A polícia agiu corretamente ao deter a manifestante - ela simulava pacificismo, mas buscava provocar, atiçar os ânimos. Não punir a manifestante, é desmoralizar a força policial
Foto de mulher negra desafiando polícia vira símbolo de protestos nos EUA
A enfermeira Leisha Evans foi presa ao participar das manifestações em Baton Rouge
A foto de uma mulher negra desafiando policias em uma manifestação em
Baton Rouge, no estado de Louisiana, virou símbolo dos protestos nos
Estados Unidos contra a brutalidade das forças de segurança. Ela
descreveu sua ação como obra de Deus.
Uma onda de protestos foi desencadeada na semana passada após a morte
de dois negros por policiais brancos em Minnesota e em Louisiana,
agravando ainda mais as tensões raciais no país. Em uma das
manifestações em Dallas, na noite de quinta-feira, um franco-atirador
matou cinco policiais dizendo-se decepcionado com os brancos.
A imagem do fotógrafo Jonathan Bachman, capturada no sábado, retrata a
enfermeira Leisha Evans, de Nova York. Com um vestido longo e
carregando nada mais que seus objetos pessoais, a mulher posiciona-se em
frente aos policiais armados, à espera de que eles a prendessem. No Facebook, a enfermeira descreveu suas ações como "uma obra de Deus".
"Sou um instrumento. Glória ao Altíssimo. Estou grata por estar viva e a salvo", escreveu.
A foto está dando volta ao mundo, foi amplamente repercutida nas
redes sociais e ganhou montagens até com a figura de Martin Luther King.
Em uma entrevista ao jornal "The Atlantic", Bachman relatou que os
policiais estavam detendo várias pessoas no protesto em Baton Rouge. A
câmera do fotógrafo, então, capturou a imagem da mulher, que se colocou
diante dos agentes sozinha e de forma pacífica.
"Ela não foi violenta, não disse nada, não resistiu. No final, a polícia a deteve", explicou o fotógrafo. A imagem, um símbolo de protestos não-violentos, lembra outras
fotografias como a tirada por Marc Riboud, na Guerra do Vietnã, quando
um manifestante colocou-se na frente de policiais armados com uma flor
na mão. Lembra ainda a imagem de um manifestante que se posicionou
diante de um tanque em Tiananmen, na China.
Fonte: O Globo
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