[presidente Temer, a Venezuela tem que ser expulsa
sumariamente, com desonra, do Mercosul.]
O
Paraguai não reconhece a decisão da Venezuela de assumir a presidência de
Mercosul,
ao
considerar que o país se autoproclamou no cargo, depois que o Uruguai o deixou
vago, e dirigirá o bloco com Brasil e Argentina, segundo o chanceler paraguaio
Eladio Loizaga. “O Paraguai não aceita essa autoproclamação por parte da
Venezuela no exercício da presidência pro tempore do Mercosul”, afirmou
Loizaga em coletiva de imprensa no Palácio de Governo em Assunção.
O
chanceler paraguaio disse que o Mercosul está sendo dirigido “em coordenação
entre os três países, Argentina, Brasil e Paraguai, para buscar uma saída o
mais rápido possível” para a crise. Loizaga enfatizou que considera a
anunciada presidência do bloco pela Venezuela “uma autoproclamação de
facto”. Na sexta-feira, o Uruguai deu por concluída sua gestão na
presidência rotativa do Mercosul, sem anunciar a passagem do posto a nenhum
dos sócios do bloco, de acordo com um comunicado da chancelaria. “Tendo
vencido o período de seis meses” consagrado na
normativa interna do Mercosul, o Uruguai “finalizou sua
presidência pro tempore”, comunicou o texto. O posto corresponderia à
Venezuela pelo critério da ordem alfabética. Loizaga criticou o Uruguai por ter
deixado a presidência com a situação inconclusa. “Nós, Argentina e Brasil
estamos segurando essa bola. Vamos ter uma reunião possivelmente nesta semana
entre os coordenadores para ver as alternativas que serão apresentadas”,
explicou o ministro das Relações Exteriores no Paraguai, sem dar mais detalhes.
“Vamos
buscar os caminhos que nos levem à normalização da presidência do Mercosul”, garantiu. Loizaga disse que o
Protocolo de Ouro Preto indica o método para o exercício da presidência,
respeitando a rotação por ordem alfabética dos países, mas isso é feito na reunião
de chanceleres, com a presença de chefes de Estado, conhecida como “Cúpula
do Mercosul”.“Há 25 anos o Mercosul tem por costume esse procedimento”,
afirmou.
Ele
acrescentou que o governo de Nicolás Maduro “tem
compromissos em moratória” como o atraso no
cumprimento de normas que deve incorporar a seu sistema legal interno,
entre eles o protocolo em matéria direitos humanos. O chanceler lembrou que na
última reunião presidencial de Assunção, em dezembro de 2015, “os chefes de
Estado fizeram um apelo aos Estados que não haviam ratificado (os protocolos)”.
Fonte: AFP
Nenhum comentário:
Postar um comentário