Nessa reunião, decidiu-se também que a Venezuela fica proibida de receber armamentos e material de segurança usado na repressão, como gás lacrimogêneo. Em entrevista à ISTOÉ, Aloysio crítica o apoio do PT à ditadura venezuelana, afirmando que os petistas “lambem as mãos de Maduro”. Para ele, essa postura do PT “causa ojeriza a todos os que prezam a democracia”. [Lula quando presidente, primeiro mandato, se ajoelhou e lambeu as botas do cocalero Morales, quando este mandou o poderoso Exército boliviano invadir duas refinarias da Petrobras em território boliviano - se Lula fez isso, a trupe petista, Gleisi Hoffmann à frente, se humilhará ainda mais diante de Maduro.]
Na reunião de terça-feira 9, em Lima, os chanceleres da América do
Sul discutiram soluções para a crise venezuelana. Há uma preocupação com
eventual agravamento da crise social na Venezuela? A preocupação com o agravamento da crise na Venezuela é uma constante
e tem atenção prioritária dos países da região. Nossa reunião em Lima
deixou claro que é inadmissível a existência de uma ditadura na
Venezuela, não só aos olhos do Brasil e dos países do Mercosul, mas
também aos olhos da maioria das democracias no mundo. No documento
assinado ao final do encontro, deixamos clara nossa preocupação com a
crise humanitária que o país enfrenta e condenamos o governo
venezuelano, entre outros motivos, por não permitir a entrada de
alimentos e medicamentos em apoio ao povo do país. Decidimos também
proibir o comércio de armamentos e material de segurança usado na
repressão, como gás lacrimogêneo, e não reconhecer a legalidade de
qualquer decisão dessa constituinte ilegítima que o governo Maduro
inventou para usurpar os poderes da Assembleia Nacional.
Como o senhor vê o fato de os governos Lula e Dilma sempre terem apoiado a ditadura de Chávez e Maduro?
O governo do PT tolerou desvios autoritários do governo Maduro que
levaram ao rompimento da ordem democrática estabelecida na própria
Constituição bolivariana. Os petistas não diferenciam o chavismo —
corrente política que se explica dentro da história da Venezuela — da
escalada ditatorial de Maduro. Na Venezuela, até mesmo personalidades
políticas ligadas ao chavismo, como a procuradora-geral Luisa Ortega,
são críticas e não aceitam o rumo ditatorial que o atual governo tomou. O
PT continua seguindo essa linha de apoio explícito ao governo
venezuelano de maneira quase cega: basta o Maduro chamar que o PT vai lá
lamber a mão dele. Essa postura do PT, ao mesmo tempo em que causa
ojeriza a todos os que prezam a democracia, serve como catalizador de
uma militância radical e raivosa que é o patrimônio político que lhe
resta.
O senhor acha que há risco de uma guerra civil?
A situação na Venezuela vem se agravando a passos largos. Causa
repulsa o custo do autoritarismo em vidas humanas. Assistimos com
indignação como vem crescendo não só o número de mortos e feridos nas
manifestações, mas também a quantidade de presos políticos. A isso,
podemos acrescentar ainda a degradação do quadro social. Pesquisas de
universidades venezuelanas apontam que mais de 80% da população da
Venezuela vive hoje abaixo do nível de pobreza. O Brasil acompanha com
muita atenção os desdobramentos dessa crise e continuará atuando para
contribuir para a restauração da democracia na Venezuela por meio de uma
solução pacífica.
É verdade que já há movimentação de tropas brasileiras na fronteira, temendo o recrudescimento da guerra social na Venezuela?
O Brasil mantém contingentes adequados para o patrulhamento e defesa de suas fronteiras.
O Brasil pode enviar tropas de paz para a Venezuela?
Nós estamos aqui entrando em um campo de especulação. Antes de mais nada, os problemas venezuelanos têm de ser resolvidos pelos próprios venezuelanos...
ENTREVISTA COMPLETA, Clique aqui
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