A taxa
de desemprego no Brasil recuou para 12,4% no trimestre encerrado
em junho, o que representa uma queda de 0,7 ponto porcentual em relação aos
três meses imediatamente anteriores. O resultado mostra que 13 milhões de
pessoas estão fora do mercado de trabalho no país, segundo o IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), por meio da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
A
quantidade de pessoas desempregadas caiu 5,3% no segundo trimestre,
em relação ao três meses anteriores. Desta forma, segundo o IBGE, de abril a
junho, 723 mil pessoas deixaram a situação de desemprego no Brasil. O número de
profissionais empregados teve alta de 0,7% de abril a junho, ante o trimestre
anterior — totalizando 91,2 milhões de brasileiros. Em relação ao mesmo
trimestre de 2017, a alta foi de 1,1%.
Informalidade
em Alta
Na
contramão da queda do desemprego, o número de profissionais com carteira
assinada (31,8 milhões) no setor privado ficou estável no segundo semestre
deste ano, em período imediatamente anterior. Em comparação com o mesmo
trimestre de 2017, por outro lado, houve queda de 1,5% – ou seja, menos 497 mil
profissionais. Empregados
sem carteira de trabalho assinada cresceram 2,6% entre abril e junho deste ano,
em relação a janeiro março. O aumento foi ainda maior, em relação ao mesmo
período de 2017, um crescimento de 3,5% e 367 mil profissionais informais a
mais no mercado de trabalho.
Segundo o
estudo, houve aumento de vagas no segundo trimestre, em relação ao primeiro, em
indústria (2,5%), administração pública, defesa, seguridade
social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,8%). Os demais setores não
apresentaram variação significava. O rendimento médio real entre
abril e junho de 2018 foi de R$ 2.198, com estabilidade tanto na
comparação trimestral, quanto na anual.
Número de brasileiros que não trabalham nem procuram vaga é recorde
Segundo o IBGE, 65,6 milhões de pessoas estão fora da força de trabalho - o dado inclui os desempregados e quem desistiu de procurar uma vaga
O número de brasileiros que não trabalham nem procuram emprego cresceu 1,2% no trimestre encerrado em junho deste ano. O contingente de pessoas fora do mercado chegou a 65,5 milhões, o maior resultado da série histórica medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE. As pessoas que ficam fora do mercado possuem idade para trabalhar, mas não estão em busca de nenhum emprego. Geralmente, esse comportamento é motivado pelo desalento, que ocorre quando a pessoa desiste de procurar trabalho após ficar muito tempo de desempregada.Neste trimestre, mais 774.000 brasileiros ficaram fora do mercado de trabalho, na comparação com os três primeiros meses do ano. A desistência pela procura de emprego acaba contribuindo para a queda na taxa de desocupação, que recuou 12,4% em junho.Em relação à igual trimestre do ano passado, encerrado em junho, houve um incremento de 1,2 milhão de brasileiros na quantidade de pessoas fora do mercado. Segundo Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, a quantidade recorde de profissionais que não trabalham nem procuram emprego se deve à demora do País em se recuperar da crise financeira. “Enquanto a economia do Brasil não reagir, as pessoas não voltarão a ter esperança de conseguir emprego”, afirma.
O especialista acrescenta que o principal problema do desânimo dos trabalhadores está nos jovens. “Eles não sabem para onde ir. E o País não vai se fortalecer com mão de obra barata e desqualificada. Vamos sentir os efeitos dessa descrença no futuro”, avalia Azeredo. O número de desempregados no período alcançou 12,966 milhões, contra 13,413 milhões nos três meses até maio e 13,486 milhões no mesmo período de 2017. Já o número de pessoas ocupadas em junho chegou a 91,237 milhões, frente a 90,236 milhões um ano antes. Neste cenário, o emprego formal continuou se deteriorando no segundo trimestre, somando 32,834 milhões de pessoas com carteira assinada, contra 33,331 milhões um ano antes, e marcando o menor volume deste no início da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012. A pesquisa mostrou ainda que o rendimento médio do trabalhador chegou a 2.198 reais no trimestre passado, frente a 2.174 mil reais no mesmo período de 2017.
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