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segunda-feira, 23 de julho de 2018

Alckmin cede e já defende ‘contribuição sindical’

Ao encostar seu projeto político no centrão, Geraldo Alckmin não obteve apenas o direito de ocupar o latifúndio do grupo no horário eleitoral. Conquistou também o privilégio de escolher seu próprio caminho para a desmoralização. Neste domingo, o presidenciável tucano comprometeu-se em apoiar a criação de uma “contribuição sindical negocial”, eufemismo para a volta da mordida que carreava um dia de suor dos trabalhadores para as arcas sindicais. [Alckmin tem uma única vantagem: oferece segurança devido a previsibilidade = mais do mesmo.
Apesar de ser da OPUS DEI - respeitável Instituição Católica - Alckmin se igual a Dilma na hora de fazer política: se igual ao diabo.]

O apoio de Alckmin à mamata desfez um mal-estar entre o candidato e o deputado Paulinho da Força. Cacique do Solidariedade, um dos partidos do centrão, Paulinho ameaçara bandear-se para o lado de Ciro Gomes (PDT). Chantageado, Alckmin abaixou o bico. Virou pó uma nota veiculada no seu Twitter na quinta-feira. Nela, lia-se que o candidato tucano não apoiaria nenhum plano para “trazer de volta a contribuição sindical.”

Paulinho foi ao encontro de Alckmin acompanhado de companheiros da Força Sindical. Registrou o resultado da conversa no Facebook: “…Detalhamos a nossa proposta relativa à contribuição para negociação coletiva. Propusemos que ela seja aprovada em assembleias de trabalhadores com pelo menos 20% da categoria, e descontada de todos os beneficiados pelo acordo.” (leia o post de Paulinho no rodapé)

O truque da contribuição aprovada em assembleias de fancaria já vem sendo utilizado por vários sindicatos desde que a reforma trabalhista extinguiu a taxa sindical compulsória. O que Paulinho deseja é legalizar a recriação da mamata, inibindo as contestações judiciais.  Se o deputado e seus companheiros prevalecerem, assembleias de 20% (quem vai auditar a lista de presença?) avalizarão a tunga de um dia de labuta de 100% dos trabalhadores com carteira assinada, mesmo os não filiados a nenhum sindicato. Em 2017, esse butim somou algo como R$ 3 bilhões. “Fico feliz em dizer que esta proposta foi aceita”, escreveu Paulinho após conversar com Alckmin.

Boa tarde, amigos. Como sabem sigo lutando pelos direitos dos trabalhadores. Esta tarde, em reunião com o ex-governador e pré-candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin, e alguns dirigentes sindicais, detalhamos a nossa proposta relativa à contribuição para negociação coletiva. Propusemos que ela seja aprovada em assembleias de trabalhadores com pelo menos 20% da categoria, e descontada de todos os beneficiados pelo acordo. Fico feliz em dizer que esta proposta foi...
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Ficou entendido que, para manter a aliança com o centrão (PR, PP, DEM, Solidariedade e PRB), Alckmin pode ser a favor de tudo e contra qualquer outra coisa. No ano passado, o candidato estimulara a bancada tucana no Congresso a aprovar a reforma trabalhista que deu cabo do imposto sindical. Agora, sob chantagem, o mesmo Alckmin promete ajudar na recriação do óbolo sindical.
Alckmin talvez não tenha se dado conta, mas coerência política é como virgindade. Perdeu, perdida está. Não tem segundo turno. [ o doutor bumbum, nas horas vagas fazia cirurgias de reconstituição de virgindade - segundo ele e algumas clientes, mais eficiente que o truque da orelha de porco.]

Blog do Josias de Souza

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