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domingo, 21 de maio de 2017

Nunca antes neste país

Michel Temer é o primeiro presidente da República investigado pelo Supremo Tribunal Federal - por corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa 

O presidente Michel Temer estava mais nervoso que o habitual quando se aproximou do púlpito que fica no 2o andar do Palácio do Planalto. Na rotina do poder em Brasília, é sinal de crise quando o presidente da República é obrigado a fazer um pronunciamento às pressas. Temer dispensou mesuras que preza. “Olha, ao cumprimentá-los, eu quero fazer uma declaração à imprensa brasileira e uma declaração ao país”, disse. Falava rápido, muito direto para seu estilo oblíquo e em tom forte. Definitivamente, a tarde da quinta-feira, dia 18, não transcorria em circunstâncias normais. “Não renunciarei. Repito, não renunciarei! Sei o que fiz e sei da correção dos meus atos”, disse Temer. 

Quando um presidente é obrigado a gritar o verbo “renunciar”, está no limiar mínimo do poder e o país atingiu o nível máximo na escala das crises. Desde a semana passada, Michel Temer é o primeiro presidente da história do Brasil investigado por corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa no exercício do cargo. Está próximo à saída do poder.

Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal autorizou que assim seja, diante das provas obtidas no acordo de delação premiada do empresário Joesley Batista, do grupo JBS, um bilionário cujos vínculos com o poder o levaram a obter bilhões do BNDES [o ápice do crescimento do grupo JBS, quando multiplicou seu faturamento mais de quarenta vezes, ocorreu no segundo mandato do Lula e primeiro mandato de Dilma  - logo após Dilma ser escarrada, as dificuldades começaram a surgir e para Joesley ver seu império investigado na 'operação carne fraca' e na mira de outras foi demais; partiu para a delação premiada, só que até agora nada está provado.
Investigações em curso é que mostrarão se Joesley agiu no estilo 'o império contra ataca' ou apenas mentiu.] e virar destaque internacional no ramo da “proteína animal”. 

Em uma das mais delicadas incursões da Operação Lava Jato, durante quase dois meses Joes­ley atuou como uma espécie de agente duplo, em uma ação controlada tocada pela Polícia Federal, com a supervisão da Procuradoria-Geral da República e o consentimento do Supremo. Um procedimento normalmente aplicado em investigações sobre tráfico de drogas foi eficiente para obter mais provas da ousadia da organização criminosa que se instalou no poder em Brasília.

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