A dupla sempre soube que a curva desenhada pelo crescimento da expectativa de vida tornou irremediavelmente grisalha a legislação
Em março deste ano, Lula saiu das catacumbas do Instituto que ganhou de empresas às quais prestou serviços indecentes e foi para a Avenida Paulista berrar bobagens contra as reformas propostas por Michel Temer. Sem ficar ruborizado, o ex-presidente disse à plateia amestrada o contrário do que afirmou no vídeo acima, gravado em 2015. Neste 28 de abril, faltou-lhe coragem para dar as caras nas ruas e juntar-se aos festejos do Dia Nacional da Vadiagem. Distante de pneus em chamas, ônibus incendiados, piquetes selvagens e black blocs fora da lei, aplaudiu “o sucesso da greve geral” concebida para barrar reformas que considerou indispensáveis e urgentes há menos de dois anos.
Como atesta o vídeo, Lula sabe que a curva desenhada pelo crescimento da expectativa de vida tornou irremediavelmente grisalha a legislação previdenciária e outros papelórios aposentados pela passagem do tempo. “A gente morria com 60 anos de idade, com 50 anos de idade, agora a gente tá morrendo com 75″”, compara na gravação acima. “Você não pode ficar com a mesma lei que você tinha feito há 50 anos atrás”, rendeu-se. “É preciso que você avance”.
Por falta de convites para aparições públicas, também Dilma Rousseff aderiu à greve entrincheirada na sala de visitas do apartamento em Porto Alegre. “Nesses dias difíceis, a luta pela democracia e a defesa das conquistas sociais são dever de todos nós”, caprichou em dilmês erudito a pior governante desde o Descobrimento. “O povo brasileiro foi às ruas para dizer que não aceita a perda de seus direitos”. O neurônio solitário revogou o o que disse em janeiro de 2016 e eternizado no vídeo: “Cê tem várias formas pra encarar a questão da Previdência”, começou o falatório que completa o vídeo. “Os países desenvolvidos, todos eles, buscaram aumentar a idade de acesso, a idade mínima para acessar a aposentadoria. Tem esse caminho”.
A colisão frontal das discurseiras confirma que o casal que destruiu o país não tem compromisso com o que diz. A supergerente de botequim e o pregador de missa negra mentiram antes ou estão mentindo agora? Qual é a Dilma que vale? Qual é o Lula que vale? Simples: nenhum dos dois vale nada.
Fonte: Coluna do Augusto Nunes - VEJA
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