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segunda-feira, 23 de julho de 2018

Josué Gomes, de herdeiro de José Alencar a vice cobiçado

[ter como vice alguém 'abençoado' por Lula, pode ser a maldição de Alckmin.

No currículo de Josué, duas anotações: 

- ser empresário = excelente para quem é ou pretende ser ou continuar empresário; 

- ser herdeiro de José Alencar - o que nada acrescenta para fins políticos ou de competência administrativa; muitas vezes os herdeiros conseguem destruir o que herdaram.

um filho do Eike Batista decidisse ser candidato teria as mesmas anotações - alguém votaria nele? e, se eleito, quem votou nele repetiria o feito? ]

Filho do vice-presidente de Lula se filiou ao PR com a benção do petista e é apontado como possível vice de Alckmin 



Josué Gomes, de herdeiro de José Alencar a vice cobiçado



Filho de José Alencar (1931-2011), vice-presidente de Luiz Inácio Lula da Silva, o empresário Josué Gomes é dado como nome certo para vice de Geraldo Alckmin (PSDB). Sempre teve, no entanto, uma estreita relação com um adversário histórico dos tucanos: o PT. A própria filiação ao PR, em abril deste ano, foi sacramentada após articulação de Lula. Antes de ser preso, o ex-presidente sonhava reeditar a chapa que o elegeu em 2002, desta vez trocando José por Josué. 

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Sucessor do pai na presidência da Coteminas, até o início de 2018 Josué estava no MDB. Como uma aliança com o partido de Michel Temer seria impossível para Lula, trocou de legenda — mas o plano não seguiu como esperado. Após a prisão do petista, Valdemar Costa Neto, dono do PR, ponderou que seria loucura escorar-se num candidato que seria impedido pela justiça de disputar o pleito. Para Valdemar, acima de tudo, vale o pragmatismo.



Na última segunda-feira, em conversa entre Josué e Valdemar, o empresário colocou-se à disposição para ser vice de quem o centrão (DEM, PP, PR, PRB e SD) indicasse. Quinta-feira, com o desfecho da novela, coube a Josué dizer, em nota, que recebia “com responsabilidade" a indicação para ser vice de Alckmin.  Essa não será sua estreia na arena política. Em 2014, foi derrotado por Antonio Anastasia (PSDB) em eleição para o Senado em Minas Gerais. Mas não fez feio: teve 3,6 milhões de eleitores, equivalente a 20% dos votos válidos. Mineiro, Josué vive em São Paulo, onde gerencia um império da indústria têxtil, com fábricas no Brasil, Argentina, Estados Unidos e Canadá. 


PESQUISA DESENCORAJOU CANDIDATURA

A experiência de quatro anos atrás fez com que o PR pensasse até mesmo em lançá-lo como cabeça de chapa. Após sugestão do presidente do Democratas, ACM Neto, o PR contratou uma pesquisa qualitativa para testar a viabilidade eleitoral de Josué como candidato ao Planalto. O levantamento foi feito em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador. 
  
O  resultado, ao qual O GLOBO teve acesso, foi decepcionante. Como não se trata de um levantamento quantitativo, o estudo é focado na análise de pontos positivos e negativos, segundo a visão de eleitores entrevistados. Com os dados coletados, chegou-se à conclusão de que “não foi possível avaliar a imagem do pré-candidato”, dado “o total desconhecimento, tanto do nome quanto da fisionomia” de Josué. 


Após a apresentação, pelo pesquisador, de biografia e vídeo, foram retiradas apenas algumas conclusões. Como pontos positivos, o “apelo por ser novo” e “o potencial de focar na pauta de geração de empregos e renda”. Pelo lado negativo, em Belo Horizonte e em São Paulo, houve rejeição pela aproximação de Josué com o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). 


No meio político, entretanto, é difícil alguém criticar Josué pela proximidade com o PT. Mesmo o dono da Riachuelo, Flávio Rocha, ex-presidenciável do PRB que foi apoiado pelo Movimento Brasil Livre (MBL), elogia o colega:

— É meu amigo. Um grande comunicador, bastante falante, mineiro em não revelar tudo o que diz. Mas fluente em verbalizar tudo, embora não revele o essencial. É o jeito dele. 


De fato, Josué comporta-se “mineiramente” para transitar entre as mais variadas correntes políticas. Em maio, quando foi à Câmara conhecer a bancada de seu novo partido, foi perseguido por repórteres que tentaram arrancar-lhe algum indicativo de que fosse candidato. Não descartou nenhuma candidatura, mas terminou dizendo: “Vocês são muito insistentes e eu sou muito mineiro.” 


Após essa visita, o nome de Josué começou a circular como um possível candidato. Ele passou a ser recebido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a dialogar com parlamentares. Também começou a fazer rodadas de conversas com empresários em São Paulo. Apesar da identificação com suas origens, enquanto o quadro ainda estava desorganizado para o centrão — o PR quase declarou apoio a Jair Bolsonaro (PSL) —, Josué rejeitou candidatar-se ao governo de Minas. O motivo foi o seu recente processo de “paulistização”.

Em reunião com dirigentes do PR, segundo um dos presentes, Josué declarou:

— Rapaz, as pessoas lá (em Minas Gerais) são muito bairristas e eu já estou morando em São Paulo há muito tempo. Não vai dar.

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