mais velha regra
da técnica retórica é: Se você pode vencer usando um argumento, não use
dois.
Por: Olavo de Carvalho - Mídia Sem Máscara
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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terça-feira, 12 de setembro de 2017
Caso Santander: vilipêndio a culto é ilegal, e isso basta
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domingo, 30 de julho de 2017
Lula: caso de cadeia
Garantia Sivuca – José Guilherme Godinho, policial membro da Scuderie Detetive Le Cocq, um dos responsáveis pela caçada e morte de Cara de Cavalo, cafetão, traficante, assassino e “caso íntimo” do Hélio Oiticica, o vanguardeiro performático das artes tropicalistas que chegou a homenagear o amor bandido com a ode-legenda “Seja marginal, seja herói” – bem, dizia Sivuca que “bandido bom é bandido morto”, bordão que o fez deputado estadual por duas vezes no ainda tolerável Rio de Janeiro dos anos 1990.
Pessoalmente, não chego a tanto. Mas acredito piamente que “bandido bom é bandido preso”, se possível, em certos casos, perpetuamente, num presídio de segurança máxima.Este é bem o caso, por exemplo, de Luiz Inácio da Silva, reconhecido nas rodas civilizadas como o “Chacal” da politicagem tupiniquim. Recentemente, como sabem todos (e a quase generalidade da população aplaudiu), o competente juiz Sérgio Moro condenou o ex-presidente a 9 anos e meio de cadeia, por corrupção e lavagem de dinheiro. É pouco – muito pouco, pouco mesmo. Neste sentido, procuradores da força-tarefa do Ministério Público Federal tomaram a decisão de recorrer da sentença e pedir penas maiores para o dono do PT. Faz sentido. De fato, como já escrevi, onde se abrir o Código Penal, o honorável Lula corre o risco de ser enquadrado: felonia, prevaricação, peculato, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, tráfico de influência, formação de quadrilha, entre outras tantas mazelas, formam o prontuário desta imperdoável figura que levou o País à degradação moral, política, econômica e social de forma nunca trilhada na nossa controversa história republicana.
Com Lula e o entorno comunista do PT, ambos aboletados nas utopias funestas e convenientes a tipos que nem Frei Beto (não dá pra mais de um “t”), FHC, Antonio Candido, Sérgio Buarque de Holanda, Geisel, Golberi et caterva, o Brasil trilhou (e continua a trilhar) os caminhos criminosos do “socialismo tropical” ou, se quiserem, do “estatismo selvagem”. Com a comunalha no poder, ingressamos, sem tirar nem pôr, na atmosfera mórbida do sétimo círculo do inferno traçado por Dante Alighieri nas páginas da Divina Comédia.
Eis o fato: nos 13 anos em que Luiz Inácio corrompeu a nação (sim, o “cara” impôs e sempre esteve por trás das manobras da guerrilheira marionete), atingimos a condição de um dos países mais corruptos e violentos do mundo, ao tempo em que se consolidou entre nós o aparelhamento do “Estado Forte” e se fincou no pedaço, seguindo as resoluções do Foro de São Paulo, uma burocracia insustentável que nos levou à insolvência absoluta.
Os números atuais impressionam: o País da era Lula comporta hoje 151 estatais deficitárias (entre elas, a Petrobras), 30 ministérios falidos, 153 autarquias e fundações federais inviáveis, 100 mil cargos comissionados e funções de confiança e gratificações supimpas, 250 mil funcionários-ativistas terceirizados, sem incluir o rombo previdenciário estimado (só em 2017) em R$ 167 bilhões e a alucinante dívida pública federal avaliada (pelo Tesouro Nacional) em mais de R$ 3 trilhões. Eis o prognóstico tardio: segundo cálculos fundamentados, as contas nacionais, caso as legiões socialistas de Lula fossem expulsas hoje das bocas estatais, só seriam ajustadas a partir de 2089. Ou seja, daqui a 60 anos!
Na sua oligofrenia progressiva, Lula diz que o seu governo livrou da fome 40 milhões de carentes que saíram da linha da pobreza para ingressar numa “nova classe média”. Sem jamais entrar numa fila do INSS, sustenta que transformou a saúde do Brasil em coisa de Primeiro Mundo. Mais: garante que mesmo sendo analfabeto de pai e mãe, abriu as portas das universidades para o povo. E tudo a partir da consolidação, pelo seu “Estado Forte”, de uma política de “conteúdo nacional” (vide a “Nova Matriz Econômica”, de fedor leninesco).
Cinismo assumido, a mentira tem pernas curtas. Dias atrás, amplo relatório divulgado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) deu conta, detalhadamente, da desastrosa política industrial e comercial imposta ao País nos 13 anos dos governos de Lula Rousseff.
Escorado na farra vertiginosa de subsídios fiscais e financeiros, que detonou uma inflação de dois dígitos, foram desperdiçados trilhões de reais com os “campeões nacionais” JBS-Friboi, Odebrecht, empresas do finório Eike Batista, OI, OAS etc., cujo objetivo paralelo gerou propinoduto para abastecer os cofres inabordáveis do PT, dos partidos aliados e demais “companheiros de viagens”.
Pior: no esquema criminoso adotado, foram preteridas as relações comerciais com economias desenvolvidas enquanto eram torrados bilhões de dólares com Cuba, Venezuela, Angola, República Dominicana, Bolívia e afins, países velhacos manobrados por comunistas ávidos de dinheiro fácil em troca da adesão irrestrita ao “socialismo do século XXI”. Coisa de doido!
Por fim, ouriçados com a decisão do Juiz Moro em bloquear 9 milhões de reais do ex-presidente, a tropa de choque petista classificou-a como “mesquinha”. De fato, a decisão do juiz, em se tratando de condenados por corrupção e lavagem de dinheiro, é obrigatória. Assim, o protesto soa como deboche. Ademais, Lula aufere gordas aposentadorias, tem carro com chofer, apartamento confortável do qual não pode ser despejado, adega de fazer inveja a Brillat-Savarin, além de filhos e sobrinhos ricos. Há quem admita até que o honorável dispõe de boas reservas em Cuba e na Venezuela.
E o PT, ainda hoje uma das siglas partidárias mais ricas do planeta, não vai permitir que o seu “líder carismático” saia da boa vida e fique “asfixiado”.
Ipojuca Pontes, cineasta, jornalista, e autor de livros como ‘A Era Lula‘, ‘Cultura e Desenvolvimento‘ e ‘Politicamente Corretíssimos’, é um dos mais antigos colunistas do Mídia Sem Máscara. Também é conferencista e foi secretário Nacional da Cultura.
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sexta-feira, 6 de maio de 2016
Crueldade prática
Como seria bom não ter razão!
Semana
retrasada, descrevi na minha colunasemanal na Gazeta do Povo
a
crueldade criminosa das instituições internacionalistas de fartíssimos bolsos
que ora combatem a família, que corretamente percebem como enorme obstáculo à dominação
ditatorial de toda a sociedade de que ela é a base.
Entre
tantos outros grupos, vitimam as pobres pessoas que da noite para o dia se
convencionou chamar “transexuais”, aproveitando-se de seus
problemas de identidade e autoestima para convencê-los não apenas de que são o
que não são,
como que devem esperar que toda a sociedade partilhe de seus delírios e os trate
como membros do sexo oposto.
É uma campanha extremamente bem financiada,
que opera coordenadamente em nível mundial. Basta ver, por exemplo, como na imprensa
tanto brasileira quanto estrangeira subitamente virou prática corrente referir-se a travestis
no feminino,
dizer que eles são “mulheres” e fingir espanto quando a eles
não se estendem os privilégios sociais femininos. Algo que há pouquíssimo tempo atrás seria
absurdo e impensável, ou mesmo ridículo — a
“feminilidade” de travestis! — passou
instantaneamente a fato da vida, lei da natureza, evidência evidente, obviedade
ululante e saltitante, com 1m80, barba por fazer e maquiagem pesada.
Travestis sempre foram o oposto diametral da
mulher, por razões sem fim: a
impossibilidade essencial (e estética!) de fazer de um homem uma
mulher; a absurda substituição do natural
acolhimento do sistema reprodutivo pela violação da extremidade
final de um sistema excretor, literalmente trocando a
vida pelas fezes e a sucessão das gerações pela descarga do vaso sanitário;
a caricata
releitura exagerada do feminino feita pelos travestis, em última instância de tal
machismo e grosseria que fariam qualquer cavalheiro digno deste nome se
revoltar… O absurdo da proposta é evidente. É dizer que o preto é branco, que o sol é escuro, que a água é seca,
que o fogo é gelado. O feminino e masculino são
componentes essenciais de toda a Criação, e é da união deles que persiste a vida.
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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
O Brasil precisa urgente de um novo IPES
O Brasil precisa de um novo IPES,
congregando amplos setores da vida nacional em volta de um objetivo comum: a
recuperação da sociedade brasileira, em todos seus aspectos, não só econômicos.
O Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES) foi fundado em 1961 no Rio de Janeiro pelo coronel Golbery do Couto e Silva e um grupo de empresários anticomunistas, dispostos a readequar e a reformular o Estado brasileiro. Tinha por objetivo criar barreiras intelectuais contra a propagação das ideias marxistas durante o governo João Goulart. Promovia Estudos de Problemas Brasileiros para os governos militares pós-1964.
“No setor privado, destaca-se o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipes), fundado em 1961. O Ipes é geralmente associado à conspiração para depor o presidente João Goulart, mas a sua contribuição foi relevante para as reformas. Na verdade, o Ipes apoiou uma série de estudos sobre problemas estruturais da economia de que participaram muitos especialistas, entre os quais Roberto Campos, Mário Henrique Simonsen e Delfim Netto” (Maílson da Nóbrega, in “Há esperança”, Veja no. 2459, 6/1/2016).
O
IPES, o IBAD (1), a CAMDE (2) e as Forças Armadas formaram a base
quadrangular decisiva para o desencadeamento da Contrarrevolução de 31 de março
de 1964, contra
Jango e sua política de implantar a “República Sindicalista” no Brasil. O IPES
passou a existir oficialmente no dia 29/11/1961 (Jânio Quadros havia renunciado
em agosto do mesmo ano). O lançamento do IPES foi recebido favoravelmente
por diversos órgãos da imprensa, como o Jornal
do Brasil, O Globo, O Correio
da Manhã e Última Hora. Contou com a aprovação do Arcebispo
do Rio de Janeiro, Dom Jayme de Barros Câmara.
Além do Rio e de São Paulo, o IPES rapidamente se expandiu até Porto Alegre, Santos, Belo Horizonte, Curitiba, Manaus e outros centros menores. O IPES foi formado pelo trabalho do empresário de origem americana, Gilbert Huber Jr., do empresário multinacional Antônio Gallotti, dos empresários Glycon de Paiva, José Garrido Torres, Augusto Trajano Azevedo Antunes, além de serviços especiais de oficiais da reserva, como o general Golbery do Couto e Silva. Sandra Cavalcanti era uma das mais famosas conferencistas do IPES.
As sementes do IPES (assim como do IBAD e do CONCLAP) (3) foram lançadas no final do governo JK, cujos excessos inflacionários geraram descontentamento entre os membros das classes produtoras do país, e durante a presidência de Jânio Quadros, em cujo zelo moralista eles depositaram grandes esperanças. O IPES produziu em torno de oito filmes, para alertar os desmandos do Governo Goulart, como a ameaça comunista; os cineastas eram Jean Mazon e Carlos Niemeyer. Escritores de peso do IPES foram Nélida Piñon, Rachel de Queiroz e José Rubem Fonseca, autor de Feliz Ano Novo. Segundo Fonseca, o “IPES buscava mobilizar a opinião pública no sentido do fortalecimento dos valores democráticos” (AUGUSTO, 2001). (4)
“Somente nas ações contra o regime, despendeu o equivalente a 100 milhões de dólares, fortuna bancada com doações de centenas de grandes e megaempresários brasileiros e estrangeiros. O número de corporações americanas que apoiaram financeiramente a entidade chegou a 297” (FIGUEIREDO, 2005: 107-8). (5)
Futuros ministros dos governos militares também foram membros do IPES: Antonio Delfim Netto, Roberto Campos, Mário Henrique Simonsen, Otávio Gouveia de Bulhões, Hélio Beltrão. O IPES teve o apoio também de Paulo Malta (Diário de Pernambuco), Pedro Dantas (pseudônimo de Prudente de Morais Neto), embaixador José Sette Câmara, embaixador e poeta Augusto Frederico Schmidt. Com apoio do IPES foi lançado o livro UNE - instrumento de subversão, em que “a estudante Sônia Seganfredo expunha a infiltração comunista no meio universitário” (ORVIL, pg. 158).
O IPES participou também de operações internacionais, que ajudaram a derrubada de Salvador Allende, no Chile, e do general Juan Torres, na Bolívia (em agosto de 1971, o general Hugo Banzer tomou o poder). Entidades congêneres do “Complexo IPES/IBAD”:
1) México: Centro de Estudios Monetarios Latinoamericanos - CEMLA; Centro Nacional de Estudios Sociales - CNES; Instituto de Investigaciones Sociales y Económicas - IISE;
2) Guatemala: Centro de Estudios Económico-Sociales - CEES;
3) Colômbia: Centro de Estudios y Acción Social - CEAS;
4) Equador: Centro de Estudios y Reformas Económico-Sociales - CERES;
5) Chile: Instituto Privado de Investigaciones Económico-Sociales - IPIES;
6) Brasil: Sociedade de Estudos Interamericanos - SEI; Fundação Aliança para o Progresso;
7) Argentina: Foro de la Libre Empresa; Acción Coordinadora de las Instituciones Empresariales Libres.
“Em 64, quando Castelo Branco organizou o Governo, a maioria dos cargos foi entregue a quem tinha ensinado ou feito cursinho no IPES. A começar por Golbery e Roberto Campos” (Sebastião Nery, in “Os filhos de 64”, Jornal Popular, Belém, PA, 6/10/1995).
Hoje, é urgente que surja um novo IPES e entidades congêneres no Brasil.
Além do Rio e de São Paulo, o IPES rapidamente se expandiu até Porto Alegre, Santos, Belo Horizonte, Curitiba, Manaus e outros centros menores. O IPES foi formado pelo trabalho do empresário de origem americana, Gilbert Huber Jr., do empresário multinacional Antônio Gallotti, dos empresários Glycon de Paiva, José Garrido Torres, Augusto Trajano Azevedo Antunes, além de serviços especiais de oficiais da reserva, como o general Golbery do Couto e Silva. Sandra Cavalcanti era uma das mais famosas conferencistas do IPES.
As sementes do IPES (assim como do IBAD e do CONCLAP) (3) foram lançadas no final do governo JK, cujos excessos inflacionários geraram descontentamento entre os membros das classes produtoras do país, e durante a presidência de Jânio Quadros, em cujo zelo moralista eles depositaram grandes esperanças. O IPES produziu em torno de oito filmes, para alertar os desmandos do Governo Goulart, como a ameaça comunista; os cineastas eram Jean Mazon e Carlos Niemeyer. Escritores de peso do IPES foram Nélida Piñon, Rachel de Queiroz e José Rubem Fonseca, autor de Feliz Ano Novo. Segundo Fonseca, o “IPES buscava mobilizar a opinião pública no sentido do fortalecimento dos valores democráticos” (AUGUSTO, 2001). (4)
“Somente nas ações contra o regime, despendeu o equivalente a 100 milhões de dólares, fortuna bancada com doações de centenas de grandes e megaempresários brasileiros e estrangeiros. O número de corporações americanas que apoiaram financeiramente a entidade chegou a 297” (FIGUEIREDO, 2005: 107-8). (5)
Futuros ministros dos governos militares também foram membros do IPES: Antonio Delfim Netto, Roberto Campos, Mário Henrique Simonsen, Otávio Gouveia de Bulhões, Hélio Beltrão. O IPES teve o apoio também de Paulo Malta (Diário de Pernambuco), Pedro Dantas (pseudônimo de Prudente de Morais Neto), embaixador José Sette Câmara, embaixador e poeta Augusto Frederico Schmidt. Com apoio do IPES foi lançado o livro UNE - instrumento de subversão, em que “a estudante Sônia Seganfredo expunha a infiltração comunista no meio universitário” (ORVIL, pg. 158).
O IPES participou também de operações internacionais, que ajudaram a derrubada de Salvador Allende, no Chile, e do general Juan Torres, na Bolívia (em agosto de 1971, o general Hugo Banzer tomou o poder). Entidades congêneres do “Complexo IPES/IBAD”:
1) México: Centro de Estudios Monetarios Latinoamericanos - CEMLA; Centro Nacional de Estudios Sociales - CNES; Instituto de Investigaciones Sociales y Económicas - IISE;
2) Guatemala: Centro de Estudios Económico-Sociales - CEES;
3) Colômbia: Centro de Estudios y Acción Social - CEAS;
4) Equador: Centro de Estudios y Reformas Económico-Sociales - CERES;
5) Chile: Instituto Privado de Investigaciones Económico-Sociales - IPIES;
6) Brasil: Sociedade de Estudos Interamericanos - SEI; Fundação Aliança para o Progresso;
7) Argentina: Foro de la Libre Empresa; Acción Coordinadora de las Instituciones Empresariales Libres.
“Em 64, quando Castelo Branco organizou o Governo, a maioria dos cargos foi entregue a quem tinha ensinado ou feito cursinho no IPES. A começar por Golbery e Roberto Campos” (Sebastião Nery, in “Os filhos de 64”, Jornal Popular, Belém, PA, 6/10/1995).
Hoje, é urgente que surja um novo IPES e entidades congêneres no Brasil.
Depois de 13
anos de governo do PT, que arrasou completamente a economia brasileira, não
se vê nenhum movimento semelhante ao IPES para tirar o Brasil dessa
encalacrada. Os grandes empresários foram cooptados pelo governo, a exemplo dos
“campeões nacionais”, como Eike Batista, o dono da Friboi e os grandes empreiteiros
(muitos dos quais passam uma temporada no “Hotel Moro”, em Curitiba), às custas de endividamento público trilionário, via BNDES. As
instituições estão aparelhadas pela esquerda, como a CNBB (“braço
religioso” do PT ateu), a CUT (braço
sindical do PT), a UNE (braço estudantil
do PT), o MST (as falanges do PT, junto
com MTST e black blocs de várias tendências radicais – além dos agentes
cubanos fantasiados de médicos do programa Mais Médicos). A classe intelectual,
jornalística e artística, em sua maioria, apoia incondicionalmente o PT, por
mais escândalos que surjam todos os dias. Assim, com a cooptação desses
setores em torno da ideologia esquerdista, como será possível surgir um novo
IPES?
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sexta-feira, 11 de setembro de 2015
Duvivier comete grave crime de calúnia contra eleitores de Eduardo Bolsonaro. Será processado?
Gregório Duvivier fala porque querem tirar Dilma da presidência
Gregório Duvivier, um
pretenso humorista
que pensa ser engraçado viver em defesa de um governo totalitário como o
petista, resolveu mandar o time todo para o
ataque, em total desespero de causa: em um prêmio chamado Congresso em Foco 2015, notou que Eduardo Bolsonaro
saltou na dianteira. O curioso é que logo em seguida ele pedia votos para
Jean Wyllys, cujas propostas políticas são tão totalitárias quanto as que o “humorista” defende.
BOLSONARO
Apelando à calúnia mais desqualificada, Duvivier resolveu dizer que
todos os eleitores de Bolsonaro são neonazistas. Agora cabe uma ação civil tanto lançada
diretamente por Eduardo Bolsonaro contra ele, como também uma ação coletiva para
todos os votantes que foram falsamente acusados de serem neonazistas.
É vital deixar
os termos bem claros: o que Duvivier praticou não pode
passar batido. Se os eleitores de Bolsonaro, assim como o próprio, não
reagirem a isso, é sinal de que não estão dispostos a lutar politicamente.
Pergunta a
Bolsonaro e aos seus eleitores: isso vai ficar de
graça?
Fonte: Mídia Sem Máscara – Por: Luciano Ayan - http://lucianoayan.com/
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