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quarta-feira, 26 de setembro de 2018

O centro, como se chega ao centro?

Nesta eleição, como se chega ao centro?

Haddad e Bolsonaro devem se afastar dos extremos, caberá aos eleitores decidir em qual dos dois acreditam 

Tudo indica que Jair Bolsonaro e Fernando Haddad disputarão o segundo turno. [lembrem que em 2014 na reta final houve mudança entre o segundo e terceiro lugar - Aécio foi para o segundo turno, quando tudo indicava que seria Marina a ir; fato   que pode se repetir, caindo o poste-laranja do presidiário Lula para o terceiro lugar.]Na última pesquisa do Ibope um tem 28% das preferências, e o outro ficou com 22%. Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, Marina Silva, Alvaro Dias, Henrique Meirelles e João Amoêdo têm juntos 31%. Essa percentagem, somada aos que não responderam e aos que preferem o voto nulo ou em branco, vai a 49%. Portanto, perto da metade do eleitorado ainda estaria potencialmente disponível num segundo turno.

 Os candidatos dos partidos de Lula e de Levy Fidelix (o do Aerotrem) deverão buscar a diferença no mar dos disponíveis, ambos procurando afastar a imagem de radicais. O centro não foi à campanha, mas Bolsonaro, com 46% de rejeição e Haddad, com 30%, tentarão buscá-lo. Será um exercício de acrobacia política, e a responsabilidade final ficará para os eleitores que vierem a acreditar na versão light do PT ou de Bolsonaro.  O capitão reformado dizendo que nada tem contra as mulheres poderá até ser verdade, mas, nesse caso, não se deve acreditar nele, pelo que disse através dos tempos. O mesmo se pode dizer de Haddad quando repete que acredita nos mecanismos de combate à corrupção, apesar de nunca ter concordado com a prisão de um só petista condenado por corrupção.

Uma coisa é certa: por mais que se deteste o PT, ele tem um comprovante factual de respeito à democracia: governou o país durante 12 anos respeitando a Constituição. Ocorreram alguns incidentes de violência, mas eles não afetam essa constatação. [será que não afetam?]  Petistas quebraram o nariz de um manifestante nos primeiros meses do mandato de Lula, e em abril passado um cidadão que protestava em frente ao Instituto Lula foi espancado por companheiros do ex-presidente.

Bem outra é a trajetória de Bolsonaro e de seu candidato a vice-presidente, o general Hamilton Mourão. Um negou que o Brasil tenha vivido uma ditadura entre 1964 e 1985. O outro expôs crítica e didaticamente uma hipotética situação de desordem, usando a palavra “autogolpe”, coisa que “já houve em outros países”, mas “aqui nunca houve”. Engano, na ditadura que ditadura não teria sido, deram-se três autogolpes. O primeiro, em 1965, com o AI-2, que extinguiu as eleições diretas. O segundo em 1968, com o AI-5, que fechou o Congresso e suspendeu o habeas corpus. O terceiro, em 1969, quando foi deposto o vice-presidente Pedro Aleixo, empossando-se a Junta dos Três Patetas, nas palavras de Ernesto Geisel (em privado) e de Ulysses Guimarães (em público). [todas ações ocorridas durante o Governo Militar, ações que alguns chamam de golpe, foram realizadas para restabelecimento da Ordem e da Governabilidade - fortemente abaladas por atos terroristas da esquerda.
Falando apenas de um dos SUPOSTOS golpes - o AI-5 - não tivesse sido editado o Brasil hoje estaria pior que a Venezuela; deixar que a situação vigente em 68, os malditos terroristas e guerrilheiros realizando ações terroristas, - covardes, criminosas e sangrentas,  vitimando inocentes - que buscavam derrubar o  GOVERNO MILITAR.
Não fosse o Ato Institucional nº 5 - AI-5 - que completará 50 anos de Glória no próximo 13 de dezembro -  o Brasil já naquela época seria transformado em uma Cuba. ]

Bolsonaro tem um longo caminho a percorrer para chegar a um centro no qual se coloque como defensor das instituições democráticas. Seus eventuais eleitores terão a tarefa de acreditar nele. Nesse aspecto, vale uma ressalva: é considerável o número de defensores da sua candidatura com bom nível de escolaridade e sobretudo de renda que flertam com o colapso das instituições democráticas. Essa camada de viúvas da ditadura foi magistralmente tipificada pelo marechal Castello Branco quando se referiu às “vivandeiras alvoroçadas, (que) vêm aos bivaques bulir com os granadeiros e provocar extravagâncias do poder militar.” Ele as sentiu na pele em 1965 e morreu dois anos depois, supondo que poderia impedir o encantamento dos granadeiros em 1968. As vivandeiras de hoje sonham com um governo de Bolsonaro com o economista Paulo Guedes no Ministério da Fazenda. Quando podem, escondem-se atrás do que se chama de “mercado”. Se pusessem a cara na vitrine, estariam batalhando pelo tão apreciado Henrique Meirelles (2%) ou por João Amoêdo (3%). Preferiram o atalho Bolsonaro.

Elio Gaspari, jornalista - O Globo


 

aack: o maior adversário de Bolsonaro é o próprio Bolsonaro - InfoMoney
Veja mais em: https://www.infomoney.com.br/mercados/politica/noticia/7631180/william-waack-o-maior-adversario-de-bolsonaro-e-o-proprio-bolsonaro

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