Ele reclama que Janot não identifica quais ministros do STF estão sob suspeita
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, reclamou
do fato do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não ter
identificado quais ministros da Corte poderiam ser colocados sob
suspeita com base no áudio omitido por delatores da JBS. Janot revelou nesta segunda-feira a abertura de um processo para rever a delação e que um áudio com conversa entre dois colaboradores faria citações a procuradores e
ministros do Supremo.
(PEDIDO DE INVESTIGAÇÃO: Leia a íntegra da decisão de Janot)
O ruim é quando não se nomina esses possíveis mencionados,
porque ficamos todos nós sob suspeita. O comum do povo vai imaginar que
os 11 ministros estão envolvidos — afirmou Marco Aurélio ao GLOBO.
Ele afirmou que o momento é de esperar os próximos passos do
caso. Ressaltou que a possibilidade de revisão da delação sempre esteve
aberta e que a homologação feita pelo Supremo não significa que os
benefícios estavam garantidos em casos como este.
— Quando ocorreu a homologação, ela ocorreu dentro de um contexto. Essa homologação visa a proteção do delator, dos familiares e claro que surgindo fatos novos isso pode ser revisto. Agora mesmo já há questionamento de delação do Delcídio (Amaral, ex-senador). Sempre é possível reabrir — disse o ministro.
Marco Aurélio lamentou o episódio afirmando que ele enfraquece o instituto da delação premiada. — É algo que em coloca, até certo ponto, em xeque a delação,
acaba fragilizando o próprio instituto, o que não é bom. É preciso ter
cautela e que as instituições sigam trabalhando — afirmou, sem esconder a
surpresa:
— Quando imaginamos que já vimos tudo, surge algo novo.
Fonte: O Globo
— Quando ocorreu a homologação, ela ocorreu dentro de um contexto. Essa homologação visa a proteção do delator, dos familiares e claro que surgindo fatos novos isso pode ser revisto. Agora mesmo já há questionamento de delação do Delcídio (Amaral, ex-senador). Sempre é possível reabrir — disse o ministro.
— Quando imaginamos que já vimos tudo, surge algo novo.
Fonte: O Globo
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